M@M: “Ao contrário de tantas outras hipóteses, teses ou teorias que geraram polémica ou o interesse do público (por exemplo, a Teoria da Relatividade de Einstein), a pseudoteoria do ‘aquecimento global antropogénico’, já modificada [quando as temperaturas começaram a baixar] para ‘alterações climáticas antropogénicas’, tem a característica peculiar de provocar intensas e profundas mudanças negativas na vida das pessoas comuns. Outras pseudoteorias com base ideológica, como, por exemplo, a fantasia da ‘raça superior’, ou a ‘ciência’ biológica de Lysenko, na antiga União Soviética, estavam, por assim dizer, justificadas no contexto de regimes totalitários. O que vemos agora é algo inusitado: um novo tipo de totalitarismo à escala planetária, que abarca desde países democráticos a regimes autocráticos, passando por quase todos os espectros tradicionais da divisão político-ideológica, tudo encoberto por um véu de falso debate e disseminação da ideia de um alegado consenso científico, que na realidade não existe, mas que, não obstante, provoca consensos políticos bastante reais e perigosos. Este é um fenómeno que nos parece único e absolutamente aterrador. Qual é a vossa opinião?”
Daniela de Souza Onça: “Não creio que o que estamos a viver agora – um consenso falsificado e a aprovação de projectos políticos ilegítimos - seja algo inusitado ou único. A única coisa que difere o nosso contexto dos de Hitler ou Lysenko é que a imposição das ideologias não se faz, nas chamadas sociedades avançadas, tão marcadamente pela força das armas. Mas a manipulação mental é exactamente a mesma; a sociedade unidimensional, para usar os termos de Marcuse, é exactamente a mesma. Não, não vivemos em democracias, mas sim em regimes perfeitamente totalitários, o totalitarismo do consumo e das inversões de valores, e podemos até dizer que este é um regime mais totalitário do que o a Alemanha nazi ou o da União Soviética de Stalin, justamente por causa da sua aparência de democracia e liberdade, que o torna completamente imune à contestação e ao julgamento. Os benefícios reais trazidos pela sociedade ‘livre’, que formam a sua base de legitimação, são apregoados aos quatro ventos justamente para que não se perceba qual a verdadeira base deste sistema, a saber, a perversidade da valorização privada do capital e a socialização dos seus efeitos adversos, tudo isto coroado por cidadãos que acreditam que essa sociedade totalitária é democrática e segura e que querem ser enganados e explorados. É por isso que a pseudociência das mudanças climáticas não faz e não precisa fazer a menor questão de parecer democrática: porque nada nesta sociedade o é, efectivamente.”
Geraldo Luís Lino: “O ambientalismo não é um fenómeno sociológico espontâneo, que surgiu de um processo de conscientização sobre os impactos causados pelas actividades humanas no meio ambiente. É uma ideologia, artificial como todas as outras (no sentido em que é desvinculada de um processo coerente de entendimento dos fenómenos universais), que foi criada deliberadamente por certos grupos integrantes das classes dirigentes de alguns países do Hemisfério Norte, principalmente os EUA e a Grã-Bretanha. Em linhas gerais, os objectivos desses grupos eram: 1.º transferir o controlo dos processos de desenvolvimento baseados na industrialização e em infra-estruturas modernas, das mãos dos governos nacionais para entidades supranacionais e não-governamentais, que são sempre mais fáceis de ser manipuladas e direccionadas para certos objectivos, do que os governos; 2.º abafar o "optimismo tecnológico" que era facilmente perceptível entre as populações em geral, nas primeiras décadas do pós-guerra, com a reconstrução económica, os impulsos de industrialização do Terceiro Mundo, a ‘Revolução Verde’ das culturas de alto rendimento, as perspectivas da exploração pacífica da energia nuclear, a corrida espacial entre os EUA e a URSS, os avanços da medicina, das telecomunicações etc.; 3.º reduzir o crescimento populacional; e 4.º controlar os recursos naturais.
Tudo isso está abundantemente documentado, não é teoria da conspiração. Antes de publicarmos o ‘Fraude’, eu e meus colegas do Movimento de Solidariedade Ibero-americana publicamos três livros sobre este processo, ‘Máfia Verde’ (em 2001),’"Máfia Verde 2’ (em 2005) e ‘Uma demão de verde’ (em 2007). Este último foi escrito pela jornalista canadiana Elaine Dewar e é a melhor investigação jornalística já feita sobre os bastidores do ambientalismo internacional, um livro que se lê como uma história de detectives real. Tem dois capítulos inteiros dedicados ao homem que é a própria encarnação do ‘alarmismo climático’, o magnata canadiano Maurice Strong, um dos maiores promotores do ‘aquecimento global antropogénico’ e da necessidade de controlo das emissões de carbono, desde a Conferência de Estocolmo, em 1972, passando pela Rio-92, o Protocolo de Quioto e toda a profusão de ‘COP’ organizadas pela ONU para institucionalizar o controlo dos combustíveis fósseis - que é o objectivo último deste processo. Aliás, nós fomos processados por uma ONG internacional, a WWF, por dizermos isto, e ganhámos em todas as instâncias dos tribunais, pois eles foram recorrendo das decisões do tribunal até chegarem até o Supremo, em Brasília. Nas três instâncias jurídicas, os magistrados reconheceram que as nossas afirmações e denúncias sobre o ambientalismo eram fundamentadas em informações do domínio público e não constituíam calúnias ou difamações, como acusavam os ambientalistas da WWF.
