[O Último dos Moicanos completa hoje o terceiro aniversário. Vai daí, relembrando datas em que o tempo e a (des)inspiração o permitiam, retomo uma espécie de “escrita à deriva”.]
Por oposição (ou talvez não) às “cartas de amor”, aqui fica um…
Bilhetinho de “desamor”
Com um sorriso estendes-me o céu como tapete mas as tuas palavras são estrelas ninja com que me rasgas o peito…
Acaricias-me a carne dilacerada, com o vento morno do teu olhar, mas cuidas-me as feridas com unguento de sal e cicuta…
O amor que desesperadamente assassinas é o mesmo monstro que em mar de sôfregas lágrimas, adoras…
O fosso de saudade que herculeamente cavas com a tua ausência é o campo de forças indómito que nos une…
Lanças-me, anjo negro, o beijo mais apetecido, mas a paixão que semeámos é Fénix nas chamas do desejo renascida… Morra ela de nós, feda pútrida no mais fundo dos abismos, extinga-se no limiar da eternidade, se a cada sístole, o teu sangue não gritar o meu nome.
Apache, algures num passado não muito distante
6 comentários:
Estive a reler........E gostei TANTO!
Como dói... ler isto.... espectacularmente belo. Parabéns Apache. Muito forte mesmo. E que viva o Amor, porque nos faz sentir... vivos, mesmo na dor.
beijocas larocas
Simpatia vossa, Cleópatra e Cris.
Parabéns!
(sorry pelo atraso, nos últimos tempos, tenho tido muito pouco tempo)
Gostei da escrita à deriva. Espero que o tempo e a inspiração a tragam de volta.
Gábi
E é verdade agora também tenho uma imagem :) quando a consegui até pensei em vir aqui comentar só para me mostrar :)
(estou um bocado mal educada por estar de costas, mas como estou bastante redonda é muito difícil virar-me)
Também tenho tido tão pouco tempo que para conseguir publicar aqui, passo menos vezes nos blogues e raramente comento. Tenho de pôr as visitas em dia.
Quanto à foto, de facto, o ângulo não te favorece, além disso, tens o equipamento vestido ao contrário…
:)
Beijinho.
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