Mostrar mensagens com a etiqueta Farinha Amparo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Farinha Amparo. Mostrar todas as mensagens

sábado, 24 de setembro de 2011

“Desculpe o auê”

Valter Lemos (por favor, não comecem já a rir) escreve (ou provavelmente alguém por ele) hoje, no Expresso, em defesa do Programa Novas Oportunidades, projecto que maquinou com Luís Capucha e que o actual Ministro da Educação, Nuno Crato, mandou avaliar. Por esta altura estão os hipotéticos leitores a sentirem uma certa urticária antevendo que me preparo para comentar o texto atribuído ao ex-Secretário de Estado da Educação. Vamos lá a ter calma e a respirar fundo… Ok! Agora pensem lá se faz algum sentido comentar textos de quem ainda não aprendeu a argumentar?
Bom, agora que os hipotéticos leitores estão mais descansados, resta-me deixar um pequeno conselho que, talvez, uma alma caridosa possa fazer chegar ao senhor doutor por Boston: Valter, o conceito de “ciúme social” (não é que não soe bem para título de uma música pimba mas) deixará de te fazer sentido no dia em que aprenderes a pentear-te e a escolher as peúgas.
Apache, Setembro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

“Português Técnico” (agora) por Alexandra Marques

No ofício OFC-DGIDC/2011/2 enviado esta semana às escolas, a senhora Directora-Geral (da Direcção-Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular), Educadora Maria Alexandra Castanheira Rufino Marques escreve, no ponto 2, alínea b), o seguinte: “O PIT incide sobre a(s) disciplina(s) em que o aluno no momento em que ultrapassa esse limite pela 1.ª vez nessa(s) disciplina(s) nos restantes ciclos do ensino básico e do ensino secundário.” Ao ler o texto da senhora educadora recordei outra, igualmente ilustre, educadora de infância, também alta dirigente do Ministério da Educação, no caso a (há época) Directora Regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, que escreveu num certo ofício: "O pagamento dos Magalhães, nos casos em que a isso os pais sejam obrigados, estão a receber informação por sms devendo, em todas, constar a entidade 11023" e num outro: “Os perigos de intempérie, inusitados em alguns concelhos, estão circunscritos, no momento, à segurança na estrada dos nossos alunos (gelo).” É certo que o uso desta novilíngua tem um lado positivo, pois sempre que um colega está com um ar enfadado podemos recomendar-lhe a leitura de um ofício destes. Mas às vezes, na Sala de Professores, ouço colegas a questionarem-se sobre quantos destes espécimes ocuparão altos cargos neste Governo do “engenheiro domingueiro” e receio que possam não estar cardiovascularmente preparados para saberem a resposta. P.S. Aos mais sensíveis convém dizermos que Alexandra Marques é o alter-ego de Margarida Moreira.
Apache, Fevereiro de 2011

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dos testes PISA… (2)

A tabela acima (surripiada do blogue “A Educação do Meu Umbigo”) põe a nu a brutal diferença entre a qualidade dos alunos participantes nos testes “PISA 2006” e nos testes “PISA 2009” (não a qualidade da generalidade dos alunos portugueses, sobre a qual, nada se conclui). Já, na passada quinta-feira, aqui tinha referido que a aleatoriedade (para quem nela acredita) da escolha da amostra pode fazer com que, de um teste para outro, varie consideravelmente o número de alunos com reprovações ao longo do seu percurso académico, que compõem a dita amostra. Pois bem, comparando os anos curriculares frequentados pelos alunos sujeitos a teste, em 2006, com os testados em 2009, verificamos que, da primeira data (2006) para a segunda (2009): O n.º de alunos a frequentar o 7.º ano, (alunos com duas ou três retenções - recordo que aquando da realização dos testes, todos os alunos têm idades compreendidas entre 15 anos e 3 meses e 16 anos e 2 meses) presentes na amostra, diminuiu 65,2%; O n.º de alunos a frequentar o 8.º ano, (alunos com uma ou duas retenções) testados, diminuiu 31,3%; O n.º de alunos a frequentar o 9.º ano (alguns destes alunos registam uma reprovação no seu percurso escolar) diminuiu 5,4%; O n.º de alunos a frequentar o 10.º ano (alunos sem retenções) aumentou 20%; O n.º de alunos a frequentar o 11.º ano, uma raridade em Portugal, dada a idade em que se inicia a escolaridade, (alunos sem retenções e com mais competências por estarem a pouco mais de um ano lectivo da conclusão do secundário - recordo que os testes PISA se realizam em Abril e Maio) aumentou 100%. A aleatoriedade alegada pelo GAVE, na escolha da amostragem do PISA 2009, revelou-se uma manipuladora estatística, politicamente, muito conveniente.
Apache, Dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dos testes PISA...

