O ano de 1897 culmina um longo trabalho de pesquisa na transmissão de dados a longa distância, sem o auxílio de fios, com a invenção do rádio (ou melhor, daquilo a que hoje chamamos rádio e, que à data recebeu o nome de “wireless transmission of data”). Inicialmente atribuída ao Italiano Guglielmo Marconi e pela qual receberia em 1909 o Prémio Nobel da Física, viria a descoberta (após uma longa batalha jurídica) a ser atribuida, pelo Supremo Tribunal Americano, a Tesla.
Mas Nikola era um cientista “insaciável” e as suas pesquisas não paravam. Insistia na necessidade de fornecer energia eléctrica gratuita ao mundo, acreditava que seria esse o passo decisisvo na irradicação da pobreza. Só que a ideia irritava solenemente os seus finenciadores que se recusavam a investir em semelhante investigação.
No ano seguinte, o génio faz mais uma demostração pública, desta vez em Madisson Square Garden, onde apresenta um protótipo de um barco com controlo remoto, equipado com torpedos comandados por rádio, que pensa produzir para a Marinha Americana, no entanto esta menospreza o invento não lhe encontrando utilidade. Era o início da Robótica.
Meses depois, apresenta publicamente a ignição eléctrica para motores de combustão que ainda hoje usamos nos nossos automóveis.
Finalmente em 1899, depois de Tesla ter sido impedido pela Polícia de Nova Iorque de realizar arrojadas experiências na via pública, um jovem advogado, Curtis de seu nome, (que já antes o havia defendido em tribunal quando o génio se vira acusado de perturbação da ordem pública, por causar pequenos terramotos causados pelas suas pesquisas sobre ressonância), lhe ofereceu ajuda para montar um “campo de testes” na sua terra, Colorado Springs.
Curtis, trabalhava para a companhia de electricidade local e conseguiu que esta fornecesse gratuitamente a energia para as pesquisas de Tesla. Este mudou-se de imediato e construiu um “estranho” laboratório nos arredores da cidade (Colorado Springs), que mais parecia um celeiro com uma enorme torre central, com 27 metros de altura. A torre era um transformador amplificador de Tensão.
O filme “The Prestige” (“O terceiro Passo”, em Português), que relata a obsessiva competitividade entre dois ilusionistas, descreve com algum rigor histórico o curto período de permanência de Nikola naquelas paragens.
A presença do estranho edifício, cedo atraiu a curiosidade dos locais, que amiúde se deslocavam ao local, testemunhando a estranha luz azul que era emitida pela relva e o acender das lâmpadas que Tesla espalhava pelo chão.
Certa noite, Tesla e os assistentes ligaram o amplificador no máximo, criando uma Tensão Eléctrica de dez milhões de Volt. A onda electromagnética percorreria todo o planeta (à velocidade da luz) e perderia parte da sua “força”, mas quando regressasse ao local, um novo pulso seria emitido, reforçando-a. O processo repetir-se-ia até se atingir, por efeito cumulativo, a “força” desejável para que em todo o planeta houvesse energia gratuita. Do amplificador saltavam arcos eléctricos com mais de 40 metros de altura (a maior trovoada artificial jamais criada pelo Homem) e o ar ficou de tal forma ionizado que o gerador da Central Eléctrica de Colorado Springs ardeu e com ele “ardia” também o fornecimento de energia gratuita aos laboratórios de Tesla, tendo também “azedado” definitivamente a parceria com George Westinghouse que recusava a ideia da energia gratuita.
Dá-se ainda no Colorado, mais exactamente nas montanhas de Pikes Peak a primeira transmissão de telegrafia sem fios, até Paris, efectuada neste mesmo ano. Iniciaram-se também aqui as pesquisas de Tesla (provavelmente na sequência do acidente acima descrito) sobre ionização atmosférica. O Projecto HAARP de estudo (ou manipulação) do clima e o "escudo anti-míssil" (bem como projectos semelhantes dos Russos), agora tão discutidos nos Estados Unidos (e não só), são sequenciais a estas experiências iniciadas por Tesla no Colorado.
(continua…)
Apache, Julho de 2007