quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Lá como cá…

Sócrates esteve recentemente em Espanha, com Zapatero, a quem teceu rasgados elogios e disse aos jornalistas que se não fosse o Primeiro-Ministro de Portugal gostava de participar na campanha do PSOE.
Será que Sócrates se prepara para em 2009 destapar de novo o pote das promessas e se necessário for, comprar o voto dos portugueses? Quanto valerá?
Uma coisa parece certa, lá como cá, a falta de vergonha aparenta não conhecer limites.
Apache, Janeiro de 2008

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Olé…

A certa altura da entrevista concedida à “Antena 1”, António Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, disse que “há uma criminalidade em Portugal, da mais nociva para o Estado e para a sociedade, que anda aí impunemente. Muitos exibem os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há formas de lhes tocar. Alguns até ocupam cargos relevantes no Estado Português.”
Instado a apresentar exemplos, afirmou que “ há membros do Governo que fazem negócios com empresas privadas e depois quando saem vão para administradores dessas empresas”. Concluindo a ideia dizendo que se esbanjam “milhões de euros em pagamentos de serviços cuja utilidade é duvidosa e depois não há dinheiro para necessidades básicas.”
Com afirmações deste tipo, que muito boa gente gostaria de fazer, mas nenhum notável tinha arranjado coragem para tal, Marinho Pinto voluntaria-se para ser o homem da cara. Pergunto, teremos pega ou a tourada vai continuar como até aqui?
Apache, Janeiro de 2008

domingo, 27 de janeiro de 2008

Carroceiros

Na noite da passada sexta-feira (dia 25) foram publicadas no sítio da DGRHE (Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação, as famigeradas grelhas onde serão registadas as avaliações dos docentes. Na elaboração destas grelhas, ao contrário do prescrito na lei, não foram ouvidos os sindicatos representativos da classe. Outro dos agentes que teria obrigatoriamente que emitir parecer, o Conselho Científico para a Avaliação dos Professores, órgão colegial, composto por 21 elementos, ainda não foi legalmente constituído mas o seu presidente foi nomeado pelo Ministério da Educação. No dia 24, o Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Edução, Jorge Pedreira, delegou na Presidente desse órgão (Conceição Castro Ramos), a responsabilidade pela emissão do parecer que nos termos da lei é da responsabilidade do Conselho (passando a ser uma opinião pessoal e não colegial, aliás não poderia ser colegial porque, repito, o órgão em causa não existe ainda). No dia seguinte a dita Presidente emite opinião e à noite o Sr. Secretário de Estado aprova as grelhas, usando papel timbrado não do seu gabinete, mas do gabinete da sua superior hierárquica, a Sr.ª Ministra.
Apache, Janeiro de 2008

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Intemporal ou profético?

“Este governo não cairá porque não é um edifício, sairá com benzina porque é uma nódoa.”
Eça de Queiroz em “O Conde de Abranhos”

