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terça-feira, 1 de julho de 2008

Os “Velhos do Sabor"

A associação ambientalista, Plataforma Sabor Livre interpôs uma providência cautelar tentando impedir a construção da Barragem do Baixo Sabor, porque a Declaração de Impacte Ambiental que autorizava a obra caducou a 15 de Junho. A obra já devia ter sido iniciada, mas foi atrasada (entre outros motivos) por sistemáticos entraves jurídicos colocados pela associação ambientalista. Não querendo tomar a parte pelo todo, há muito Sá Fernandes por esse país fora. - À e tal, termoeléctricas a carvão ou fuel não, que libertam dióxido de carbono e há aquilo do aquecimento global e cada vez que usamos um ou dois neurónios entramos em sobreaquecimento… À e tal, termoeléctricas a energia nuclear não, que libertam radiações e se houver mutação genética ainda ficamos com um palminho de testa... À e tal, hidroeléctricas não, que a malta tem aversão à água desde que a vizinhança começou a pedir para tomarmos banho pelo menos uma vez por ano. Se a estupidez pagasse imposto, certas organizações ambientalistas nem com os chorudos apoios de algumas multinacionais se safavam.
Apache, Julho de 2008

Se a estupidez pagasse imposto...

Na Áustria, um grupo de activistas pediu ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para reconhecer o chimpanzé Matthew Pan como pessoa. Será que é desta que (pelo menos juridicamente) se demonstra a fantasiosa teoria de Darwin?!
Apache, Julho de 2008

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Carla Del Ponte puxa a ponta do novelo

A ex-procuradora do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, substituída no cargo, no início deste ano, pelo belga Serge Brammertz é agora a embaixadora Suíça na Argentina.
Apesar da menor visibilidade deste cargo, Carla não deixa o seu protagonismo por mãos alheias e (apesar de aconselhada pelo governo suíço, a não o fazer), prepara-se para publicar um livro autobiográfico, intitulado “The Hunt”, onde revela algumas das atrocidades praticadas pelos terroristas do Exército de Libertação do Kosovo, durante a guerra com os sérvios. Numa conferência de imprensa que gerou um enorme mau estar na cúpula política ocidental, a ex-procuradora anunciou que o livro revelaria provas do rapto de 300 sérvios, pelos guerrilheiros kosovares, no Verão de 1999, cujos órgãos foram vendidos pelos homens de Hashim Thaci (actual “Primeiro-Ministro” do Kosovo) a outros traficantes.
Finalmente, alguém com credibilidade internacional, começa a puxar a ponta do novelo…
Apache, Abril de 2008

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A alínea c), do número 5, do artigo 15º do Estatuto da Carreira Docente é inconstitucional!

No Acórdão nº 184/2008, do Tribunal Constitucional, datado de 12 de Março de 2008, lê-se, no capítulo “III – Decisão”, o seguinte: “Pelos fundamentos expostos, o Tribunal Constitucional decide: (…) c) Declarar a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da norma contida no artigo, 15º nº 5, alínea c) do referido Decreto-Lei nº 15/2007, por violação do nº 2 do artigo 47º da Constituição.” Recordo o disposto no texto do Estatuto agora declarado inconstitucional, referente ao concurso para Professores Titulares. “Apenas podem ser opositores aos concursos referidos no nº 1 os docentes integrados na carreira que preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos: (…) Não estejam na situação de dispensa total ou parcial da componente lectiva;” Que fará agora o Ministério da Educação? Anulará o concurso? Assobiará para o ar como tem feito com outros atropelos à lei? Deixo aqui o texto integral do Acórdão, destacando a excelência do discurso argumentativo do Meritíssimo Juiz Mário José de Araújo Torres, na sua declaração de voto de vencido, na questão das quotas para as classificações de “Muito Bom” e “Excelente”, em sentido contrário ao texto difuso e quase desprovido de conteúdo, que fundamenta a decisão maioritária.
Apache, Abril de 2008

