Mostrar mensagens com a etiqueta Eleições. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Eleições. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Durão Barroso foi reeleito Presidente da Comissão Europeia

O português José Manuel Durão Barroso foi reeleito para mais um mandato de 5 anos à frente da comissão europeia. Diz-se por aí que isso é bom para Portugal e eu concordo. A esta altura estarão os mais críticos a pensar que Durão Barroso, no mandato que agora finda, pouco ou nada fez para defender os interesses de Portugal em Bruxelas, além de ser o idiota que denegriu a imagem do país naquela célebre cimeira dos Açores em vésperas do ataque americano ao Iraque (à época era Primeiro-Ministro). E gosta tanto de Portugal e da nossa língua que a sua página pessoal está traduzida em seis línguas (Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Italiano e Polaco) mas não na sua. De facto, estes argumentos são válidos e corroboram a minha opinião. A reeleição dele foi boa para Portugal, de outra forma não vejo grandes possibilidades de o manter tão longe do país, durante tanto tempo. P.S. A fotografia é uma oferta aos hipotéticos leitores. Imprimam, recortem e colem no açucareiro. Deve conseguir manter afastadas, as formigas.
Apache, Setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Gato Fedorento - Esmiúça os sufrágios (15 de Setembro)

À semelhança de anteontem (com José Sócrates), deixo a entrevista de Ricardo Araújo Pereira à líder do PSD, Manuela Ferreira Leite.

Apache, Setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Gato Fedorento - Esmiúça os sufrágios (14 de Setembro)

Para quem não viu, deixo (do primeiro programa da nova série dos “Gato Fedorento”), a entrevista ao Primeiro-Ministro, José Sócrates.

Apache, Setembro de 2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Legislativas 2009 - Primeira Sondagem

“Não sei quem vai ganhar a velhacagem «eleiçoeira» que se avizinha. Não sei e, para ser franco, não me interessa. Mas sei, de certeza, quem vai perder. É o do costume: o país. Portugal, chamaram-lhe em tempos. Mais um prego no caixão e mais um certame de vermes. Entre o Pinóquio e a Bruxa, o diabo não escolhe: patrocina.”
Dragão, do blogue “Dragoscópio”

sábado, 29 de agosto de 2009

Os cartazes da pré-campanha eleitoral

“O cartaz do PS é uma reprodução da bandeira nacional, mas com senhoras verdes à esquerda, senhoras vermelhas à direita, e José Sócrates no lugar da esfera armilar. É possível que as senhoras verdes estejam verdes de fome, e as senhoras vermelhas estejam vermelhas de irritação por estarem desempregadas. Mas tanto as senhoras verdes como as senhoras vermelhas olham para o primeiro-ministro com benevolência, o que leva a acreditar que se trata de uma fotomontagem. Na testa de uma das senhoras vermelhas está o slogan: "Avançar Portugal". Uma agramaticalidade que pode ser mais um efeito da insatisfação social: tendo em conta o estado a que chegou a relação entre o Governo e os professores, é natural que não tenha havido ninguém a avisar o PS de que "Avançar Portugal" não é das frases mais escorreitas que já foram escritas no nosso idioma. Em contraponto, os cartazes do PSD apresentam desde logo uma vantagem cromática: são os únicos que incluem uma senhora que não está verde nem vermelha. Manuela Ferreira Leite aparece com a sua cor natural ao lado de frases que o PSD recolheu junto daquela entidade a que antigamente se chamava "povo" e a que hoje se chama "pessoas". Antes das frases, para que não haja dúvidas sobre a sua autoria, diz: "Ouvimos os Portugueses", assim mesmo, com maiúscula. O PSD, à semelhança do que sucede com os outros partidos, aproveita a campanha para ouvir os portugueses, e faz questão de os escutar com particular atenção agora, uma vez que vai passar os próximos cinco anos a ignorá-los. Há um tempo para tudo. O cartaz do PCP contém a palavra "Mudança" (change, em inglês), e a frase "Sim, podemos ter uma vida melhor" (em inglês, "Yes, we can", etc.). Onde é que eu já ouvi isto? Não me lembro, mas parece-me que a fotografia do cartaz mostra um Jerónimo de Sousa bastante mais bronzeado do que é costume. A campanha dos comunistas portugueses usa os mesmos lemas que a campanha do chefe do imperialismo americano, facto que mais uma vez me obriga a constatar que não percebo nada de política. O cartaz mais arriscado é o do CDS. Ao lado da fotografia de Paulo Portas aparece a frase "Há cada vez mais pessoas a pensarem como nós". "Sim, mas são todos sócios da Autocoope", dirão os cínicos que sistematicamente identificam o discurso do CDS com o dos taxistas. O certo é que a mensagem do cartaz é arriscada na medida em que, para chegar à conclusão de que há cada vez mais pessoas a pensar como o CDS, os democratas-cristãos tiveram forçosamente que fazer uma sondagem. Ora, os democratas-cristãos têm-nos dito com muita insistência que não devemos fiar-nos nas sondagens. Que fazer? Eis um cartaz que estimula o pensamento político mas também o filosófico. Quanto ao Bloco, que eu tenha visto, não tem ainda novos cartazes com as suas principais caras. O Bloco tem, evidentemente, caras para pôr em cartazes, mas talvez não saiba ainda quais dessas caras vão estar nos cartazes do PS. Há que esperar e ver quem sobra.”
Ricardo Araújo Pereira, na “Visão” do passado dia 27

