Façam-se Homens!
O Dr. Pedro Girão, médico anestesiologista, escreve artigos de opinião para o jornal Público. Ontem escreveu mais um artigo que o jornal publicou às 21:58, tendo-o retirando algumas horas depois de publicado por a opinião expressa não coincidir com a doutrina expressa na cassete oficial.
Atente-se, na vergonhosa justificação apresentada pelo jornal para fundamentar a censura a um seu colaborador habitual:
“Um erro de controlo editorial corrigido nesta quinta-feira às 17h42 permitiu que um artigo de opinião (“Uma vacina longe de mais” (sic.)) assinado pelo médico anestesiologista Pedro Girão estivesse disponível na nossa edição digital durante horas.
A sua despublicação justifica-se não apenas pelo tom desprimoroso e supérfluo usado pelo autor em relação a várias personalidades da nossa vida pública, como pelo seu teor que, de forma ora mais velada, ora mais explícita, tende a instigar a ideia de que a vacina contra a covid-19 é “uma experiência terapêutica” sem validade científica (…)”
Ficámos a saber que à censura prévia, a Direcção do Público chama “controlo editorial” e à censura pós publicação, provavelmente na sequência de algum telefonema de um Primata de São Bento ou de Belém, se chama “despublicação”. Ficámos também a saber que não se deve “intigar a ideia” de que um tratamento genético preventivo, nunca antes testado em humanos e actualmente ainda na fase 2 dos seus ensaios clínicos não pode ser chamado de “experiência terapêutica”. Já a ausência de vergonha manifestada pelos elementos da Direcção do Público poderá levar o nome que cada um de nós entender, pelo menos, enquanto o simulacro de Democracia em que vivemos ainda o permitir.
Segue o texto do Dr. Pedro Girão, que os directores do Público (e/ou algum dos seus donos) censuraram.