domingo, 30 de dezembro de 2007

Benazir Bhutto sabia (ou falava) demais?

No dia em que apareceu na Net (e consequentemente na comunicação social) um novo vídeo com uma comunicação de Osama Bin Laden, e pouco mais de 48 horas depois do assassinato da líder do PPP (o principal partido da oposição paquistanesa), Benazir Bhutto, faz todo o sentido lembrar a polémica entrevista que ela deu no passado dia 2 de Novembro (poucos dias depois do primeiro atentado que sofreu), ao jornalista David Frost, no seu programa “Frost over the world” da Al Jazeera em língua inglesa (vídeo abaixo).
Destaco a frase de Benazir (aos 6:14), “Omar Sheikh the man who murdered Osama Bin Laden...”.
Penso que se refere a Omar Saeed Sheikh, que ela já havia acusado de estar por trás do rapto e assassinato do repórter do Wall Street Journal, Daniel Pearl. Terá sido um descuido, uma vingança, ou uma mudança de rumo louvável (face ao seu passado de corrupção)? Saberia ela, que a sua morte era uma questão de dias?

Apache, Dezembro de 2007

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Socialistas ou desprezáveis?

Contrariamente ao que tem sido prática corrente nos últimos anos, este ano, as pensões não sofreram as tradicionais actualizações no mês de Dezembro. Segundo informou o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, as actualizações ocorrerão em Janeiro próximo e variarão entre 2,7% (as mínimas, a que corresponde o aumento fabuloso de 6 euros por mês) e 1,9% as máximas; o que constitui um aumento médio de 2%.
Com esta decisão de retardar a actualização das pensões, o governo poupou cerca de 31,4 milhões de euros, para gastar em excentricidades do tipo “Cimeira UE, África” (que custou mais do triplo desta verba) e largas centenas de milhar de pensionistas, que sobrevivem com pensões miseráveis, tiveram um Natal ainda mais degradante, dada a quebra de poder de compra face ao Natal anterior.
Apache, Dezembro de 2007

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal

E se o Natal não fosse um dia? Se em cada mãe houvesse uma Maria, E em cada pai um José… E se nós nos parecêssemos com Jesus de Nazaré?!

Apache, Dezembro de 2007

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O outro lado de Bali

Mais “uma verdade inconveniente”
Carta aberta ao Secretário-geral das Nações Unidas
Com cópia para os Chefes de Estado dos países signatários
Nova Iorque, 13 de Dezembro de 2007
Sua excelência Ban Ki-Moon, Secretário-geral das Nações Unidas
Caro senhor
Assunto: A conferência da ONU sobre alterações climáticas leva o mundo na direcção errada.
Não é possível parar as alterações climáticas, trata-se de um fenómeno natural que tem afectado a humanidade ao longo dos tempos. A história geológica, arqueológica, oral e escrita, atestam dramáticas alterações impostas às civilizações antigas, por imprevistas mudanças de temperatura, precipitação, ventos e outras variáveis climáticas. Consequentemente, precisamos de preparar as nações para melhor resistir no futuro, a todos os tipos de fenómenos naturais, promovendo o crescimento económico e a geração de riqueza.
O IPCC tem insistido em conclusões cada vez mais alarmistas sobre a influência no clima, do dióxido de carbono produzido pelo Homem, um gás não poluente essencial à fotossíntese das plantas. Embora compreendamos o motivo que vos levou a ver as emissões deste gás como perigosas, as conclusões do IPCC estão completamente incorrectas e injustificadas, não devendo conduzir a políticas que reduzam significativamente a prosperidade futura. Não está demonstrado que seja possível alguma alteração significativa no clima global, reduzindo as emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa.
Acima de tudo, reduzir estas emissões abrandará o desenvolvimento das nações e incrementará o sofrimento humano em vez de o diminuir, caso se verifiquem futuras alterações climáticas.
(…)
O resumo preparado pelo IPCC foi elaborado por uma equipa relativamente pequena de redactores e a sua versão final foi aprovada, linha a linha, por representantes dos governos. A grande maioria dos colaboradores e revisores, bem como dezenas de milhar de qualificados cientistas, especialistas no assunto, não foram envolvidos na preparação destes documentos. Os sumários não representam portanto, nenhum consenso entre peritos.
Contrariamente à impressão deixada pelos resumos do IPCC, fenómenos como a retracção de glaciares, o aumento do nível do mar ou a migração de espécies particularmente sensíveis a variações de temperatura, não são evidência de alguma alteração climática anormal, pois nenhuma delas está fora dos limites normais da variabilidade natural.
O aquecimento médio de 0,1 a 0,2 ºC por década, verificado nas últimas duas décadas do século XX cai perfeitamente dentro dos limites de aquecimento e arrefecimento verificados nos últimos 10 mil anos.
Vários cientistas de primeiro plano, incluindo representantes do IPCC, sabem que os modelos computorizados não têm conseguido prever o clima. Assim, apesar das projecções de computador terem previsto um continuado aumento de temperatura, esta não sofreu qualquer aumento global desde 1998. O valor actual das temperaturas está de acordo com os ciclos naturais, tanto de decénios, como de milénios.
(…)
Um balanço entre custos e benefícios, desaconselha quaisquer medidas destinadas a reduzir o consumo energético, visando diminuir as emissões de dióxido de carbono. Além do mais, é irracional aplicar o “princípio da prevenção”, porque muitos cientistas reconhecem que tanto um aquecimento global, como um arrefecimento global, têm igual probabilidade de ocorrência, num futuro a médio prazo.
(…)
Tentar impedir futuras alterações climáticas, além de fútil, constitui um esbanjamento de recursos que podiam ser melhor aplicados em problemas reais da humanidade.
Com os melhores cumprimentos"
[Segue-se uma lista com 100 assinaturas de destacados especialistas mundiais (de 22 diferentes nacionalidades), alguns deles, ex-colaboradores do IPCC]
[Tradução minha]
Apache, Dezembro de 2007

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

“United Kingdom has left behind murder and chaos.”

As palavras são do chefe da polícia de Bassorá, a maior cidade do Sul do Iraque, administrada pelos ingleses desde a invasão.
Em entrevista ao jornal inglês “The Guardian”, afirma…
"They left me militia, they left me gangsters, and they left me all the troubles in the world."
(…)
"I don't think the British meant for this mess to happen. When they disbanded the Iraqi police and military after Saddam fell the people they put in their place were not loyal to the Iraqi government. The British trained and armed these people in the extremist groups and now we are faced with a situation where these police are loyal to their parties not their country."
Acrescenta ainda o jornal britânico…
“Basra has become so lawless that in the last three months 45 women have been killed for being "immoral" because they were not fully covered”.
Acha então, o chefe da polícia, que não houve intencionalidade dos ingleses na criação do actual clima de violência, então para que é que introduziram a Al Qaeda no território? E para que é que treinaram e armaram radicais islâmicos vindos de países do quarto mundo (quando comparados com o Iraque de Saddam), como por exemplo a Arábia Saudita?
Acorde, homem. Benvindo à democracia “de tipo ocidental”, versão “neocolonialista anglo-saxónica”.
Apache, Dezembro de 2007

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Sem papas na língua

Pope Benedict XVI has launched a surprise attack on climate change prophets of doom, warning them that any solutions to global warming must be based on firm evidence and not on dubious ideology. The leader of more than a billion Roman Catholics suggested that fears over man-made emissions melting the ice caps and causing a wave of unprecedented disasters were nothing more than scare-mongering. The German-born Pontiff said that while some concerns may be valid it was vital that the international community based its policies on science rather than the dogma of the environmentalist movement.” O artigo é assinado por Simon Caldwell e veio publicado no Daily Mail de 13 de Dezembro. A comunicação social portuguesa optou por noticiar parcialmente o discurso do Papa, fingindo não ter ouvido as frases politicamente incorrectas, tal como fez aliás, a maior parte da imprensa internacional “de referência”. Ficou o recado, mas em Bali fizeram-se orelhas moucas, “falam” mais alto os milhões do negócio.
Apache, Dezembro de 2007

sábado, 15 de dezembro de 2007

“Dados não verdadeiros”

A Ministra da Educação afirmou ontem (sexta-feira), em tom irritado, que "há quem queira visibilidade à custa de dados não verdadeiros e não confirmados". Eu acho que a senhora só se podia estar a referir ao badalado “Aquecimento Global” [sorriso], mas há por aí umas más-línguas que dizem que comentava os números recentemente divulgados pela linha telefónica “SOS Professor”, que apontam para um aumento da violência nas escolas.
Apache, Dezembro de 2007

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Ninguém merece...

