segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Os Primários do PS


Helena Roseta para António Costa: “tens que fazer no país o que estás a fazer em Lisboa”.
O meu vizinho do 2.º Esq. para António Costa: "se vejo algum monhé a entupir as sarjetas aqui da rua, corro-o a pontapé".

domingo, 28 de setembro de 2014

Pesquisa inconveniente (2)

As “ilhas de plástico”
O Projecto Malaspina permitiu também, não propriamente uma conclusão, antes uma constatação que já quase "toda a gente" sabia mas raramente aparece referida na comunicação social: a famosa “Ilha de Plástico”, supostamente existente entre a costa dos estados norte-americanos do Oregon e da Califórnia e o arquipélago do Havai, obviamente, não existe. Muito menos, as cinco “ilhas” modernamente alegadas. [Após o sucesso mediático da invenção da dita ”Ilha de Plástico” (numa zona, relativamente isolada, para onde a circulação oceânica conduziria os plásticos flutuantes) alguns oportunistas alegaram existirem ainda mais quatro ilhas “idênticas” noutras tantas zonas remotas do planeta, onde as correntes oceânicas são similares.]
A possível existência da “ilha” foi prevista em 1988 pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) dos Estados Unidos e “confirmada” em 1997 pelo oceanógrafo e velejador desportivo, Charles J. Moore, no regresso da competição de veleiros “Transpacific Yacht Race”. No entanto, só em 2008 a “ilha de plástico” atingiu o estatuto de verdadeiro mito urbano quando em Fevereiro foi sucessivamente anunciada pela BBC e pelo jornal britânico “The Independent”. Apesar de nunca ter sido captada qualquer imagem de satélite, sequer de avião, da alegada “ilha”, esta chegou a ser anunciada com sendo do tamanho do Texas. Justificando esse facto, alguns ambientalistas alegaram que a “ilha” (mas tarde, cinco “ilhas”) seria constituída por pequenas partículas de plástico que só poderiam ser observadas nos locais, de muito difícil acesso, a bordo de embarcações.
Confirmou-se “agora”, através desta expedição, que as “ilhas” não existem e que a quantidade de plásticos nos oceanos não tem aumentado desde a década de oitenta do século passado. A máxima concentração encontrada aproxima-se dos 200 gramas de plástico por quilómetro quadrado de oceano (o equivalente, em média, a uma garrafa plástica de um litro e meio, por cada 21 campos de futebol) cerca de 26 vezes inferior ao que é habitualmente alegado em textos menos sensacionalistas (por exemplo a Wikipédia, de 5,1 quilogramas por quilómetro quadrado).
Apache, Setembro de 2014 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Pesquisa inconveniente (1)

 
Projecto Malaspina

Dois navios espanhóis, o “Hespérides” e o “Sarmiento de Gamboa”, actuando ao abrigo do Projecto Malaspina, percorreram, entre Dezembro de 2010 e Julho de 2011, 42 mil milhas náuticas (cerca de 67 mil quilómetros, o que corresponde a mais de uma volta e meia ao mundo) com 400 investigadores, de dez países, a bordo, recolhendo 70 mil amostras de água, ar e plâncton.
Três anos depois de terminada a expedição, Carlos Duarte, oceanógrafo impulsionador e director do Projecto Malaspina, deu a conhecer, em declarações ao jornal espanhol “El País” (publicadas no passado da 16), algumas das principais conclusões:
- A capacidade dos oceanos degradarem os plásticos e outos poluentes neles (indevidamente) lançados é maior do que se acreditava;
- A quantidade total de alforrecas, nos oceanos não está a aumentar (contrariamente ao que prevê a propaganda associada às alterações climáticas);
- As reservas de peixe são (conforme as espécies) entre 10 e 30 vezes superiores ao que indicam as estimativas.
Apache, Setembro de 2014

sábado, 20 de setembro de 2014

Portugal tem 50% mais deputados que a média da União Europeia

A propósito da recente proposta (finalmente, uma com lógica) de Tó Zero (in)Seguro de redução do número de deputados, na Assembleia da República, para 181 (na linha dos 180 há uns anos propostos pelo PSD) e da oposição (esperada) de Toninho Chamuça e dos partidos à esquerda do PS, que vêm nesta redução enormes dificuldades em empregar os boys dos respectivos aparelhos partidários, lembrei-me de comparar o número de habitantes por cada deputado eleito nos vários países da União Europeia.
Portugal apresenta 47 017 residentes por cada deputado (número resultante da divisão dos 10 813 834 habitantes pelos 230 deputados com assento parlamentar) colocando-se na 11.ª posição face aos 28 membros da UE, com 50% mais deputados que a média da União (que apresenta 70 310 habitantes por deputado).
A lista de países com mais habitantes por cada deputado eleito (ou se preferirem, com menos deputados considerando a população residente) é liderada pela vizinha Espanha, com 136 394 habitantes por cada um dos seus 350 deputados (comparativamente, quase três vezes menos deputados que nós). Em segundo lugar está a Alemanha, com 130 220 habitantes por cada deputado eleito. No terceiro lugar aparece a França com 114 834 habitantes por deputado.
Os últimos lugares desta lista são ocupados pelos países mais pequenos da União (os três últimos são: a Estónia, o Luxemburgo e Malta) que são os que apresentam maior número de deputados em comparação com o número de habitantes.
Alguns países apresentam duas Câmaras e, por isso, comparei também os deputados do nosso parlamento com a soma dos deputados e senadores nos países que possuem duas “assembleias”, sendo que, neste caso, Portugal sobe para o 8.º lugar, duma lista encabeçada pela Alemanha, que apresenta 117 217 habitantes por cada representante com assento nas suas duas câmaras. No segundo lugar aparece a Espanha, com 77 876 residentes por cada represente “parlamentar”. O terceiro lugar passa agora a ser ocupado pela Holanda, com 75 010 habitantes por cada um dos 225 eleitos para as suas duas câmaras.
Segue a lista completa.
[Cliquem na imagem para ampliar]
Apache, Setembro de 2014