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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

3º Aniversário

[O Último dos Moicanos completa hoje o terceiro aniversário. Vai daí, relembrando datas em que o tempo e a (des)inspiração o permitiam, retomo uma espécie de “escrita à deriva”.]
Por oposição (ou talvez não) às “cartas de amor”, aqui fica um…
Bilhetinho de “desamor”
Com um sorriso estendes-me o céu como tapete mas as tuas palavras são estrelas ninja com que me rasgas o peito… Acaricias-me a carne dilacerada, com o vento morno do teu olhar, mas cuidas-me as feridas com unguento de sal e cicuta… O amor que desesperadamente assassinas é o mesmo monstro que em mar de sôfregas lágrimas, adoras… O fosso de saudade que herculeamente cavas com a tua ausência é o campo de forças indómito que nos une… Lanças-me, anjo negro, o beijo mais apetecido, mas a paixão que semeámos é Fénix nas chamas do desejo renascida… Morra ela de nós, feda pútrida no mais fundo dos abismos, extinga-se no limiar da eternidade, se a cada sístole, o teu sangue não gritar o meu nome.
Apache, algures num passado não muito distante

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A noite

Há muito tempo que não se publicava por aqui, uma sequência mal amanhada de letras, que às vezes, por sorte, formam palavras, a que o autor (eu) chama, na tentativa de fazer rir os hipotéticos leitores, de “poesia, ou tentativa de…” Hoje, um excelente dia para correr com os poucos leitores que restam, retoma-se o velho hábito.
Escrito sob o mote “quero-te não para te ter mas para te sonhar” lançado pela Cleópatra…
Demoro-me na balbucia dos teus gemidos, Aconchegas-te na firmeza do meu abraço… Falas-me de outros tempos, outros espaços Onde em utopia se sublimam os sentidos.
Fluis como seda na minha pele Em vagas mornas de embalar… Inebriados, sulcamos mar fiel, Extenuando em pelejas de encantar.
No suor incandescente do meu corpo Vais semeando os teus beijos de luar… Entre gestos e murmúrios de volúpia Florescem tuas danças de enfeitiçar.
Quero-te, não para te ter, Que a noite, ninguém a tem… Quero-te, para te sonhar acordado E te ver exausta e atordoada, Quando irrompendo em sorrisos de malícia Nos espreita atrevida, a madrugada!
Apache, Maio de 2008

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

2º Aniversário do Último dos Moicanos

Em jeito de comemoração dos dois anos do blogue, que hoje se completam, repito uma publicação de 2006 na sequência de um comentário ao poema “Respiro o teu corpo” de Eugénio de Andrade.

Sabe à água da fonte, sabe à luz do luar... Sabe às flores do monte, sabe às ondas do mar!

Sabe ao sol de Inverno, sabe à terra quente... Sabe ao toque terno, sabe ao desejo ardente!

Sabe a tudo e sabe a nada, sabe a sim e sabe a não... Sabe a paixão alada, a pecado e a perdão!
Sabe a cais e a porto-de-abrigo, sabe a ter e a mais querer... Sabe ao que penso e ao que digo, mais ao que eu não sei dizer!
Respiro o teu corpo, bebo o teu olhar... Acendo o teu fogo, conjugo o verbo amar!...
Apache, Abril de 2006

sexta-feira, 9 de março de 2007

Silêncio

Entre o meu e o teu mundo há mil quilometros de chão, mas o calor da tua pele vai alimentando esta ilusão… As palavras que não dizes ouço-as no vento e no mar e o sorriso dos teus olhos vai brilhando no meu olhar... E és tu que por mim sorri no meu sorriso hesitante... como a luz do meio dia secreta no ar brilhante! Apache, Março de 2007

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Sem desculpa

Mesmo que eu permaneça em silêncio, tudo em mim to anuncia... Sussurram-to as minhas mãos quando tacteiam o teu rosto… Falam-no os meus olhos quando lêem os contornos do que és... Gritam-no os meus lábios quando beijam os teus… Escrevo-o com o fogo do desejo, quando toco a tua pele… Lamento, mas não peço desculpa, não posso nem quero poupar-te a este AMOR!
Apache, Fevereiro de 2007

