Em resposta ao repto lançado por vários movimentos independentes de professores e também por professores anónimos (Apache incluído), dois dos sindicatos associados na Fenprof, o SPGL e o SPN publicaram os resultados da votação do dia D, escola a escola.
Antes de mais, convém destacar a coragem destes dois sindicatos em darem um pouco de transparência a este nebuloso processo.
Numa análise dos resultados, convém perguntar onde foram parar os das escolas do 1º ciclo e jardins-de-infância? Na zona a que pertencem estes dois sindicatos, estas escolas são cerca de 7 400 e das listas constam cerca de 20. Será que se esqueceram de actualizar os nomes das básicas do 2º e 3º, ciclos, para agrupamentos e as votações são de todo o agrupamento e não da escola sede? Se assim for, o número de votantes é absolutamente ridículo. Caso contrário, o que é ridículo é o número de escolas com resultados tornados públicos.
Vejamos os dois casos separadamente…
O SPN lista cerca de 400 escolas, mas apenas 200 apresentam resultados. Porquê?
A zona que o sindicato cobre tem mais de 4 600 escolas, nas quais leccionam mais de 53 mil docentes. A moção da Plataforma Sindical recolheu 6512 votos favoráveis.
O SPGL exibe resultados de 213 escolas. Na zona que abrange, só as escolas com 3º ciclo e secundárias são 365. O número total de escolas desta zona ascende a mais de 3 600. A moção da Plataforma de Sindicatos recolheu 4708 votos favoráveis dos cerca de 47 mil docentes da região.
Entretanto, a Fenprof, actualizou (no seu site) os resultados nacionais, reduzindo (de 80,8) para 77,2% o número de votos favoráveis à moção.
Com base nos resultados tornados públicos pelos dois maiores sindicatos associados a esta federação, corrijo também a minha estimativa (anteriormente apresentada no “post” intitulado “tenham vergonha”). A moção da Plataforma terá (por extrapolação) obtido, a nível nacional, entre 14 e 18 mil votos favoráveis, de um universo de mais de mais de 145 mil docentes.
Apache, Abril de 2008
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