Foram anteontem conhecidos os resultados dos testes PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) de 2009, nos quais participaram cerca de 470 mil alunos de 65 países ou regiões (Os 34 membros da OCDE e mais 31 países e regiões administrativas convidados). Os testes, que se realizam de três em três anos, testam competências em Leitura, Matemática e Ciências, focando mais profundamente uma destas áreas, no caso de 2009, a Leitura. Portugal registou os seguintes lugares no ranking: Leitura, 27.º (22.º entre os membros da OCDE); Matemática, 30.º (25.º entre os países da OCDE); e Ciências, 32.º (25.º se considerarmos apenas a OCDE). O Governo, quer através do Primeiro-Ministro, quer dos representantes do Ministério da Educação, mostrou-se muito satisfeito com os progressos alcançados, que ao que consta foram os maiores no seio da OCDE. Progressos estes que, segundo o jornal “Público”, nos permitiram subir (entre os membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) 5 lugares na Leitura, 4 nas Ciências e 2 em Matemática, estando agora situados ligeiramente abaixo da média da OCDE. Subir num ranking é quase sempre positivo mas, sinceramente, não compreendo minimamente a euforia. Subir (em média) 3 ou 4 lugares entre os 34 países que compõem a OCDE, nuns testes internacionais que estão longe de ser realizados em situação de efectiva igualdade, entre os adolescentes dos vários países e que além disso testam competências e não conhecimentos, vale pouco mais que nada. Note-se que os alunos que participam nos testes não estão no mesmo nível de ensino, nem têm igual número de anos escolares frequentados. O que os participantes no PISA 2009 têm em comum é terem nascido entre 1 de Fevereiro de 1993 e 31 de Janeiro de 1994 e estarem a frequentar a escola em Abril e Maio de 2009. Por exemplo, em Portugal, o GAVE, organismo que controla a aplicação dos testes, pede a algumas escolas (212, segundo consta, em 2009) por si escolhidas, que apresente uma lista com os nomes, os anos e os cursos de todos os alunos nascidos no referido intervalo de tempo, que frequentem o 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade, dos quais, o GAVE, selecciona aleatoriamente 40 por escola. Ora, em Portugal não há alunos com esta idade a frequentar o 12.º ano; muito poucos estão a frequentar o 11.º; já no 10.º ano grande parte dos alunos pertence a esta faixa etária (15 anos). A maioria dos que frequentam o 9.º com esta idade, são repetentes; os do 8.º são maioritariamente bi-repetentes e os que aos 15 anos frequentam o 7.º ou são bi-repetentes ou tri-repetentes. Ora, escolhendo aleatoriamente os alunos, podemos ter estudantes regulares (que frequentam o 10.º ano) num teste PISA e três anos depois (ou antes), alunos com dificuldades de aprendizagem e múltiplas reprovações. Na comparação internacional, se os alunos de determinada nacionalidade iniciarem a escolaridade mais cedo, chegam aos testes PISA em vantagem face aos colegas de outros países que a iniciem mais tarde. Por necessidade de adequação às culturas e práticas de cada país, os testes não sofrem apenas tradução mas também várias adaptações, tornando o seu grau de dificuldade diferente de país para país. Como referi acima, o PISA testa essencialmente competências (quase todas ao nível da interpretação de textos) e aptidões genéricas, em detrimento dos conhecimentos concretos sobre os conteúdos curriculares leccionados. Em conclusão, os testes PISA estão longe de serem realizados por alunos em situação de efectiva igualdade e não servem para testar a qualidade do sistema educativo dos países que nele participam, antes avaliam, o grau de implementação do lixo que a filosofia “eduquesa” das modernas "Ciências da Educação" está a espalhar mundo fora. Só isso justifica que países com sistemas de ensino com qualidade reconhecida, como por exemplo o Luxemburgo apareçam (entre os membros da OCDE) no último terço da tabela.
Apache, Dezembro de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Obrigadinho, Zé!

Num encontro com professores socialistas, o Primeiro-Ministro, José Sócrates, citado pelo jornal "Público" garantiu que “não há sucesso económico sem melhor educação.Esqueceu-se de definir o que entende por “sucesso económico” e por “educação”, assim, é impossível o contraditório e, falando sem nada se dizer vai-se passando por douto. Tecendo elogios à actual Ministra da Educação, enfatizou “o êxito político notável das negociações que conduziu com os sindicatos do sector para duas reformas essenciais. Subentende-se idêntico elogio aos sindicatos do sector, que conduziram com a ministra negociações para duas reformas essenciais. Essenciais, para eles (sindicatos, ministra e consequentemente Governo) porque os professores foram, uma vez mais, ignorados (para ser politicamente correcto). Em relação à avaliação dos docentes e ao estatuto da carreira disse que as “reformas começaram por ser controversas mas já estão interiorizadas e consensualizadas.” Interiorizadas foram-no, seguramente, como comprovam as (ainda na memória) manifestações de 100 e 120 mil docentes. Quanto ao “consenso” é uma expressão que está muito na moda aplicar, sempre que uma determinada ideia é alvo de forte e fundamentada contestação e não há argumentos válidos para a defender. Obrigadinho pelo reconhecimento, Zé!
Apache, Março de 2010

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Foi declarada a nulidade dos estatutos e consequente extinção da FNE

“Por sentença de 23 de Novembro de 2009 da 8.ª Vara — 3.ª Secção do Tribunal da Comarca de Lisboa, transitada em julgado em 11 de Janeiro de 2010, proferida no processo n.º 2206/08.5TVLSB, que o Ministério Público moveu contra a FNE — Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, foi declarada a nulidade dos estatutos e a consequente extinção da referida federação sindical por os estatutos violarem o n.º 4 do artigo 479.º e o n.º 1 do artigo 492.º, todos do Código do Trabalho. Assim, nos termos do artigo 456.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 14 de Setembro, é cancelado o registo dos estatutos da FNE — Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, efectuado em 4 de Novembro de 1982, com efeitos a partir da publicação desta notícia no Boletim do Trabalho e Emprego.” O texto acima vem publicado na página 622 do Boletim do Trabalho e Emprego n.º 7, Volume 77, de 22 de Fevereiro de 2010, pelo que, desde a passada terça-feira que a FNE (Federação Nacional dos Sindicatos da Educação), segunda maior organização sindical de professores, em Portugal, deixou de existir.
Apache, Fevereiro de 2010

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Espelho meu, espelho meu… Há alguém mais bronco do que eu?

A dado momento da acção de propaganda que intentou junto de alguns escritores de blogues, no passado dia 27 de Julho, a que já me referi (por outra razão) anteriormente, José Sócrates afirmou: “O que eu queria dizer é que nós fomos o governo que menos fez”. Detectado o erro, o José emendou para: “que melhor fez”. Para a frase ficar correcta, faltou-lhe acrescentar: actuámos como uma verdadeira bactéria decompositora; de Portugal, muito pouco resta.