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Quantos são? Quantos são?

Dos resultados das eleições para o Parlamento Europeu, realizadas no passado domingo (7 de Junho), além da óbvia insatisfação de muitos, com o partido do vendedor de portáteis que veste Armani, evidenciou-se (uma vez mais) a abstenção, que de acordo com os dados oficiais (1:20 de 12/06/2009, quando faltam apurar apenas 10 consulados) se cifrou em 63,15%. Na página da Direcção Geral da Administração Interna (onde se publicam os resultados) pode ver-se o número total de eleitores inscritos em Portugal, 9 491 592. Consultando o portal do Instituto Nacional de Estatística (INE) verificamos que o número de residentes em território nacional é de 10 617 575, dos quais 1 628 852 têm menos de 15 anos de idade. Ora como sabem, em Portugal, para se poder votar tem de se ter mais de 18 anos e estar inscrito no recenseamento eleitoral. Na mesma página do INE lemos que há 1 236 004 residentes, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, pelo que, os que têm entre 15 e 18 anos serão sensivelmente 30% destes, ou seja, 370 801. Noutra página do referido portal, o INE informa-nos que os estrangeiros residentes em Portugal são 401 602. Ora, se a todos os residentes em território nacional subtrairmos os cidadãos estrangeiros e os portugueses com idade inferior a 18 anos, chegamos a 8 216 320 eleitores, em contraste com os já citados 9 491 592 constantes nos cadernos eleitorais. Dir-me-ão que deverão haver portugueses inscritos em território nacional que já não residem cá. Provavelmente haverá, mas dificilmente serão em número superior, aos que, tendo já completado dezoito anos, ainda não constam dos cadernos eleitorais. Em conclusão, ou o INE não tem a menor ideia de quantos somos, ou os cadernos eleitorais contêm mais de um milhão, duzentos e setenta e cinco mil, eleitores fantasma (um número superior ao dos votantes no partido vencedor).
Apache, Junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sondagens e indignações