"Ninguém merece as tuas lágrimas, porque quem as merecer não te fará chorar."
Gabriel García Márquez

domingo, 9 de dezembro de 2007

Revista da semana

A comunicação social anunciou que num teste de memória, os chimpanzés venceram os humanos.
Será que os defensores da “Teoria da evolução das espécies” vão agora alterá-la? É que a ser correcta a conclusão do teste, o homem não pode ter evoluído do macaco, quando muito, regrediu do macaco. E o que mais me preocupa é que um dia, regrediremos tanto, que nos confundiremos com o Mário Lino, que a esta hora, deve estar a repetir pelo gabinete – Chimpanzés no meu lugar, “jamais” (em francês, claro!).
Um destes dias, o governo apresentou, durante a manhã, um anteprojecto de Decreto-Lei, para cobrar um imposto sobre os sacos de plástico, com a habitual desculpa da moda, (o ambiente) que a criatividade é escassa, por aquelas bandas. À tarde, depois da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, ter manifestado dúvidas quanto à constitucionalidade da medida, uma vez que as empresas distribuidoras já pagam uma “ecotaxa” aos oportunistas da Sociedade Ponto Verde, o Secretário de Estado do Ambiente, veio dar o dito por não dito e em vez de imposto falou de campanha de sensibilização.
Ficámos assim a saber que este governo gosta de roubar, mas apenas os pobres, que com os ricos e poderosos não quer chatices.
Por falar em roubar, a EDP quer investir em novos contadores e teve a ideia peregrina de sermos nós a pagar esse investimento. Nós já pagamos a energia eléctrica, bem de primeira necessidade, a preços muito superiores aos custos de produção, proporcionando lucros fabulosos à empresa e eles ainda querem que lhes paguemos os investimentos? Não me lembro de ter encomendado nenhum contador novo, nem sequer preciso dele, o actual serve-me perfeitamente, portanto, para que raios me querem obrigar a comprar outro. Isto já não é um país, antes um imenso hospital psiquiátrico.
Entretanto, a propósito da Cimeira União Europeia/África…
O «Sinhor Inginheiro» veio dizer que “esta é uma cimeira entre iguais”. E mais uma vez, lá estou eu a concordar com o Pinóquio. Facínoras de todas as cores e credos, para todos os gostos políticos.
Finalmente, Manuel Monteiro, o líder do Partido Nova Democracia, termina a semana, acusando, em entrevista à lusa, os juízes portugueses de falta de coragem e Mugabe de “criminoso contra a humanidade” Monteiro colocou a seguinte questão: “Não há um juiz português com coragem de emitir um mandato contra Mugabe, ao abrigo do nosso código penal e das regras a que aderimos no Tribunal Penal Internacional?" Completando a seguir… “Um juiz português pode emitir um mandato de detenção contra Mugabe, tal como em Espanha o juiz Baltasar Garcón emitiu um mandato contra [o ditador argentino] Augusto Pinochet”. Em jeito de conclusão, acrescentou que só se age "contra quem já não tem poder e perdeu a guerra” porque (…) quando têm poder, a comunidade ocidental é feita de pessoas cobardes sem capacidade de liderança”. Terminou dizendo que os líderes europeus que participam nesta cimeira são um “nojo político”. É impressão minha ou esta indignação só atinge agora, o menino Manelinho, porque lidera um partido sem expressão na sociedade portuguesa, caso contrário estaria caladinho a comer da mesma manjedoura?! Além disso, passar mandatos de detenção a todos os criminosos que se passeiam pela cimeira tinha graves consequências, por exemplo, a União Europeia ficava sem Presidente da Comissão e Portugal sem governo. Isto para nem sequer falar no brutal aumento do consumo de papel.
Apache, Dezembro de 2007

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Por mares nunca dantes navegados

“O ensino transformou-se no reino das trevas. No seu interior evaporaram-se as ideias sobre o que devemos, afinal, aprender. Uma reflexão séria, apoiada numa base científica sólida, sobre os objectivos do ensino, é algo que não se vislumbra acontecer em parte alguma. Em vez disso pontificam: a grande insegurança e a grande confusão. Experimentam-se continuadamente modelos novos. A escola regressou ao princípio da economia directa. O desconhecimento da Língua e da Literatura, nacionais, pode ser compensado por Educação Física, e as lacunas em Matemática por Religião e Moral. (…) Tudo isto fez da escola um mercado, onde se negoceiam notas e onde os alunos regateiam com os professores algumas décimas. O facto de tudo poder ser combinado com tudo, de tudo ser permutável e passível de ser compensado, conduziu à consagração da terceira “irmã górgone”: a grande aleatoriedade.O seu domínio fez com que se esfumasse a ideia do valor cultural impermutável a cada disciplina, dependente do respectivo conteúdo. O princípio fundamental de qualquer ordenamento hierárquico dos diversos conteúdos do saber: a distinção entre o acessório e o fundamental, foi posto de parte.(…) As escolas padecem de uma contradição atormentadora: é suposto que os alunos aprenderem o mesmo em todo o lado para assegurar que as habilitações escolares (com destaque para as de acesso ao ensino superior) tenham um nível ao menos aproximadamente homogéneo. No entanto, cada escola define a sua própria política escolar [entenda-se, o seu Projecto Educativo] (…) Perante estes deprimentes resultados, os representantes da burocracia cultural recorrem a um meio de eficácia comprovada, a manutenção de ficções, a negação da realidade e o esforço de ignorar as evidências. (…) Em poucas áreas se mente tanto como na política educacional e escolar. Para mais, o problema de toda esta concepção reside num erro simples que qualquer criança saberia apontar com a mesma facilidade com que aponta a nudez do rei: a igualdade de oportunidades no início da competição escolar é confundida com a desejada igualdade dos resultados no seu final. (…) Nesta situação o ministério, cujos representantes mal devem conhecer a situação nas escolas por experiência própria retirou aos professores a maior parte dos meios disciplinares, de modo que agora existe uma desigualdade de armas absoluta. Castigos como, repreensões, admoestações, notificação aos pais e (no caso de faltas graves) a ameaça de exclusão ou a exclusão efectiva da escola encontram-se tão cerceadas por regulamentos, requerimentos, votações e reuniões escolares que qualquer professor prefere prescindir delas: com todo este aparato, ele castigar-se-ia sobretudo a si próprio. Como os alunos estão a par disso, ainda fazem troça dele. Ora, como os professores são oficialmente culpados pelos seus próprios problemas, são empurrados para a via da mentira; fazem segredo das suas próprias dificuldades. Um discurso público (troca de pensamentos e opiniões) em que os seus problemas pudessem ser confrontados, não existe. Deste modo quebra-se a solidariedade entre os professores, que passam a concorrer uns com os outros com uma mentirosa política de imagem pública. Fingem-se bem-sucedidos e fazem de conta que não têm problemas. Na realidade, muitos de entre eles encontram-se profundamente desmoralizados. (…) Em resumo, as escolas estão num estado tão lastimável que a miséria permanece completamente desconhecida, visto a sua dimensão ser inconcebível. Isto não significa que não existam, aqui e acolá, escolas funcionais, conselhos executivos empenhados e professores bem-sucedidos, assim como alunos medianamente felizes. Talvez até existam bastantes. Mas escolas assim já não são a regra, mas a rara excepção. (…)” Calma, o texto pretende desmascarar a realidade educativa da Alemanha actual. É um extracto do livro “Bildung – Alles, was man wissen muss", escrito em 1999 por Dietrich Schwanitz, que vendeu naquele país mais de meio milhão de exemplares. Em 2004 foi alvo de uma polémica tradução e edição, em Portugal, pelas Publicações Dom Quixote, com o título: “Cultura – Tudo o que é preciso saber”. Felizmente que a realidade portuguesa é bem diferente, e o nosso ensino navega num ledo, quedo e fragrante mar de rosas… Ou serão laranjas?

Apache, Dezembro de 2007

domingo, 2 de dezembro de 2007

Eles comem tudo... (2)

Segundo noticia a revista “Focus”, António Mexia, ex-ministro e actual presidente executivo da EDP, nomeou um novo assessor jurídico, que irá auferir um vencimento de 10 mil euros por mês. O escolhido foi o líder da bancada parlamentar do PSD e ex-primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes. A vida é bela.
Apache, Dezembro de 2007

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Desta vez, a ciência perdeu

A vida é mesmo assim, feita de vitórias e derrotas e a História da Humanidade está pejada de avanços e de retrocessos, de períodos de luz e de épocas de trevas, não valendo a pena dramatizar excessivamente. De facto, à pouco mais de um mês atrás, tinha destacado em três publicações consecutivas e complementares, a decisão de um tribunal londrino considerar provada a existência de nove erros no DVD de Al Gore “Uma verdade inconveniente” e, uma vez que em Inglaterra é obrigatória a exibição do “documentário” a todos os adolescentes, entendeu o juiz que os professores, imediatamente antes ou logo após a exibição do dito, deverão alertar os alunos para o facto de este conter opiniões políticas contrárias ao conhecimento científico actual.
Esta é, do ponto de vista da ciência, apenas uma meia vitória, pois o documentário, poderia ser visualizado em qualquer lado, menos nas aulas de ciências, onde é suposto aprender-se ciências. E o único ensinamento que resulta da visualização do DVD é que tanto no passado como no presente, pessoas de elevada responsabilidade, muito têm contribuído para a criação de mitos que em nada contribuem para a evolução do conhecimento científico e para o progresso da humanidade.
Soube hoje, através de uma colega, que à poucos dias, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, decidiu por cinco votos contra quatro, considerar o dióxido de carbono, um gás poluente.
Sim, eu sei que é vulgar aparecer na comunicação social idêntica classificação, até já se chegou ao cúmulo de o considerar tóxico, mas obviamente, ninguém espera que a maioria dos jornalistas, seja, em matéria de ciência, pouco mais que analfabeta, de facto, ninguém é mestre em todas as artes e a sua formação académica é, na generalidade dos casos, na área das letras.
Sim, eu sei, e neste caso é gravíssimo que assim seja, que muitos autores de manuais escolares (alguns deles, professores universitários) escrevem semelhante aberração nos mesmos. Conheço alguns manuais de 10º ano, da disciplina de Física e Química A e (pelo menos) um da disciplina de Química do 12º ano, onde o dióxido de carbono é considerado poluente. Neste último manual, chega-se mesmo ao ridículo de escrever que o vapor de água não tem efeito de estufa, ele que é o responsável por mais de 90% desse efeito, na atmosfera terrestre.
Sim, eu sei que não podemos criticar os tribunais sempre que as decisões são contrárias à nossa opinião e considerar que não têm competência para tal decisão, mas mostrarmo-nos agradados quando as decisões vão mais de encontro ao que pessoalmente defendemos.
Mas, acontece que, apesar de ambas as decisões (do tribunal inglês e do norte-americano) versarem assuntos científicos, o primeiro caso, parece-me de facto, susceptível de decisão judicial, enquanto o segundo, não.
No primeiro caso (tribunal inglês), discutia-se se era ou não legítimo o governo britânico obrigar os professores a exibir, em contexto de sala de aula de ciências, um filme que difunde uma ideia nada consensual na sociedade e totalmente rejeitada por inúmeros cientistas, ainda que aceite por alguns outros (sabe Deus com que contrapartidas) .
Entendeu o juiz, que tal obrigatoriedade de exibição é legítima, em nome da liberdade de expressão e da competência do governo na definição das políticas educativas (decisão com a qual não concordo, por causa da obrigatoriedade imposta). Entendeu também que devem, no entanto, ser destacados pelos professores, vários erros, facilmente perceptíveis (mesmo para o juiz) que atropelam a “verdade” científica, em nome do rigor que a esta se associa.
No segundo caso (tribunal norte-americano), entendeu o Supremo ser competente para decidir uma matéria estritamente científica, de incluir ou não, o dióxido de carbono na lista das substâncias poluentes. Tal decisão (certa ou errada) só podia, a meu ver, ser tomada por um organismo composto apenas por pessoas com elevada formação académica na área científica. Apetece-me perguntar, porque não se pronuncia o Supremo americano, pela decisão tomada em Agosto de 2006, pela União Astronómica Internacional, de "despromover" Plutão da categoria de planeta, logo o único que havia sido descoberto por um astrónomo americano?
Ao tomar conhecimento da cómica decisão judicial, lembrei-me do (este, tristemente) célebre episódio "medieval", de 1616, em que Galileu enfrenta a decisão do Tribunal do Santo Ofício, de considerar herético o Modelo Heliocêntrico do Sistema Solar, do padre Copérnico, que Galileu tanto se esforçou por demonstrar, e que, ao que parece, tê-lo-ia levado ao churrasco, não fora a sua amizade pessoal com um destacado cardeal romano, pouco depois eleito papa, Urbano VIII.
Em pleno século XXI, alguns políticos parecem continuar a querer guardar para uma elite dirigente restrita (e acéfala), o conhecimento científico e tecnológico que muito poderia contribuir para o progresso e para a redução das tremendas desigualdades sociais que o mundo, cada vez mais enfrenta. Pelo contrário, empenham-se pessoalmente e esbanjam fortunas na criação de mitos idiotas, para que alguns continuem a recolher fortunas colossais à custa da miséria de milhões.
Apache, Novembro de 2007

