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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

"Desfolhada" – Simone de Oliveira

Poema escrito em 1968 por José Carlos Ary dos Santos, com o título “desfolhada portuguesa”, foi em 1969 renomeado para “desfolhada”. Nesse ano, com música de Nuno Nazareth Fernandes e orquestração de Joaquim Luís Gomes vence o Festival da Canção, interpretado pela voz colossal da Simone de Oliveira.

“Corpo de linho lábios de mosto meu corpo lindo meu fogo posto. Eira de milho luar de Agosto, quem faz um filho fá-lo por gosto. É milho-rei milho vermelho, cravo de carne bago de amor. Filho de um rei que sendo velho volta a nascer quando há calor. Minha palavra dita à luz do sol nascente meu madrigal, de madrugada amor, amor, amor, amor, amor presente em cada espiga desfolhada. Minha raiz de pinho verde meu céu azul tocando a serra. Oh minha água e minha sede, oh mar ao sul da minha terra. É trigo loiro é além Tejo, o meu país neste momento. O sol o queima o vento o beija, seara louca em movimento. Minha palavra dita à luz do sol nascente meu madrigal, de madrugada amor, amor, amor, amor, amor presente em cada espiga desfolhada. Olhos de amêndoa cisterna escura onde se alpendra a desventura. Moira escondida moira encantada lenda perdida lenda encontrada. Oh minha terra, minha aventura. Casca de noz desamparada. Oh minha terra, minha lonjura, por mim perdida, por mim achada.”
Apache, Fevereiro de 2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"No teu poema" - Mafalda Arnauth

De novo a voz de Mafalda Arnauth, desta vez num poema de José Luís Tinoco.

"No teu poema Existe um verso em branco e sem medida Um corpo que respira, um céu aberto Janela debruçada para a vida. No teu poema Existe a dor calada lá no fundo O passo da coragem em casa escura E aberta, uma varanda para o Mundo. Existe a noite O riso e a voz refeita à luz do dia A festa da Senhora da Agonia E o cansaço do corpo que adormece em cama fria. Existe um rio A sina de quem nasce fraco ou forte O risco, a raiva, a luta de quem cai ou que resiste Que vence ou adormece antes da morte. No teu poema Existe o grito e o eco da metralha A dor que sei de cor mas não recito E os sonos inquietos de quem falha. No teu poema Existe um cantochão alentejano A rua e o pregão de uma varina E um barco assoprado a todo o pano. Existe a noite O canto em vozes juntas, vozes certas Canção de uma só letra e um só destino a embarcar No cais da nova nau das descobertas. Existe um rio A sina de quem nasce fraco, ou forte O risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste Que vence ou adormece antes da morte." No teu poema Existe a esperança acesa atrás do muro Existe tudo mais que ainda me escapa E um verso em branco à espera... do futuro…

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

"Cavalo à solta" - Mafalda Arnauth

Um poema de Fernando Tordo, na voz de Mafalda Arnauth

"Minha laranja amarga e doce, meu poema Feito de gomos de saudade, minha pena Pesada e leve, secreta e pura Minha passagem para o breve, breve Instante da loucura. Minha ousadia, meu galope, minha rédea Meu potro doido, minha chama, minha réstia De luz intensa, de voz aberta Minha denuncia do que pensa Do que sente a gente certa. Em ti respiro, em ti, eu provo Por ti consigo esta força que de novo Em ti persigo, em ti percorro Cavalo à solta pela margem do teu corpo. Minha alegria, minha amargura Minha coragem de correr contra a ternura. Minha laranja amarga e doce, minha espada Poema feito de dois gumes, tudo ou nada Por ti renego, por ti aceito Este corcel que não sossega À desfilada no meu peito. Por isso digo canção, castigo Amêndoa, travo, corpo, alma, amante, amigo Por isso canto, por isso digo Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo. Minha alegria, minha amargura Minha coragem de correr contra a ternura Minha ousadia, minha aventura Minha coragem de correr contra a ternura Minha alegria, minha aventura Minha coragem de correr contra a ternura."