Anda meio mundo indignado com os resultados das sondagens. Das cinco elaboradas na semana que antecedeu o acto eleitoral para o parlamento europeu, quatro davam a vitória ao PS, tendo todas elas falhado por excesso, as previsões de votos no partido no Governo. Por sua vez, todas elas previram uma votação no CDS-PP bem abaixo dos resultados obtidos nas urnas. Paulo Portas (líder do CDS-PP), talvez o mais indignado de todos, vai fazer queixinhas ao Presidente da República. Confesso que não percebo a ideia. Saberá Portas que Cavaco Silva foi professor de Economia, não de Estatística, muito menos de Sociologia? Não seria melhor, o CDS encomendar uma sondagem e se não gostar do resultado apresentar queixa na DECO (defesa do consumidor)? Mas a indignação do CDS-PP vai mais longe e o partido promete apresentar um projecto de lei que impeça a divulgação de sondagens durante a campanha eleitoral. Pedro Mota Soares, porta-voz da comissão política do partido afirmou que “as sondagens estão a desvirtuar o sistema democrático e político em Portugal”. Acho que há aqui algum exagero, há muitos anos a esta parte que a democracia se tem revelado como a arte de manipulação da opinião pública e, os estudos estatísticos cedo se mostraram parte importante dessa manipulação. Salvo honrosas excepções, quem encomenda um estudo (por vezes de forma evidente, outras um pouco mais dissimulada) encomenda determinadas conclusões do mesmo. As sondagens são estudos de opinião idênticos a muitos outros. Ninguém paga e autoriza a publicação de uma sondagem que lhe seja manifestamente desfavorável. Aliás, são conhecidas as simpatias políticas da maior parte dos responsáveis pelas empresas de sondagens. Quanto à ideia de antecipar a divulgação das sondagens para antes da campanha, não me parece de grande utilidade. Quanto mais longe das eleições se efectuarem as sondagens, maior será a manipulação das mesmas, porque os seus autores mais facilmente se desculparão com a mudança de opinião do eleitorado no decurso da campanha. Se as sondagens não fossem politicamente manipuláveis, para que se encomendariam cinco, a outras tantas empresas, em tão curto intervalo de tempo?
Apache, Junho de 2009

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Falem baixo, ou ainda acordam alguém…

Nas eleições autárquicas de 16 de Dezembro de 2001, os resultados oficiais “não coincidiram com os constantes das actas das secções de voto”, revela o livro “Eleições Viciadas?” colocado à venda na passada segunda-feira. O livro, escrito pelo jornalista João Ramos de Almeida, resulta da investigação que sucedeu as suspeitas de Alberto Silva Lopes, e salienta que “alguém, algures entre o apuramento nas freguesias e a comunicação ao Governo Civil, alterou os resultados eleitorais de 27 das 53 freguesias do concelho de Lisboa”. E acrescenta… “Ao nível das secções de voto, registaram-se discrepâncias significativas entre o número dos votantes descarregados nos cadernos eleitorais e os eleitores que terão votado, segundo as actas das secções de voto”, estas anomalias “estendem-se a 47 freguesias”, abrangendo “cerca de metade das secções de voto do concelho de Lisboa”. Apesar dos dois candidatos mais votados (Pedro Santana Lopes e João Soares) terem ficado separados por apenas 856 votos (favoráveis ao primeiro), o autor afirma que “não há certezas sobre qual terá sido efectivamente o resultado final das eleições. (…) O vasto conjunto de irregularidades detectadas não é suficiente para acusar alguma lista ou dirigente”, uma vez que os boletins de voto foram destruídos em 2002. João Soares tinha 8 dias (após publicação dos resultados) para contestar os resultados mas optou por não o fazer. Foi apenas a 17 de Maio de 2002 que Alberto Silva Lopes, advogado apoiante da sua candidatura entregou uma queixa-crime, no Ministério Público. Analisados os documentos, foram detectadas várias irregularidades. Por exemplo, o STAPE (Secretariado Técnico para os Assuntos do Processo Eleitoral) registou 312 391 votantes para a Câmara Municipal, mas as assembleias de apuramento geral só encontraram 311 482 pessoas. Entre outras fraudes, foram encontradas falsificações nas actas das secções de voto. No total, foram apurados (segundo o “Correio da Manhã, um dos jornais que ontem publicou a notícia) 2 649 votos irregulares, dos quais, 887 falsos. Ou muito me engano, ou a fazer fé no que nos últimos 10 anos, se diz “à boca fechada”, estas eleições autárquicas em Lisboa, são a ponta do iceberg do que pelo país se tem passado, em termos de deturpação dos resultados eleitorais.
Apache, Julho de 2007