terça-feira, 27 de novembro de 2007

A semana passada...

Ficámos a saber que o actual presidente de Timor Leste, José Ramos Horta, propôs o outro José, o “Burroso” para Prémio Nobel da Paz. Se olharmos para a lista de facínoras que já receberam o prémio, o José Manuel, ao pé deles é um Betinho. Mas não me parece bem que o também Nobel (Ramos Horta), se esqueça das outras três amigas da tertúlia açoriana. É que segundo consta, as meninas das esquinas conhecem-se todas umas às outras e não perdem uma oportunidade de pagar a gratidão das amigas.

A semana ficou também marcada pela acusação do líder da JC, Pedro Moutinho, ao líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, de este ser um dos protagonistas dos “distúrbios revolucionários” do verão de 1975, data em que Bernardino Soares tinha apenas 4 anos de idade. Parece-me muito provável que Pedro Moutinho tenha razão. De facto, após ter tido acesso ao diário que Bernardino Soares escreve desde os 6 meses de idade, pude ler, em vários dias de Junho de 75, várias referências onde o autor se congratula com uma série de “vitórias em prol da correcta distribuição de riqueza” obtidas a custo de alguma desordem pública, em que participou. Destaco o xixi feito no Largo do Caldas, mesmo em frente à sede Centrista, em reivindicação de um rebuçado, no mínimo, a todos aqueles a quem por motivos devidamente justificados não fosse atribuído, o respectivo subsídio de época, vulgo “tostãozinho para o Santo António”.

Ficámos ainda a saber, pelo Sr. Ministro do Ambiente, que este ano, Portugal vai exceder a quota de emissões de dióxido de carbono, em 9 milhões de toneladas e por isso, vai ter de pagar 200 milhões de euros. Como medida futura, a vigorar já no próximo ano, evitando repetir a “multa”, sugiro que, todos os portugueses, os respectivos periquitos, canários, cães, gatos e restantes animais de estimação, bem como os galináceos (de aviário ou não), porquinhos (e limpinhos), coelhinhos (e coelhinhas), quadrúpedes e afins, retenham a respiração durante um em cada 10 minutos. Tal medida deverá, nos meus modestos cálculos, poupar entre 10 e 15 milhões de toneladas do indesejado, cumprindo assim as quotas e poupando 200 milhões de euros dos nossos impostos, que ficam assim disponíveis para serem esbanjados noutra taradice qualquer. Entretanto, para este ano, proponho uma solução que custará metade do preço. O Sr. Ministro do Ambiente, ficará encarregado de entregar em morada a combinar, os nove milhões de toneladas de dióxido de carbono em excesso (que deve ser a quantidade que a nossa indústria vai emitir até ao fim do ano), devidamente engarrafados, evitando serem dispersos pela atmosfera, conjuntamente com o pagamento de apenas 100 milhões de euros (pronto, 50 milhões, que é por uma boa causa e eu também quero contribuir para salvar o planeta e ainda poupar 150 milhões de euros ao erário público). Entretanto, vou andando, que preciso de fazer uns telefonemas para a indústria de refrigerantes e para umas quantas fábricas de extintores a dizer-lhes que tenho para venda, a preços promocionais, verdadeiramente imbatíveis, elevado “stock” de dióxido de carbono.

Apache, Novembro de 2007

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Por qué non te callas?

Segundo noticiava a “Lusa”, ontem, no final do jogo de futebol entre Portugal e a Finlândia, que terminou empatado a zero, resultado que permitiu a Portugal o apuramento para o Euro 2008, o seleccionador nacional abandonou energicamente a sala de imprensa do estádio do Dragão, tendo repudiado todas as críticas feitas pela comunicação social nos últimos jogos. "Portugal consegue a qualificação e o burro sou eu?” Pois… O burro é o Gilberto Madaíl, ao ter recorrido para a UEFA do castigo de 4 jogos de suspensão, na sequência da agressão a Dragutinovic. É que nos 3 jogos em que estiveste suspenso, Portugal ganhou sempre. O seleccionador explicou que Portugal esteve 11 jogos sem perder, conseguiu nova qualificação num "grupo complicado" e fez hoje, no empate com a Finlândia, uma "exibição boa, dentro daquilo que tinhamos planeado." Bom… Nos 14 jogos de apuramento, Portugal conseguiu 7 vitórias (apenas 4, contigo sentado no banco), 6 empates e uma derrota. Portanto, ganhou 50% dos jogos. Com 8 vitórias em apenas 12 jogos (67%) a Escócia ficou fora do apuramento, num grupo que continha a França e a Itália (finalistas do último mundial) e a Ucrânia (que chegou aos quartos de final), mas “complicado” era o nosso grupo. Com as mesmas 7 vitórias (que nós), mas em apenas 12 jogos (portanto 58% de vitórias) ficaram também fora do apuramento, a Noruega, a Inglaterra, Israel e a Bulgária. Ou seja, 5 equipas conseguiram melhores resultados que nós e ficaram fora da fase final e o nosso grupo era... "complicado". Quanto à boa exibição, "dentro daquilo que tinham planeado", concordo em absoluto. O que tu ainda não percebeste é que nós não gostamos desses planos, em que uma equipa com bons jogadores e um treinador pago a peso de ouro, com dinheiro dos nossos impostos, joga para o empate, em casa, frente a uns rapazes altos e louros… Deixa lá, depois fazemos-te um desenho. "Porque não fizemos nenhum golo? Se não estivesse lá o guarda-redes, se calhar teríamos feito.” Pois… Se calhar… Não é certo, porque este era também um jogo "complicado". “Peço desculpa, mas não preciso de estar aqui". Era isso mesmo que estamos a tentar dizer-te, há vários messes… O seleccionador (…) explicou que é sempre "preciso sofrer para atingir qualquer qualificação". Mau, afinal ainda aí estás? Esquece essa parte do sofrimento, a “malta” já pratica o sadismo com os políticos… "Será que vocês não conseguem ver nada de bom naquilo que nós fazemos?" Era aquela fase em que ias embora, mas… Luiz Felipe Scolari questionou ainda os jornalistas: "Será que só tem porcaria e ruindade no nosso trabalho?" Não! Tem porcaria e ruindade em muito mais sítios… Conheces a zona de São Bento?... Ainda sobre o resultado, justificou-se… "Estava a chover e o campo estava pesado.” Claro… A ideia de andarem de um lado para o outro com o relvado às costas, não era de facto a melhor, foi bom teres optado por outra táctica. “Depois, a Finlândia tem oito jogadores muito altos” E louros! Mas isso foi o que eu disse, pôrra… Não consegues dizer nada, original? Antes de abandonar a sala de imprensa, afirmou ainda… "Ninguém me defendeu. Eu faço mais por Portugal do que alguma vez fiz pelo Brasil. Não compreendo". Não, estás a fazer confusão… Quem não compreendeu essa tua ideia parva de ires defender o Cigano, foi o Ricardo Araújo Pereira, se bem que... sinceramente, eu também não percebi… Agora, não te defendermos, tem toda a lógica, tu revelaste-te o melhor pugilista que já passou pelos comandos da nossa selecção. Bom... esquece isso e põe-te a milhas... Nããããoooo... Não é para apanhares o autocarro para Lisboa...

