O Estatuto do Aluno concede-lhe o direito de não reprovar por faltas. Se faltar, o problema não é dele... A escola é que terá de lhe facultar apoio e resolver o problema. Tendo atingido o fim da escolaridade sem saber ler nem escrever e mesmo sem ter posto os pés nas aulas, o certificado das suas fantásticas habilitações concede-lhe o direito de ter um emprego.
Se por acaso faltar ao emprego como faltava às aulas, o problema não é dele. O patrão, se precisa mesmo do empregado vai ter que resolver a questão.
Se, por um impensável absurdo, for despedido, o problema não é dele. O estatuto de desempregado concede-lhe o direito de ter um subsídio de desemprego.
Se, na vigência do subsídio, faltar às entrevistas ou recusar novo emprego,o problema não é dele. As suas competências, arduamente adquiridas, concedem-lhe o direito de escolher um emprego compatível com a especificidade da sua complexa individualidade. O problema é do Instituto do Emprego, obrigado a arranjar-lhe ocupação condizente ou a engrossar as listas de desempregados.
Se, por possuir um carácter de tal excepcionalidade não for, de todo, possível arranjar-lhe emprego à altura, o problema não é dele, que o estatuto de cidadão concede-lhe o direito ao Rendimento Social de Inserção, que constituirá uma renda perpétua, pois tão distinto cidadão tem direito a uma vida digna. Este, constitui uma renda paga pelos portugueses e não, como devia ser, pelos autores desta celerada lei, fautora da indisciplina, do laxismo, do não te rales, da irresponsabilidade mais absoluta.
Por uma vez, evocando o direito à indignação: P*** que os pariu!…
[Adaptado de um texto recebido por e-mail, de autor desconhecido]
Apache, Setembro de 2008
3 comentários:
É por isso que existem 2 milhões de pessoas a viver abaixo do nível de pobreza, não é Apache? Porque andamos a tratar nas palminhas milhões de inúteis, não é Apache?
PQP!
A total ausência de regras O laissez faire laissez passer. Uma maravilha
O pais do à vontade à vontadinha. A inimputabilidade à solta...olhe, eu vou que acho que estou a ficar velha!
Diogo, ou não percebeste o sentido do texto, ou eu não percebi o alcance das tuas perguntas.
Tens a resposta no ´post’ acima.
É isso mesmo Cléo. E eu (que nasci uns dias mais tarde que Vossa Alteza) tenho a mesma sensação.
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