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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Kosovo - A independência dos tráfico-dependentes

O parlamento do Kosovo aprovou, no passado domingo, por unanimidade a independência da Sérvia. A declaração de independência foi lida pelo actual Primeiro-Ministro, Hashim Thaci, à revelia das Nações Unidas e do direito internacional. Thaci, ocupa o cargo desde a sua alegada vitória eleitoral, ocorrida em finais de Novembro passado, quando foi declarado vencedor, após ter sido (oficialmente) mandada parar a contagem dos votos. O seu partido, o PDK (Partido Democrático do Kosovo) terá obtido 34% dos (cerca de 90% de) votos efectivamente contados. Em matéria de política anedótica o Kosovo consegue superar tanto Portugal, como (pasme-se) Timor Leste. Repare-se no que sobre ele escreveu, em Novembro passado, o jornalista Daniel Estulin… «Primeiro, o PDK não é um partido democrático. Nasceu de uma franja radical da política albano-kosovar, formada inicialmente por marxistas-leninistas da velha escola, financiados pela Albânia. O seu líder espiritual, Adem Demaci era um fervoroso discípulo de Mao. Durante a Segunda Guerra Mundial, os kosovares seguidores de Demaci formaram grande parte da divisão de voluntários Skanderberg das SS, recrutados pelos nazis como homens de mão na deportação dos judeus kosovares para os campos de concentração. Os lutadores pela liberdade do PDK (antigo Exército de Libertação do Kosovo) foram financiados armados e treinados durante a guerra dos Balcãs pela CIA, pelo MI6, pela DIA (agência americana de espionagem e defesa), pelos mercenários da MPRI (empresa de segurança americana, composta por antigos marines, pilotos de helicóptero e forças especiais) e pelo BND (o serviço de espionagem alemão). O que os meios de comunicação se esquecem de nos contar é que o PDK, na realidade, é constituído por sujos traficantes de drogas que se prostituem em benefício do poder instituído no ocidente. Daí serem tão queridos pela maioria dos países ocidentais, sobretudo pelos americanos. Michael Levine, antigo membro da DEA (a agência americana de combate ao tráfico de droga) disse a 24 de Maio de 1999 à revista New American: “estamos a armar os piores traficantes de droga, terroristas e contrabandistas, gente que está relacionada com todos os cartéis de droga conhecidos do Médio ao Extremo Oriente. A Interpol, a Europol e praticamente todos os serviços de espionagem europeus e agências de luta contra o tráfico de drogas têm arquivos abertos sobre traficantes que nos levam ao PDK e à máfia albanesa.” O Ocidente, principalmente os homens por trás da cortina necessitavam que o PDK encabeçasse a guerra contra os sérvios. Assim, os assassinos e os traficantes, paramilitares liderados por Hashim Thaci, da noite para o dia converteram-se em lutadores pela liberdade, apoiados directamente pelas grandes potências ocidentais, pela NATO e pela ONU. A BBC, numa notícia de Novembro de 2000 (que milagrosamente desapareceu da sua página na Internet) afirmava que “Hashim Thaci havia ordenado o assassinato político dos seus opositores da Liga Nacionalista Democrática de Ibraim Rugova.” Aliás, o democrata Thaci ordenou o assassinato (físico) de Fermi Agani, um dos mais estreitos colaboradores de Rugova, segundo noticiou a agência jugoslava Tanjug, a 14 de Maio de 1999. Os dois principais defensores do traficante Thaci eram o general Wesley Clark e a Ex-secretária de Estado de Clinton Madeleine Albright, responsável moral pela limpeza ética no Ruanda, tal como expliquei no livro Os Senhores das Sombras. O Washington Times escreveu também: “Eram traficantes de droga em 1998, agora, por causa da política são lutadores pela liberdade.” Ralf Mutschke, destacado comandante da Interpol, testemunhou perante o Comité Judicial do Congresso (americano), a 13 de Dezembro de 2000, dizendo que: “O Departamento de Estado incluiu o PDK na sua lista de organizações terroristas, indicando que financiava as suas operações com dinheiro procedente do comércio internacional de heroína e apoios de Osama Bin Laden.” Aliás, durante o conflito no Kosovo, um egípcio, comandante militar de Bin Laden, dirigia uma unidade de elite do PDK. Frank Ciluffo, que liderava o Programa Contra o Crime Organizado Global, disse perante o Comité Judicial do Congresso dos Estados Unidos, em Dezembro de 2000, que: “a Albânia e o Kosovo estão no coração da Rota Balcânica que une o Afeganistão e o Paquistão aos mercados de droga europeus. Esta rota vale aproximadamente 400 mil milhões de dólares por ano e vende 80% da heroína consumida na Europa.”» Poucas horas depois de ter sido declarada a independência, o jornalista Timothy Bancroft Hinchey, escrevia: «A bandeira dos Estados Unidos da América voa alta entre os terroristas albaneses no Kosovo, depois de Pristina desprezar a lei internacional e anunciar a sua “independência”, em declaração lida hoje pelo líder ex-terrorista e agora "Primeiro-Ministro" do Kosovo, Hashim Thaci. Hashim Thaci está habituado a quebrar a lei, tendo dirigido um dos monstros mais sanguinários jamais visto em terras dos Balcãs, o Exército de Liberação de Kosovo, que, como ele próprio tem admitido, executou actos de terrorismo para provocar os sérvios, obrigando-os a tomar medidas. O ex-assassino, agora político auto-nomeado, teve a audácia não só de desprezar as leis da República da Jugoslávia, como depois as leis da Sérvia, e agora a Lei Internacional, numa reivindicação ridícula de “independência” num território que é, e sempre foi, uma Província da Sérvia, transformando-o num estado pária dirigido pela máfia albanesa. Qualquer acto de reconhecimento do Kosovo acaba por dar consentimento aos crimes horrendos perpetrados pelo bando de criminosos internacionais que se escondem atrás do PDK, que assassinam, destroem propriedade, escravizam sexualmente, e traficam armas e drogas; fazendo de tais países cúmplices dos mesmos crimes. A declaração e o seu reconhecimento violam de forma flagrante a Resolução 1244 da ONU, que reconhece o Kosovo como parte integral da Sérvia.» Entretanto, hoje no Parlamento Sérvio, o Primeiro-Ministro, Vojislav Kostunic, anunciou a retirada do seu embaixador em Washington, deixando um recado ao governo de Bush, dizendo que: “esta decisão dos Estados Unidos, não vai converter um falso estado num verdadeiro” e que “este reconhecimento mostra a verdadeira face da América”, acrescentando que os Estados Unidos “violaram a Lei Internacional em benefício dos seus próprios interesses.” Tomislav Nikolic, o líder do partido radical, que havia perdido por escassa margem a corrida presidencial, afirmou: “a América e a União Europeia estão a roubar-nos o Kososvo”, terminando o seu discurso com uma frase que empolgou a multidão que o ouvia em Belgrado, “a partir deste momento, vamos contar os dias até libertarmos o Kosovo.” Pois é, lá como cá, nada de novo.
Apache, Fevereiro de 2008