Apache, Novembro de 2007

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

An Inconvenient Truth (once again)

O gráfico acima representa a variação da temperatura média global da Terra, em graus Celsius, medida por satélite, entre Outubro de 2001 e Setembro de 2007.
É obvio que a variação da temperatura global, não é um dado significativo, em termos climáticos, uma vez que alguns locais estão a temperaturas bem mais elevadas que outros.
Coloco-o, porque os apologistas do Aquecimento Global, agora corrigido para Alterações Climáticas (para justificar as ondas de calor, o frio, a chuva, a neve, ou qualquer outra manifestação climatérica) falam sempre da perigosa subida de temperatura provocada pelo Homem devido às emissões de dióxido de carbono provenientes da utilização de combustíveis fósseis.
Mas voltemos ao gráfico…
A linha curva representa as temperaturas médias do planeta, medidas pelos satélites, enquanto a linha horizontal é a recta que mais se aproxima dos valores efectivamente medidos (regressão linear), digamos (grosseiramente) que é a "média" dos valores da curva.
O zero da escala (vertical) corresponde à temperatura média global dos últimos 125 anos.
Da análise do gráfico, concluímos que:
1º - A temperatura média da Terra subiu no último século, cerca de 0,56 ºC, apesar de valores bem mais elevados aparecerem continuamente na comunicação social;
2º - Nos últimos 6 anos, não foi verificada qualquer alteração na temperatura média global, esta permaneceu constante. Apesar de serem frequentes notícias em sentido contrário.
Aproveito para acrescentar que as emissões de dióxido de carbono “industrial” para a atmosfera aumentaram sempre a ritmo constante durante o mesmo período.
Em defesa da balela a que chamam “consenso científico” (o que quer que isso seja), argumentarão alguns que 6 anos é pouquíssimo tempo para tirar conclusões sobre a evolução do clima… Claro que sim, e cem também!
P.S. O gráfico é da autoria do Goddard Institute For Space Studies (GISS) da NASA.
Apache, Novembro de 2007

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

E o vencedor é…

Foram hoje conhecidos os vencedores dos prémios com que o Ministério da Educação pretende comprar a subserviência dos docentes às políticas que ao longo dos últimos anos têm vindo a destruir o já pouco que restava de qualidade no ensino em Portugal.
Recordo que às quatro categorias de mérito (Carreira, Inovação, Liderança e Integração), materializados em Diplomas de Mérito Pedagógico, concorreram 30 espertezas saloias. Teresa Pinto de Almeida, docente de Inglês na Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto, venceu o prémio Carreira, enquanto Ana Paula Canha, que lecciona Biologia na Escola Secundária de Odemira, foi distinguida com o Prémio Inovação. O Prémio Liderança foi atribuído a Armandina Soares, presidente do Conselho Executivo da Escola Básica do 2º e 3º Ciclos de Vialonga. E, por decisão unânime do Júri, presidido por Daniel Sampaio, o prémio Integração não foi atribuído.
Ao mais “cobiçado” dos prémios, intitulado “Prémio Nacional do Professor”, no valor de 25 mil euros, concorriam 35 oportunistas (menos de 0,02%, dos professores lusos), tendo a láurea, sido atribuída a Arsélio de Almeida Ribeiro, que lecciona Matemática na Escola Secundária José Estêvão, em Aveiro.
Arsélio Martins, tem 35 anos de serviço, contando no seu vasto currículo com a participação numa série de “eventos” de que certamente se orgulharia qualquer “boy”, tendo entre outras actividades, sido formador de docentes e integrado equipas de revisão dos programas de Matemática, desde 1995, sendo portanto responsável directo pelo estado caótico do ensino. Na década de 80 foi dirigente do Sindicato de Professores da Região Centro e actualmente é activista do Sindicato de Professores do Norte, sendo portanto co-responsável (por inércia subserviente) pela publicação dos vergonhosos diplomas legais produzidos pela Madame Lulu, nomeadamente, o que rege os concursos de docentes, o (novo) Estatuto da Carreira e o agora tão badalado, novo Estatuto do Aluno.
Acumula ainda as funções de representante (eleito) pelo Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Aveiro.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma cerimónia onde estiveram presentes, além da Madame, o Sr. Lelé (o tal que perdeu o mandato de Vereador na Câmara Municipal de Penamacor, por excesso de faltas injustificadas, e que acha que quem falta muito são os professores) e o Seu Zé (que diz que é uma espécie de Engenheiro, por antecipação do “novas oportunidades”), afirmou: “Penso que sou um professor comum. O que me diferencia é sobretudo a participação cívica de que nunca abdiquei".
Não sejas modesto Arsélio, tu não és um professor comum, o teu currículo envergonharia a maioria de nós, para ser sincero (independentemente das competências que possas demonstrar nas actividades desenvolvidas com alunos, as quais não comento, por não conhecer), eu nem sei bem se te podemos chamar professor, pois ao longo dos 35 anos de carreira, deve ter sido muito pouco, o tempo que gastaste em actividades educativas, junto dos alunos. O que te distingue dos outros é esta tua capacidade para “surfar no esgoto”, de sorriso no lábio e coxinha destapada, com o ar mais angélico, tal qual a Madame que agora te premiou.
Eu exemplifico para que percebas melhor…
Estiveste na mesma sala que a corja dos fantoches que já citei, e não levantaste a voz contra o encerramento de milhares de escolas; nem contra as péssimas condições de muitos outros milhares; nem contra o facilitismo imposto pelo Ministério, para mascarar o insucesso; nem contra a inexplicável divisão da carreira docente em duas categorias e negação do acesso ao topo a dois terços dos docentes, independentemente do seu mérito profissional; nem contra o congelamento das carreiras, que vigora desde 2005; nem contra as constantes campanhas mentirosas do Ministério, visando denegrir a imagem pública dos docentes; nem contra o aumento do tempo que os docentes passam na escola, com consequente diminuição do tempo para preparar aulas e materiais de apoio, diminuindo assim a qualidade do ensino; nem contra os currículos ridículos que ajudaste a construir, onde, por exemplo a Físico-Química exige competências matemáticas de conteúdos que essa disciplina (a Matemática) ainda não abordou, os mesmos currículos que retiraram tempo precioso a várias disciplinas, em favor da palhaçada a que chamaram Áreas Curriculares não Disciplinares; nem contra a vergonha que agora se denuncia na blogosfera, de professores contratados para leccionarem actividades de enriquecimento curricular (AEC), que não recebem salário à vários meses (ver “post”, que o “ Carreira” publicou no blogue “Cegueira Lusa”); nem contra a perda de poder de compra dos professores, verificada continuamente nos últimos 7 anos, etc., etc., etc. Nem sequer uma palavra crítica contra o mais cínico governo e o mais abjecto Primeiro-Ministro português dos últimos 30 anos… E és tu, sindicalista à 20 anos, de um Sindicato associado a partidos da oposição, como seria se não fosses?
Não Arsélio, não és um professor como os outros, até agora eras apenas uma “garota de programa” que, nos intervalos da leccionação, ganhava uns trocos extra nas esquinas do poder, agora, repito, nada de modéstias, o prémio é inteiramente merecido, o teu currículo, associado a este concurso e, à visibilidade desta venda pública, por 25 mil euros, fazem de ti, uma verdadeira “Rainha das Putas”.
Apache, Novembro de 2007

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Diz que é uma espécie de orçamento

O Orçamento de estado para 2008, em debate na Assembleia da República, prevê cerca de 62 milhões de euros para despesas de deslocação de membros do governo, um aumento de quase 19% face a este ano de 2007, que conta, no segundo semestre, com a presidência portuguesa da União Europeia, indutora (pensava eu) de um incremento do número de viagens de longa distância.
Felizmente, este ligeiro acréscimo de despesa, perfeitamente justificável por “razões de estado” [cito Correia de Campos, Ministro da Saúde, justificando ao dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a razão porque o Governo está a despedir enfermeiros imprescindíveis ao funcionamento do Sistema Nacional de Saúde], em nada prejudicará a nobre tarefa de redução do défice (para a qual fomos tão gentilmente convidados pelo governo, a contribuir), como seria de esperar, dada a nata dos gestores públicos que compõem o executivo, se ter precavido, e previsto no mesmo orçamento (para 2008) que sejamos premiados com um aumento de impostos que ronda os dois mil milhões de euros.
Assim, sim… ainda me convencem a fazer campanha pelo PS em 2009.
Apache, Novembro de 2007

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O Triunfo dos Porcos… da “Playa Giron”

A Assembleia Geral da Nações Unidas, votou ontem, pela 16ª vez, desde 1992, uma resolução que incita os Estados Unidos a levantarem o embargo económico a Cuba, que mantêm há 45 anos, após o fracasso do ataque à Baía dos Porcos, em Abril de 1961.
Segundo o governo cubano, os custos (para a ilha) das quatro décadas e meia de embargo, ascendem a 222 mil milhões de dólares.
A resolução que condena as sanções impostas pelos EUA foi aprovada com 184 votos a favor, 4 contra (dos Estados Unidos, Israel, Palau e Ilhas Marshall) e uma abstenção (dos estados Federados da Micronésia).
As decisões da Assembleia Geral da ONU não são vinculativas, pelo que, à semelhança do que aconteceu com a aprovação das 15 resoluções condenatórias anteriores, tudo continuará na mesma, presume-se que em estrito respeito pelos valores da “democracia”, que é como quem diz, pelo respeito aos direitos da (suprema) minoria de 4 contra 184.
Apache, Outubro de 2007

domingo, 28 de outubro de 2007

Biocombustíveis ou necrocombustíveis?