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Só para recordar…

Tal como referi na publicação anterior, a senhora Maria de Lurdes Rodrigues, bem como os seus subordinados próximos, insistem na promoção do desrespeito pelos tribunais e no desprezo pelas leis da república. Na passada terça-feira, dia 26, a dita senhora afirmou que “não há providências cautelares que possam interromper o processo de avaliação”. Ontem, foi colocada no ‘site’ da Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação, uma Circular, datada também do dia 26 e assinada pelo senhor Director-Geral daquele organismo, que insiste na necessidade de os professores contratados serem avaliados até ao final deste ano lectivo, exortando a que as escolas prossigam com os procedimentos necessários. Recordo aos senhores dirigentes do Ministério da Educação e aos colegas professores mais distraídos, nomeadamente os que ocupam cargos nos órgãos de direcção e gestão das escolas, que sobre os três Despachos datados de 24 e 25 de Janeiro de 2008, dos senhores Secretários de Estado da Educação (o que estabelece os prazos para a avaliação dos docentes, o que delega na senhora Presidente do Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (órgão colegial fundamental no processo e que ainda não foi constituído) competência para se pronunciar em nome do órgão e o que aprova as grelhas de avaliação), pesam cinco providências cautelares com efeito suspensivo, aceites por quatro tribunais administrativos. Recordo ainda que, o ponto 1 do artigo 128º do CPTA (Lei nº 15/2002 de 22 de Janeiro) dispõe: “Quando seja requerida a suspensão da eficácia de um acto administrativo, a autoridade administrativa, recebido o duplicado do requerimento, não pode iniciar ou prosseguir a execução, salvo se, mediante resolução fundamentada, reconhecer, no prazo de 15 dias, que o diferimento da execução seria gravemente prejudicial para o interesse público.” Obviamente, esta ressalva não se aplica, pois a avaliação dos professores, bem como a sua progressão na carreira, estiveram suspensos por este governo, entre Agosto de 2005 e 31 de Dezembro de 2007, aparentemente sem prejuízo do interesse público. Mais, o ponto 2 do mesmo artigo da supra citada Lei, acrescenta que: “Sem prejuízo do previsto na parte final do número anterior, deve a autoridade que receba o duplicado impedir, com urgência, que os serviços competentes ou os interessados procedam ou continuem a proceder à execução do acto.” Acontece que, passados mais de 15 dias da aceitação da primeira providência cautelar, o Ministério da Educação, não só, não impediu, como continua a fomentar a prossecução do acto. É importante não esquecer que, professores ou professores titulares, do quadro de nomeação ou contratados, todos são professores, e a Lei não é só para alguns.
Apache, Fevereiro de 2007

