Ilusões e desilusões...
À noite, no museu
Uma comédia ligeira, sobre um museu de História Natural, onde à noite, todas as “figuras” expostas ganham vida.
Ben Stiller e Robin Williams contracenam nos papéis principais de um filme, apenas sofrível, com um argumento pouco explorado e escassas piadas com graça.
Borat: Aprender Cultura da America Para Fazer Benefício Glorioso à Nação do Cazaquistão
Um longo título para uma triste comédia. Borat é um repórter da televisão Cazaque que se desloca aos Estados Unidos para fazer uma reportagem sobre os hábitos dos americanos mas passa o tempo a tentar encontrar a sua nova paixão, Pamela Anderson.
Confesso que fui ver o filme porque sabia que tinha sido proibido no Cazaquistão e na Rússia e pensei tratar-se de algo politicamente inconveniente. Pura ilusão, o filme não é uma crítica aos costumes Cazaques pois nada tem a ver com a realidade desse país, é antes, uma sequência de “apanhados” mal conseguidos que pretendem ridicularizar certas peculiaridades da “América” profunda. Borat não é um jornalista, é um trolha (no pior sentido da expressão) com “pseudo-piadas” pacóvias, ordinárias, por vezes cruéis.
Um actor medíocre, um argumento inexistente e uma péssima realização fazem deste, um dos piores filmes a que já assisti.
Apocalypto
Mais um filme com a marca inconfundível de Mel Gibson. Uma visão do lado obscuro da Civilização Maia, nas vésperas da chegada dos espanhóis. Um homem que tenta desesperadamente lutar pela vida, pela família, pela conservação do seu tranquilo modo de vida. Um filme violento que põe a nu o lado animal, predador, cruel, do ser humano, bem como o espectáculo degradante montado pelos líderes para entreter o povo. Não é um filme sobre o que de melhor nos deixaram os Maias, antes, sobre o lado oculto de cada um de nós.
Um filme intenso e dramático, de um realismo quase chocante, que peca apenas pela previsibilidade de algumas cenas. Com a devida ressalva aos mais sensíveis, é um filme que vale a pena ver.
O Terceiro Passo
Realizado por Christopher Nolan (o mesmo de “Batman – O Início”), a acção passa-se na Londres da viragem do século (XIX para XX). Dois jovens mágicos competem pela fama, tentando obsessivamente, cada um deles, descobrir os truques do outro.
O argumento é cheio de mistérios e “ilusões”, ficando (sempre) algo por explicar.
Entre a ousadia, o desejo e a ambição, fundindo o espectáculo com a ciência, dois homens vão trilhando caminhos paralelos, competindo muito para lá dos limites do tolerável, num “jogo” perigoso, enganador, fatal.
Um elenco de luxo: Hugh Jackman (o Wolverine de “X-Men”), Christian Bale (o Batman de “Batman – O Início”), Michael Caine, Scarlett Johansson e David Bowie, entre outros menos conhecidos; um argumento envolvente e complexo e uma excelente realização contribuem no seu conjunto para um filme intenso, sobre um mundo fascinante, no limiar da confiança, da fé, da ciência e da vida!
Um filme onde houve a coragem para abordar (pela primeira vez), ainda que de forma ligeira, a vida e obra de um dos maiores génios de todos os tempos, Nikola Tesla.
(Espero que de futuro alguém seja politicamente incorrecto o suficiente para retomar e aprofundar este tema. Será?)
Na minha modesta opinião, este é o melhor filme actualmente em exibição.
Apache, Janeiro de 2007
5 comentários:
Pronto. Tenho de arranjar tempo para ir ver!
"Porque te perdi não sei quem sou"
Há dor de uma perda associa-se sempre uma perdição...
E um amor de perdição Apache.
UGH!!! ;)
Fiquei com vontade de ver o último, até porque acho giríssimo o Hugh Jackman...
"Babel" também está na minha lista, a aguardar vez.
Vale a pena, Redonda. Até porque o Hugh Jackman tem um desempenho, bonzinho, mas, como deves calcular a minha preferência vai mais para a Scarlett Johansson (apesar de ser loura e só entrar em cena ao fim de alguns minutos, que pena...)
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