Ontem, na Comissão de Direitos Humanos da ONU, Jean Ziegler pediu uma moratória de 5 anos na produção de biocombustíveis, de forma a permitir o desenvolvimento de tecnologias que em vez de utilizar o milho, o trigo ou a cana-de-açúcar na produção de etanol, utilizem os lixos agrários, tais como as folhas de bananeira ou as folhas do milho.
Jean Zieegler, de 73 anos, sociólogo, ex-professor universitário em Geneva (Suíça, sua terra natal) e em Sorbonne (Paris), autor de vários livros polémicos, tais como: A fome no mundo explicada ao meu filho”; “Os Senhores do Crime”; “Os Rebeldes”; “Os novos Senhores do Mundo”; ou o best-seller “O Império da Vergonha” é actualmente (desde 2000) Relator Especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação. Discursando perante a Comissão, denunciou que, apesar de 854 milhões de pessoas sofrerem de subalimentação e de mais de 36 milhões morrerem de fome, em cada ano (70 em cada minuto), 6 milhões delas, crianças com menos de 5 anos de idade, assiste-se actualmente a uma utilização de terrenos agrícolas para a produção de milho, trigo e outros cereais e cana-de-açúcar, para a produção de álcool, com vista à redução da dependência do petróleo e isto, afirmou “é um crime contra a humanidade”.
Ziegler recordou que o milho é a base da alimentação de suínos, bovinos e aves e que o seu preço nos mercados internacionais duplicou no último ano, enquanto o trigo aumentou 30%. Tal, conduz inevitavelmente a um aumento do preço de bens essenciais, como o pão, a carne, o leite e os ovos, contribuindo ainda mais para a difusão da fome no mundo. Lembrou que o milho necessário para produzir (apenas) 50 litros de etanol (cerca de 250 kg) podia alimentar uma criança durante um ano. Voltou também a condenar o negócio da privatização da água em cada vez mais países, enquanto 2 mil milhões de pessoas, quase um terço da humanidade, continua sem acesso a água potável.
Continuou, dizendo que nunca como agora, se produziu tanto, o Produto Mundial Bruto duplica a cada 10 anos, a tecnologia permite alimentar o dobro da actual população mundial, mais de 70% da superfície do planeta está coberta de água e, ainda assim, a fome, a sede, as epidemias e as guerras, matam por ano 60 milhões de pessoas, mais do que a Segunda Guerra Mundial matou, em seis anos de conflito.
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Dimmock, versus Al Gore… (3)

Erro nº 8: O Furacão Katrina.
Na cena 12 são exibidas imagens de Nova Orleães, que patenteiam a devastação provocada pelo furacão, cujo efeito foi atribuído ao aquecimento global.
A opinião do juiz…
É entendimento comum (refere-se às partes em conflito) que não há evidência que o comprove.
A minha opinião…
Excepção feita, aos oportunistas do costume, entenda-se políticos e jornalistas que opinam sobre tudo, como se fossem especialistas em todas as matérias, não é fácil encontrar alguém que consiga estabelecer uma relação de causa-efeito, entre o aumento de temperatura à superfície da Terra (tanto do ar, como da água do mar) e o número ou a intensidade dos ciclones (tempestades tropicais ou furacões), para um dado período de tempo.
É opinião da esmagadora maioria dos cientistas, mesmo os do IPCC, que não existe relação entre o aumento de temperatura e o número ou a intensidade dos ciclones.
Para que se forme um ciclone têm de se verificar cinco condições simultâneas: a existência de um campo de baixas pressões (depressões) nas camadas baixas da atmosfera; o desencadear de uma corrente de ar ascendente; a formação e posterior acentuação de um vortex; a auto-sustentação da corrente ascendente nas camadas altas (transporte horizontal) por correntes de ar quentes e húmidas (por exemplo, ventos alísios); uma estrutura vertical sem estratificação, que provoque uma compressão do ar, de cima para baixo.
Já agora, importa referir que, apesar do elevado número de vítimas e de estragos, o furacão Katrina não consta da lista dos 10 furacões mais violentos da história da meteorologia (que começou em 1880). O primeiro lugar desta lista é ocupado pelo São Ciriaco (1899), cerca de 4 vezes mais forte que o Katrina, seguido do Donna (1960), com uma energia 3,5 vezes superior à do furacão que em 2005 destruiu Nova Orleães.
Importa ainda destacar, que o ano de 2006 apresentou um número total de ciclones muito abaixo da média dos últimos 100 anos.
Erro nº 15: A morte dos ursos polares.
Na cena 16, uma animação de computador mostra um urso polar nadando desesperadamente em busca de um pedaço de gelo, o Sr. Gore diz: “um novo estudo cientifico revela pela primeira vez que os ursos polares têm de nadar, mais de 100 quilómetros, para encontar um pedaço de gelo. Muitos afogam-se antes de o conseguirem.”
A opinião do juiz…
O único estudo científico que me chegou, indica a morte de 4 ursos, por afogamento, durante uma violenta tempestade polar. O que não significa que no futuro não possam surgir relatos da morte de ursos por afogamento, se os gelos do pólo Norte regredirem muito mais. Mas isto não sustenta no presente a descrição do Sr. Gore.
A minha opinião…
Obviamente, Gore voltou a inventar. A academia de Hollywood gosta de filmes dramáticos.
Erro nº 13: Os recifes de coral.
Na cena 19, o Sr Gore diz: “Por causa do aquecimento global, os recifes de coral, por todo o mundo, estão a descorar e terminam como este. Todas as espécies de peixe que dependem dos recifes estão também em perigo como resultado disso. O desaparecimento das espécies ocorre agora mil vezes mais depressa do que ocorreria de forma natural.”
A opinião do juiz…
O IPCC, expressa no seu último relatório que, se a temperatura da Terra subir um a três graus Celsius, é possível que venhamos a assistir a uma mais acentuada descoloração e morte de corais, mas é impossível separar o factor climático dos outros factrores que aumentam os níveis de stress da espécie, como a pesca intensiva ou a poluição das águas.
A minha opinião…
Os corais são espécies particularmente sensiveis, é portanto admissivel que se no futuro houver uma subida, ainda que pequena da temperatura da água do mar junto aos recifes, algumas espécies possam vir a sofrer consequências graves. No entanto, nos últimos anos, comparando com os valores médios, não se tem verificado um aumento da temperatura das águas. A referência de Gore a uma aceleração de mil vezes no desaparecimento das espécies habitantes dos recifes é (uma vez mais) especulativa, carecendo totalmente de fundamento.
Por decisão do tribunal, aquando da passagem do DVD “ An Inconvenient Truth” nas aulas, além do alerta aos alunos, a que já fiz referência em publicação anterior, de que a opinião apresentada no documentário é política e que a informação nele contida é exagerada, incoerente e carente de fundamento científico, deverão ainda os professores ingleses, assinalar devidamente os nove erros destacados no documento do tribunal. Se o não fizerem, violam os artigos 406º e 407º do “Education Act 1996” podendo ser culpabilizados por doutinação política.
P.S. A ordem que escolhi para apresentação dos erros do DVD de Al Gore, dados como provados, é a que consta do documento tornado público pelo tribunal londrino.
Apache, Outubro de 2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Dimmock, versus Al Gore… (2)

Erro nº 3: Relação directa entre o aumento de dióxido de carbono na atmosfera e o aumento de temperatura, por referência a dois gráficos.
Nas cenas, 8 e 9, o Sr. Gore mostra dois gráficos referentes aos últimos 650 mil anos. Um, mostra a variação de dióxido de carbono na atmosfera e o outro, a variação de temperatura, afirmando que eles "se ajustam na perfeição".
A opinião do juiz…
Embora a generalidade dos cientistas concorde que há uma conexão entre os dois gráficos eles não permitem retirar a conclusão que o Sr. Gore tira.
A minha opinião…
Os gráficos em causa (reduzidos aos últimos 420 mil anos), foram por mim sobrepostos e publicados no final da publicação datada de 21 de Setembro de 2007.
De facto, eles mostram uma relação directa entre o aumento da concentração de dióxido de carbono, na atmosfera terrestre e o aumento de temperatura, ou seja, é correcto concluir que os dois acontecimentos estão relacionados. No entanto, não se pode concluir (ao contrário do que Gore faz) que é o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera que causa o aumento de temperatura, porque este (o aumento de temperatura) precedeu o outro (o aumento do dióxido de carbono) em cerca de 800 anos. Também não é possível concluir que o aumento do dióxido de carbono atmosférico, verificado nos últimos dois séculos é causado pela queima, por parte do Homem, de combustíveis fósseis (antropogénico), porque a concentração deste na atmosfera, atingiu valores idênticos aos actuais, milhares de anos antes da revolução industrial.
Erro nº 14: As neves do Kilimanjaro.
O Sr. Gore afirma na cena 7 que o desaparecimento da neve, no cume do monte Kilimanjaro se deve expressamente ao aquecimento global.
A opinião do juiz…
É consensual entre a comunidade científica que não se pode atribuir a culpa do recuo da neve no Monte Kilimanjaro às alterações climáticas que possam ter sido induzidas pelo Homem.
A minha opinião…
O Monte Kilimanjaro está situado na Tanzânia, próximo da fronteira com o Quénia, junto do equador (a uma latitude de 3º Sul). A “teoria” do aquecimento global, profetiza uma acentuada subida de temperatura junto dos pólos terrestres, aproximando os seus valores de temperatura, das verificadas no equador, não prevendo, portanto, alteração significativa nos valores destas últimas. No último século, tem-se assistido a uma ligeiro arrefecimento da região onde se situa o monte. O Kilimanjaro é parte de um conjunto montanhosos constituído por mais três montes, o Shira, o Mawenzi e o Kibo, os quatro, de origem vulcânica, encontrando-se este último em actividade, sendo facilmente observada com frequência a libertação de fumos. Acresce ainda o facto de estarem instaladas no cume do Kilimanjaro, várias antenas de telemóvel, que fazem dele, o ponto mais alto da Terra, com cobertura de rede GSM.
A associação sugerida por Gore, da contracção do manto de neve ao alegado aquecimento global é, portanto, perfeitamente ridícula.
Erro nº 16: O Lago Chade.
A diminuição da quantidade de água contida no Lago Chade é usada por Gore, como primeiro exemplo dos catastróficos resultados do aquecimento global.
A opinião do Juiz…
É aceite pela generalidade dos cientistas que não há evidência suficiente para estabelecer esta relação. São normalmente apontadas outras causas para o acontecimento, como o aumento da população na área, com consequente aumento de gado a pastar e também alterações climáticas muito localizadas.
A minha opinião…
Mais uma vez, na ausência de provas da sua “teoria”, Al Gore inventa-as. O Lago Chade tem uma profundidade média inferior a 2 metros e apesar de ser muito importante enquanto fonte de água da região, não passa de uma grande poça de água proveniente do pequeno Rio Chari. O lago começou a secar à 15 mil anos, aquando do início do último aumento significativo da temperatura da Terra (ver novamente o gráfico do “post” de 21 de Setembro) e actualmente tem menos água, porque há mais consumo devido ao aumento da população e porque chove menos na região, porque o gado come a pouca vegetação do local secando significativamente o ar. A ser verdadeira a “teoria” do aquecimento global, este implicaria um aumento da humidade do ar e consequente crescimento acentuado de vegetação. (continua…)
Apache, Outubro de 2007