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"A Gaivota" - Amália Rodrigues

"Se uma gaivota viesse trazer-me o céu de Lisboa, no desenho que fizesse, nesse céu onde o olhar é uma asa que não voa, esmorece e cai no mar. Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia perfeito o meu coração. Se um português marinheiro, dos sete mares andarilho, fosse quem sabe o primeiro a contar-me o que inventasse, se um olhar de novo brilho no meu olhar se enlaçasse. Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia perfeito o meu coração. Se ao dizer adeus à vida as aves todas do céu, me dessem na despedida o teu olhar derradeiro, esse olhar que era só teu, amor que foste o primeiro. Que perfeito coração morreria no meu peito, meu amor na tua mão, nessa mão onde perfeito bateu o meu coração." Poema de Alexandre O'Neill com música de Alain Oulman, em jeito de homenagem à voz inconfundível de Amália Rodrigues (1 de Julho de 1920 – 6 de Outubro de 1999)

Apache, Outubro de 2009

domingo, 26 de julho de 2009

"Tonight" - Reamonn

"She never took the train alone she hated being on her own She always took me by the hands and say she needs me She never wanted love to fail she always hoped that it was real She’d look me in the eyes and say believe me And then the night becomes the day and there’s nothing left to say If there’s nothing left to say then something’s wrong Oh tonight you killed me with your smile so beautiful and wild so beautiful Oh tonight you killed me with your smile so beautiful and wild so beautiful and wild And as the hands would turn with time she’d always say that she was my mine She’d turn and lend a smile to say that she’s gone But in a whisper she’d arrive and dance into my life Like a music melody like a lover's song Oh tonight you killed me with your smile so beautiful and wild so beautiful and wild Oh tonight you killed me with your smile so beautiful and wild so beautiful and wild Through the darkest night comes the brightest light And the light that shines is deep inside It’s who you are Oh tonight you killed me with your smile so beautiful and wild so beautiful Oh tonight you killed me with your smile so beautiful and wild so beautiful, beautiful Oh tonight you killed me with your smile so beautiful and wild so beautiful and wild So beautiful and wild"
Tonight - Reamonn

segunda-feira, 4 de maio de 2009

“Sem eira nem beira” – Xutos & Pontapés e Dona Rosete

Do disco lançado faz hoje precisamente um mês, comemorativo dos 30 anos de carreira dos “Xutos & Pontapés”, esta é a música de que mais se fala.

“Anda tudo do avesso

Nesta rua que atravesso

Dão milhões a quem os tem

Aos outros um passou-bem.

Não consigo perceber

Quem é que nos quer tramar

Enganar

Despedir

E ainda se ficam a rir.

Eu quero acreditar

Que esta merda vai mudar

E espero vir a ter

Uma vida bem melhor.

Mas se eu nada fizer

Isto nunca vai mudar

Conseguir

Encontrar

Mais força para lutar...

Senhor engenheiro

Dê-me um pouco de atenção

Há dez anos que estou preso

Há trinta que sou ladrão

Não tenho eira nem beira

Mas ainda consigo ver

Quem anda na roubalheira

E quem me anda a comer.

É difícil ser honesto

É difícil de engolir

Quem não tem nada vai preso

Quem tem muito fica a rir.

Ainda espero ver alguém

Assumir que já andou

A roubar

A enganar

o povo que acreditou.

Conseguir encontrar mais força para lutar

Mais força para lutar

Conseguir encontrar mais força para lutar

Mais força para lutar...

Senhor engenheiro

Dê-me um pouco de atenção

Há dez anos que estou preso

Há trinta que sou ladrão

Não tenho eira nem beira

Mas ainda consigo ver

Quem anda na roubalheira

E quem me anda a foder

Há dez anos que estou preso

Há trinta que sou ladrão

Mas eu sou um homem honesto

Só errei na profissão.”

Uma outra versão, em jeito de resposta de um tal senhor “inginheiro”, na voz da Dona Rosete [Maria Ruef na TSF a 20 de Abril de 2009]

“Senhores Pontapés

Dêem-me um pouco de atenção

Que quem se mete comigo

Anda na conspiração

Eu processo a malta dos blogues

E directores de jornais

Têm toda a liberdade

Mas de mim não falam mais!

Senhores Pontapés

Dêem-me um pouco de amor

Processei o Zé Manel Fernandes

O Tavares e um professor

Processo sem eira nem beira

Eu conheço a lei de cor

Dizem que há lá saldos bons

Mas não volto ao Fripóre!”