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Desta vez, a ciência perdeu

A vida é mesmo assim, feita de vitórias e derrotas e a História da Humanidade está pejada de avanços e de retrocessos, de períodos de luz e de épocas de trevas, não valendo a pena dramatizar excessivamente. De facto, à pouco mais de um mês atrás, tinha destacado em três publicações consecutivas e complementares, a decisão de um tribunal londrino considerar provada a existência de nove erros no DVD de Al Gore “Uma verdade inconveniente” e, uma vez que em Inglaterra é obrigatória a exibição do “documentário” a todos os adolescentes, entendeu o juiz que os professores, imediatamente antes ou logo após a exibição do dito, deverão alertar os alunos para o facto de este conter opiniões políticas contrárias ao conhecimento científico actual.
Esta é, do ponto de vista da ciência, apenas uma meia vitória, pois o documentário, poderia ser visualizado em qualquer lado, menos nas aulas de ciências, onde é suposto aprender-se ciências. E o único ensinamento que resulta da visualização do DVD é que tanto no passado como no presente, pessoas de elevada responsabilidade, muito têm contribuído para a criação de mitos que em nada contribuem para a evolução do conhecimento científico e para o progresso da humanidade.
Soube hoje, através de uma colega, que à poucos dias, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, decidiu por cinco votos contra quatro, considerar o dióxido de carbono, um gás poluente.
Sim, eu sei que é vulgar aparecer na comunicação social idêntica classificação, até já se chegou ao cúmulo de o considerar tóxico, mas obviamente, ninguém espera que a maioria dos jornalistas, seja, em matéria de ciência, pouco mais que analfabeta, de facto, ninguém é mestre em todas as artes e a sua formação académica é, na generalidade dos casos, na área das letras.
Sim, eu sei, e neste caso é gravíssimo que assim seja, que muitos autores de manuais escolares (alguns deles, professores universitários) escrevem semelhante aberração nos mesmos. Conheço alguns manuais de 10º ano, da disciplina de Física e Química A e (pelo menos) um da disciplina de Química do 12º ano, onde o dióxido de carbono é considerado poluente. Neste último manual, chega-se mesmo ao ridículo de escrever que o vapor de água não tem efeito de estufa, ele que é o responsável por mais de 90% desse efeito, na atmosfera terrestre.
Sim, eu sei que não podemos criticar os tribunais sempre que as decisões são contrárias à nossa opinião e considerar que não têm competência para tal decisão, mas mostrarmo-nos agradados quando as decisões vão mais de encontro ao que pessoalmente defendemos.
Mas, acontece que, apesar de ambas as decisões (do tribunal inglês e do norte-americano) versarem assuntos científicos, o primeiro caso, parece-me de facto, susceptível de decisão judicial, enquanto o segundo, não.
No primeiro caso (tribunal inglês), discutia-se se era ou não legítimo o governo britânico obrigar os professores a exibir, em contexto de sala de aula de ciências, um filme que difunde uma ideia nada consensual na sociedade e totalmente rejeitada por inúmeros cientistas, ainda que aceite por alguns outros (sabe Deus com que contrapartidas) .
Entendeu o juiz, que tal obrigatoriedade de exibição é legítima, em nome da liberdade de expressão e da competência do governo na definição das políticas educativas (decisão com a qual não concordo, por causa da obrigatoriedade imposta). Entendeu também que devem, no entanto, ser destacados pelos professores, vários erros, facilmente perceptíveis (mesmo para o juiz) que atropelam a “verdade” científica, em nome do rigor que a esta se associa.
No segundo caso (tribunal norte-americano), entendeu o Supremo ser competente para decidir uma matéria estritamente científica, de incluir ou não, o dióxido de carbono na lista das substâncias poluentes. Tal decisão (certa ou errada) só podia, a meu ver, ser tomada por um organismo composto apenas por pessoas com elevada formação académica na área científica. Apetece-me perguntar, porque não se pronuncia o Supremo americano, pela decisão tomada em Agosto de 2006, pela União Astronómica Internacional, de "despromover" Plutão da categoria de planeta, logo o único que havia sido descoberto por um astrónomo americano?
Ao tomar conhecimento da cómica decisão judicial, lembrei-me do (este, tristemente) célebre episódio "medieval", de 1616, em que Galileu enfrenta a decisão do Tribunal do Santo Ofício, de considerar herético o Modelo Heliocêntrico do Sistema Solar, do padre Copérnico, que Galileu tanto se esforçou por demonstrar, e que, ao que parece, tê-lo-ia levado ao churrasco, não fora a sua amizade pessoal com um destacado cardeal romano, pouco depois eleito papa, Urbano VIII.
Em pleno século XXI, alguns políticos parecem continuar a querer guardar para uma elite dirigente restrita (e acéfala), o conhecimento científico e tecnológico que muito poderia contribuir para o progresso e para a redução das tremendas desigualdades sociais que o mundo, cada vez mais enfrenta. Pelo contrário, empenham-se pessoalmente e esbanjam fortunas na criação de mitos idiotas, para que alguns continuem a recolher fortunas colossais à custa da miséria de milhões.
Apache, Novembro de 2007

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Dimmock, versus Al Gore… (3)