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Dimmock, versus Al Gore…

Ainda sobre o diferendo que opôs num tribunal inglês, o Encarregado de Educação, Stuart Dimmock, à antiga Secretaria de Estado da Educação (actual, Secretaria de Estado para as Crianças, Escolas e Famílias), a propósito da exibição, obrigatória nas escolas, do documentário de Al Gore, “Uma Verdade Inconveniente”, achei que seria interessante apresentar aqui a opinião do Juiz, não porque este apresente algo de cientificamente novo, no debate sobre a alegada antropogenia do “Aquecimento Global”, mas antes, porque tratando-se de um leigo no assunto, acabou por ouvir especialistas na matéria e formar a sua opinião pessoal, desapaixonada e descomprometida com quaisquer dos lados em conflito.
Recordo que Dimmmock, pai de dois adolescentes, pedia que o filme fosse banido das escolas por ser inadequado à faixa etária e conter várias incorrecções científicas, concluindo que o DVD promove uma autêntica “lavagem cerebral” (palavras do próprio) aos jovens alunos.
Apesar de se decidir pela não proibição da exibição do documentário, o Juiz, Justice Burton, do “High Court of Justice” de Londres, considerou provada a existência, no filme, de nove erros (mais dois que incluiu nestes nove), dos 18 que eram apontados pela acusação.
Erro nº 11: O nível do mar vai subir 7 metros devido à fusão do gelo da Gronelândia, ou da Antárctida Ocidental.
Na cena 21 (das 32 em que se divide o filme), Al Gore afirma: “Se o gelo da Gronelândia fundir, ou se metade do gelo da Antárctida Ocidental fundir, é isto que pode acontecer ao nível do mar na Florida. Isto é o que pode acontecer na Baía de São Francisco… Muita gente vive nestas áreas. Na Holanda, países baixos, devastação absoluta. A área à volta de Pequim é o lar de dezenas de milhões de pessoas. Pior ainda, em redor de Xangai há 40 milhões de pessoas. Ainda pior, Calcutá e o leste do Bangladeche, é uma área que alberga 50 milhões de pessoas. Pensem no impacto que causam centenas ou milhares de refugiados e agora imaginem o impacto de 100 milhões, ou mais. Aqui é Manhattan. Este é o local do memorial ao World Trade Centre. Depois dos terríveis acontecimentos do 11 de Setembro, nós dissemos – nunca mais. É isto que pode acontecer a Manhattan…”
A opinião do juiz…
“A chamada de atenção do Sr. Gore é particularmente alarmista. É do senso comum, que certamente, se o gelo da Gronelândia derretesse, libertaria esta quantidade de água. Mas para isto acontecer, são precisos mil anos, portanto, este cenário apocalíptico que ele prevê, sugerindo uma subida do nível do mar em 7 metros, num futuro próximo, não está em linha com o consenso científico.”
A minha opinião…
Esta cena é profundamente ridícula. Pode-se calcular o volume de água contido em todo o gelo da Gronelândia, como em qualquer outra calote, mas para que todo esse gelo derreta, tem de haver um aquecimento de vários graus na temperatura média daquela zona, e tal nunca aconteceria devido às nossas reduzidas (em comparação com as naturais) emissões de gases com efeito de estufa. Ainda que todo o gelo da Gronelândia derretesse, parte dessa água evaporaria para a atmosfera e cairia um pouco por todo o planeta, irrigando zonas actualmente muito secas, até as saturar, só uma parte iria para o mar. Devido à maior temperatura ambiente, mais água do mar se evaporava. Portanto, é especulativo estimar a subida do nível do mar com o derretimento do gelo terrestre, e o gelo marítimo não faz variar o nível dos oceanos. Além disso, este cenário apocalíptico pressupunha que o Homem assistia impávido e sereno a alterações climáticas que durariam centenas ou milhares de anos, sem erguer diques de protecção das zonas baixas. Acresce o facto de tanto a Gronelândia, como a Antárctida estarem (na generalidade) a arrefecer, e isto constitui facto científico, não teoria. Aliás, este era outro dos erros apontados pelo Sr. Dimmock e que o juiz considerou estar relacionado com o erro nº 11.
Erro nº 12: Os atóis do pacífico, situados quase ao nível do mar estão a ser inundados, devido ao aquecimento global antropogénico.
Na cena 20, o Sr. Gore afirma: “Esta é a razão pela qual os cidadãos destas nações do Pacífico tiveram de ser todos evacuados para a Nova Zelândia.”
A opinião do juiz… “Não há nenhuma prova que uma evacuação deste tipo tenha alguma vez acontecido.”
A minha opinião…
Uma mentira pura e dura fica sempre “bem” em qualquer campanha política. Al Gore, no seu melhor.
Erro nº 18: O desligar do “convector oceânico”.
Na cena 17, ele diz: “O principal problema, aquele que mais preocupa, e ao qual mais tempo se têm dedicado os estudos, é o do Atlântico Norte, onde a Corrente do Golfo sobe e encontra os ventos frios do Árctico, junto da Gronelândia, evaporando o calor que a corrente transporta, sendo este vapor espalhado pela Europa Ocidental, pelos ventos e pela rotação da Terra… Chamamos-lhe o convector oceânico… No final da idade do gelo, esta bomba de calor foi cortada e a Europa mergulhou numa nova idade do gelo, por mais 900 ou mil anos. Claro que isto não vai voltar a acontecer, porque os glaciares da América do Norte não estão lá. Será que ainda há um grande pedaço de gelo, lá perto? Hum… Sim… [apontando para a Gronelândia]”
A opinião do juiz…
“De acordo com o IPCC é muito improvável que o “conversor oceânico” ou a circulação termohalina meridional sejam interrompidas, embora se possa admitir uma maior lentidão desta última.”
A minha opinião…
O cenário é tão catastrófico que até deu para fazer piadinhas.
De facto, se a Corrente do Golfo fosse interrompida, o Norte da Europa arrefeceria significativamente e correríamos o risco de entrar numa era glaciar. Mas porque motivo seria interrompida a Corrente do Golfo? Só aconteceria se as águas do Norte da Europa fossem tão quentes como as do equador. Ou as do equador, tão frias como as do Norte da Europa, mas esta segunda hipótese está afastada pela admissão da ideia de aquecimento global. E a primeira hipótese causaria ainda mais aquecimento, porque transferiria ainda mais calor das águas para o ar, mesmo sem corrente. Como Al Gore disse, e neste caso, bem, a interrupção da Corrente do Golfo ocorreu no fim de uma era glaciar, prolongando-a ainda mais. Nem os artistas do IPCC, organismo criado para propagandear os estudos e teorias que conduzam à ideia de antropogenia do “aquecimento global”, ignorando os estudos e factos contrários, conseguiu incluir esta ideia “peregrina” no seu cardápio. (continua…)
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Sinais dos tempos… (3)

O vídeo que se segue mostra o outro lado da recente visita do Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, aos Estados Unidos. O encontro, a que a comunicação social não deu relevo, ocorreu na manhã de 24 de Setembro de 2007, no Hotel Intercontinental, em Nova Iorque, e juntou Ahmadinejad e um grupo de Rabis ortodoxos anti-sionistas. A organização judaica, “Neturei Karta Internacional – Judeus Unidos Contra o Sionismo”, teceu rasgados elogios à postura do Presidente iraniano, face ao judaísmo. Algumas dezenas de Rabis, acompanharam de perto toda a visita de Ahmadinejad a Nova Iorque, tendo-se manifestado à porta da sede das Nações Unidas e na Universidade de Colúmbia, os locais mais mediatizados da visita do líder iraniano. Nos vários cartazes que exibiram liam-se criticas vorazes às doutrinas, sionista e norte-americana, tais como: “O Estado de Israel não representa os judeus do mundo”; ”O judaísmo condena as provocações sionistas contra o Irão”; ou “Obrigado Irão, pela vossa bela comunidade judaica”. Em época de fundamentalismo cego, e intolerância ideológica, patrocinados, ao mais alto nível, por quem tem a responsabilidade de transmitir, precisamente os valores opostos, que são a base da nossa cultura, recordo uma vez mais as palavras de Jesus Cristo – “Quem não é contra nós é por nós.”

P.S. Para ouvirem o som do vídeo, não esqueçam de parar o leitor de música.
Apache, Outubro de 2007

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Aquecimento… Global?

A figura abaixo compara as temperaturas actuais da água dos oceanos, com as temperaturas médias desde 1979, e mostra: a negro, os continentes; a branco, o gelo marítimo; a amarelo, as zonas onde a temperatura da água se mantém na média dos últimos 28 anos; a laranja e a vermelho, as zonas onde essa temperatura subiu; e a azul e a roxo, as zonas onde ela desceu. Para os mais distraídos, convém não esquecer que, os oceanos cobrem 71% da superfície da Terra.
O mapa está datado de, 15 de Outubro de 2007 e foi elaborado pela National Oceanic and Atmosferic Administration (NOAA).
Apache, Outubro de 2007

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A metade que convém..

