A ex-procuradora do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, substituída no cargo, no início deste ano, pelo belga Serge Brammertz é agora a embaixadora Suíça na Argentina.
Apesar da menor visibilidade deste cargo, Carla não deixa o seu protagonismo por mãos alheias e (apesar de aconselhada pelo governo suíço, a não o fazer), prepara-se para publicar um livro autobiográfico, intitulado “The Hunt”, onde revela algumas das atrocidades praticadas pelos terroristas do Exército de Libertação do Kosovo, durante a guerra com os sérvios.
Numa conferência de imprensa que gerou um enorme mau estar na cúpula política ocidental, a ex-procuradora anunciou que o livro revelaria provas do rapto de 300 sérvios, pelos guerrilheiros kosovares, no Verão de 1999, cujos órgãos foram vendidos pelos homens de Hashim Thaci (actual “Primeiro-Ministro” do Kosovo) a outros traficantes.
Finalmente, alguém com credibilidade internacional, começa a puxar a ponta do novelo…
Apache, Abril de 2008
8 comentários:
Mais uma bomba.
Como estou no aeroporto espero que não rebente agora!
Podes estar descansado, a bomba é da semana passada. Neste momento já estão “todos” a minimizar os estragos, principalmente o governo suíço que quer à viva força impedir a publicação do livro.
Mulher de coragem. Haja gente assim. Por muito que custe a quem mente, a verdade virá sempre a saber-se. Pode é demorar um pouquinho mais do que o razoável para se acordar o povo.
Bom fim-de-semana
Há desafio para ti lá no cantito desarrumado.
:)
Ironicamente, as operações militares secretas da administração dos EUA na Bósnia, que consistiram em promover a formação de "brigadas islâmicas", foram amplamente documentadas pelo Partido Republicano. Um extenso relatório ao Congresso feito pela Comissão do Partido Republicano (RPC) do Senado, publicado em 1997, confirma totalmente o relatório da International Media Corporation acima citado. O relatório da RPC ao Congresso acusa a administração Clinton de ter "transformado a Bósnia numa base islâmica militante" provocando o recrutamento de milhares de mujahideen do mundo muçulmano através da chamada "Rede Islâmica Militante":
"Talvez que a maior ameaça para a missão SFOR [força de estabilização da NATO] – e, mais importante ainda, para a segurança do pessoal americano que presta serviço na Bósnia – seja a falta de vontade da administração de Clinton em reconhecer perante o Congresso e o povo americano a sua cumplicidade na entrega de armas do Irão ao governo muçulmano em Serajevo. Essa política, pessoalmente aprovada por Bill Clinton em Abril de 1994 por insistência do director designado da CIA (e na altura chefe do CSN), Anthony Lake e do embaixador americano na Croácia, Peter Galbraith, tem, segundo o Los Angeles Times (citando fontes confidenciais da comunidade de informações) 'desempenhado um papel central no aumento dramático da influência iraniana na Bósnia'.
(…)
Juntamente com as armas, entraram na Bósnia em grande número Guardas Revolucionários Iranianos e operacionais de informações do VEVAK, juntamente com milhares de mujahideen ("guerrilheiros sagrados") vindos de todo o mundo muçulmano. Envolvidos no mesmo esforço, houve outros países muçulmanos (incluindo o Brunei, a Malásia, o Paquistão, a Arábia Saudita, o Sudão e a Turquia) e uma série de organizações muçulmanas radicais. Por exemplo, está bem documentado o papel de uma "organização humanitária" com base no Sudão, chamada Agência de Assistência ao Terceiro Mundo. O envolvimento activo da administração Clinton na canalização de armas da rede islâmica incluiu inspecções de mísseis saídos do Irão por funcionários do governo… a Agência de Assistência ao Terceiro Mundo (TWRA), uma falsa organização humanitária com sede no Sudão… tem sido um elo importante na canalização de armas para a Bosnia… Crê-se que a TWRA está relacionada com figuras da rede de terroristas islâmicos como o Xeque Omar Abdel Rahman (o cérebro que foi condenado por ter estado por detrás das explosões bombistas no World Trade Center em 1993) e Osama bin Laden, um rico saudita emigrado que se pensa financiar numerosos grupos militantes. [ Washington Post, 22/Setembro/1996]
SE Fosse cá... como era com o dever de reserva?
Processo disciplinar em cima??
Também em Espanha Baltazer Garzon escreveu um livro que põe muita gente e muita coisa a nu!
Então e em Portugal?? Como seria?
Subscrevo, Cris.
Bom comentário, Diogo. Obrigado!
Não me diga que os procuradores, mesmo “na reserva” também têm o dever de reserva, Cléo?
Anda alguém a querer calar as vozes mais inconvenientes.
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