Marcello Caetano pressagiou, desta forma, as consequências político-económicas
da revolução (de 25 de Abril de 1974) que teve como principais desfechos: a
perda das províncias ultramarinas e a instauração do socialismo.
“Sem o Ultramar estamos reduzidos à indigência, ou seja, à
caridade das nações ricas, pelo que é ridículo continuar a falar de
independência nacional. Para uma nação que estava em vésperas de se transformar
numa pequena Suíça, a revolução foi o princípio do fim. Restam-nos o Sol, o turismo,
a pobreza crónica e as divisas da emigração, mas só enquanto durarem.
As matérias-primas vamos agora adquiri-las às potências que delas se apossaram, ao preço que os lautos vendedores houverem por bem fixar.
Tal é o preço por que os Portugueses terão de pagar as suas ilusões de liberdade!”
As matérias-primas vamos agora adquiri-las às potências que delas se apossaram, ao preço que os lautos vendedores houverem por bem fixar.
Tal é o preço por que os Portugueses terão de pagar as suas ilusões de liberdade!”
"Marcello Caetano, Confidências no Exílio”, de Joaquim
Veríssimo Serrão.