Uma notícia do “Público” do passado dia 5 de Setembro (destacada pela comentadora, Sulista, no “post” abaixo) alerta-nos (uma vez mais) para a redução da área de gelo do Árctico, nos seguintes termos: “A superfície gelada no mar do Árctico atingiu este mês um novo recorde mínimo, com apenas 4,42 milhões de quilómetros quadrados, revela o National Snow and Ice Data Center da Universidade do Colorado, em Denver.”
(Podem continuar a ler a notícia, aqui.)
De facto, como eu já tinha destacado em publicações anteriores, a área total de gelo do Árctico, está a diminuir consideravelmente (se bem que não uniformemente) desde que se registam observações de satélite (1979). No passado dia 16 de Setembro, esse gelo, atingiu o valor mínimo até hoje registado, cobrindo uma área de 2,92 milhões de quilómetros quadrados (*).
A notícia do “Público”, peca no entanto por, ao não referir o recorde (máximo) de gelo no extremo oposto da Terra (Antárctico), dar a ideia de que o gelo total do planeta está a diminuir, o que não corresponde à verdade.
De facto, neste Inverno do Hemisfério Sul, assistiu-se uma vez mais a um aumento da área e do volume de gelo que envolve o Pólo Sul terrestre, sendo que, no dia 1 de Outubro (passado), atingiu-se no Antárctico um recorde máximo de área de gelo marítimo, desde que se registam observações de satélite, tendo este, chegado aos 16,17 milhões de quilómetros quadrados (*). Recordo, uma vez mais que a quantidade total de gelo do planeta se distribui da seguinte forma: Antárctico, mais de 85%; Gronelândia, quase 10%; Árctico, cerca de 4% e cumes gelados das montanhas, menos de 1%. Nos últimos 28 anos, apenas os dois últimos viram a sua quantidade de gelo diminuir, tendo nos outros dois, aumentado significativamente.
A quantidade total de gelo no planeta tem vindo a aumentar nas últimas décadas, o que (conjuntamente com outros factos) leva alguns cientistas a especular se não estaremos a entrar numa nova idade do gelo. Não há, no entanto, suficiente prova científica que permita tirar tal conclusão.
(*) Dados do National Centre of Environmental Predition, organismo pertencente à National Oceanic and Atmosferic Administration, publicados pelo Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de Illinois.
Apache, Outubro de 2007

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Alguém me empresta o catálogo dos furacões, se faz favor

A propósito da tecnologia de controlo climático, a que fiz referência num comentário a uma antiga publicação, vale a pena ler as notícia abaixo, já com (quase) 10 anos.
The Wall Street Journal, Quinta-feira, 13 de Novembro de 1997
A Malásia combaterá a poluição com ciclones
Kuala Lumpur - A guerra da Malásia contra a poluição do ar está prestes a sofrer um novo rumo. O governo quer criar ciclones artificiais para varrer a nuvem de fumo que tem afectado a Malásia desde o passado mês de Julho. “Usaremos uma tecnologia especial para criar um ciclone artificial que limpe o ar”, disse Datuk Law Hieng Ding, Ministro da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. O plano consiste em usar a nova tecnologia russa para criar ciclones - as tempestades gigantes também conhecidas como furacões - para causar chuvas torrenciais, que lavem o fumo e a poeira do ar. “Aprovei o plano, conjuntamente com o Ministro das Finanças”, disse Datuk Law. Uma empresa malaia, a BioCure Sdn Bhd, assinará em breve um memorando de entendimento com representantes da empresa estatal russa, para produzir o ciclone.
Datuk Law recusou-se a revelar a dimensão do ciclone a ser produzido, bem como a forma como o será. “Dos detalhes eu não disponho”, afirmou. Infirmou, no entanto, que o ciclone produzido será “bastante forte”. Datuk Law também se recusou a revelar o custo da iniciativa, mas disse que, de acordo com o combinado “a Malásia não terá de pagar o projecto, se este não funcionar”.
Chen May Yee, correspondente do The Wall Street Journal
BBC World Service, Quinta-feira, 13 de Novembro de 1997
Malásia experimenta a chuva artificial para combater as nuvens de fumo
Numa tentativa de limpar a poluição que cobre partes do sudoeste asiático, há alguns meses, a Malásia vai tentar criar chuva artificial, usando tecnologia russa.
O equipamento russo ainda está em fase de testes, mas as autoridades malaias afirmam que é capaz de criar ventos fortes que produzirão nuvens e abundante queda de chuva. Dizem estar confiantes que o ciclone artificial não provocará danos materiais, nem ambientais.
A Rússia concordou disponibilizar o equipamento, na condição de só ser pago o serviço, se a chuva efectivamente chegar.
Publicado às 20:21 GMT
BBC World Service, Quarta-feira, 19 de Novembro de 1997
Aeroportos indonésios abrem após limpeza do ar
Fonte oficial Indonésia disse que todos os aeroportos do arquipélago estão abertos, pela primeira vez, ao fim de quatro meses, porque a forte chuva que se fez sentir dispersou o pó que cobria vários locais do país.
Informou também que a chuva pôs fim aos incêndios que lavravam nas ilhas de Bornéu e Sumatra, responsáveis pelas nuvens de fumo.
Os fogos começaram quando os agricultores iniciaram a limpeza das terras para as plantações, tornaram-se incontroláveis e lançaram uma tal quantidade de fumo que este cobriu vastas áreas do sudeste asiático, ameaçando seriamente o ambiente e a saúde das populações.
As autoridades de Singapura afirmaram-se esperançadas em que também no seu país o ar seja limpo.
Publicado às 11:58 GMT
BBC World Service, Quarta-feira, 19 de Novembro de 1997
O ar está limpo em todo o sudoeste asiático
O ar está limpo, mas para o ano, tudo se poderá repetir.
Começou a chuva das monções no sudoeste asiático, e caiu com tal intensidade que dispersou por completo a nuvem de fumo que cobriu a região nos últimos quatro meses.
Todos os aeroportos da Indonésia estão agora abertos, pela primeira vez em várias semanas e o céu de Singapura está de novo azul.
As imagens de satélite da área, mostra que todos os fogos da floresta indonésia das ilhas de Bornéu e Sumatra, responsáveis por grande parte do fumo, estão completamente extintos.
Os fogos, iniciados aquando da limpeza das terras para cultivo, criaram tal poluição que dezenas de milhar de pessoas adoeceram, além de terem causado sérios danos ambientais e ao turismo.
Mas na Indonésia teme-se que tudo se repita no próximo ano, se o governo não proibir o uso dos fogos na limpeza das terras.
Publicado às 19:46 GMT
Bom, as duas últimas notícias não confirmam o uso do equipamento referenciado nas duas primeiras, no entanto, ou se tratou de uma coincidência, ou a violenta chuvada que se abateu quase simultaneamente em todo o sudeste asiático na noite do dia 18 e madrugada do dia 19 de Novembro de 1997, foi mesmo obra da tecnologia, que ao contrário do que se diz nas notícias apresentadas, parece ter estado disponível vários anos antes.
Apache, Outubro de 2007

sábado, 13 de outubro de 2007

Prémio Nobel da Paz?