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Até a notícia cheira mal

Faz hoje (quarta-feira) precisamente uma semana, que os noticiários, da tarde nas rádios, e da noite nas televisões, abriram com a notícia de um acentuado cheiro a gás na cidade de Lisboa, mais concretamente, na zona envolvente à Cidade Universitária, Avenida das Forças Armadas e Avenida 5 de Outubro. No dia seguinte, o Batalhão de Sapadores Bombeiros e a Agencia Portuguesa de Ambiente tranquilizavam os habitantes. A RTP escrevia assim a notícia… «O Regimento de Sapadores Bombeiros assegurou hoje a inexistência de vestígios de explosividade no produto que esta quarta-feira causou um intenso cheiro a gás em vários pontos de Lisboa. De acordo com a mesma fonte, "foram realizadas medições na rede colectora" e procedeu-se à "recolha de amostras para análise do ar pela Agência Portuguesa de Ambiente", não tendo sido detectados "vestígios de explosividade".» Citava depois o documento da Agencia Portuguesa de Ambiente… «O produto analisado pertence a uma classe de compostos que contém enxofre na sua composição molecular não sendo potencialmente perigoso.» No dia seguinte (18 de Janeiro, dois dias depois do acontecimento), o “Correio da Manhã” acrescentava… «O cheiro a gás que anteontem levou à evacuação de pelo menos nove edifícios e ao encerramento de duas estações de metro no centro de Lisboa foi provocado por uma funcionária de limpeza da Faculdade de Farmácia de Lisboa. A funcionária deparou-se com um frasco de um reagente – um composto de enxofre e hidrogénio denominado Tiol – que tinha uma fissura. Apesar de o frasco estar guardado numa câmara frigorífica dentro do laboratório, a senhora sentiu o cheiro a enxofre e resolveu, por sua iniciativa – segundo explicou o Presidente do Conselho Directivo, José Morais, em declarações à RTP – despejar o produto químico no terreno contíguo à faculdade. Segundo José Morais, a referida funcionária “não avisou ninguém porque os responsáveis da faculdade estavam em reunião e ela não os quis incomodar. O professor garante que as autoridades foram avisadas ainda durante a noite de quarta-feira e assegura que se trata de uma situação “inédita” na instituição. O frasco que continha o produto químico acabou por ser encontrado por um funcionário da Galp Energia e foi levado pela Polícia Judiciária para ser analisado. Ontem de manhã, ainda se sentia um forte cheiro a enxofre na zona e três funcionárias do ISCTE – situado a poucos metros da Faculdade de Farmácia – tiveram de receber assistência médica por se terem sentido mal. Uma das funcionárias foi mesmo hospitalizada por sofrer de problemas respiratórios.» Comentário… Os jornalistas não têm de perceber de Química, (ou de qualquer outra ciência) no entanto, para que uma notícia seja correctamente transmitida, sempre que não se têm conhecimentos do assunto, deverão ser ouvidos os peritos que estiverem disponíveis. Parece ter sido o que fez a RTP. Mas, pasme-se, os alegados peritos, ou o eram apenas virtualmente, ou, seguindo a doutrina do “diz que é uma espécie de engenheiro”, mentiram ou no mínimo, omitiram descaradamente. Ponto um - O que significa “um forte cheiro a enxofre”? O enxofre elementar (entenda-se, não ligado a outros átomos) é um pó amarelo, sem cheiro, usado na agricultura para matar certas pragas que atacam as culturas, nomeadamente a vinha e o tomate. Ponto dois – O “porta-voz” da Agência Portuguesa de Ambiente, afirmou que “o produto analisado pertence a uma classe de compostos que contém enxofre na sua composição molecular não sendo potencialmente perigoso.” Se analisaram o produto, pelos vistos fizeram-no, pois afirmaram ser uma molécula contendo átomos de enxofre, coloca-se a pergunta: Qual era? O Presidente do Conselho Executivo da Faculdade de Farmácia, José Morais, disse que se tratava de “um composto de enxofre e hidrogénio denominado Tiol”. Mas tiol é o nome de uma família de compostos orgânicos contendo o grupo SH (S de enxofre e H de hidrogénio) e não o nome de um único, repete-se portanto a pergunta, qual era o composto? Ponto três – A ser verdadeira (e tudo indica que sim), a versão popular do forte cheiro a gás e considerando as “meias informações” dos técnicos, penso que se tratava de Etanotiol (CH3CH2SH), composto que se adiciona em pequenas quantidades ao gás de cidade (mistura de propano e butano) para lhe dar cheiro e assim se poderem detectar facilmente quaisquer fugas. Quando puro, como parece ser o caso, é um composto muito volátil (cujo ponto de ebulição ronda os 35 ºC), de odor extremamente desagradável, muito inflamável e tóxico por inalação (daí a possível hospitalização de uma das funcionárias). Ponto quatro – Vários órgãos de comunicação social falaram de um frasco com 100 ml (200 ml, segundo outras fontes). Pela área afectada, se se tratava de Etanotiol, terão sido derramados na via pública, alguns litros (e não centilitros) do composto. Como é possível que alguém tenha pegado em tal quantidade de uma substância destas e decidido derramá-la num terreno baldio, sem ordens expressas de um superior, se nos rótulos dos frascos deste produto são bem visíveis os símbolos, e indicações, “Muito Inflamável”, “Tóxico” e “Nocivo para o Ambiente”, e qualquer funcionário de uma faculdade como esta, tem formação mais que suficiente para ler e interpretar estes rótulos? Em resumo, passou uma semana sobre o caso, não acham que já é tempo de nos informarem sobre o que realmente se passou?
Apache, Janeiro de 2007