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

1º Aniversário

O Último dos Moicanos completa hoje o seu primeiro ano, por isso, em jeito de comemoração, aqui fica (de novo) o primeiro "post". Estranha coisa esta em forma de assim que não se explica mas que se sente. Estranha coisa esta em forma de assim que não se confessa, mas que ao negar se mente. Estranha coisa esta em forma de assim que de tanto calar a alma, em silêncio a proclama. Estranha coisa esta em forma de assim que do fogo faz suor e do frio fez chama. Estranha coisa esta em forma de assim que de tanto se querer partilhar, se esconde e se intimida ao teu olhar, para se mostrar tão ousada em mim. Estranha coisa esta em forma de assim que me estremece o corpo e embarga a voz. Estranha coisa esta em forma de assim que emudece o meu eu, de tanto pensar, nós. Estranha coisa esta em forma de assim, sem espaço, sem tempo, sem princípio ou fim, que no silêncio do teu não teima em ouvir sim. Apache, Janeiro de 2006

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Talvez, assim...

Se escutasses no vento as palavras que não te direi... Se bebesses no meu rosto as lágrimas que ainda não chorei... Saberias de mim, aquilo que nem eu sei... Sonharias para mim, os sonhos que em sonhos te dei!...
Escrito para o "Limite de compreensão" da Morgana - Apache, Outubro de 2006

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Metade...

Metade de mim é fogo, metade de mim é chama. Metade de mim tem fome, metade de ti, reclama! Metade de ti é água. Metade de mim, desvario. Metade de mim tem sede de navegar no teu rio. Metade de mim juntou mas a razão quer separar. Metade de mim odeia a metade que te quer amar. Metade de mim é guerra, metade de mim, trovão. Metade de mim combate a força oculta da paixão. Metade de mim é vulcão, sombra negra de morte. Metade de mim é ilusão desfeita pelos ventos da sorte. Metade de mim é vazio, metade, nada contém... Metade de mim és tu, a outra metade, ninguém!
Apache, Maio de 2006

quinta-feira, 20 de abril de 2006

O teu corpo...

Sabe à água da fonte, sabe à luz do luar... Sabe às flores do monte, sabe às ondas do mar! Sabe ao sol de Inverno, sabe à terra quente... Sabe ao toque terno, sabe ao desejo ardente! Sabe a tudo e sabe a nada, sabe a sim e sabe a não... Sabe a paixão alada, a pecado e a perdão! Sabe a cais e a porto-de-abrigo, sabe a ter e a mais querer... Sabe ao que penso e ao que digo, mais ao que eu não sei dizer! Respiro o teu corpo, bebo o teu olhar... Acendo o teu fogo, conjugo o verbo amar!...
Apache, Abril de 2006

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Que...

Que a palavra amor seja apagada em todos os escritos, esquecida em todas as línguas... Para que jamais me ouças dizer que te amo!... Que a brisa te não volte a acariciar, que a Lua não olhe mais para ti... Para que eu não possa mais sentir ciúmes!... Que o Sol não beije mais, a tua pele... que as flores percam a sua cor e o seu perfume... que se extinga tudo o que é belo... Para que eu não possa dizer que toda a beleza do mundo é um mísero detalhe cénico na divina perfeição do teu corpo!... Que se calem os pássaros, os rios e o mar... mas que não se faça silêncio... Para que no meio dele eu não ouça a tua voz!... Que se acabem as canções... que se proíba a poesia... Que se extingam os sonhos... que se apaguem as estrelas... Para que jamais te possa lembrar!...
Apache, Abril de 2006

sexta-feira, 24 de março de 2006

Guardador de mim

Guardo, dentro de mim,
uma saudade,
uma quimera,
uma verdade,
esta espera...
Guardo, dentro de mim,
a tua imagem,
os teus gestos,
tudo de teu; uma miragem, míseros restos de um sonho meu...
E conto, não pelos dedos
mas pelas estrelas,
os dias de te não ver...
Guardo, dentro de mim, um baú de mil segredos, mil histórias, mil beijos...
E conto, não pelos dedos
mas pelas estrelas,
as carícias, os desejos, as vontades de te ter!...
Apache, Março de 2006

domingo, 26 de fevereiro de 2006

Saudade

Saudade palavra triste, saudade, o que quer dizer? É desespero que a tudo resiste? Ou vontade de te ver?... Sete letras tem, saudade… Outras tantas tem, lamento… As mesmas que a verdade com que vivo cada momento! Partiste, quase tudo levaste, mas um pouco de ti restou… O vazio que em mim deixaste, encoberto na ilusão que ficou!... Na longa estrada da vida exibo a minha liberdade… Pergunto se a ausência sentida é ser livre, ou ser, vaidade?... Entre o teu olhar terno de mel e o meu molhado de sal… Saudade é a palavra cruel que trocou o sonho pelo real!... Foste luz, foste vida… Foste rio de ansiedade… Foste “Terra Prometida” até ao fim da eternidade!... Hoje és distância, solidão… Materialização da saudade… Serás demência? Obsessão? Ou visão turva da realidade?...
Apache, Fevereiro de 2006