Apache, Maio de 2009

domingo, 25 de janeiro de 2009

"Não me mintas" – Rui Veloso

"Eu queria unir as pedras desavindas, escoras do meu mundo movediço. Aquelas duas pedras perfeitas e lindas das quais eu nasci forte e inteiriço. Eu queria ter amarra nesse cais para quando o mar ameaça a minha proa e queria vencer todos os vendavais que se erguem quando o diabo se assoa. Tu querias perceber os pássaros, voar como o Jardel sobre os centrais. Saber por que dão seda, os casulos… Mas isso já eram sonhos a mais. Conta-me os teus truques e fintas… Será que os Nike fazem voar? Diz-me o que sabes não me mintas, ao menos em ti posso confiar. Agora diz-me o que aprendeste de tanto saltar muros e fronteiras… Olha para mim e vê como cresceste com a força bruta das trepadeiras. Põe aqui a mão e sente o deserto tão cheio de culpas que não são minhas. E ainda que nada à volta bata certo, eu juro ganhar o jogo sem espinhas. Tu querias perceber os pássaros, voar como o Jardel sobre os centrais. Saber por que dão seda, os casulos… Mas isso já eram sonhos a mais."

[Blues Made in Portugal] Rui Veloso

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

"Happy Christmas" - John Lennon

"So this is Christmas And what have you done Another year over And a new one just begun And so this is Christmas I hope you have fun The near and the dear ones The old and the young A very merry Christmas And a happy New Year Let's hope it's a good one Without any fear And so this is Christmas For weak and for strong For rich and the poor ones The war is so long And so happy Christmas For black and for white For yellow and red ones Let's stop all the fight A very merry Christmas And a happy New Year Let's hope it's a good one Without any fear And so this is Christmas And what have we done Another year over And a new one just begun And so happy Christmas I hope you have fun The near and the dear ones The old and the young A very merry Christmas And a happy New Year Let's hope it's a good one Without any fear And so this is Christmas And what have we done Another year over And a new one just begun"

[Uma das mais conhecidas músicas de Natal] John Lennon
Feliz Natal
Apache, Dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

"The Story" - Brandi Carlile

"All of these lines across my face Tell you the story of who I am So many stories of where I've been And how I got to where I am But these stories don't mean anything When you've got no one to tell them to It's true... I was made for you I climbed across the mountain tops Swam all across the ocean blue I crossed all the lines and I broke all the rules But baby I broke them all for you Because even when I was flat broke You made me feel like a million bucks Yeah you do and I was made for you You see the smile that's on my mouth Is hiding the words that don't come out And all of my friends who think that I'm blessed They don't know my head is a mess No, they don't know who I really am And they don't know what I've been through but you do And I was made for you... All of these lines across my face Tell you the story of who I am So many stories of where I've been And how I got to where I am But these stories don't mean anything When you've got no one to tell them to It's true... I was made for you"

[Uma das grandes músicas do momento] Brandi Carlile

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"Será?" - Pedro Abrunhosa

"Será que ainda me resta tempo contigo,
ou já te levam balas de um qualquer inimigo.
Será que soube dar-te tudo o que querias,
ou deixei-me morrer lento, no lento morrer dos dias.
Será que fiz tudo o que podia fazer,
ou fui mais um cobarde, não quis ver sofrer.
Será que lá longe ainda o céu é azul,
ou já o negro cinzento confunde o Norte com o Sul.
Será que a tua pele ainda é macia,
ou é a mão que me treme, sem ardor nem magia.
Será que ainda te posso valer,
ou já a noite descobre a dor que encobre o prazer.
Será que é de febre este fogo,
este grito cruel que da lebre faz lobo.
Será que amanhã ainda existe para ti,
ou ao ver-te nos olhos te beijei e morri.
Será que lá fora os carros passam ainda,
ou estrelas caíram e qualquer sorte é bem-vinda.
Será que a cidade ainda está como dantes,
ou cantam fantasmas e bailam gigantes.
Será que o sol se põe do lado do mar,
ou a luz que me agarra é sombra de luar.
Será que as casas cantam?, e as pedras do chão?,
ou calou-se a montanha, rendeu-se o vulcão.
Será que sabes que hoje é domingo,
ou os dias não passam, são anjos caindo.
Será que me consegues ouvir,
ou é tempo que pedes, quando tentas sorrir.
Será que sabes que te trago na voz,
que o teu mundo é o meu mundo e foi feito por nós.
Será que te lembras da cor do olhar,
quando juntos, a noite, não quer acabar.
Será que sentes esta mão que te agarra,
que te prende com a força do mar contra a barra.
Será que consegues ouvir-me dizer,
que te amo, tanto quanto, noutro dia qualquer.
Eu sei que tu estarás sempre por mim,
não há noite sem dia, nem dia sem fim.
Eu sei que me queres, e me amas também
me desejas agora como nunca ninguém.
Não partas então, não me deixes sozinho…
Vou beijar o teu chão e chorar o caminho.
Será?…"
[Talvez o melhor poema de] Pedro Abrunhosa