Apache, Agosto de 2009

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Gurus da mediocridade

“Não é por haver algumas pessoas que se intitulam de cientistas da educação que a educação é uma ciência. Nunca foi. Não é. Nunca será. Em Portugal, nos últimos 30 anos, não houve uma verdadeira conversação em torno da educação, das políticas educativas e das pedagogias. Houve uma peça com muitos actores a repetirem o mesmo monólogo. Uma dúzia de gurus e, duas centenas de citadores e comentadores. O mal que esta falta de conversação fez à educação pública portuguesa não tem medida. O pior de tudo foi que as mil e uma propostas de reformas educativas apresentadas e nunca questionadas foram aceites pelos governantes como se de pura ciência se tratasse. Quanto mais citações dos gurus, maior a aparência de ciência essas propostas gozavam. E os quase trinta ministros da educação acreditaram que as propostas vindas da meia dúzia de gurus e citadas pelas duas centenas de comentadores eram pura ciência. E como bons positivistas acreditaram e caíram no logro de transformarem essas propostas em legislação para as escolas e em reformas curriculares. Em 30 anos, os políticos foram destruindo a qualidade da escola pública. Criaram uma enorme confusão. A escola pública tinha qualidade e os nossos diplomados ombreavam com os melhores do mundo. O único problema da escola pública era que não estava ao alcance de todos. Alguma qualidade que ainda persiste é devida ao bom senso, ao empenhamento e ao sacrifício dos professores. Felizmente, ainda há muitos professores que resistem às orientações tolas vindas do ministério da educação. Se assim não fosse, o desastre seria maior. Em Portugal, não há o hábito de discordar. Os gurus rodearam-se de uma aura de credibilidade inquestionável e têm sido protegidos por legiões de panegiristas. O compadrio, o nepotismo e a protecção dos que dizem bem de nós e nos adulam continuam a ser o timbre das elites portuguesas. É através da adulação e do compadrio que se sobe na vida.”
Ramiro Marques, no blogue “Profavaliação” de que é autor, Janeiro de 2009

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

“Português Técnico” por Margarida Moreira

A Directora Regional de Educação do Norte (DREN), a tal senhora que acha que contar piadas sobre o Primeiro-Ministro é um acto grave de indisciplina, mas apontar uma arma de plástico a um professor para exigir uma classificação melhor é uma brincadeira de mau gosto, tem-se revelado uma verdadeira pioneira na escrita de uma nova língua que muitos designam por “Português Técnico”, por analogia àquela estranha língua que Sócrates exibiu, no texto enviado por fax, que lhe permitiu concluir a cadeira de “Inglês Técnico” na Universidade Independente. O texto que a seguir transcrevo é parte de um ofício que Margarida Moreira enviou às escolas há cerca de dois meses, com indicações sobre os procedimentos para aquisição do “Magalhães”. "O pagamento dos Magalhães, nos casos em que a isso os pais sejam obrigados, estão a receber informação por sms devendo, em todas, constar a entidade 11023." Na semana passada, devido às más condições climatéricas, A senhora DREN viu-se novamente confrontada com a necessidade de envio de outro ofício e escreveu (entre outras pérolas) isto: “Os perigos de intempérie, inusitados em alguns concelhos, estão circunscritos, no momento, à segurança na estrada dos nossos alunos (gelo).” Entusiasmado com a leitura daqueles que serão (provavelmente) os mais belos nacos de prosa desta nova língua, questiono-me se haverá algum curso de novas oportunidades que o comum mortal possa frequentar para conseguir escrever assim? Ou será esta uma competência restrita de alguns iluminados?!
Apache, Janeiro de 2009