domingo, 20 de janeiro de 2008

As “Novas Oportunidades” da classe indecente

Segundo noticiou o “Expresso” de ontem, os professores do Ensino Básico e Secundário foram a segunda classe profissional mais prejudicada (logo a seguir aos diplomatas) nas actualizações anuais de vencimentos. Desde 2000 (inclusive), os docentes têm visto os seus vencimentos actualizados sempre abaixo da taxa de inflação, tendo nestes oito anos, perdido 12% do poder de compra.
Na realidade, a questão é muito mais grave. Só nos últimos anos (com a actual equipa ministerial), a carreira sofreu alterações profundas, resultando todas elas em significativo prejuízo económico, perda de direitos sociais e desprestígio da classe, junto da opinião pública. Por exemplo: entre Agosto de 2005 e Dezembro de 2007, o tempo de serviço não contou para a progressão na carreira; o número de anos de permanência em cada escalão foi aumentado; Os três escalões mais altos (da carreira), foram vedados a (pelo menos) dois terços dos docentes, mesmo que na sua avaliação de desempenho, este seja classificado como positivo; deixou de ser possível faltar para acompanhar ao médico, filhos menores; a formação profissional obrigatória passou a ter de ser realizada aos fins-de-semana, nas interrupções lectivas do Natal ou da Páscoa, ou nas férias; a idade da reforma passou para os 65 anos (numa profissão de elevado desgaste) independentemente do número de anos de serviço… E isto são só alguns exemplos, pois para descrever fielmente a nova realidade, muitas páginas de texto seriam necessárias.
Um professor que tenha iniciado a carreira à 10 ou 15 anos atrás, chegará (com as novas regras) à idade da reforma, tendo recebido entre 50 a 60 mil euros a menos ao longo da carreira.
Entretanto milhares de escolas do interior foram encerradas nos últimos anos, e milhares de outras continuam profundamente degradadas; as turmas permanecem enormes (algumas com 30 alunos); os professores do ensino especial, colocados, são cada vez menos; os manuais escolares estão cada vez mais politizados e com menor qualidade científica; os certificados de habilitações certificam cada vez menos conhecimentos e competências; e o Ministério produz cada vez mais legislação sem avaliar correctamente as suas consequências, à velocidade vertiginosa da diarreia mental dos seus mais altos dirigentes.
Quando comparado com tamanha destruição da dignidade dos docentes, ganhar hoje, 12% menos que em 2008, é um pormenor quase irrelevante.
No Ensino Superior, agora com ministério próprio, mas rumo idêntico, assinou-se Bolonha para se inflacionarem diplomas que certificam (também) cada vez menos, cortaram-se verbas ao financiamento das universidades, que o défice (mental dos nossos governantes) assim o exige e mantêm-se milhares de docentes (quase todos doutorados, dos tempos em que havia Doutores e não Bolonheses) com contratos a prazo, em trabalho pouco menos que escravo.
Enquanto isto, os Sindicatos representativos do sector, fazem greves de um dia, múltiplas vigílias, penduram muitas faixas nos estabelecimentos de ensino, distribuem autocolantes e panfletos (sobretudo à frente dos operadores de câmara das televisões) e fazem circular na Net variadas petições.
A maioria dos docentes opta por fingir que nada se passa e qual cachorro obediente e cobarde insiste em lamber as mãos nojentas de um dono sádico e maquiavélico.
É o circo das “Novas Oportunidades” e do "Choque Tecnológico", no mundo do faz de conta, que já levaram a altos cargos, arqueólogos iletrados, que encontraram diplomas em escavações efectuadas em pacotes de cereais, como António Nunes, Armando Vara ou José Sócrates.
Apache, Janeiro de 2008

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

2º Aniversário do Último dos Moicanos

Em jeito de comemoração dos dois anos do blogue, que hoje se completam, repito uma publicação de 2006 na sequência de um comentário ao poema “Respiro o teu corpo” de Eugénio de Andrade.