Erro nº 8: O Furacão Katrina.
Na cena 12 são exibidas imagens de Nova Orleães, que patenteiam a devastação provocada pelo furacão, cujo efeito foi atribuído ao aquecimento global.
A opinião do juiz…
É entendimento comum (refere-se às partes em conflito) que não há evidência que o comprove.
A minha opinião…
Excepção feita, aos oportunistas do costume, entenda-se políticos e jornalistas que opinam sobre tudo, como se fossem especialistas em todas as matérias, não é fácil encontrar alguém que consiga estabelecer uma relação de causa-efeito, entre o aumento de temperatura à superfície da Terra (tanto do ar, como da água do mar) e o número ou a intensidade dos ciclones (tempestades tropicais ou furacões), para um dado período de tempo.
É opinião da esmagadora maioria dos cientistas, mesmo os do IPCC, que não existe relação entre o aumento de temperatura e o número ou a intensidade dos ciclones.
Para que se forme um ciclone têm de se verificar cinco condições simultâneas: a existência de um campo de baixas pressões (depressões) nas camadas baixas da atmosfera; o desencadear de uma corrente de ar ascendente; a formação e posterior acentuação de um vortex; a auto-sustentação da corrente ascendente nas camadas altas (transporte horizontal) por correntes de ar quentes e húmidas (por exemplo, ventos alísios); uma estrutura vertical sem estratificação, que provoque uma compressão do ar, de cima para baixo.
Já agora, importa referir que, apesar do elevado número de vítimas e de estragos, o furacão Katrina não consta da lista dos 10 furacões mais violentos da história da meteorologia (que começou em 1880). O primeiro lugar desta lista é ocupado pelo São Ciriaco (1899), cerca de 4 vezes mais forte que o Katrina, seguido do Donna (1960), com uma energia 3,5 vezes superior à do furacão que em 2005 destruiu Nova Orleães.
Importa ainda destacar, que o ano de 2006 apresentou um número total de ciclones muito abaixo da média dos últimos 100 anos.
Erro nº 15: A morte dos ursos polares.
Na cena 16, uma animação de computador mostra um urso polar nadando desesperadamente em busca de um pedaço de gelo, o Sr. Gore diz: “um novo estudo cientifico revela pela primeira vez que os ursos polares têm de nadar, mais de 100 quilómetros, para encontar um pedaço de gelo. Muitos afogam-se antes de o conseguirem.”
A opinião do juiz…
O único estudo científico que me chegou, indica a morte de 4 ursos, por afogamento, durante uma violenta tempestade polar. O que não significa que no futuro não possam surgir relatos da morte de ursos por afogamento, se os gelos do pólo Norte regredirem muito mais. Mas isto não sustenta no presente a descrição do Sr. Gore.
A minha opinião…
Obviamente, Gore voltou a inventar. A academia de Hollywood gosta de filmes dramáticos.
Erro nº 13: Os recifes de coral.
Na cena 19, o Sr Gore diz: “Por causa do aquecimento global, os recifes de coral, por todo o mundo, estão a descorar e terminam como este. Todas as espécies de peixe que dependem dos recifes estão também em perigo como resultado disso. O desaparecimento das espécies ocorre agora mil vezes mais depressa do que ocorreria de forma natural.”
A opinião do juiz…
O IPCC, expressa no seu último relatório que, se a temperatura da Terra subir um a três graus Celsius, é possível que venhamos a assistir a uma mais acentuada descoloração e morte de corais, mas é impossível separar o factor climático dos outros factrores que aumentam os níveis de stress da espécie, como a pesca intensiva ou a poluição das águas.
A minha opinião…
Os corais são espécies particularmente sensiveis, é portanto admissivel que se no futuro houver uma subida, ainda que pequena da temperatura da água do mar junto aos recifes, algumas espécies possam vir a sofrer consequências graves. No entanto, nos últimos anos, comparando com os valores médios, não se tem verificado um aumento da temperatura das águas. A referência de Gore a uma aceleração de mil vezes no desaparecimento das espécies habitantes dos recifes é (uma vez mais) especulativa, carecendo totalmente de fundamento.
Por decisão do tribunal, aquando da passagem do DVD “ An Inconvenient Truth” nas aulas, além do alerta aos alunos, a que já fiz referência em publicação anterior, de que a opinião apresentada no documentário é política e que a informação nele contida é exagerada, incoerente e carente de fundamento científico, deverão ainda os professores ingleses, assinalar devidamente os nove erros destacados no documento do tribunal. Se o não fizerem, violam os artigos 406º e 407º do “Education Act 1996” podendo ser culpabilizados por doutinação política.
P.S. A ordem que escolhi para apresentação dos erros do DVD de Al Gore, dados como provados, é a que consta do documento tornado público pelo tribunal londrino.
Apache, Outubro de 2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Dimmock, versus Al Gore… (2)