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Avaliação Fatal…

O INA (Instituto Nacional de Administração) está a levar a cabo uma série de seminários sobre avaliação de desempenho do pessoal docente. Os destinatários são essencialmente os membros dos Conselhos Executivos, e os Coordenadores responsáveis pela avaliação dos professores. O formador é o senhor Jorge Fatal Nogueira, licenciado em Engenharia de Sistemas Decisionais, pós graduado em Marketing, MBA… [Calma, não comecem já a rir…., o resto do currículo está no “site” do INA.] As turmas têm 25 alunos, a acção decorre em dois dias (num total de 16 horas e custa 200 euros. [Também não valem palavrões… são só 312,5 € por hora e provavelmente não é só para o senhor Fatal, que eventualmente até paga impostos…] Dois destes seminários já decorreram, um (nos passados dias 9 e 10), no Agrupamento de Escolas Ferrer Correia e outro (nos dias 12 e 13), nas instalações do INA em Oeiras. Mas não vale a pena ficarem tristes por não terem participado, pois a dose “fatal” repetir-se-á a 22 e 23 do corrente, no Agrupamento de Escolas Martins de Freitas (Coimbra) e ainda em mais 9 outras datas (disponíveis também no “site” do INA). Para quem ainda assim não consiga arranjar vaga [ou não queira atirar 200 € para o chapéu do artista], porque não quero que os colegas fiquem privados das competências que este seminário certamente vos forneceria [espero que não estejam a rir outra vez…], deixo aqui a “ferramenta” (termo usado pelo próprio) Fatal, composta por 96 condutas [algumas são repetidas, devem ter peso duplo…] sobre as quais, supostamente, incidiria a nossa avaliação… "CONDUTAS 1. É pontual. 2. Disponibiliza-se para actividades que ultrapassam obrigações horárias/profissionais. 3. Cumpre prazos. 4. Quando trabalha em equipa é um elemento participativo e não conflituoso. 5. Zela e preserva material/equipamento escolar. 6. Proporciona ambiente calmo, propício à aprendizagem. 7. Numa reunião tem uma atitude de colaboração e de entreajuda. 8. Manifesta opinião própria e construtiva relativamente a assuntos debatidos. 9. Não gera mau ambiente no local de trabalho. 10. Evita banalidades e perda de tempo. 11. É receptivo à mudança. 12. Dá sugestões / tem opiniões críticas para melhoria de serviços. 13. Faz formação de acordo com o projecto educativo da escola. 14. Faz formação na sua área específica. 15. Disponibiliza-se para apoiar os alunos após as horas lectivas, sempre que considere necessário. 16. Regista e avalia o cumprimento das actividades planificadas. 17. Estabelece planos de acção para corrigir desvios. 18. Apoia o desenvolvimento de métodos de aprendizagem / estudo. 19. Estabelece e faz respeitar regras de convivência, colaboração e respeito. 20. Aplica os critérios de avaliação aprovados pelos órgãos competentes. 21. Cumpre o horário - substitui parâmetros de assiduidade. 22. Mantém a calma perante uma situação de tensão com alunos, professores ou pais. 23. Mantém limpo e arrumado o local de trabalho. 24. Oferece-se para ajudar em outras áreas que não a sua quando é necessário. 25. Predispõe-se para ajudar as pessoas aquando da necessidade de urgência no serviço
26. Conhece o PE da escola, a missão e a visão da escola. 27. Utiliza correctamente os equipamentos. 28. Verifica o estado dos equipamentos antes e depois da sua utilização. 29. Zela pelo cumprimento do regulamento interno da escola. 30. É educado e cordial com todos os elementos da comunidade escolar. 31. Perante uma situação determinada, apresenta diferentes alternativas como solução. 32. Comunica por escrito ao conselho executivo sugestões a implementar (por ex: com base na análise de melhores práticas de outras escolas ou organizações) que ajudam a garantir um serviço de mais qualidade. 33. Mantém a confidencialidade e discrição perante determinadas situações. 34. Recolhe diferentes opiniões ou sugestões procurando criar sinergias com os seus colegas com a mesma função. 35. Colabora / age no sentido de proporcionar um bom clima de escola. 36. Resolve situações de conflito sem ter que solicitar ajuda extra. 37. Assiste a aulas de colegas sempre que considera útil. 38. Permite que outros colegas assistam a aulas suas. 39. Actua de forma rápida e eficaz, de acordo com critérios predefinidos, dentro das acções previstas nos processos de trabalho em que está envolvido. 40. Age com assertividade e discernimento, encontrando as soluções mais pertinentes para cada situação, apresentando-as ao respectivo responsável hierárquico. 41. Analisa problemas e toma decisões relativas a rotinas de trabalho, não necessitando de apoio superior. 42. Avalia sistematicamente os resultados que se propõe atingir e reformula as actividades para atingir os resultados de forma mais eficaz. 43. Cumpre prazos. 44. Transmite a sua opinião de forma racional e controlada. 45. É receptivo à mudança e envolve os seus pares para melhorar a sua área, a dos outros e a escola no seu todo, não se opondo às questões. 46. Quando é chamado a desenvolver outras actividades, encara sempre a situação de uma forma positiva, predispondo-se para actuar. 47. Revela empenho no desenvolvimento das tarefas, realizando-as antecipadamente. 48. Toma decisões e assume a responsabilidade não jogando a culpa dos problemas para cima de outros. 49. Sugere soluções inovadoras, antecipando a ocorrência de problemas. 50. Gere com eficiência todos os meios existentes na escola. 51. Procura todas as oportunidades de formação de forma a alargar conhecimentos específicos relativos à área da sua intervenção. 52. Propõe actividades com vista à modernização e desenvolvimento da comunidade onde se integra (extravasando os limites da escola). 