Sabe à água da fonte, sabe à luz do luar... Sabe às flores do monte, sabe às ondas do mar!

Sabe ao sol de Inverno, sabe à terra quente... Sabe ao toque terno, sabe ao desejo ardente!

Sabe a tudo e sabe a nada, sabe a sim e sabe a não... Sabe a paixão alada, a pecado e a perdão!
Sabe a cais e a porto-de-abrigo, sabe a ter e a mais querer... Sabe ao que penso e ao que digo, mais ao que eu não sei dizer!
Respiro o teu corpo, bebo o teu olhar... Acendo o teu fogo, conjugo o verbo amar!...
Apache, Abril de 2006

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Global Warming Challenge

Uma organização de cientistas está a promover, através do seu sítio na internet e de um vídeo no YouTube, um concurso cujo prémio ascende a 150 000 dólares. O desafio, intitulado “The Ultimate Global Warming Challenge” iniciou-se no passado dia 7 de Agosto de 2007 e termina a 1 de Dezembro de 2008. Tudo o que têm a fazer para poderem ganhar o prémio (mais de 100 mil euros) é demonstrar a tese defendida por Al Gore e publicitada pela comunicação social, de que as emissões humanas de gases com efeito de estufa estão a causar um aquecimento global perigoso, sem cometerem erros científicos grosseiros. De acordo com as regras do concurso, o trabalho a apresentar terá de focar dois pontos essenciais: 1- Demonstrar que as emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa estão a causar ou prevê-se que venham a causar um aumento das temperaturas da superfície terrestre ou da troposfera, que possa ser minimamente significativo; 2- Demonstrar que são maiores as vantagens que as desvantagens, em termos sociais, económicos, ou ambientais, em reduzir essas emissões. Mãos à obra e não se intimidem com a concorrência, porque nos primeiros 161 dias do concurso, não foi apresentado qualquer trabalho.
Apache, Janeiro de 2008

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Os camelos preferem… o deserto, obviamente!

Fonte: ANA [Cliquem na imagem para ampliar]
Ficámos ontem a conhecer a decisão do desgoverno sobre a localização do futuro Aeroporto Internacional de Lisboa, algures “no deserto” (cito o Ministro Mário Lino), entre o Montijo e Benavente.
Considerando as quatro principais hipóteses de actuação nesta questão do novo aeroporto: 1- Construir um aeroporto na Ota. (Um dos piores sítios possíveis para a construção de um aeroporto, por causa dos montes circundantes, dos ventos, da instabilidade e habitual alagamento dos terrenos, que em conjunto, resultavam num custo de construção elevadíssimo.)
2 – Construir um aeroporto no actual Campo de Tiro de Alcochete. (Obra bastante cara, ainda assim, de custo inferior à Ota e com a vantagem da possibilidade de expansão num futuro longínquo).
3 – Construir um pequeno aeroporto, mantendo a Portela em actividade. (Obra mais barata, mas que ainda dava a possibilidade de não contrariar excessivamente a “máfia” do betão que vai sustentando as campanhas eleitorais dos “artistas” e que evitava deslocações de (e para) Lisboa, da maioria dos passageiros, podendo assim evitar-se a redução que agora parece inevitável do número de turistas).
4 – Não construir aeroporto nenhum. (De longe, a melhor opção.)
Tal como tinha referido em publicações anteriores, a Portela está muito longe de estar esgotada. Por exemplo para hoje (11 de Janeiro, sexta-feira), como demonstra a figura acima, estão reservados 481 direitos de aterragem e de descolagem, dos 1248 possíveis, a que corresponde uma ocupação de 38,54%. O aeroporto terá uma ocupação total, apenas, entre as 8 e as 9 horas, estando “às moscas” durante longos períodos do dia. No Verão, época de maior tráfego, a ocupação da Portela pouco ultrapassa os 50% da sua capacidade, contrariamente ao que acontece, por exemplo em Londres. Além disso, ainda à margem para alargamento.
Penso, no entanto, que temos de nos manter optimistas, este governo conseguiu escolher a terceira melhor, de quatro opções possíveis, o que, considerando os espécimes que o constituem, tem de ser encarado de forma positiva. Há que ter esperança no futuro, afinal, tal como disse o Primeiro-ministro, é muito provável que “2008 seja ainda melhor que 2007”. E com uma decisão destas (de em época de crise esbanjar mais de 6 mil milhões de euros), de facto, o ano começa muito bem… para alguns!
Apache, Janeiro de 2007

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Viva a coerência...

