Na reunião do G8 (grupo dos 8 países mais industrializados do mundo) que decorre na cidade italiana de L’ Aquila (agora tristemente famosa pelo recente sismo de média intensidade que fez um elevado número de vítimas) os líderes das maiores economias mundiais concordaram na necessidade de manter o “aquecimento global médio” em menos de 2 ºC face às temperaturas pré-industriais.
Se ignorarmos o estado de demência de quem pretende um acordo deste tipo, isto até tem a sua graça. Senão vejamos:
A era pré-industrial é qualquer data que der jeito a cada um. Alguém acredita que o Burkina-Faso já começou a sua era industrial? E o Kiribati? Por sua vez, para os europeus, é qualquer data antes de 1850, que tanto pode ser 1500 como 3000 antes de Cristo;
A temperatura média global, de hoje, ninguém sabe qual é, depende de quantos e quais os termómetros, de que locais, vão ser usados para calcular a média;
Certamente, no Burkina-Faso muito poucos sabem o que é um termómetro, e em 1850 também muito poucos europeus sabiam o que era;
Temperatura é uma grandeza física que a maioria dos políticos também não sabe o que é. E em 3000 A.C. ainda ninguém se tinha dado ao trabalho de inventar a palavra.
Imagine-se agora que, daqui a dois anos, ou dez, é irrelevante, aparece um gajo ainda mais lunático que estes do G8, que a NASA, o IPCC ou outro caça-subsídios qualquer, vão recrutar a uma qualquer associação de alcoólicos anónimos (assim, do estilo Pachauri, o bruxo que actualmente preside ao IPCC), vem dizer que a temperatura do planeta subiu 2,07 ºC nos últimos anos (inventam-se sempre números com várias casas decimais para dar uma ideia de rigor à coisa). O que fazem os líderes do G8? Subsidiam a indústria dos frigoríficos? Ou arranjam um biombo para encobrir o Sol?
Apache, Julho de 2009
2 comentários:
Penso que a grande luta do futuro não será (contra) o CO2 mas sim o vapor de água. Como combatê-lo? E quanto irá custar?
:)
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