53. Supera as expectativas do grupo com contribuições activas de desenvolvimento, motivando estes a seguir o exemplo, oferecendo ajuda e dando opiniões construtivas (não havendo rejeições das suas contribuições). 54. Assiste a eventos desenvolvidos por qualquer tipo de entidade. 55. Está ao corrente de situações e dificuldades de outras escolas desenvolvendo soluções na escola como prevenção. 56. Perante uma dificuldade na escola conversa com outros colegas que possam partilhar situações similares e sugere determinadas acções. 57. Traz à escola pessoas de assuntos de interesse partilhando experiências. 58. Desenvolve planos de acção para a implementação de melhores práticas pesquisadas e adequadas à escola. 59. Fomenta o networking interno e externo através de comunicações e actividades.60. Analisa continuamente as tendências dos outros e procura implementar as melhores práticas para encontrar as melhores soluções. 61. Aplica a formação recebida nas tarefas que lhe são atribuídas. 62. Aproveita ideias de outras áreas ou de organizações semelhantes e adapta-as à sua. 63. Avalia sistematicamente os resultados que se propõe atingir e reformula as tarefas, no sentido da melhoria, ou seja, faz alterações ao previsto, para atingir os resultados de forma mais eficaz. 64. Consegue sinergias com outras áreas da organização no sentido de facilitar ou agilizar o serviço. 65. Identifica situações que fogem do padrão do controle previsto e apresenta soluções ao Coordenador no sentido de evitar possíveis problemas. 66. Organiza e coordena actividades consideradas por outras áreas como melhores práticas e incorpora-as com vista à superação dos resultados previamente estabelecidos, apresentando propostas ao Coordenador para superação de objectivos através de um plano de acção. 67. Orienta e planeia acções com uma visão partilhada que potencia a missão e os valores da organização. 68. Partilha técnicas, ferramentas e conhecimentos dentro da organização. 69. Partilha técnicas, ferramentas e conhecimentos fora da organização, por exemplo fazendo apresentações em congressos, palestras, etc. 70. Partilha técnicas, ideias e recursos melhorando o trabalho em equipa através de aconselhamentos aos seus colaboradores. 71. Predispõe-se para ajudar as pessoas aquando da necessidade de urgência no serviço. 72. Procura todas as oportunidades de formação de forma a alargar conhecimentos específicos relativos à área da sua intervenção. 73. Sempre que verifica alguma anomalia mesmo que não seja da sua área sugere soluções simples mas concretas. 74. Contribui para a mudança planeando melhores práticas e tomando iniciativas, com base em projectos de autonomia e liderança, medindo o grau de satisfação de pelo menos 75% dos seus colaboradores através de pesquisas de satisfação rápidas. 75. Apresenta por escrito propostas de soluções novas de problemas fora da sua área de trabalho e de actuação. 76. Cria acções novas e motivadoras para a manutenção da disciplina na sala. 77. Cria e implementa novas formas e metodologias que favorecem a participação dos alunos na realização da aula. 78. Cria ferramentas de controle da sua actividade ou de outros dentro da organização que sejam simples mas resolvam os problemas de acompanhamento. 79. Cria instrumentos que proporcionam auto avaliação dos alunos com rigor e objectividade. 80. Cria novos métodos de estudo para os alunos, demonstrando a sua eficácia. 81. Cria novos sistemas ou metodologias nas turmas que estimulam o processo de ensino-aprendizagem. 82. Cria processos e critérios de avaliação e partilha com os avaliados, obtendo consenso e validação. 83. Desenvolve recursos inovadores para a realização de actividades lectivas. 84. É capaz de desenhar condutas observáveis dos colegas avaliados de forma simples e objectiva. 85. Envolve-se em projectos comunitários inovadores por iniciativa própria. 86. Estabelece mecanismos novos de seguimento ou acompanhamentos da implementação dos planos de melhoria negociados com os avaliados. 87. Executa um projecto de liderança inovador e consegue implementar ideias revolucionárias e estratégicas, envolve as pessoas nesses projectos não deixando de fora ninguém. 88. Inova com ideias jamais testadas em algum lado e prova que a organização poderá beneficiar disso. 89. O professor cria e implementa processos claros e reconhecidos pelos alunos para facilitar a sua disponibilidade e apoio aos mesmos. 90. Preocupa-se no desenho e implementação de novas ideias criadas por ele que ajudem a escola na redução do abandono escolar. 91. Propõe novas actividades com vista à modernização e desenvolvimento da comunidade onde se integra. 92. Quando apresenta os problemas apresenta também hipóteses de várias soluções criadas por ele, devidamente estudadas e analisadas e dá a sua opinião de como o problema pode ser resolvido da melhor forma. 93. Sugere novas estratégias para a resolução de problemas. 94. Sugere novos critérios que permitam fazer uma análise da planificação e estratégias de ensino para a adaptação ao desenvolvimento das actividades lectivas. 95. Sugere soluções inovadoras, antecipando a ocorrência de problemas. 96. Utiliza os resultados da avaliação dos alunos como base para criar novas formas de actividade lectiva que permitam desenvolver com eficácia e competência as atitudes dos alunos.” A responsabilidade pela má construção frásica, nomeadamente pelos erros de concordância é do autor das mesmas. [Pronto, basicamente é isto. Deu para rir na mesma e pouparam 200 euros...] P.S. Não andem por aí a mostrar a “ferramenta” do senhor, consta que é confidencial ;)
Apache, Maio de 2008

