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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A “Petição do Oregon”

Hoje um aluno perguntou-me: “Porque é que os Estados Unidos não assinaram o Protocolo de Quioto?”. As razões políticas que levam a uma tomada de decisão tão importante para o futuro económico e social dos povos são sempre complexas. Uma resposta simples (ainda que obviamente muito incompleta) pode ser: “Petition Project – Global Warming Petition”, conhecida entre nós por Petição do Oregon. Em 1987 surgiu uma imagem de satélite que mostrava uma menor concentração de ozono na Estratosfera, sobre o continente Antárctico (Pólo Sul), quando comparado com as concentrações do mesmo gás em latitudes menores. O fenómeno ficou conhecido como “Buraco do Ozono”. Rapidamente surgiu um iluminado qualquer a atribuir a causa de tal (alegado) facto aos CFC’s (Clorofluorcarbonetos) usados pelo Homem em sprays e na indústria de refrigeração. Cozinhou-se então apressadamente o Protocolo de Montreal que ficou aberto para assinaturas a 16 de Setembro de 1987 e que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 1989, subscrito por 191 países. Quando mais cientistas se debruçaram sobre as justificações da antropogenia do “Buraco do Ozono”, começaram a perceber que afinal (apesar de o "artista" ter ganho o Prémio Nobel da Química) não existe evidência científica da culpabilidade humana, não passando a teoria (ainda) vigente, de um embuste científico. Quase em simultâneo com a questão do “Buraco do Ozono” e depois de na década de 70, se ter tentado acusar (sem êxito) as emissões humanas de dióxido de carbono, de estarem a provocar uma nova idade do gelo, começou, no final dos anos 80 a falar-se de aquecimento global. A questão ganhou tal relevância na opinião pública que as energias alternativas se tornaram uma oportunidade de negócio significativa. Em Dezembro de 1997 começou a elaborar-se, entrando em vigor a 16 de Fevereiro de 2005, o Protocolo de Quioto, que visa reduzir, até 2012, as emissões humanas de “gases com efeito de estufa”. Mas, “de pé atrás” com os políticos, e preocupada com as consequências para a humanidade, de um acordo deste género, parte da comunidade científica dos Estados Unidos reage e começam a circular variadas petições, alertando o governo americano para os perigos de um compromisso deste género. A mais popular dessas petições teve origem na Universidade do Oregon. Trata-se de um texto curto e de linguagem simples, que vai de encontro ao cerne da questão. “Aconselhamos o governo dos Estados Unidos a rejeitar o acordo sobre aquecimento global, que foi redigido em Quioto, no Japão, em Dezembro, 1997, bem como quaisquer outras propostas semelhantes. Os limites propostos para as emissões de gases com efeito de estufa prejudicariam o ambiente, dificultariam o avanço da ciência e da tecnologia, e contribuiriam para a deterioração da saúde e do bem-estar da humanidade. Não há nenhuma evidência científica convincente que as emissões humanas de dióxido de carbono, metano, ou outros gases com efeito de estufa estejam a causar, ou venham a causar no futuro um aquecimento catastrófico da atmosfera ou uma perturbação no clima da Terra. Mais, há substancial evidência científica que um aumento do dióxido de carbono atmosférico produz efeitos benéficos acrescidos ao ambiente natural, favorecendo as plantas e os animais da Terra.” [Tradução minha] P.S. A Petição do Oregon, reúne actualmente mais de 31 mil assinaturas, mas só pode ser assinada por licenciados, mestres ou doutores da área das ciências ou engenharias, sendo provisórias, todas as assinaturas, até que os signatários façam prova dos respectivos graus académicos.
Apache, Fevereiro de 2008

domingo, 28 de setembro de 2014

Pesquisa inconveniente (2)