O Nobel da Paz, deste ano (2007), foi dividido entre O IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas) da ONU e Al Gore.
Quanto ao IPCC, resta saber se a intenção do Comité Nobel é atribuir o prémio às pessoas que actualmente nele trabalham, onde se incluem cientistas ao serviço de várias empresas multinacionais, políticos e fazedores de opinião, ou se se deverão considerar também galardoados, as largas dezenas de cientistas que nos últimos anos se demitiram do organismo, por se recusarem a pactuar com o logro científico que constitui a propaganda em torno da responsabilidade das emissões humanas de dióxido de carbono, nas alterações climáticas.
Quanto a Albert Gore Júnior, foi de 20 de Janeiro de 1993 até 20 de Janeiro de 2001, Vice-presidente dos Estados Unidos, ou seja, a segunda figura hierarquicamente mais elevada, da administração americana, presidida durante este período, por Bill Clinton.
No currículo político de Al Gore, constam inevitavelmente todos os crimes cometidos pela administração de Clinton, nomeadamente: os bombardeamentos efectuados pelos Estados Unidos e alguns dos seus aliados, a diversos países; o apoio económico e militar aos terroristas da Bósnia, do Kosovo e da Chechénia, através da Al Qaeda; a violação de várias resoluções da ONU; a utilização de armamento proibido pelas convenções internacionais; a prática de tortura e o ataque militar intencional a alvos civis.
A ordem cronológica dos acontecimentos mais marcantes da governação do pacifista, humanitário e ambientalista...
Iraque, de 1993 a 2001 – A 26 de Junho de 1993 (5 meses depois da tomada de posse de Clinton e Gore), os EUA bombardearam Bagdad com mísseis Tomahawk, enquanto ofereciam avultadas somas de dinheiro ao partido de Iyad Allawi (Acordo Nacional Iraquiano) formado com desertores do regime de Saddam, para o desestabilizar com ataques terroristas, como anunciou o “Independent”, de Londres, a 26 Março 1996. Além disso, mantiveram o embargo que incluía bens de primeira necessidade e medicamentos, e que custaria a vida a mais de um milhão e meio de iraquianos, na sua maioria crianças.
Somália, 1993 - Sob da capa da ajuda humanitária, as forças do general Mohamed Aidid (que se opunha à entrada de tropas americanas no país) foram bombardeadas. Várias organizações independentes afirmaram terem provas do uso, por parte dos EUA, de munições de urânio empobrecido.
Bósnia (à época, República Federativa da Jugoslávia), de 1993 a 1995 – Os EUA estabeleceram uma zona de exclusão aérea; fabricaram a “diabolização” dos sérvios e em simultâneo, fomentaram a guerra civil, com a ajuda financeira, armas e homens provenientes da Al Qaeda, a grupos fundamentalistas islâmicos, bósnios, violando o embargo imposto pelo Conselho de Segurança da ONU na venda de armas a qualquer grupo armado no conflito da Jugoslávia, através de uma rede instalada na Croácia; de acordo com várias notícias publicadas no “The Guardian” e com o relatório governamental holandês que levou a queda daquele executivo. Segundo o referido relatório, Ayman Al Zawahiri, o número dois de Osama Bin Laden (que no início dos anos 90 havia estado nos Estados Unidos, como agente dos US Special Command’s, para recolher dinheiro), chefiou as operações nos Balcãs, onde treinou, com a ajuda da CIA, alguns milhares de “jihad’s” que introduziu no exército bósnio (e na Chechénia, aquando da primeira guerra, em 1995), com vencimentos de 3 mil dólares mensais.
Haiti, 19 de Setembro, de 1994 - Uma força multinacional liderada pelos EUA recolocou no poder, o padre Jean Bertrand Aristides, que em 1991 haviam ajudado a derrubar, em troca de favores concedidos à administração americana. Quanto ao líder deposto, Emmanuel Constant, sobre o qual pesa a acusação do massacre de mais de 45 mil pessoas, recebeu asilo político do governo de Gore e uma reforma milionária, vivendo actualmente numa luxuosa mansão em Queens, Nova Iorque.
Cuba, 18 de Outubro de 1996 - Um avião norte-americano, larga sobre a província cubana de Matanzas uma praga de insectos “thrips palmi” que devoraram milho, pepinos e outros alimentos. Este acto de guerra biológica foi denunciado perante a Assembleia Geral da ONU e consta do documento A/52/128, datado de 29 Abril de 1997, daquele organismo.
Zaire, Libéria e Albânia, 1997 - Tropas (marines) dos EUA intervêm nestes países com missões ainda hoje, não totalmente explicadas.
Sudão, 1998 - É imposto um embargo económico, seguido de um bombardeamento de vários locais. Cerca de uma dezena de mísseis destroem por completo a única fábrica de medicamentos do país. Como consequência, milhares de sudaneses e somalis morreram de doenças endémicas.
Afeganistão, 1998 - Ataque com mísseis sobre antigos campos de treino da CIA utilizados por grupos fundamentalistas islâmicos, acusados pelos Estados Unidos de ataques a embaixadas, mas segundo consta, tratou-se de uma represália por não terem querido combater na Bósnia e na Chechénia.
Iraque, de 1998 a 1999 - Os EUA e a Grã-Bretanha realizaram 10 mil voos, lançando mais de mil bombas.
Jugoslávia, de 24 de Março, a 10 de Junho de 1999 - A NATO bombardeou, primeiro, o Kosovo e depois, o coração da Sérvia.
Tal como já havia acontecido na Bósnia, a CIA manipula a opinião publica, denegrindo a imagem dos sérvios e exacerbando o conflito ético, seguidamente, arma e financia os guerrilheiros kosovares do UCK, que constavam das listas americanas de grupos terroristas e que passam subitamente a aliados estratégicos.
Durante os bombardeamentos, foram lançadas 25 mil toneladas de explosivos, entre elas, bombas de fragmentação e bombas de elevado poder de penetração, enriquecidas com urânio e plutónio, ambas proibidas pelas leis internacionais.
O comandante das forças aéreas francesas da NATO, General Joffret, afirmou que, com o objectivo de forçar a população civil a derrubar Milosevic, evitando a todo o custo uma intervenção no terreno, que causaria pesadas baixas às forças da NATO, a força aérea “recebeu ordens para, se necessário, destruir a vida na Sérvia”. Segundo as suas declarações, nesta missão, foi aberto fogo sobre autocarros e comboios, e até transeuntes sobre pontes, foram aniquilados. Só em Belgrado, duas mil e quinhentas pessoas perderam a vida, cerca de 2200 eram civis, 800 delas crianças. Ficaram feridas mais de 10 mil, entre as quais se contam mais de 4 mil crianças.
Durante os bombardeamentos maciços de objectivos civis, foram atingidos bairros residenciais, pontes, estradas, caminhos-de-ferro, refinarias, instalações fabris de produtos químicos, electrodomésticos, automóveis e material electrónico, estações de rádio e de televisão, escolas, pavilhões gimno-desportivos, igrejas, mosteiros, monumentos e cemitérios. Nem a embaixada da China em Belgrado escapou ao terrorismo da NATO.
Com a agressão da NATO (sob o comando americano), além da lamentável ruína económica e tragédia ambiental, neste ataque contra a Jugoslávia, cometeu-se uma grave violação dos princípios fundamentais do Direito Internacional. Os EUA violaram os mandatos do Conselho de Segurança das Nações Unidas assim como a Acta da sua própria fundação.
O General G. Robertson, na sua carta de 7 de Fevereiro de 2000, confirmou que no Kosovo se utilizaram 31 mil cartuchos de munições contendo urânio, mais 4 mil no resto da Sérvia e que este tipo de armamento é considerado de “destruição maciça” pela Subcomissão para a Protecção e Promoção dos Direitos Humanos.
A guerra da Jugoslávia, fez 200 mil mortos e mais de um milhão de refugiados.
Em Março de 1999, dezenas de juristas de vários países incluindo dos EUA, apresentaram queixas no Tribunal Internacional de Haia, acusando, Javier Solana, Bill Clinton, Al Gore e os mais destacados comandantes da NATO, no terreno, de crimes de guerra e contra a humanidade, mas até agora, o tribunal limitou-se a processar e condenar os Sérvios.
Chechénia, 1999 – Tal como havia acontecido na primeira, nesta segunda guerra, vários combatentes da Al Qaeda, oriundos da Arábia Saudita, Turquia e Jordânia, treinados e financiados pela CIA, no Azerbaijão são infiltrados na República russa para combater ao lado dos rebeldes independentistas.
Timor Leste, 1999 - Os EUA ajudam militarmente o regime indonésio, apoiando assim, indirectamente os massacres perpetrados pelo exército ocupante sobre a população civil. A notícia é do “The Observer”, de 19 de Setembro de 1999.
Fora desta longa lista, ficaram propositadamente, por reduzida informação credível, a associação de Al Gore: à forçada introdução em alguns países do AZT, medicamento de combate à SIDA, que agrava significativamente o estado de saúde dos doentes; ao alegado tráfico de droga internacional, patrocinado há vários anos pela CIA; e à (alegada) preparação pela CIA e Mosad, em 2000, dos ataque do ano seguinte (11 de Setembro).
Com um currículo como o que resumi, e após a “criação” do Aquecimento Global, em sentido contrário às Leis da Física e da Química, era de prever a atribuição do Nobel numa daquelas áreas, ou mesmo em ambas, mas o Comité, prefere repetir a façanha de anos anteriores e premiar, uma vez mais, a chacina em nome da “Paz”.
Apache, Outubro de 2007

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Eles comem tudo…

No “Correio da Manhã” do passado dia 23 de Setembro, lia-se que, de acordo com as declarações de rendimentos disponíveis, os dois ex-ministros Pina Moura e António Vitorino, viram os seus vencimentos anuais dispararem brutalmente, após a renuncia aos mandatos de deputados.
No ano, imediatamente anterior à sua eleição como deputado, nas listas do PS, Pina Moura obteve um rendimento anual de 9 mil euros. Em 2003, depois de ter sido Ministro da Economia e das Finanças, do governo de António Guterres, ganhou 172 mil euros, 19 vezes mais.
Quanto a António Vitorino, em 1994, ano anterior à sua nomeação como Ministro da Presidência, também no governo de Guterres, auferiu cerca de 36 mil euros. Em 1999, após ter saído do executivo, o seu vencimento disparou para os 371 mil euros, 10 vezes mais.
Apache, Outubro de 2007

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Eles falam, falam…

Muita tinta escorreu, aquando da transladação dos restos mortais do escritor, Aquilino Ribeiro, para o Panteão Nacional.
Confesso que me estou “nas tintas” para o local onde são guardados os ossos da figurinha A ou do figurão B, não é pelo local onde repousam que sobem ou descem patamares na nossa memória colectiva.
No entanto, após tanta letra derramada, reconheço que continuo sem perceber qual o motivo desta suposta “promoção esquelética”: ter conspirado no regicídio de 1908, ser bombista, racista ou germanófilo?
Apache, Outubro de 2007

domingo, 7 de outubro de 2007

5 de Outubro

Na sequência das vitórias das tropas de D. Afonso I, sobre os exércitos de Fernão Peres de Trava e de Rodrigo Vela, na batalha de Cerneja, em 1136 e, do mesmo, no sangrento Torneio de Arcos de Valdevez, em 1140, onde saíram derrotados os cavaleiros de Leão; realizou-se em Outubro de 1143, em Zamora, sob o patrocínio do Arcebispo de Braga, D. João Peculiar, a Conferência de Paz, que ficaria conhecida pelo nome daquela (hoje) província espanhola.
É precisamente a 5 de Outubro de 1143, na presença do Cardeal Guido de Vico, que, D. Afonso VII, Rei de Leão e Castela e D. Afonso I (posteriormente conhecido por D. Afonso Henriques), assinam um tratado, onde o primeiro, reconhece a independência do Condado Portucalense (que passa a chamar-se Reino de Portugal) e D. Afonso Henriques, como seu (igual, e) legítimo Rei.
A independência de Portugal, viria a ser reconhecida pela “Santa Sé”, a 23 de Maio, de 1179, pela Bula “Manifestis Probatum”, do Papa Alexandre III.
Completaram-se anteontem, oficialmente, os 864 anos da Fundação da Nacionalidade.
Assim, a 5 de Outubro, enquanto o regime comemora a República, a nação (ou o que dela resta) comemora Portugal.
Apache, Outubro de 2007