sábado, 13 de outubro de 2007

Prémio Nobel da Paz?

O Nobel da Paz, deste ano (2007), foi dividido entre O IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas) da ONU e Al Gore.
Quanto ao IPCC, resta saber se a intenção do Comité Nobel é atribuir o prémio às pessoas que actualmente nele trabalham, onde se incluem cientistas ao serviço de várias empresas multinacionais, políticos e fazedores de opinião, ou se se deverão considerar também galardoados, as largas dezenas de cientistas que nos últimos anos se demitiram do organismo, por se recusarem a pactuar com o logro científico que constitui a propaganda em torno da responsabilidade das emissões humanas de dióxido de carbono, nas alterações climáticas.
Quanto a Albert Gore Júnior, foi de 20 de Janeiro de 1993 até 20 de Janeiro de 2001, Vice-presidente dos Estados Unidos, ou seja, a segunda figura hierarquicamente mais elevada, da administração americana, presidida durante este período, por Bill Clinton.
No currículo político de Al Gore, constam inevitavelmente todos os crimes cometidos pela administração de Clinton, nomeadamente: os bombardeamentos efectuados pelos Estados Unidos e alguns dos seus aliados, a diversos países; o apoio económico e militar aos terroristas da Bósnia, do Kosovo e da Chechénia, através da Al Qaeda; a violação de várias resoluções da ONU; a utilização de armamento proibido pelas convenções internacionais; a prática de tortura e o ataque militar intencional a alvos civis.
A ordem cronológica dos acontecimentos mais marcantes da governação do pacifista, humanitário e ambientalista...
Iraque, de 1993 a 2001 – A 26 de Junho de 1993 (5 meses depois da tomada de posse de Clinton e Gore), os EUA bombardearam Bagdad com mísseis Tomahawk, enquanto ofereciam avultadas somas de dinheiro ao partido de Iyad Allawi (Acordo Nacional Iraquiano) formado com desertores do regime de Saddam, para o desestabilizar com ataques terroristas, como anunciou o “Independent”, de Londres, a 26 Março 1996. Além disso, mantiveram o embargo que incluía bens de primeira necessidade e medicamentos, e que custaria a vida a mais de um milhão e meio de iraquianos, na sua maioria crianças.
Somália, 1993 - Sob da capa da ajuda humanitária, as forças do general Mohamed Aidid (que se opunha à entrada de tropas americanas no país) foram bombardeadas. Várias organizações independentes afirmaram terem provas do uso, por parte dos EUA, de munições de urânio empobrecido.
Bósnia (à época, República Federativa da Jugoslávia), de 1993 a 1995 – Os EUA estabeleceram uma zona de exclusão aérea; fabricaram a “diabolização” dos sérvios e em simultâneo, fomentaram a guerra civil, com a ajuda financeira, armas e homens provenientes da Al Qaeda, a grupos fundamentalistas islâmicos, bósnios, violando o embargo imposto pelo Conselho de Segurança da ONU na venda de armas a qualquer grupo armado no conflito da Jugoslávia, através de uma rede instalada na Croácia; de acordo com várias notícias publicadas no “The Guardian” e com o relatório governamental holandês que levou a queda daquele executivo. Segundo o referido relatório, Ayman Al Zawahiri, o número dois de Osama Bin Laden (que no início dos anos 90 havia estado nos Estados Unidos, como agente dos US Special Command’s, para recolher dinheiro), chefiou as operações nos Balcãs, onde treinou, com a ajuda da CIA, alguns milhares de “jihad’s” que introduziu no exército bósnio (e na Chechénia, aquando da primeira guerra, em 1995), com vencimentos de 3 mil dólares mensais.
Haiti, 19 de Setembro, de 1994 - Uma força multinacional liderada pelos EUA recolocou no poder, o padre Jean Bertrand Aristides, que em 1991 haviam ajudado a derrubar, em troca de favores concedidos à administração americana. Quanto ao líder deposto, Emmanuel Constant, sobre o qual pesa a acusação do massacre de mais de 45 mil pessoas, recebeu asilo político do governo de Gore e uma reforma milionária, vivendo actualmente numa luxuosa mansão em Queens, Nova Iorque.
Cuba, 18 de Outubro de 1996 - Um avião norte-americano, larga sobre a província cubana de Matanzas uma praga de insectos “thrips palmi” que devoraram milho, pepinos e outros alimentos. Este acto de guerra biológica foi denunciado perante a Assembleia Geral da ONU e consta do documento A/52/128, datado de 29 Abril de 1997, daquele organismo.
Zaire, Libéria e Albânia, 1997 - Tropas (marines) dos EUA intervêm nestes países com missões ainda hoje, não totalmente explicadas.
Sudão, 1998 - É imposto um embargo económico, seguido de um bombardeamento de vários locais. Cerca de uma dezena de mísseis destroem por completo a única fábrica de medicamentos do país. Como consequência, milhares de sudaneses e somalis morreram de doenças endémicas.
Afeganistão, 1998 - Ataque com mísseis sobre antigos campos de treino da CIA utilizados por grupos fundamentalistas islâmicos, acusados pelos Estados Unidos de ataques a embaixadas, mas segundo consta, tratou-se de uma represália por não terem querido combater na Bósnia e na Chechénia.
Iraque, de 1998 a 1999 - Os EUA e a Grã-Bretanha realizaram 10 mil voos, lançando mais de mil bombas.
Jugoslávia, de 24 de Março, a 10 de Junho de 1999 - A NATO bombardeou, primeiro, o Kosovo e depois, o coração da Sérvia.
Tal como já havia acontecido na Bósnia, a CIA manipula a opinião publica, denegrindo a imagem dos sérvios e exacerbando o conflito ético, seguidamente, arma e financia os guerrilheiros kosovares do UCK, que constavam das listas americanas de grupos terroristas e que passam subitamente a aliados estratégicos.
Durante os bombardeamentos, foram lançadas 25 mil toneladas de explosivos, entre elas, bombas de fragmentação e bombas de elevado poder de penetração, enriquecidas com urânio e plutónio, ambas proibidas pelas leis internacionais.
O comandante das forças aéreas francesas da NATO, General Joffret, afirmou que, com o objectivo de forçar a população civil a derrubar Milosevic, evitando a todo o custo uma intervenção no terreno, que causaria pesadas baixas às forças da NATO, a força aérea “recebeu ordens para, se necessário, destruir a vida na Sérvia”. Segundo as suas declarações, nesta missão, foi aberto fogo sobre autocarros e comboios, e até transeuntes sobre pontes, foram aniquilados. Só em Belgrado, duas mil e quinhentas pessoas perderam a vida, cerca de 2200 eram civis, 800 delas crianças. Ficaram feridas mais de 10 mil, entre as quais se contam mais de 4 mil crianças.
Durante os bombardeamentos maciços de objectivos civis, foram atingidos bairros residenciais, pontes, estradas, caminhos-de-ferro, refinarias, instalações fabris de produtos químicos, electrodomésticos, automóveis e material electrónico, estações de rádio e de televisão, escolas, pavilhões gimno-desportivos, igrejas, mosteiros, monumentos e cemitérios. Nem a embaixada da China em Belgrado escapou ao terrorismo da NATO.
Com a agressão da NATO (sob o comando americano), além da lamentável ruína económica e tragédia ambiental, neste ataque contra a Jugoslávia, cometeu-se uma grave violação dos princípios fundamentais do Direito Internacional. Os EUA violaram os mandatos do Conselho de Segurança das Nações Unidas assim como a Acta da sua própria fundação.
O General G. Robertson, na sua carta de 7 de Fevereiro de 2000, confirmou que no Kosovo se utilizaram 31 mil cartuchos de munições contendo urânio, mais 4 mil no resto da Sérvia e que este tipo de armamento é considerado de “destruição maciça” pela Subcomissão para a Protecção e Promoção dos Direitos Humanos.
A guerra da Jugoslávia, fez 200 mil mortos e mais de um milhão de refugiados.
Em Março de 1999, dezenas de juristas de vários países incluindo dos EUA, apresentaram queixas no Tribunal Internacional de Haia, acusando, Javier Solana, Bill Clinton, Al Gore e os mais destacados comandantes da NATO, no terreno, de crimes de guerra e contra a humanidade, mas até agora, o tribunal limitou-se a processar e condenar os Sérvios.
Chechénia, 1999 – Tal como havia acontecido na primeira, nesta segunda guerra, vários combatentes da Al Qaeda, oriundos da Arábia Saudita, Turquia e Jordânia, treinados e financiados pela CIA, no Azerbaijão são infiltrados na República russa para combater ao lado dos rebeldes independentistas.
Timor Leste, 1999 - Os EUA ajudam militarmente o regime indonésio, apoiando assim, indirectamente os massacres perpetrados pelo exército ocupante sobre a população civil. A notícia é do “The Observer”, de 19 de Setembro de 1999.
Fora desta longa lista, ficaram propositadamente, por reduzida informação credível, a associação de Al Gore: à forçada introdução em alguns países do AZT, medicamento de combate à SIDA, que agrava significativamente o estado de saúde dos doentes; ao alegado tráfico de droga internacional, patrocinado há vários anos pela CIA; e à (alegada) preparação pela CIA e Mosad, em 2000, dos ataque do ano seguinte (11 de Setembro).
Com um currículo como o que resumi, e após a “criação” do Aquecimento Global, em sentido contrário às Leis da Física e da Química, era de prever a atribuição do Nobel numa daquelas áreas, ou mesmo em ambas, mas o Comité, prefere repetir a façanha de anos anteriores e premiar, uma vez mais, a chacina em nome da “Paz”.
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 22 de junho de 2007

As promoções nos hidratos de carbono...

Segundo o "Diário Digital", a partir de hoje, de acordo com um despacho publicado em "Diário da República", as cartas de condução emitidas em Angola já são válidas em território português.
Já tínhamos as Licenciaturas saídas nos pacotes da farinha, agora são as Cartas de Condução que vêm nos pacotes do cacau.
Apache, Junho de 2007

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Estamos todos condenados ao Doutoramento...

