quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A crise e os lucros (legais?) gerados pelo Protocolo de Quioto

Segundo o jornal espanhol “El País” (do passado dia 19 deste mês), em artigo assinado pelo jornalista Rafael Méndez, a alegada e tão propagandeada crise financeira está a ser aproveitada por várias indústrias para encerrarem portas e venderem os seus direitos de emissão de dióxido de carbono, encaixando assim somas avultadas de dinheiro. Em Abril passado (2008) o governo espanhol distribuiu a cerca de mil empresas industriais (na maioria cimenteiras, de ladrilhos e de papel) direitos (gratuitos) de emissão de 100 milhões de toneladas de CO2. Algumas dessas empresas, sobretudo fábricas de ladrilhos e de papel, aproveitando a subida da cotação do CO2 em bolsa (que chegou a atingir em Julho os 29 euros por tonelada) optaram, primeiro por reduzir a produção e depois por encerrar portas, vendendo os seus direitos de emissão. Com o aumento da oferta, o preço do dióxido de carbono foi caindo, cotando-se actualmente em cerca de 12 euros por tonelada. Tal não impediu, no entanto, a continuação dos encerramentos, com consequente aumento do desemprego, enquanto os lucros desta “manobra” se expandem, estimando-se já entre os 400 e os 500 milhões de euros.
Apache, Janeiro de 2009

2 comentários:

Cleopatra disse...

Continuo a não perceber nada de lucros!!

Apache disse...

Parece que não combinam (pelo menos os chorudos) com gente honesta, Cléo.