"Nunca vais saber
a sombra que fere o olhar
o sorriso breve sem luz
no caminho longo a fechar...
Nunca vais saber
o longo vácuo infinito
a saudade já a sangue gravada
na mudez nua de um grito...
Nunca vais saber
a lágrima quente na cama
os olhos de seda rasgada
o gelo firme na chama...
Nunca vais saber
a mão crispada e vazia
o desejo insano mordido
na intensidade do dia...
Nunca vais saber
o luar que me corre nas veias
das noites, de prata vestidos
e loucuras tecidas a meias...
Nunca vais saber
que és tu quem eu trago comigo
que és tu quem me assalta ao acordar
com um susto quente no peito...
Nem nunca vais saber
que sonho sempre contigo
e que à noite... em ti me aconchego,
e que é em ti que eu me deito...
Não!
Tu nunca vais saber..."
MCB 2008
De uma amiga (grande na escrita) que hoje é pequenina, a quem aproveito para dar os parabéns e desejar muitas felicidades
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