Erro nº 3: Relação directa entre o aumento de dióxido de carbono na atmosfera e o aumento de temperatura, por referência a dois gráficos.
Nas cenas, 8 e 9, o Sr. Gore mostra dois gráficos referentes aos últimos 650 mil anos. Um, mostra a variação de dióxido de carbono na atmosfera e o outro, a variação de temperatura, afirmando que eles "se ajustam na perfeição".
A opinião do juiz…
Embora a generalidade dos cientistas concorde que há uma conexão entre os dois gráficos eles não permitem retirar a conclusão que o Sr. Gore tira.
A minha opinião…
Os gráficos em causa (reduzidos aos últimos 420 mil anos), foram por mim sobrepostos e publicados no final da publicação datada de 21 de Setembro de 2007.
De facto, eles mostram uma relação directa entre o aumento da concentração de dióxido de carbono, na atmosfera terrestre e o aumento de temperatura, ou seja, é correcto concluir que os dois acontecimentos estão relacionados. No entanto, não se pode concluir (ao contrário do que Gore faz) que é o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera que causa o aumento de temperatura, porque este (o aumento de temperatura) precedeu o outro (o aumento do dióxido de carbono) em cerca de 800 anos. Também não é possível concluir que o aumento do dióxido de carbono atmosférico, verificado nos últimos dois séculos é causado pela queima, por parte do Homem, de combustíveis fósseis (antropogénico), porque a concentração deste na atmosfera, atingiu valores idênticos aos actuais, milhares de anos antes da revolução industrial.
Erro nº 14: As neves do Kilimanjaro.
O Sr. Gore afirma na cena 7 que o desaparecimento da neve, no cume do monte Kilimanjaro se deve expressamente ao aquecimento global.
A opinião do juiz…
É consensual entre a comunidade científica que não se pode atribuir a culpa do recuo da neve no Monte Kilimanjaro às alterações climáticas que possam ter sido induzidas pelo Homem.
A minha opinião…
O Monte Kilimanjaro está situado na Tanzânia, próximo da fronteira com o Quénia, junto do equador (a uma latitude de 3º Sul). A “teoria” do aquecimento global, profetiza uma acentuada subida de temperatura junto dos pólos terrestres, aproximando os seus valores de temperatura, das verificadas no equador, não prevendo, portanto, alteração significativa nos valores destas últimas. No último século, tem-se assistido a uma ligeiro arrefecimento da região onde se situa o monte. O Kilimanjaro é parte de um conjunto montanhosos constituído por mais três montes, o Shira, o Mawenzi e o Kibo, os quatro, de origem vulcânica, encontrando-se este último em actividade, sendo facilmente observada com frequência a libertação de fumos. Acresce ainda o facto de estarem instaladas no cume do Kilimanjaro, várias antenas de telemóvel, que fazem dele, o ponto mais alto da Terra, com cobertura de rede GSM.
A associação sugerida por Gore, da contracção do manto de neve ao alegado aquecimento global é, portanto, perfeitamente ridícula.
Erro nº 16: O Lago Chade.
A diminuição da quantidade de água contida no Lago Chade é usada por Gore, como primeiro exemplo dos catastróficos resultados do aquecimento global.
A opinião do Juiz…
É aceite pela generalidade dos cientistas que não há evidência suficiente para estabelecer esta relação. São normalmente apontadas outras causas para o acontecimento, como o aumento da população na área, com consequente aumento de gado a pastar e também alterações climáticas muito localizadas.
A minha opinião…
Mais uma vez, na ausência de provas da sua “teoria”, Al Gore inventa-as. O Lago Chade tem uma profundidade média inferior a 2 metros e apesar de ser muito importante enquanto fonte de água da região, não passa de uma grande poça de água proveniente do pequeno Rio Chari. O lago começou a secar à 15 mil anos, aquando do início do último aumento significativo da temperatura da Terra (ver novamente o gráfico do “post” de 21 de Setembro) e actualmente tem menos água, porque há mais consumo devido ao aumento da população e porque chove menos na região, porque o gado come a pouca vegetação do local secando significativamente o ar. A ser verdadeira a “teoria” do aquecimento global, este implicaria um aumento da humidade do ar e consequente crescimento acentuado de vegetação. (continua…)
Apache, Outubro de 2007