Em síntese, nada disto tem a ver com ciência, mas sim com um gigantesco processo de manipulação social por interesses económicos e políticos poderosos, que está a ficar a cada dia mais evidente.”
Luiz Carlos Molion: “O totalitarismo à escala planetária foi testado com outra catástrofe anterior, não mencionada na pergunta: a alegada destruição da camada de ozono pelos clorofluorcarbonetos (CFC), gases que eram utilizados em refrigeração. A ‘receita’ utilizada é a mesma que utilizam no AGA. Sabe-se que é a radiação ultravioleta (UV-C) que forma o ozono na estratosfera ao dissociar as moléculas de oxigénio que absorvem aquela radiação, impedindo-a de atingir a superfície da Terra. Quando o Sol está mais activo, produz-se mais UV-C e a camada de ozono fica mais densa, o contrário também é válido. O Sol tem (entre outros) um ciclo de cerca de 90 anos que atingiu seu máximo de actividade no início dos anos sessenta e, ao longo destes últimos 50 anos, a sua actividade vem decrescendo, produzindo menos UV-C e, consequentemente, diminuindo a concentração do ozono até atingir um mínimo nos próximos 20 anos, até o ano 2032 (sensivelmente). Este conhecimento científico foi usado para eliminar os CFC. Começou com reuniões científicas que alertavam (e alarmavam) para a destruição da camada de ozono, pelo homem. Foi criado o ‘Painel de Tendência do Ozono’ (sigla em inglês, OTP) e, após algumas reuniões, o Protocolo de Montreal que, em 1987, obrigou os países signatários a eliminar os CFC e a adoptar os substitutos, sob pena de sanções económicas severas, como a não-renovação da dívida externa, como foi o caso do Brasil. Quem ganhou com isto? Um oligopólio formado por cinco companhias multinacionais, com sedes no G7, que detinham a patente dos gases substitutos. Nunca foi observado ou cientificamente provado que uma só molécula de CFC (muito mais ‘pesada’ que as moléculas do ar) tenha chegado à altura da troposfera onde se forma o ozono (30-50 km). Foi um grande golpe, para a ciência, e serviu de precursor do AGA, que gerou bilhões de dólares para estas companhias que, relembre-se, pagam impostos sobre seus lucros nos seus países-sede (e não onde estão implementadas), uma verdadeira acção neocolonialista, de transferência de recursos de países pobres para os ricos. O crime dos CFC foi o de serem do domínio público e não já não pagarem direitos ‘de autor’ (‘royalties’). Complemente-se que o criador da hipótese da destruição da camada de ozono pelos CFC também assina o Sumário Executivo do 4º Relatório de Avaliação do IPCC, o Dr. Mario Molina (que ganhou o Prémio Nobel da Química com aquela aldrabice), juntamente com Prof. Phil D. Jones, director (agora afastado da CRU da Universidade de East Anglia. Climatologia é ciência, e não deve ser confundida com ambientalismo, que é uma ideologia. Actualmente, o movimento ambientalista parece ter-se afastado de seu objectivo principal, tendo transformado o seu discurso e as suas acções de conservação ambiental em instrumentos de manipulação de pessoas e instituições incautas.”
Ricardo Augusto Felício: “Estamos à beira do caos. Não é um caos ambiental, muito menos climático. É o caos humano! Um caos planeado, que pretende impor um governo mundial, baseado na pseudociência, legitimada por esses mercenários que vendem os seus países e o bem-estar das pessoas que neles moram. Estamos a vivenciar uma transição para um governo dos mais autoritários que já foram impostos. A meta é o controlo total, partindo das fontes de energia, das fontes de água, das fontes de recursos naturais e alimentos e finalizando (talvez) no controle total do ser humano. A ‘coisa’ já começou e tem seus desdobramentos conforme o país ao qual se aplica. Nos países ricos, vemos o terrorismo como a principal fonte de medos. Nos países mais pobres, usam a fome e miséria causadas por ‘alterações climáticas’. De qualquer forma, todos convergem para a mesma solução: mais impostos e redução dos direitos civis, até ao controlo total.
Em breve, no Brasil, teremos a adopção do RG integrado, onde todas as informações da nossa vida estarão ali guardadas. Se para ter algum direito, o cidadão necessita de lutar veementemente, imagine-se quando todas as suas actividades, incluindo a sobrevivência, estiverem controladas por um único documento? Se você tiver problemas com o Estado, eles simplesmente irão bloquear esse documento e você não poderá fazer mais nada. Por isso é que nós afirmamos que o conto do ‘aquecimento global’ é apenas uma cortina de fumo para o que está para vir. Nos andes, o ‘problema’ foi apresentado com outra face, a ‘escassez’ de água, outra enorme falácia.”
Apache, Maio de 2011