Mas viva longe da nossa Redacção - Assinado: Os jornalistas da Lusa
Apache, Janeiro de 2008

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Desonestidade intelectual

Depois de se constatar que 2007 foi o ano mais frio dos últimos dez, o Serviço Meteorológico Britânico, veio dizer que 2008 será ainda mais frio, mas isso "não terá impacto no aquecimento global”, [tradução do nosso Instituto de Meteorologia (IM)]. Obviamente que não. Nada tem impacto no “Aquecimento Global”, algo que (nos moldes em que nos é apresentado) não existe, não pode ser afectado por nada.
É lamentável que a meteorologia britânica tenha feito tais afirmações, produzidas por um qualquer charlatão de serviço, lançando mais uma nódoa sobre a credibilidade da ciência.
É também lamentável, que no seu 'site', o IM não tenha tido a honestidade moral e científica que a sua meteorologista, Vânia Lopes, demonstrou, nos esclarecimentos que prestou à RTP, incluindo as declarações da senhora na sua página, preferencialmente junto da tradução da ridícula notícia difundida pelos ingleses.
De facto, independentemente de se concordar ou não com a antropogenia do “Aquecimento Global” (e a ciência não concorda), dever-se-ia enfatizar uma diferença clara entre ciência e adivinhação. Uma previsão meteorológica a três dias tem cerca de 90% de probabilidade de estar correcta, uma previsão a 10 dias de distância (vulgar, do outro lado do Atlântico), tem cerca de 50% de probabilidade de ocorrência. Uma previsão a 30 dias, não tem credibilidade. Prever (em termos meteorológicos) o que vai acontecer até ao final do ano, que agora começou, é pura adivinhação.
Tenham vergonha!
Apache, Janeiro de 2008

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Os mais corruptos da América

A “Judicial Watch” publicou recentemente a lista dos dez políticos mais corruptos dos Estados Unidos, para 2007.
10º Senador democrata (pelo Nevada) e líder da bancada parlamentar, Harry Reid;
9º Congressista (pela Califórnia) e Porta-voz da Casa Branca, Nancy Pelosi;
8º Senador (pelo Illinois) e candidato democrata à presidência, Barack Obama;
7º Ex-conselheiro do Presidente, conselheiro e Chefe do Pessoal do Vice-presidente, Lewis Libby;
6º Governador do Arkansas e candidato republicano à presidência, Mike Huckabee;
5º Ex-presidente da Câmara de Nova Iorque e candidato republicano à presidência, Rudy Giuliani;
4º Senadora democrata (pela Califórnia), Dianne Feinstein;
3º Senador republicano (pelo Idaho), Larry Craig;
2º Congressista democrata (pelo Michigan), John Conyers Jr.;
1º Senadora (por Nova Iorque) e candidata democrata à presidência, Hillary Clinton.
Nada de novo, aqui, “debaixo” do Sol.
Apache, Janeiro de 2008

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Tempos Modernos


“O maior desafio que a humanidade, actualmente, enfrenta é o de distinguir a realidade da fantasia, a verdade da propaganda. Distinguir o que é verdadeiro foi sempre um desafio para a humanidade, mas na era da informação (ou da desinformação, como eu lhe chamo) isto adquire uma importância e uma urgência muito especiais” 
Michael Crichton (Médico, Antropólogo, Escritor e Produtor de cinema e televisão)
[Tradução minha]

domingo, 30 de dezembro de 2007

Benazir Bhutto sabia (ou falava) demais?