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Dimmock, versus Al Gore…

Ainda sobre o diferendo que opôs num tribunal inglês, o Encarregado de Educação, Stuart Dimmock, à antiga Secretaria de Estado da Educação (actual, Secretaria de Estado para as Crianças, Escolas e Famílias), a propósito da exibição, obrigatória nas escolas, do documentário de Al Gore, “Uma Verdade Inconveniente”, achei que seria interessante apresentar aqui a opinião do Juiz, não porque este apresente algo de cientificamente novo, no debate sobre a alegada antropogenia do “Aquecimento Global”, mas antes, porque tratando-se de um leigo no assunto, acabou por ouvir especialistas na matéria e formar a sua opinião pessoal, desapaixonada e descomprometida com quaisquer dos lados em conflito.
Recordo que Dimmmock, pai de dois adolescentes, pedia que o filme fosse banido das escolas por ser inadequado à faixa etária e conter várias incorrecções científicas, concluindo que o DVD promove uma autêntica “lavagem cerebral” (palavras do próprio) aos jovens alunos.
Apesar de se decidir pela não proibição da exibição do documentário, o Juiz, Justice Burton, do “High Court of Justice” de Londres, considerou provada a existência, no filme, de nove erros (mais dois que incluiu nestes nove), dos 18 que eram apontados pela acusação.
Erro nº 11: O nível do mar vai subir 7 metros devido à fusão do gelo da Gronelândia, ou da Antárctida Ocidental.
Na cena 21 (das 32 em que se divide o filme), Al Gore afirma: “Se o gelo da Gronelândia fundir, ou se metade do gelo da Antárctida Ocidental fundir, é isto que pode acontecer ao nível do mar na Florida. Isto é o que pode acontecer na Baía de São Francisco… Muita gente vive nestas áreas. Na Holanda, países baixos, devastação absoluta. A área à volta de Pequim é o lar de dezenas de milhões de pessoas. Pior ainda, em redor de Xangai há 40 milhões de pessoas. Ainda pior, Calcutá e o leste do Bangladeche, é uma área que alberga 50 milhões de pessoas. Pensem no impacto que causam centenas ou milhares de refugiados e agora imaginem o impacto de 100 milhões, ou mais. Aqui é Manhattan. Este é o local do memorial ao World Trade Centre. Depois dos terríveis acontecimentos do 11 de Setembro, nós dissemos – nunca mais. É isto que pode acontecer a Manhattan…”
A opinião do juiz…
“A chamada de atenção do Sr. Gore é particularmente alarmista. É do senso comum, que certamente, se o gelo da Gronelândia derretesse, libertaria esta quantidade de água. Mas para isto acontecer, são precisos mil anos, portanto, este cenário apocalíptico que ele prevê, sugerindo uma subida do nível do mar em 7 metros, num futuro próximo, não está em linha com o consenso científico.”
A minha opinião…
Esta cena é profundamente ridícula. Pode-se calcular o volume de água contido em todo o gelo da Gronelândia, como em qualquer outra calote, mas para que todo esse gelo derreta, tem de haver um aquecimento de vários graus na temperatura média daquela zona, e tal nunca aconteceria devido às nossas reduzidas (em comparação com as naturais) emissões de gases com efeito de estufa. Ainda que todo o gelo da Gronelândia derretesse, parte dessa água evaporaria para a atmosfera e cairia um pouco por todo o planeta, irrigando zonas actualmente muito secas, até as saturar, só uma parte iria para o mar. Devido à maior temperatura ambiente, mais água do mar se evaporava. Portanto, é especulativo estimar a subida do nível do mar com o derretimento do gelo terrestre, e o gelo marítimo não faz variar o nível dos oceanos. Além disso, este cenário apocalíptico pressupunha que o Homem assistia impávido e sereno a alterações climáticas que durariam centenas ou milhares de anos, sem erguer diques de protecção das zonas baixas. Acresce o facto de tanto a Gronelândia, como a Antárctida estarem (na generalidade) a arrefecer, e isto constitui facto científico, não teoria. Aliás, este era outro dos erros apontados pelo Sr. Dimmock e que o juiz considerou estar relacionado com o erro nº 11.
Erro nº 12: Os atóis do pacífico, situados quase ao nível do mar estão a ser inundados, devido ao aquecimento global antropogénico.
Na cena 20, o Sr. Gore afirma: “Esta é a razão pela qual os cidadãos destas nações do Pacífico tiveram de ser todos evacuados para a Nova Zelândia.”
A opinião do juiz… “Não há nenhuma prova que uma evacuação deste tipo tenha alguma vez acontecido.”
A minha opinião…
Uma mentira pura e dura fica sempre “bem” em qualquer campanha política. Al Gore, no seu melhor.
Erro nº 18: O desligar do “convector oceânico”.
Na cena 17, ele diz: “O principal problema, aquele que mais preocupa, e ao qual mais tempo se têm dedicado os estudos, é o do Atlântico Norte, onde a Corrente do Golfo sobe e encontra os ventos frios do Árctico, junto da Gronelândia, evaporando o calor que a corrente transporta, sendo este vapor espalhado pela Europa Ocidental, pelos ventos e pela rotação da Terra… Chamamos-lhe o convector oceânico… No final da idade do gelo, esta bomba de calor foi cortada e a Europa mergulhou numa nova idade do gelo, por mais 900 ou mil anos. Claro que isto não vai voltar a acontecer, porque os glaciares da América do Norte não estão lá. Será que ainda há um grande pedaço de gelo, lá perto? Hum… Sim… [apontando para a Gronelândia]”
A opinião do juiz…
“De acordo com o IPCC é muito improvável que o “conversor oceânico” ou a circulação termohalina meridional sejam interrompidas, embora se possa admitir uma maior lentidão desta última.”
A minha opinião…
O cenário é tão catastrófico que até deu para fazer piadinhas.
De facto, se a Corrente do Golfo fosse interrompida, o Norte da Europa arrefeceria significativamente e correríamos o risco de entrar numa era glaciar. Mas porque motivo seria interrompida a Corrente do Golfo? Só aconteceria se as águas do Norte da Europa fossem tão quentes como as do equador. Ou as do equador, tão frias como as do Norte da Europa, mas esta segunda hipótese está afastada pela admissão da ideia de aquecimento global. E a primeira hipótese causaria ainda mais aquecimento, porque transferiria ainda mais calor das águas para o ar, mesmo sem corrente. Como Al Gore disse, e neste caso, bem, a interrupção da Corrente do Golfo ocorreu no fim de uma era glaciar, prolongando-a ainda mais. Nem os artistas do IPCC, organismo criado para propagandear os estudos e teorias que conduzam à ideia de antropogenia do “aquecimento global”, ignorando os estudos e factos contrários, conseguiu incluir esta ideia “peregrina” no seu cardápio. (continua…)
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Ciência versus propaganda