No "Diário de Notícias" de ontem lia-se:
«Há dois anos, poucos poderiam supor, a começar por ela própria, que Nazaré da Cunha, 58 anos, administrativa da Câmara Municipal de Lisboa, com habilitação equivalente ao antigo ciclo preparatório, estaria hoje a frequentar o ensino superior. Mas é verdade. Por um conjunto de coincidências, e também pelo destino que - apesar de difícil - sempre a conduziu pelos caminhos da aprendizagem e do gosto pelo saber. Uma das coincidências no percurso de Nazaré tem um nome e chama-se "Novas Oportunidades", a iniciativa do Ministério do Trabalho que permite reconhecer, validar e certificar as competências adquiridas pela experiência e complementá-las com formação adicional até à obtenção do 9.º e do 12.º ano de escolaridade. Nascida numa aldeia beirã e no seio de uma família humilde, Nazaré interrompeu os estudos na 4.º classe, para ir trabalhar e ajudar a criar as irmãs. Muitos anos volvidos, 24 dos quais na CML, Nazaré viu cair-lhe no colo a oportunidade por que sempre esperou. "Foi uma feliz coincidência, porque se isto tivesse calhado noutra altura, com quatro filhos por criar, não sei." Em Maio de 2005 Nazaré fez a prova de selecção para o reconhecimento e validação de competências e em Novembro já tinha a equivalência ao 9.º ano. Mas esta funcionária, que escreve poesia, não ficou por aqui: inscreveu-se num curso de aprofundamento da língua portuguesa e em 2006, via exame ad hoc, ingressou na Universidade Lusófona, no curso de História. "Sinto uma paixão por aprender e, quando me licenciar, espero pedir uma reclassificação de funções e ir para uma biblioteca ou museu."»
Ou seja, em Maio de 2005 (há 2 anos, portanto), a Dona Nazaré tinha como habilitações literárias, o equivalente ao 6º ano. Seis meses depois (em Novembro de 2005) já tinha completado o 9º ano. No início do Verão de 2006 (de novo, passados 6 meses) completou o 12º ano. E em Setembro começou a frequentar a Universidade (Lusófona, obviamente). Isto sim, é "Simplex". Por esta altura já deve estar a dar entrada na Câmara Municipal de Lisboa, o Certificado de Habilitações que comprova a Licenciatura em História (e que história...) da Dona Nazaré da Cunha. Licenciatura?! Perdão, Mestrado, que a notícia já é de ontem!
Apache, Maio de 2007

sábado, 21 de abril de 2007

Entre a A.R. e a UNI...

"O Sol" notícia hoje que o Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama informou que foi encerrado o inquérito que pretendia averiguar o porquê da existência de duas fichas biográficas contraditórias do deputado José Sócrates Pinto de Sousa. Nada se conseguiu apurar porque o original da(s) ficha(s) biográfica(s) foi(foram) destruído(s), tendo ficado apenas os duplicados. Destruíram os originais e guardaram os duplicados? Os do Sr. Sousa, ou os de todos os deputados? Quantos mais deputados têm duplicados de fichas biográficas contraditórias? Ao abrigo do disposto no nº 2 do artigo 268º da Constituição da República Portuguesa e do artigo 1º da Lei nº 65/93 de 23 de Agosto (LADA) publiquem-se de imediato todas as fichas biográficas (ou os duplicados delas) de todos os deputados. Se o não fizerem, assumem publicamente que a Assembleia da República não funciona melhor que a secretaria da UNI. O facto de fazerem de nós estúpidos, não nos obriga a sê-lo.
Apache, Abril de 2007

quinta-feira, 19 de abril de 2007

A bomba prometida...

A Uni anunciou para ontem e adiou para hoje uma conferência de imprensa onde inicialmente prometeu declarações bombásticas sobre o polémico processo de “licenciatura” do “Seu” Zé. Veio depois a público dar o dito por não dito e dizer que as declarações nada tinham de bombástico. Pouco depois contradisse-se novamente, afirmando que as declarações bombásticas nada tinham a ver com a “licenciatura” do PM. Afinal, realizada a conferência de imprensa, constatou-se que não havia bomba, apenas uma silenciosa flatulência de odor intenso e desagradável que aromatizou uma série apreciável de bilhetinhos dirigidos à pessoa do “menino” Gagá. A saber: A certa altura, Lúcio Pimentel afirmou que a prova de Inglês técnico era a única que estava no processo, mas que não devia lá estar, porque as provas estão no arquivo. À pergunta – Quantas? Respondeu que de momento não tinha dados; Afirmou que a data de conclusão da “licenciatura” era 8 de Setembro de 1996, contrariando assim a data de 8 de Agosto avançada há dias pelo gabinete do Sr. Sousa; Referiu-se várias vezes ao facto de o aluno ter realizado lá 4 cadeiras, numa delas foi “assustadoramente” taxativo – “Eu contei 4!” Emendou sempre (posteriormente) para 5; Afirmou ainda que o “Seu” Zé ficou isento do pagamento de propinas, contrariando as afirmações do dito na RTP que disse ter na sua posse os recibos comprovativos do pagamento das mesmas; Terminou, dizendo que “que não serão prestados mais esclarecimentos sobre este caso até à decisão final do ministro, sobre o processo de encerramento compulsivo da universidade”. Quanto às trapalhadas do “caso”, parecem reproduzir-se como cogumelos, resumam-se as “novidades” mais importantes dos últimos dias… O Sr. Sousa viu o seu rol de mentiras expandir-se: Afirmou na entrevista à RTP que possuía os recibos do pagamento das propinas, afinal ficou isento do pagamento; Disse ter escolhido a UNI por lhe conferir o grau de licenciatura, mas o CESE que frequentava no ISEL conferia o mesmo Grau. Além disso, mudou por ficava perto do ISEL. Porém à data da transferência, as instalações da UNI não eram as actuais, na AV. Marechal Gomes da Costa, mas na Rua Fernando Palha, a cerca de 4 quilómetros de distância do Instituto. Mas a UNI não se deixou ficar para trás e também ela inflacionou a sua lista de trapalhadas e contradições: Os documentos referentes ao Sr. Sousa estão em cofre fechado. Mas uma cópia da prova de inglês técnico foi publicada nos jornais e a assessora garantiu que não foi a universidade a fornecê-la; A "pauta" da disciplina de inglês técnico não tem data; Foi anunciado que o “Seu” Zé não era o único aluno daquelas disciplinas, que havia colegas de curso, mas as "pautas" das 5 disciplinas provam o contrário. E como eu gosto muito de fazer perguntas, talvez (de)formação profissional, não podia terminar este “post” sem uma questão, de resposta rápida, dirigida ao Sr. PGR… O Certificado que o Sr. Sousa entregou na Câmara Municipal da Covilhã, contém vários dados falsos. Os “alegados” documentos que comprovam o pagamento de propinas por parte do Sr. Sousa, se existirem, como o próprio afirma, são falsos. Foi usado o carro e o motorista da Secretaria de Estado para conduzir o aluno às aulas. Foi usado papel timbrado do gabinete da Secretaria de Estado para a realização de uma “prova escrita” por parte do Sr. Sousa. E quanto a matéria para investigação, há ou não?
Apache, Abril de 2007

