Numa entrevista dada à “Lusa” à margem da inauguração da nova sede distrital de Beja da Ordem dos Médicos (OM), Pedro Nunes, citado pelo jornal “i”, afirma que “há claramente um excesso de alarme e de zelo” em volta de algo que “não passa de uma gripe, uma doença banal, pouco letal”. Acrescentando que “o melhor contributo da Ordem dos Médicos é chamar a atenção dos médicos e, através deles, das pessoas, de que isto é uma doença banalíssima e que não é preciso andarmos todos assustados".
Pecam por tardias as declarações do Bastonário da OM que há muito deveria ter criticado o alarmismo oficial. Não se percebe, no entanto, (a menos que razões económicas se sobreponham a valores éticos) porque concorda Pedro Nunes com o plano de vacinação que obedece a "consensos internacionais", sendo dever de Portugal se “integrar na comunidade internacional".
Onde é que eu já ouvi falar de consensos ao som do tilintar do vil metal?
Apache, Outubro de 2009
5 comentários:
Parece-me haver mais qualquer coisa neste frenesim vacinador do que «simplesmente» os milhares de milhões de lucros das farmacêuticas. Algo mais sinistro.
Espero que não tenhas razão.
I don't know
O depoimento da ex-Ministra da Saúde da Finlândia, Dra. Rauni Kilde sobre a Gripe A e a vacinação. A não peder.
Pois…
Quando se assumem cargos políticos, mas não só (o mesmo acontece quando, por via da profissão, se tem elevada exposição pública), é preciso algum cuidado com as afirmações que se fazem, sob pena de se perder toda a credibilidade. Não me refiro a fugir às questões ou a ser “politicamente correcto”, porque amiúde é mesmo necessário não estar com meias palavras e “chamar os bois pelos nomes”. Refiro-me a fazer acusações avulsas, vagas, mal fundamentadas, ou mesmo sem qualquer fundamentação.
Como sabes (pelo que aqui tenho escrito), acho um exagero (ridícula, mesmo), a campanha de medo em torno do H1N1, que, à semelhança das estórias: do “aquecimento global” agora disfarçada de “alterações climáticas”, e do “buraco do ozono” (e muitas outras que agora não vale a pena enunciar), me parecem campanhas oportunistas para uns quantos aldrabões amealharem uns “cobres” valentes. No entanto, como a minha formação académica é na área da Física e da Química, tenho abordado esta questão (H1N1) com mais cuidado para não cometer algum erro crasso.
Não sei qual a formação académica desta senhora, mas acho que a entrevista que dá, perde credibilidade logo no início quando desata a “disparar” em várias direcções, parecendo aqueles activistas fanáticos que atacam tudo o que cheirar a “evolução tecnológica”. Começa por dizer que não sabemos que consequências tem a manipulação genética de alimentos (estou de acordo, aparentemente não trazem problemas de saúde, mas a sua introdução relativamente recente no mercado, deve deixar-nos atentos), nem que efeitos tem, o uso continuado de telemóveis (pondo de lado alguns conhecimentos de Física, poderia manter opinião idêntica à anterior), mas logo a seguir, emenda: “já sabes, causam tumores cerebrais, cegueira, surdez e cancro … é algo totalmente conhecido”. Isto é falso, não há nenhum estudo cientificamente credível que o demonstre. É diferente, manifestar dúvidas, de mostrar assertividade nas afirmações. Nota que não estou a dizer que os humanos são completamente imunes à radiação electromagnética (bem sabemos que não é assim, nem perto disso), estou a dizer que não há nenhuma prova de que o uso (normal) dos nossos telemóveis particulares afecte a nossa saúde e que a Física tem sérias dúvidas que alguém o venha a conseguir demonstrar. [Se me disseres que se andam a encher as ruas e os topos dos prédios de antenas, que o cidadão comum não consegue garantir que sejam apenas para as vulgares comunicações (rádio, televisão, telemóvel, GPS, etc.) aí, a questão é outra e… para já, calo-me, para não dar ideias.]
A senhora prossegue depois com a já badalada ideia de que alguns poderosos querem reduzir a população mundial em dois terços ou mais. Apesar de já ter “ouvido” algo semelhante ao multimilionário Ted Turner (fundador da CNN) quando disse, em finais de 2008, que “uma população total de 250 a 300 milhões de pessoas, a que corresponde uma redução de 95% face à actual, seria o ideal”, acho esta, mais uma daquelas afirmações muito estúpidas, feitas unicamente com o propósito de desviar as atenções e manter a “rapaziada” entretida. Alguém acredita que aos “pastores” interesse matar “o gado” que lhe serve de sustento? Já a ideia de criar e manter artificialmente necessidades inexistentes, isso sim, tem sido a “arca das patacas” de muitos negócios das últimas décadas.
Em resumo, mantenho que há grandes negociatas e guerras económicas em volta de tudo isto, mas há também algum exagero (talvez nem todo, ingénuo) dos “denunciantes.
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