No passado mês de Fevereiro, foram distribuídas por cerca de 3 500 escolas inglesas, milhares de cópias do polémico DVD «Uma Verdade Inconveniente», que a Academia de Hollywood premiou com dois Óscares. O pacote contém (além do DVD), um CD produzido pelo Departamento de Ambiente Alimentação e Agricultura britânico e uma animação sobre o ciclo do carbono.
Aquando da distribuição do dito, pelas escolas, o Secretário de Estado do Ambiente havia afirmado que o debate sobre as Alterações Climáticas estava terminado, tendo chegado a hora de educar as gerações futuras para esta dura realidade, devendo o referido pacote multimédia ser exibido em todas as escolas do país a todas as crianças com mais de 11 anos.
Daí para cá, a polémica não tem parado, tendo alguns directores de estabelecimentos de ensino devolvido os pacotes enviados pelo ministério, por considerarem o seu conteúdo impróprio para exibição em aula.
Entretanto, indignado com o conteúdo do documentário apresentado por Al Gore, Stewart Dimmock, camionista, pai de dois jovens de 11 e 14 anos decidiu recorrer ao tribunal, pedindo que o vídeo seja banido das escolas, por ser inadequado à faixa etária a que se destina, devido ao excessivo sentimentalismo de algumas cenas e às graves incoerências científicas do discurso de Gore.
Logo no início do primeiro, dos três dias de audiências, o Sr. Dimmock afirmou: “Desejo que os meus filhos tenham a melhor educação que me seja possível oferecer-lhes, livre da imposição política de um rumo, e a película do Sr. Gore afasta-se irremediavelmente desse requisito. (…) Este pacote sobre alterações climáticas, distribuído pelas escolas, serve única e exclusivamente para que os novos polícias do pensamento doutrinem os nossos jovens.”
Já no último dia das audiências, concluiu: “com a exibição, em sala de aula, da propaganda de Gore, o governo promove uma autêntica lavagem cerebral aos adolescentes.”
Foram ouvidos durante as audiências, vários representantes dos mais variados ramos da ciência, bem como especialistas em Ciências da Educação e representantes dos ministérios envolvidos na polémica.
No final, o Juiz considerou legitima (por se enquadrar no direito à liberdade de expressão e opinião) a exibição do vídeo, mas impôs que antes ou imediatamente após o visionamento do mesmo, os alunos sejam alertados pelo professor, que este “promove apenas uma opinião política sobre o aquecimento global, não tendo eles que aceitar, necessariamente, os pontos de vista apresentados, pois a mensagem contém incoerências e exageros de informação, para os quais não existe quaisquer evidência científica.”
Comentando a decisão, o advogado do Sr. Dimmock, manifestou-se satisfeito, afirmando que ela “força o governo a dar uma volta de 180º”, mas considera que “ainda não se foi suficientemente longe, pois não há orientações dos professores que superem o facto de a película ser inadequada para o contexto de rigor de uma sala de aula.”
Quanto ao ministro, Kevin Brennan, não se mostrou surpreendido com a decisão, tendo afirmado que: “ a decisão do Juiz é clara, no sentido de, as escolas poderem continuar a usar «Uma Verdade Inconveniente» como parte de uma educação para as alterações climáticas, de acordo com as orientações do ministério, já disponíveis online.”
Posto isto, o jornal gratuito “Metro” destaca a vitória obtida pelo camionista, Dimmock, sobre a pseudo-ciência do advogado, Gore, enquanto a BBC se congratula com o sim claro dos tribunais à versão de Gore.
Nada de novo, aqui, debaixo do Sol…
Apache, Outubro de 2007

