domingo, 20 de fevereiro de 2011

"A fraude global"

«Em 19 de Dezembro passado, o actual mayor de Londres, Bóris Johnson, publicou no "The Telegraph" um artigo com o surpreendente título "O homem que repetidamente vence o Instituto de Meteorologia no seu próprio jogo". Referia-se ao meteorologista Piers Corbyn, um astrofísico que, sem dispor dos poderosos meios computacionais do Met Office, tinha conseguido prever, já em Maio de 2010, que o próximo Inverno seria muito rigoroso, talvez o mais frio em 100 anos, enquanto o Met Office falhava rotundamente ao profetizar, ainda em Novembro, um Inverno ameno, com temperaturas de um grau a um grau e meio acima da média. Como salienta o mayor de Londres, as previsões correctas de Piers Corbyn não se ficavam por aqui. Há muito que este cientista vinha envergonhando o Met Office ao acertar na maioria das suas previsões meteorológicas, para mais baseando-se unicamente na observação dos dados respeitantes à actividade solar! De facto, Piers Corbyn despreza por inteiro a influência do dióxido de carbono e presta atenção principalmente à interacção das partículas emitidas pelo Sol com as camadas superiores da atmosfera do nosso planeta. Com efeito, há fortes razões para não acreditar nas teses do global warming (aquecimento global), propaladas por Al Gore, pelo IPCC e pelos alarmistas seus seguidores. Uma teoria que se suporta, de forma obsessiva, num componente residual da atmosfera (o teor em volume do dióxido de carbono é inferior a 0,04%...) para justificar quer as ondas de calor quer as vagas de frio, arrisca-se a não ser uma teoria, mas sim um embuste. No entanto, apesar das provas em contrário e, não obstante o escândalo 'Climategate', que em finais de 2009 veio revelar uma série de fraudes praticadas pelos mais destacados (pseudo) cientistas desta teoria, não se pense que é fácil erradicá-la. Uma teoria que alimenta um dos mais insidiosos ataques à economia dos Estados Unidos apenas pode subsistir se for patrocinada por um poderoso adversário. Esse adversário existe e chama-se socialismo, a ideologia política com maior implantação no mundo ocidental e visceralmente avessa ao livre pensamento e à liberdade de expressão vigentes nos Estados Unidos e países anglo-saxónicos, nos quais, apesar de igualmente implantada, tem muito menor sucesso. Por isso não surpreende que o socialismo tenha adoptado o ‘global warming’ como uma das suas bandeiras. Uma tese com aura científica, que procura comprometer o sucesso económico dos Estados Unidos, que tem o poder de amedrontar as populações, assim permitindo condicionar a vida e as decisões dos cidadãos, que serve de pretexto para negociatas com as energias renováveis e para o infame comércio de direitos de emissão de dióxido de carbono, faz o pleno para os socialistas. Dificilmente prescindirão de tal recurso. Nos países de cultura latina, sobretudo em Portugal, o forte condicionamento da comunicação social pela ideologia socialista leva a que seja dado muitíssimo mais relevo a artigos e notícias em sentido favorável à teoria do ‘global warming’ do que a trabalhos e eventos em sentido contrário, cuja divulgação apenas preenche uma ligeira quota, para não se poder dizer que não existe. Parece que os portugueses não têm direito a saber que no mundo exterior, sobretudo nos países anglo-saxónicos, as teses do aquecimento global são alvo de permanentes e bem fundamentadas críticas oriundas de cientistas internacionalmente reconhecidos.»
Jorge Pacheco de Oliveira, Engenheiro Electrotécnico, no “Expresso” de ontem
Apesar de não subscrever a associação que Pacheco de Oliveira estabelece, entre socialismo e teoria do aquecimento global (que reúne adeptos em todos os quadrantes políticos) entendo que no estado de letargia actual, que permite que este tipo de teorias (no mínimo, grotescas) sobreviva com a alegada chancela da “ciência”, qualquer denúncia em prol da verdade científica é bem-vinda.
Apache, Fevereiro de 2011

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