quarta-feira, 14 de novembro de 2007

E o vencedor é…

Foram hoje conhecidos os vencedores dos prémios com que o Ministério da Educação pretende comprar a subserviência dos docentes às políticas que ao longo dos últimos anos têm vindo a destruir o já pouco que restava de qualidade no ensino em Portugal.
Recordo que às quatro categorias de mérito (Carreira, Inovação, Liderança e Integração), materializados em Diplomas de Mérito Pedagógico, concorreram 30 espertezas saloias. Teresa Pinto de Almeida, docente de Inglês na Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto, venceu o prémio Carreira, enquanto Ana Paula Canha, que lecciona Biologia na Escola Secundária de Odemira, foi distinguida com o Prémio Inovação. O Prémio Liderança foi atribuído a Armandina Soares, presidente do Conselho Executivo da Escola Básica do 2º e 3º Ciclos de Vialonga. E, por decisão unânime do Júri, presidido por Daniel Sampaio, o prémio Integração não foi atribuído.
Ao mais “cobiçado” dos prémios, intitulado “Prémio Nacional do Professor”, no valor de 25 mil euros, concorriam 35 oportunistas (menos de 0,02%, dos professores lusos), tendo a láurea, sido atribuída a Arsélio de Almeida Ribeiro, que lecciona Matemática na Escola Secundária José Estêvão, em Aveiro.
Arsélio Martins, tem 35 anos de serviço, contando no seu vasto currículo com a participação numa série de “eventos” de que certamente se orgulharia qualquer “boy”, tendo entre outras actividades, sido formador de docentes e integrado equipas de revisão dos programas de Matemática, desde 1995, sendo portanto responsável directo pelo estado caótico do ensino. Na década de 80 foi dirigente do Sindicato de Professores da Região Centro e actualmente é activista do Sindicato de Professores do Norte, sendo portanto co-responsável (por inércia subserviente) pela publicação dos vergonhosos diplomas legais produzidos pela Madame Lulu, nomeadamente, o que rege os concursos de docentes, o (novo) Estatuto da Carreira e o agora tão badalado, novo Estatuto do Aluno.
Acumula ainda as funções de representante (eleito) pelo Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Aveiro.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma cerimónia onde estiveram presentes, além da Madame, o Sr. Lelé (o tal que perdeu o mandato de Vereador na Câmara Municipal de Penamacor, por excesso de faltas injustificadas, e que acha que quem falta muito são os professores) e o Seu Zé (que diz que é uma espécie de Engenheiro, por antecipação do “novas oportunidades”), afirmou: “Penso que sou um professor comum. O que me diferencia é sobretudo a participação cívica de que nunca abdiquei".
Não sejas modesto Arsélio, tu não és um professor comum, o teu currículo envergonharia a maioria de nós, para ser sincero (independentemente das competências que possas demonstrar nas actividades desenvolvidas com alunos, as quais não comento, por não conhecer), eu nem sei bem se te podemos chamar professor, pois ao longo dos 35 anos de carreira, deve ter sido muito pouco, o tempo que gastaste em actividades educativas, junto dos alunos. O que te distingue dos outros é esta tua capacidade para “surfar no esgoto”, de sorriso no lábio e coxinha destapada, com o ar mais angélico, tal qual a Madame que agora te premiou.
Eu exemplifico para que percebas melhor…
Estiveste na mesma sala que a corja dos fantoches que já citei, e não levantaste a voz contra o encerramento de milhares de escolas; nem contra as péssimas condições de muitos outros milhares; nem contra o facilitismo imposto pelo Ministério, para mascarar o insucesso; nem contra a inexplicável divisão da carreira docente em duas categorias e negação do acesso ao topo a dois terços dos docentes, independentemente do seu mérito profissional; nem contra o congelamento das carreiras, que vigora desde 2005; nem contra as constantes campanhas mentirosas do Ministério, visando denegrir a imagem pública dos docentes; nem contra o aumento do tempo que os docentes passam na escola, com consequente diminuição do tempo para preparar aulas e materiais de apoio, diminuindo assim a qualidade do ensino; nem contra os currículos ridículos que ajudaste a construir, onde, por exemplo a Físico-Química exige competências matemáticas de conteúdos que essa disciplina (a Matemática) ainda não abordou, os mesmos currículos que retiraram tempo precioso a várias disciplinas, em favor da palhaçada a que chamaram Áreas Curriculares não Disciplinares; nem contra a vergonha que agora se denuncia na blogosfera, de professores contratados para leccionarem actividades de enriquecimento curricular (AEC), que não recebem salário à vários meses (ver “post”, que o “ Carreira” publicou no blogue “Cegueira Lusa”); nem contra a perda de poder de compra dos professores, verificada continuamente nos últimos 7 anos, etc., etc., etc. Nem sequer uma palavra crítica contra o mais cínico governo e o mais abjecto Primeiro-Ministro português dos últimos 30 anos… E és tu, sindicalista à 20 anos, de um Sindicato associado a partidos da oposição, como seria se não fosses?
Não Arsélio, não és um professor como os outros, até agora eras apenas uma “garota de programa” que, nos intervalos da leccionação, ganhava uns trocos extra nas esquinas do poder, agora, repito, nada de modéstias, o prémio é inteiramente merecido, o teu currículo, associado a este concurso e, à visibilidade desta venda pública, por 25 mil euros, fazem de ti, uma verdadeira “Rainha das Putas”.
Apache, Novembro de 2007