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

À portuguesa...

O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias declarou inválida a cobrança de IVA sobre o Imposto Automóvel (IA), na Dinamarca… Por cá, o governo pretende manter a cobrança de IVA sobre o IA, assim como a cobrança de IVA sobre o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP). Aliás, o governo português acha que cobra tão poucos impostos que através da Portaria nº 30-A/2007, de 5 de Janeiro, que entrou hoje em vigor, agravou o ISP para os seguintes valores (em euros/litro): gasóleo - 0,36441; gasolina 95 - 0,58295 e gasolina 98 - 0,62. Se tivermos em conta os preços praticados pela Galp (que detém 60% do mercado e pratica os preços mais elevados) o estado acumula de impostos (em euros/litro): no gasóleo - 0,543; na gasolina 95 - 0,80 e na gasolina 98 - 0,85. Se não existissem impostos, a gasolina 95, seria paga aos amigos de Ali Babá (vulgo Galp), a 45 cêntimos, a gasolina 98, a 47 e o gasóleo a 48.
Apache, Janeiro de 2007

quinta-feira, 16 de março de 2006

Importam-se de repetir?...

Carla Del Ponte, Procuradora do TPI... “Ele tomava medicamentos às escondidas.” “Temos de esperar pelos resultados das análises toxicológicas para sabermos o que é que ele tinha no sangue. Se esses elementos se confirmarem, poderemos afirmar que ele agravou o seu estado de saúde para poder ir a Moscovo ou porque se quis suicidar.” (Não percebi... Ele (Milosevic) tomava medicamentos às escondidas? Se era às escondidas como é que sabe? Como é que eles entraram na prisão? Agravou o seu estado de saúde... e os médicos da cadeia, o que é que fizeram?... Ou queria suicidar-se ou queria tratar-se? Pois!... A propósito de medicamentos... A Carla esqueceu-se de tomar as gotas!...) Ainda Carla Del Ponte... “ Quero o Radovan Karadzic, quero o Ratko Mladic!” (Logo os dois?... Não terá “mais olhos que barriga”?... Olhe que já não tem 18 anos!... Vá lá tomar as gotas outra vez...) Zalmay Khalilzal, Embaixador americano no Iraque... “Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, estavam a abrir a caixa de Pandora.” (Estás a pensar pela tua própria cabeça?!... A continuares assim, estás a “fechar” a tua carreira diplomática...) António Costa, Ministro da Administração Interna... “A manifestação (da GNR e da PSP) é-me indiferente!” (Querem ver que este foi para aquele ministério só porque tinha um fetiche por fardas...) Ainda António Costa... “A atitude do Sindicato dos Profissionais da Polícia é lamentável... A esses senhores só tenho a dizer NÃO!” (Já estou as ver a próxima pergunta do SPP... Ó Senhor Ministro, considera-se um homem inteligente?...) Serguei Lavrov, Ministro dos Negócios Estrangeiros Russo... “A Rússia tem o direito de não confiar na autópsia feita a Milosevic!” (Não sejam desconfiados... É verdade! O homem morreu mesmo de enfarte do miocárdio... O que nós gostávamos de saber é quem e de que forma lho provocaram?!) Marija Milosevic, filha do dito... “Não vou permitir que os traidores que venderam o meu pai a Haia, festejem sobre a sua campa!” (Pois... Sobre a campa não!... Agora se em vez do seu pai, tivesse sido o Kostunica, o Clinton ou o Bush, não me diga que não abria uma garrafinha de champanhe.)
Apache, Março de 2006