No dia em que apareceu na Net (e consequentemente na comunicação social) um novo vídeo com uma comunicação de Osama Bin Laden, e pouco mais de 48 horas depois do assassinato da líder do PPP (o principal partido da oposição paquistanesa), Benazir Bhutto, faz todo o sentido lembrar a polémica entrevista que ela deu no passado dia 2 de Novembro (poucos dias depois do primeiro atentado que sofreu), ao jornalista David Frost, no seu programa “Frost over the world” da Al Jazeera em língua inglesa (vídeo abaixo).
Destaco a frase de Benazir (aos 6:14), “Omar Sheikh the man who murdered Osama Bin Laden...”.
Penso que se refere a Omar Saeed Sheikh, que ela já havia acusado de estar por trás do rapto e assassinato do repórter do Wall Street Journal, Daniel Pearl. Terá sido um descuido, uma vingança, ou uma mudança de rumo louvável (face ao seu passado de corrupção)? Saberia ela, que a sua morte era uma questão de dias?

Apache, Dezembro de 2007

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Socialistas ou desprezáveis?

Contrariamente ao que tem sido prática corrente nos últimos anos, este ano, as pensões não sofreram as tradicionais actualizações no mês de Dezembro. Segundo informou o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, as actualizações ocorrerão em Janeiro próximo e variarão entre 2,7% (as mínimas, a que corresponde o aumento fabuloso de 6 euros por mês) e 1,9% as máximas; o que constitui um aumento médio de 2%.
Com esta decisão de retardar a actualização das pensões, o governo poupou cerca de 31,4 milhões de euros, para gastar em excentricidades do tipo “Cimeira UE, África” (que custou mais do triplo desta verba) e largas centenas de milhar de pensionistas, que sobrevivem com pensões miseráveis, tiveram um Natal ainda mais degradante, dada a quebra de poder de compra face ao Natal anterior.
Apache, Dezembro de 2007

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal

E se o Natal não fosse um dia? Se em cada mãe houvesse uma Maria, E em cada pai um José… E se nós nos parecêssemos com Jesus de Nazaré?!

Apache, Dezembro de 2007

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O outro lado de Bali

Mais “uma verdade inconveniente”
Carta aberta ao Secretário-geral das Nações Unidas
Com cópia para os Chefes de Estado dos países signatários
Nova Iorque, 13 de Dezembro de 2007
Sua excelência Ban Ki-Moon, Secretário-geral das Nações Unidas
Caro senhor
Assunto: A conferência da ONU sobre alterações climáticas leva o mundo na direcção errada.
Não é possível parar as alterações climáticas, trata-se de um fenómeno natural que tem afectado a humanidade ao longo dos tempos. A história geológica, arqueológica, oral e escrita, atestam dramáticas alterações impostas às civilizações antigas, por imprevistas mudanças de temperatura, precipitação, ventos e outras variáveis climáticas. Consequentemente, precisamos de preparar as nações para melhor resistir no futuro, a todos os tipos de fenómenos naturais, promovendo o crescimento económico e a geração de riqueza.
O IPCC tem insistido em conclusões cada vez mais alarmistas sobre a influência no clima, do dióxido de carbono produzido pelo Homem, um gás não poluente essencial à fotossíntese das plantas. Embora compreendamos o motivo que vos levou a ver as emissões deste gás como perigosas, as conclusões do IPCC estão completamente incorrectas e injustificadas, não devendo conduzir a políticas que reduzam significativamente a prosperidade futura. Não está demonstrado que seja possível alguma alteração significativa no clima global, reduzindo as emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa.
Acima de tudo, reduzir estas emissões abrandará o desenvolvimento das nações e incrementará o sofrimento humano em vez de o diminuir, caso se verifiquem futuras alterações climáticas.
(…)
O resumo preparado pelo IPCC foi elaborado por uma equipa relativamente pequena de redactores e a sua versão final foi aprovada, linha a linha, por representantes dos governos. A grande maioria dos colaboradores e revisores, bem como dezenas de milhar de qualificados cientistas, especialistas no assunto, não foram envolvidos na preparação destes documentos. Os sumários não representam portanto, nenhum consenso entre peritos.
Contrariamente à impressão deixada pelos resumos do IPCC, fenómenos como a retracção de glaciares, o aumento do nível do mar ou a migração de espécies particularmente sensíveis a variações de temperatura, não são evidência de alguma alteração climática anormal, pois nenhuma delas está fora dos limites normais da variabilidade natural.
O aquecimento médio de 0,1 a 0,2 ºC por década, verificado nas últimas duas décadas do século XX cai perfeitamente dentro dos limites de aquecimento e arrefecimento verificados nos últimos 10 mil anos.
Vários cientistas de primeiro plano, incluindo representantes do IPCC, sabem que os modelos computorizados não têm conseguido prever o clima. Assim, apesar das projecções de computador terem previsto um continuado aumento de temperatura, esta não sofreu qualquer aumento global desde 1998. O valor actual das temperaturas está de acordo com os ciclos naturais, tanto de decénios, como de milénios.
(…)
Um balanço entre custos e benefícios, desaconselha quaisquer medidas destinadas a reduzir o consumo energético, visando diminuir as emissões de dióxido de carbono. Além do mais, é irracional aplicar o “princípio da prevenção”, porque muitos cientistas reconhecem que tanto um aquecimento global, como um arrefecimento global, têm igual probabilidade de ocorrência, num futuro a médio prazo.
(…)
Tentar impedir futuras alterações climáticas, além de fútil, constitui um esbanjamento de recursos que podiam ser melhor aplicados em problemas reais da humanidade.
Com os melhores cumprimentos"
[Segue-se uma lista com 100 assinaturas de destacados especialistas mundiais (de 22 diferentes nacionalidades), alguns deles, ex-colaboradores do IPCC]
[Tradução minha]
Apache, Dezembro de 2007