As “ilhas de plástico”
O Projecto Malaspina permitiu também, não propriamente uma conclusão, antes uma constatação que já quase "toda a gente" sabia mas raramente aparece referida na comunicação social: a famosa “Ilha de Plástico”, supostamente existente entre a costa dos estados norte-americanos do Oregon e da Califórnia e o arquipélago do Havai, obviamente, não existe. Muito menos, as cinco “ilhas” modernamente alegadas. [Após o sucesso mediático da invenção da dita ”Ilha de Plástico” (numa zona, relativamente isolada, para onde a circulação oceânica conduziria os plásticos flutuantes) alguns oportunistas alegaram existirem ainda mais quatro ilhas “idênticas” noutras tantas zonas remotas do planeta, onde as correntes oceânicas são similares.]
A possível existência da “ilha” foi prevista em 1988 pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) dos Estados Unidos e “confirmada” em 1997 pelo oceanógrafo e velejador desportivo, Charles J. Moore, no regresso da competição de veleiros “Transpacific Yacht Race”. No entanto, só em 2008 a “ilha de plástico” atingiu o estatuto de verdadeiro mito urbano quando em Fevereiro foi sucessivamente anunciada pela BBC e pelo jornal britânico “The Independent”. Apesar de nunca ter sido captada qualquer imagem de satélite, sequer de avião, da alegada “ilha”, esta chegou a ser anunciada com sendo do tamanho do Texas. Justificando esse facto, alguns ambientalistas alegaram que a “ilha” (mas tarde, cinco “ilhas”) seria constituída por pequenas partículas de plástico que só poderiam ser observadas nos locais, de muito difícil acesso, a bordo de embarcações.
Confirmou-se “agora”, através desta expedição, que as “ilhas” não existem e que a quantidade de plásticos nos oceanos não tem aumentado desde a década de oitenta do século passado. A máxima concentração encontrada aproxima-se dos 200 gramas de plástico por quilómetro quadrado de oceano (o equivalente, em média, a uma garrafa plástica de um litro e meio, por cada 21 campos de futebol) cerca de 26 vezes inferior ao que é habitualmente alegado em textos menos sensacionalistas (por exemplo a Wikipédia, de 5,1 quilogramas por quilómetro quadrado).
Apache, Setembro de 2014 

quarta-feira, 16 de março de 2011

Aquecimento versus arrefecimento

Tenho vindo a demonstrar, em vários textos aqui publicados, que a hipótese de um aquecimento simultâneo, significativo, de todo o planeta, não tem sustentação científica (apesar das insistentes manipulações dos valores das temperaturas, perpetradas por certos “artistas”). Se causado pelas emissões humanas de dióxido de carbono, então, é simplesmente ridículo. Não é em vão que inúmeros cientistas têm tecido duras críticas a teoria, tal como, por exemplo, o Físico Zbigniew Jaworowski que lhe chama “o maior escândalo científico do nosso tempo”. Mas o mais extravagante da caquéctica hipótese é a ideia de que se existisse um aquecimento significativo, de uma qualquer zona do Globo, isso traria aos locais (tantos animais como plantas) mais prejuízos que benefícios. Já em artigo anterior tinha citado a Petição do Oregon, assinada por mais de 31 mil licenciados, mestres e doutores, em “Ciências Exactas”, onde se afirma que “há substancial evidência científica de que um aumento do dióxido de carbono atmosférico produz efeitos benéficos acrescidos ao ambiente natural, favorecendo as plantas e os animais, da Terra.” Da análise do gelo da Antárctica concluiu-se que um aumento significativo (sem manipulação de dados) do dióxido de carbono atmosférico só ocorre após um longo período de aquecimento expressivo dessa mesma atmosfera (mais de 800 anos), e é aceite pela generalidade dos cientistas das áreas da Química e da Física (sublinho cientistas) que tal aquecimento, e posterior aumento das concentrações de dióxido de carbono atmosférico, se existisse, favoreceria as plantas e os animais. É frequente a comunicação social insistir nas vítimas das ondas de calor, quase ignorando, ou no mínimo limitando, as informações referentes às vítimas do frio, que são em número (habitualmente) muito superior. A provar este facto de que para nós, humanos, um aquecimento significativo da atmosfera traria evidentes benefícios, deixo um gráfico retirado da tese de mestrado em Geografia (pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) de José Manuel Alexandre Marques, o qual apresenta a mortalidade média, em cada mês, em Portugal (dados recolhidos entre 1987 e 2001). O gráfico mostra uma mortalidade significativamente maior nos meses frios de Inverno (bem acima da média anual do período em estudo) contrastante com valores muito inferiores à média nos meses de Verão.

[Clique na imagem para a ampliar]

Quanto aos outros animais, de novo a título de exemplo, deixo esta notícia da CNN, que dá conta de um fim-de-semana particularmente frio, no México, que matou 65 animais de um Jardim Zoológico. Finalmente no que se refere às plantas, basta pensarmos que se constroem estufas (com “atmosferas” enriquecidas em dióxido de carbono e vapor de água) para as alimentar melhor e proteger das agruras das baixas temperaturas, potenciando assim o seu crescimento.

Apache, Março de 2011