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Posso. Mas não vale a pena…

Posso escrever os versos mais tristes esta noite… Posso reescrevê-los incessantemente nas noites que hão-de vir… De nada valem… Tu nunca os lerás… E se por mero acaso, o fizesses, jamais perceberias que foram escritos para ti… Queria esconder-te o meu olhar para que não leses o que não mereces saber…. De nada vale, o que te diria está escrito nas estrelas e nunca conseguiste lê-lo…
Nunca escutaste no vento o meu grito de desespero… Nunca tacteaste o teu nome gravado a fogo no meu peito… Nunca cheiraste na minha pele o perfume do teu suor… Nunca provaste nos meus beijos o mel da tua boca… Não me mereces…
Como é possível que não te doa a ferida aberta que deixaste em mim?!...

Apache, Fevereiro de 2006

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Se eu disser…

Se eu disser que te esqueci, que já não penso em ti e que nem te quero ver… Que não te vou procurar, que contigo deixei de sonhar, que sem ti aprendi a viver… Se eu disser que te esqueci, que tudo o que por ti senti, não foi sentido a valer… Que por ti deixei de chorar, que não te quero encontrar, que foi um bem, te perder… Se eu disser que te menti, que já não espero por ti… Se eu disser que não te quero… Que de ti nada me importa, que já nem passo à tua porta; sabes que não estou a ser sincero… E se um dia quisesses voltar e me viesses perguntar se é por ti que ainda espero… Se eu não quisesse responder, em meus olhos podias ver que é a ti que ainda quero! Se preferires não mais me ver… Com a mágoa de te perder, a saudade, a meu lado caminha! Um desejo, em prece peço a Deus… Que por cada lágrima minha hajam mil sorrisos teus!...
Apache, Fevereiro de 2006

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Tu és...

(Inspirado na música “Como uma ilha” de Pedro Abrunhosa e não só...)
Tu és todas as ilhas, de todos os mares; todos os rios, de todos os lugares. Tu és todos os dias, todos os momentos. Consomem-se os instantes, eternizam-se os pensamentos. Tu és toda a dúvida, razão de toda a incerteza. És o lábio de todo o beijo que desperta o meu desejo, pelo teu corpo, princesa. Tu és todas as noites em todos os quartos; toda a força dos ventos em todas as velas de barcos. Tu és todas as cidades, de todos os países; todas as verdades, todos os sonhos felizes. Tu és como um deus, sem princípio nem fim. Nasceste qual flor do campo, renasces dentro de mim. Prendeste-te no meu peito, como árvore ao chão. Como barco ancorado em terra, como fogo na minha mão. Haverá remédio que cure os delírios da paixão?... De dia, és Sol Poente sobre o mar, à noite, és luz de estrela e luar...
Porque será que te espero, que te penso, que te sonho e que… desespero?...
Apache, Janeiro de 2006

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

Em forma de "assim"

Um plágio (mais ou menos descarado) a um post do blog da Eva.
Estranha coisa esta em forma de assim que não se explica mas que se sente. Estranha coisa esta em forma de assim que não se confessa, mas que ao negar se mente. Estranha coisa esta em forma de assim que de tanto calar a alma, em silêncio a proclama. Estranha coisa esta em forma de assim que do fogo faz suor e do frio fez chama. Estranha coisa esta em forma de assim que de tanto se querer partilhar, se esconde e se intimida ao teu olhar, para se mostrar tão ousada em mim. Estranha coisa esta em forma de assim que me estremece o corpo e embarga a voz. Estranha coisa esta em forma de assim que emudece o meu eu, de tanto pensar, nós. Estranha coisa esta em forma de assim, sem espaço, sem tempo, sem princípio ou fim, que no silêncio do teu não teima em ouvir sim.
Apache, Janeiro de 2006