«O Ministro do Trabalho foi o mediador do conflito da Educação, tendo chamado o líder da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, para desbloquear a guerra aberta entre os sindicatos e Lurdes Rodrigues.
(…) No dia 29 de Março, o Ministro do Trabalho telefona a Carvalho da Silva pedindo-lhe um encontro, que acontece no gabinete do ministro. Tinham passado 11 dias sobre o encontro da delegação da CGTP com o Primeiro-Ministro, em São Bento, onde a guerra na Educação fora aflorada. Os cem mil manifestantes foram a almofada necessária para que Carvalho da Silva pedisse “uma saída para este conflito”, sem a qual, terá deixado claro, não haveria possibilidade de acalmar todos os outros sectores. Sócrates, por seu lado, não deixou passar a oportunidade de ter pela frente o líder sindical para solicitar a sua intervenção na resolução de um problema que, a agudizar-se, não traria senão prejuízos para ambas as partes. Carvalho da Silva foi sensível à argumentação do Primeiro-Ministro, talvez ‘sugestionado’ pelo facto de estar em curso a revisão do Código Laboral e de os sindicatos, participando na solução, ganharem a médio prazo créditos sobre o Governo.
Os recados estavam dados e o governo passou à acção. Vieira da Silva foi o mandatário da tentativa de aproximação entre professores e ministério. Reuniu, primeiro com o dirigente da Inter. Depois, solicitou a sua ajuda para conseguir chamar ao ministério o líder da Fenprof. Mário Nogueira juntar-se-ia no dia 31 ao encontro com Carvalho da Silva e com o Ministro do Trabalho. (…)» [“Expresso” – 19 de Abril de 2008]
A ser verdadeira (e até agora não foi desmentida), a notícia deixa claro que a Plataforma de Sindicatos da Educação vendeu os professores ao Governo em troca de benesses ainda não apuradas nas negociações laborais que as centrais sindicais mantêm com o Executivo.
Resta agora aos professores sindicalizados responder condignamente aos vendilhões.
Apache, abril de 2008
3 comentários:
Também fico com esta sensação... afinal há muito Judas pelo país... que desalento.
boa semana para ti
Sobre isto, ainda sei muito pouco.
Não somos deficitários nesse aspecto, Cris.
Olá Redonda, há quanto tempo?!
Enviar um comentário