O texto é da autoria de Manuel António Pina e foi publicado no "Jornal de Notícias" de 1 de Junho.
«A equipa de Maria de Lurdes Rodrigues tem já, por muitos motivos, lugar assegurado na Galeria dos Horrores da Educação em Portugal. Não precisava de ter agora instruído os professores para que "deixassem passar" os erros ortográficos e de construção frásica na avaliação das provas de Língua Portuguesa do 4º e 6º, anos, onde "apenas" estaria em causa avaliar a "competência interpretativa" dos alunos (como se os limites da expressão não limitassem o pensamento e a interpretação). Enquanto em alguns países da Europa o "eduquês" e as hordas das "ciências da educação" batem em retirada, deixando para trás gerações inteiras equipadas com "competências" mas desprovidas de saber, entre nós floresce a "selva obscura" do "aprender a aprender". Não deve haver Ministério da Educação no Mundo que tantas reformas, reformas de reformas e reformas de reformas de reformas faça, tantas "experiências pedagógicas", tantos "projectos-piloto". O resultado está à vista, fornadas de jovens são todos os anos despejadas às portas do ensino superior mal sabendo ler, escrever e contar. O que vale é que para tirar certos cursos superiores não é preciso saber ler, escrever e contar e que para arranjar emprego bastam "competências" como conhecer a gente certa ou estar na "jota" certa.»
Depois da TLEBS, dos erros científicos crassos nos exames nacionais do ano passado, faltava-nos mais esta para nos lembrar a todos que a equipa que esta senhora lidera, faz questão de ficar na história do ensino em Portugal, da pior maneira possível.
A Sra. Ministra é conhecida nos meios académicos, e não só, pelo epíteto de "A Louca", pessoalmente desconfio que a senhora cultiva essa imagem, apenas como estratégia de encobrimento da real maleita que contagiou toda a equipa do ME, estupidez compulsiva.
Apache, Junho de 2007
7 comentários:
Até que enfim alguém olhou para as ditas cujas e para os critérios de correcção. Há erros nestas tb. Científicos sim. Baralham tudo e todos. E as regras ( eu chamar-lhes-ia imposições) são de gritos, porque, apesar de parecer que a preocupação é a de avaliar a interpretação de cada menino, apenas aceitam determinadas respostas, não deixando a liberdade de expressão e de pensamento veraddeiramente >à vontade. No funcionamento da Língua há coisas estranhas também, para não dizer que a prova do 4º ano de LP foi muito mais extensa e difícil que a de 6º.
Ela é louca sim, mentecapta, sem noção nenhuma do que faz eatrás de si leva a comandita de atrofiados que com ela exercem as pressões mais sórdidas e absurdas. Infelizes das crianças que aqui andam.
Desculpa o desabafo.
Bo fds
Ah! E sempre quero ver se os resultados servirão para definitivamente se fazerem reformas decentes, do estilo : acabar com área de projecto e cenas que tais, que podem bem ser concretizadas por todas as disciplinas, e se repõem as horas que se tiraram a certas disciplinas. E se acaba com o excesso de horas na escola para muitos meninos, ou se lhesão melhores condições quer pedagogicamente, quer humanamente falando. Ai que tou a ferver. Desculpa.
Isto revolta tanto.
Há muito tempo que alguns professores, nos quais me incluo, defendem o fim ou, no mínimo, uma alteração significativa da carga lectiva das Áreas Curriculares não disciplinares, que tal como estão, servem apenas para roubar tempo precioso às outras disciplinas. Infelizmente ainda não se viu, na comunicação social, um debate profundo sobre o assunto.
Gostei do teu desabafo.
Se calhar será este o melhor lugar para começarmos esse debate. Até porque, pelo que me apercebi, é a blogosfera quem põe o dedo nas feridas deste desgraçado país, e a comunicação social vai a reboque. Não me faz nada bem à coluna puxar por tanta parafernália. ahahahahahah
Agora vou trabalhar que tou a lutar contra um pc doido e um powerpoint possesso.
Bj
Até custa a acreditar...Se não tivesses sido tu a escrevê-lo, ainda pensava que era uma brincadeira...
Infelizmente, esta Ministra sabe tão pouco da Educação como os seus antecessores, e só se preocupa em poupar dinheiro.
O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.
Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.
Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.
Sr.(a) Leitor(a), p.f. mande uma cópia ao M.E.
O texto não é meu, Redonda, mas subscrevo-o!
Quem fala assim não é gago, José!
Acredite que o farei.
Obrigado pela visita.
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