Na sequência do comentário do Diogo no ‘post’ abaixo (cuja leitura é fundamental para o entendimento deste), que como referi, é uma adaptação minha de um texto recebido por e-mail; e a propósito das declarações alucinadas feitas hoje pela dona Maria de Lurdes, decidi insistir no tema.
Antes porém, um esclarecimento… O autor do blogue não se identifica com nenhum dos partidos políticos existentes (lamento se goro expectativas), o que obviamente não o impede de pontualmente ter posições coincidentes com algum (ou alguns) deles.
O texto publicado ontem é na sua essência uma crítica à mensagem implícita no novo Estatuto do Aluno (Lei nº 3/2008 de 18 de Janeiro) que a dona Lurdes apresentou como necessário para aligeirar a carga burocrática dos procedimentos conducentes à punição disciplinar de um aluno, que existia (segundo ela) no antigo estatuto; mas afinal, a única grande novidade que apresenta é a penalização dos professores pelas faltas dos alunos, sobretudo se estas forem injustificadas e os alunos estiverem fora da escolaridade obrigatória. Na anterior Lei, sempre que um aluno, fora da escolaridade obrigatória, excedia o limite de faltas injustificadas, estava automaticamente excluído. Agora, quando o aluno ultrapassa esse limite, o professor tem de lhe elaborar uma prova e, se o aluno obtiver aproveitamento na dita, as faltas dadas até aí deixam de contar. Se o aluno não obtiver aproveitamento na prova, mesmo que as faltas sejam injustificadas, o Conselho de Turma pondera a justificação ou não das mesmas (não há engano, é mesmo isto que está escrito no artigo 22º) e pondera ainda se o aluno deve ou não ser submetido a um plano de recuperação (com possibilidade de aulas de apoio) e a posterior sujeição a uma nova prova, podendo ainda, eventualmente excluir o aluno por faltas, o que não convém porque vai estragar a avaliação dos professores desse Conselho de Turma, uma vez que a classificação dos docentes (na sua avaliação) depende do sucesso dos seus alunos.
É esta cultura do laxismo, da irresponsabilidade e da impunidade, na escola dos coitadinhos, que não posso deixar de criticar.
Quanto aos dois milhões de pobres, também já me referi a eles em ‘post’ anterior. Muitos deles são trabalhadores por conta de outrem que laboram no duro 40 e mais horas por semana e são pagos miseravelmente. Uma percentagem igualmente significativa, são reformadas que depois de uma vida de trabalho árduo auferem pensões de miséria, que muitas vezes nem chegam para pagar as despesas de saúde.
O rendimento Social de Inserção pago à custa dos nossos impostos é muitas vezes atribuído a famílias numerosas de gente de pele morena, Mercedes (ou BMW) à porta da casinha atribuída pela câmara (também à nossa custa) que passeia impunemente pela rua de caçadeira na mão, finge vender roupa contrafeita nos mercados de levante mas de facto enche os bolsos em negócios de metais amarelos adquiridos sem recibo nem vontade do vendedor, pós brancos de cheiro característico e armas de caça grossa. Que matriculam os filhos na escola para terem direito ao dito Rendimento (que algumas vezes excede os 750 euros) mas estes raramente lá põem os pés.
São vários, os que à luz da teoria do coitadinho protegem estes parasitas da sociedade.
É esta imagem de impunidade que o novo estatuto quer incutir nos adolescentes. O tal direito ao sucesso de que falava a ex-sindicalista que lidera a DREN e que hoje foi reforçado pela senhora da 5 de Outubro quando afirmou que o objectivo é chegar a 100% de sucesso no 9º ano, nos próximos anos. Um dia destes, ainda havemos de ver o ‘Inginheiro’ que provavelmente não completou o liceu, ou um seu herdeiro político, a distribuir diplomas de mestrado à saída das maternidades.
Sublinho de novo, a todos os que querem propagar, por força de Lei, a sua própria mediocridade: P*** que os pariu.
Apache, Setembro de 2008
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