"Sou uma folha de Outono que cai lenta no chão…
Sou um raio de sol a morrer no horizonte…
Sou uma gota de sangue a escorrer na tua mão…
Sou o som seco de uma água sem fonte…
Sou o ópio do sonho, o nevoeiro da cor…
Sou o silêncio turvo do eclipse da vida…
Sou a seiva da noite… sou o aroma da dor…
Sou o riso amargo… a lágrima perdida…
Sou a história sem fim, a folha queimada…
Sou a pegada na lama… o rasto de ser…
Sou o frio da pedra… sou a sombra do nada…
Sou o destino que não vai acontecer…"
MCB (Darkmorgana), 1992
7 comentários:
Sou todas as estações, desenhadas em ti
Sou semente enterrada na terra a dormir
Sou os passos lentos com que parti
Sou tua, promessa do que há de vir...
Não resisti...mais uma vez "apoderei-me" do teu espaço.
Beijinhos, Índio Apache.
Confesso que fiquei...espantada quando aqui cheguei e vi o que considero o meu melhor poema at� hoje!
Obrigada!
Ser� uma futura homenagem? Eu sei que estou com febre e com uma virose daquelas maradas, mas n�o � desta que morro!
Obrigada Apache!
Beijos
"Sou semente enterrada na terra a dormir" Outono...
"Sou tua, promessa do que há de vir..." E Primavera, Gata?...
Obrigado, por o teres escrito, Morgana!
"Eu sei que estou com febre e com uma virose daquelas maradas, mas não é desta que morro!" Humor negro...
Primavera??
Se o entendes assim, é isso que é!
Lindos
Bonito e pareceu-me que ficaria bem cantado...
"pareceu-me que ficaria bem cantado..." Desde que não seja eu a cantá-lo, provavelmente sim :)
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