sábado, 14 de abril de 2007

As trapalhadas do "Seu" Zé

Não restam dúvidas de que o Sr. Sousa voltou a mentir aos portugueses. Na entrevista concedida à RTP na passada 4ª feira, à pergunta sobre quem lhe havia leccionado a disciplina de Inglês Técnico respondeu que tinha sido o Reitor Luís Arouca. Acontece que Luís Arouca não era o Reitor da UNI nessa data. Quem ocupava o cargo era o Professor Ernesto Costa, que o exerceu desde a fundação da Universidade até Junho de 1996. Aliás, quando em 1995 o Sr. Sousa pediu equivalência a 25 cadeiras, em requerimento dirigido ao reitor e sem a apresentação de qualquer certificado comprovativo da realização das mesmas (apenas obtido em Julho de 1996), quem lhe responde, dando equivalência a 26 cadeiras é Luís Arouca. Afirmou também que a data de conclusão da licenciatura era 8/9/96, mas no certificado agora encontrado na Câmara da Covilhã aparece como data de conclusão 8/8/96. Afirmou também que frequentou o ensino superior durante 6 anos e meio, mas esteve matriculado 4 anos no ISEC, 1 no ISEL, 1 na UNI e... 6 meses para realizar um MBA em gestão no ISCTE? Então e os anos na Lusíada, entre 87 e 92? Afirmou também que para obter a (alegada) licenciatura, realizou 55 cadeiras. Só encontro 43 nos certificados. Mais um Engenheiro que não sabe fazer contas...
Com os dados agora disponíveis várias questões (pertinentes) se colocam... Que cargo ocupava na UNI o Sr. Luís Arouca que justificasse ser ele a responder em 1995 a um pedido de equivalências de um aluno, dirigido ao reitor? Haveria documento a certificar a delegação? Segundo afirma o Sr. Sousa, a UNI aceitou a sua frequência desde finais de 95 até Julho de 96 sem que ele tenha apresentado qualquer certificado de habilitações. Se o aluno pediu equivalências a 25 disciplinas e foram-lhe concedidas equivalências a 26 (24 na versão da Covilhã), como é que a UNI soube que o aluno tinha realizado a outra disciplina? Que certificado de habilitações comprovando a conclusão do ensino secundário, possui o Sr. Sousa que lhe permite frequentar cursos de engenharia e de direito, áreas que exigem a realização de diferentes disciplinas específicas? Que certificado de habilitações (ou profissional) apresentou o Sr. Sousa aquando da inscrição no MBA do ICTE, pois a frequência desse curso exigia a licenciatura na área de gestão ou elevada experiência profissional na mesma? Quem falsificou a data do certificado de conclusão da licenciatura apresentado na Câmara Municipal da Covilhã, para requalificação profissional, datado de 26 de Agosto de 96, em papel timbrado da UNI com um código postal da universidade, composto por 7 algarismos, que só começou a ser usado em 9/10/98 e um número de telefone do estabelecimento de ensino, com o indicativo 2 (rede fixa) que só entrou em uso a 31/10/99? Em que data foi efectivamente requalificado profissionalmente o Sr. Sousa, tendo em conta que o certificado apresentado, que além de diferir na data de conclusão da licenciatura, no número de cadeiras realizadas na Uni, sete, contra cinco na versão confirmada pelo Sr. Sousa na RTP, na nota de seis cadeiras, (além de uma delas ser anual na versão da Covilhã e semestral na versão de “Lisboa”) não poderia ter sido emitido antes de 2 de Novembro de 1999?
Já agora, três perguntinhas para a UNI... Por que motivo foi “escolhido” o Sr. Luís Arouca para leccionar a cadeira de Inglês técnico? É que não era (nem nunca foi) o responsável pela disciplina, não era o reitor e não tinha habilitações académicas para o fazer. Porque aceitaram a inscrição do SR. Sousa muito para lá do prazo legal par tal? Há alguma afirmação verdadeira no currículo do Sr. Luís Arouca? É que falsas, posso demonstrar que há várias.
Apache, Abril de 2007

sábado, 24 de março de 2007

O homem de Maçada, ou a maçada do homem...

Raramente referencio textos publicados noutros blogues, mas toda a regra admite excepção, ou talvez não, se considerarmos que esta também é uma regra, logo susceptível a excepções. Mas, porque o assunto, que se arrasta há muitos meses na “blogosfera” está, cada vez mais na ordem do dia, porque o autor do texto está a desenvolver uma investigação pessoal dedicada e honesta, cingindo-se aos factos e fugindo à tentação das opiniões pessoais, porque a sua escrita é simples e fluida, porque tenho acompanhado com particular curiosidade o desenrolar da “novela”, não posso deixar de recomendar a leitura do blogue “Do Portugal Profundo”, onde as últimas publicações têm sido dedicadas à sombra que paira sobre as habilitações académicas do Sr. José Sousa.
(Para aceder ao blogue, cliquem na imagem abaixo)Apache, Março de 2007