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

“United Kingdom has left behind murder and chaos.”

As palavras são do chefe da polícia de Bassorá, a maior cidade do Sul do Iraque, administrada pelos ingleses desde a invasão.
Em entrevista ao jornal inglês “The Guardian”, afirma…
"They left me militia, they left me gangsters, and they left me all the troubles in the world."
(…)
"I don't think the British meant for this mess to happen. When they disbanded the Iraqi police and military after Saddam fell the people they put in their place were not loyal to the Iraqi government. The British trained and armed these people in the extremist groups and now we are faced with a situation where these police are loyal to their parties not their country."
Acrescenta ainda o jornal britânico…
“Basra has become so lawless that in the last three months 45 women have been killed for being "immoral" because they were not fully covered”.
Acha então, o chefe da polícia, que não houve intencionalidade dos ingleses na criação do actual clima de violência, então para que é que introduziram a Al Qaeda no território? E para que é que treinaram e armaram radicais islâmicos vindos de países do quarto mundo (quando comparados com o Iraque de Saddam), como por exemplo a Arábia Saudita?
Acorde, homem. Benvindo à democracia “de tipo ocidental”, versão “neocolonialista anglo-saxónica”.
Apache, Dezembro de 2007

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Sem papas na língua

Pope Benedict XVI has launched a surprise attack on climate change prophets of doom, warning them that any solutions to global warming must be based on firm evidence and not on dubious ideology. The leader of more than a billion Roman Catholics suggested that fears over man-made emissions melting the ice caps and causing a wave of unprecedented disasters were nothing more than scare-mongering. The German-born Pontiff said that while some concerns may be valid it was vital that the international community based its policies on science rather than the dogma of the environmentalist movement.” O artigo é assinado por Simon Caldwell e veio publicado no Daily Mail de 13 de Dezembro. A comunicação social portuguesa optou por noticiar parcialmente o discurso do Papa, fingindo não ter ouvido as frases politicamente incorrectas, tal como fez aliás, a maior parte da imprensa internacional “de referência”. Ficou o recado, mas em Bali fizeram-se orelhas moucas, “falam” mais alto os milhões do negócio.
Apache, Dezembro de 2007

sábado, 15 de dezembro de 2007

“Dados não verdadeiros”

A Ministra da Educação afirmou ontem (sexta-feira), em tom irritado, que "há quem queira visibilidade à custa de dados não verdadeiros e não confirmados". Eu acho que a senhora só se podia estar a referir ao badalado “Aquecimento Global” [sorriso], mas há por aí umas más-línguas que dizem que comentava os números recentemente divulgados pela linha telefónica “SOS Professor”, que apontam para um aumento da violência nas escolas.
Apache, Dezembro de 2007