domingo, 1 de outubro de 2006

"Fado Perdição" - Cristina Branco

[O velhinho "fado perdição" que tantos interpretaram, mais que pela música, vale pelo poema e (aqui) por uma das mais belas vozes da nova geração de fadistas.]
“Este amor não é um rio, tem a vastidão do mar… E a dança verde das ondas soluça no meu olhar. Tentei escrever as palavras nunca ditas entre nós… Mas pairam sobre o silêncio nas margens da nossa voz. Tentei esquecer os teus olhos, porque não sabem ler os meus… Mas neles cresce a alvorada que amanhece a Terra e os Céus. Tentei esquecer o teu nome, arrancá-lo ao pensamento… Mas regressa a cada instante entrelaçado no vento. Tentei ver a minha imagem mas foi a tua que vi no meu espelho… porque trago os olhos rasos de ti. Este amor não é um rio, tem abismos como o mar… E o manto negro das ondas cobre-me de negro o olhar. Este amor não é um rio… Tem a vastidão do mar…” Fado Perdição – Cristina Branco

quarta-feira, 12 de julho de 2006

"Cinderela" - Carlos Paião

"Eles são duas crianças a viver esperanças, a saber sorrir.
Ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir.
Numa outra brincadeira passam mesmo à beira sempre sem falar.
Uns olhares envergonhados e são namorados sem ninguém pensar.
Foram juntos, outro dia, como por magia, no autocarro, em pé.
Ele lá lhe disse, a medo: «O meu nome é Pedro e o teu qual é?»
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: «Sou a Cinderela».
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela...
Então,
bate, bate, coração,
louco, louco, de ilusão.
A idade assim não tem valor.
Crescer,
vai dar tempo p'ra aprender,
vai dar jeito p'ra viver,
o teu primeiro amor.
Cinderela das histórias, a avivar memórias, a deixar mistério…
Já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério.
Ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou.
Com a cara assim molhada ninguém deu por nada, ele até chorou...
Então,
bate, bate, coração,
louco, louco, de ilusão.
A idade assim não tem valor.
Crescer,
vai dar tempo p'ra aprender,
vai dar jeito p'ra viver,
o teu primeiro amor.
E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos planos.
E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos.
E, num desses momentos, houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela: "Sabes Cinderela, eu gosto de ti..."
Carlos Paião - Cinderela

sábado, 10 de junho de 2006

"A cantiga do campo" - Madredeus

[Os, há época, ainda novinhos "Madredeus", ao vivo]

Porque andas tu mal comigo ó minha doce trigueira, quem me dera ser o trigo que andando pisas na eira. Quando entre as demais raparigas vais cantando entre as searas, eu choro ao ouvir-te as cantigas que cantas nas manhãs claras. Por isso nada me medra, ando curvado e sombrio, quem me dera ser a pedra em que tu lavas no rio. E falam com tristes vozes do teu amor singular, aquela casa onde coses com varanda para o mar. Por isso nada me medra, ando curvado e sombrio, quem me dera ser a pedra em que tu lavas no rio!"
A cantiga do campo - Gomes Leal

sábado, 27 de maio de 2006

Porque não oiço no ar – Hélder Moutinho

Eu sei que a Primavera já chegou, aliás, já cheira a Verão aqui em Lisboa, prevêem-se para hoje 34º, mas hoje… hoje apetece-me que o Inverno seja quando o homem quiser. É estranho, eu sei, eu não gosto do Inverno, mas… Talvez, laivos de saudade… Porquê?
“Porque não oiço no ar a tua voz Entre brumas e segredos escondidos E descubro que o silêncio entre nós São mil versos de mil cantos escondidos. Porque não vejo no azul-escuro da noite Nas estrelas esse brilho que é o teu E procuro a madrugada que me acoite Num poema que não escrevo mas é meu. Olho o vento que se estende no caminho E ensaia a tua dança de voar És gaivota que só chega a fazer ninho Quando o tempo te dá tempo para amar. Mas também se perde o tempo que se tem Para gastar só quando chega a Primavera Veste um fato de saudade amor e vem Que é Inverno, mas eu estou à tua espera.” Porque não oiço no ar – Hélder Moutinho

segunda-feira, 8 de maio de 2006

"Please Forgive Me" - Bryan Adams

"It still feels like our first night together
It feels like the first kiss and it's gettin' better baby
No one can better this
I'm still holdin' on, you're still the one
The first time our eyes met - it's the same feeling I get
Only feels much stronger - I wanna love you longer
You still turn the fire on…
So if you're feelin' lonely…don't
You're the only one I'd ever want
I only wanna make it good
So if I love ya a little more than I should
Please forgive me - I know not what I do
Please forgive me - I can't stop loving you
Don't deny me - this pain I'm going through
Please forgive me - if I need ya like I do
Please believe me - every word I say is true
Please forgive me - I can't stop loving you
Still feels like our best time are together
Feels like the first touch
We're still gettin' closer baby
Can't get close enough
I'm still holdin' on - you're still number one
I remember the smell of your skin
I remember everything
I remember all your moves - I remember you ya
I remember the night - ya know I still do
So if you're feelin' lonely…don't
You're the only one I'd ever want
I only wanna make it good
So if I love ya a little more than I should
Please forgive me - I know not what I do
Please forgive me - I can't stop loving you
Don't deny me - this pain I'm going through
Please forgive me - if I need ya like I do
Please believe me - every word I say is true
Please forgive me - I can't stop loving you
One thing I'm sure of - is the way we make love
The one thing I depend on
Is for us to stay strong
With every word and every breath I'm prayin'
That's why I'm sayin'…
Please forgive me - I know not what I do
Please forgive me - I can't stop loving you
Don't deny me - this pain I'm going through
Please forgive me - if I can´t stop loving you
Baby believe me - every word I say is true
Please forgive me - I can't stop loving you
Never leave me - I don´t know what I do
Please forgive me - I can´t stop loving you
Can´t stop loving you"
Bryan Adams - Please Forgive Me

sábado, 18 de fevereiro de 2006

"Rosa Branca"

(Em jeito de resposta ao comentário da Cleópatra, na publicação abaixo...)
"Eu penso em ti logo ao nascer da aurora, e quando o dia vai chegando ao fim... Nunca me esqueces e dormindo embora, sonho a ventura de te amar assim… Antes de ver-te, ó flor do céu caída, nem me recordo como até então vivi… Já nem me atrevo a suportar a vida, vivendo um só dia sem pensar em ti… Ó rosa branca delicada e pura, que ideal brancura, que mimosa cor… Lembras-me um anjo que do céu tombasse e por mim pousasse, na roseira em flor… Quando o teu olhar iluminado e casto, pousa em meus olhos reflectindo o céu… Quanto mais fujo, quanto mais me afasto, mais perto vejo o teu olhar do meu… Ó rosa branca luminosa e viva, linda rosa esquiva, de um amor fatal… Pudessem anjos fabricar sozinhos, com montões de arminhos, outra rosa igual… Quando esta vida se apagar serena, vou recordar-me quanto te amei em vão… Ó desdenhosa o que me faz mais pena, é ir pensando que te esqueço então… Ó rosa branca meu amor primeiro, tu não tens canteiro, tu não tens jardim… Porque te chamo se tu não respondes, e porque te escondes, a chamar por mim… Mas sob a campa, meu amor não finda. Verás princesa se eu ouvir teus ais, abrir meus olhos para te ver, ainda, morrer de novo se te não vir mais… Ó rosa branca porque me chamaste?... Para quê roubaste, toda a fé que eu tinha?... Serena e fria como a luz da Lua… que brancura a tua, que desgraça a minha!... "
João de Vasconcelos e Sá - Rosa Branca

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

"She" - Elvis Costello

"She May be the face I can't forget. A trace of pleasure or regret May be my treasure or the price I have to pay. She may be the song that summer sings. May be the chill that autumn brings. May be a hundred different things within the measure of a day. She May be the beauty or the beast. May be the famine or the feast. May turn each day into a heaven or a hell. She may be the mirror of my dreams. A smile reflected in a stream. She may not be what she may seem inside her shell. She who always seems so happy in a crowd. Whose eyes can be so private and so proud No one's allowed to see them when they cry. She may be the love that cannot hope to last May come to me from shadows of the past. That I'll remember till the day I die She May be the reason I survive The why and wherefore I'm alive The one I'll care for through the rough and ready years Me I'll take her laughter and her tears And make them all my souvenirs For where she goes I've got to be The meaning of my life is she."
She - Elvis Costello, com a Filarmónica de Liverpool