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Diz que é uma espécie de orçamento

O Orçamento de estado para 2008, em debate na Assembleia da República, prevê cerca de 62 milhões de euros para despesas de deslocação de membros do governo, um aumento de quase 19% face a este ano de 2007, que conta, no segundo semestre, com a presidência portuguesa da União Europeia, indutora (pensava eu) de um incremento do número de viagens de longa distância.
Felizmente, este ligeiro acréscimo de despesa, perfeitamente justificável por “razões de estado” [cito Correia de Campos, Ministro da Saúde, justificando ao dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a razão porque o Governo está a despedir enfermeiros imprescindíveis ao funcionamento do Sistema Nacional de Saúde], em nada prejudicará a nobre tarefa de redução do défice (para a qual fomos tão gentilmente convidados pelo governo, a contribuir), como seria de esperar, dada a nata dos gestores públicos que compõem o executivo, se ter precavido, e previsto no mesmo orçamento (para 2008) que sejamos premiados com um aumento de impostos que ronda os dois mil milhões de euros.
Assim, sim… ainda me convencem a fazer campanha pelo PS em 2009.
Apache, Novembro de 2007

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O Triunfo dos Porcos… da “Playa Giron”

A Assembleia Geral da Nações Unidas, votou ontem, pela 16ª vez, desde 1992, uma resolução que incita os Estados Unidos a levantarem o embargo económico a Cuba, que mantêm há 45 anos, após o fracasso do ataque à Baía dos Porcos, em Abril de 1961.
Segundo o governo cubano, os custos (para a ilha) das quatro décadas e meia de embargo, ascendem a 222 mil milhões de dólares.
A resolução que condena as sanções impostas pelos EUA foi aprovada com 184 votos a favor, 4 contra (dos Estados Unidos, Israel, Palau e Ilhas Marshall) e uma abstenção (dos estados Federados da Micronésia).
As decisões da Assembleia Geral da ONU não são vinculativas, pelo que, à semelhança do que aconteceu com a aprovação das 15 resoluções condenatórias anteriores, tudo continuará na mesma, presume-se que em estrito respeito pelos valores da “democracia”, que é como quem diz, pelo respeito aos direitos da (suprema) minoria de 4 contra 184.
Apache, Outubro de 2007

domingo, 28 de outubro de 2007

Biocombustíveis ou necrocombustíveis?

Ontem, na Comissão de Direitos Humanos da ONU, Jean Ziegler pediu uma moratória de 5 anos na produção de biocombustíveis, de forma a permitir o desenvolvimento de tecnologias que em vez de utilizar o milho, o trigo ou a cana-de-açúcar na produção de etanol, utilizem os lixos agrários, tais como as folhas de bananeira ou as folhas do milho.
Jean Zieegler, de 73 anos, sociólogo, ex-professor universitário em Geneva (Suíça, sua terra natal) e em Sorbonne (Paris), autor de vários livros polémicos, tais como: A fome no mundo explicada ao meu filho”; “Os Senhores do Crime”; “Os Rebeldes”; “Os novos Senhores do Mundo”; ou o best-seller “O Império da Vergonha” é actualmente (desde 2000) Relator Especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação. Discursando perante a Comissão, denunciou que, apesar de 854 milhões de pessoas sofrerem de subalimentação e de mais de 36 milhões morrerem de fome, em cada ano (70 em cada minuto), 6 milhões delas, crianças com menos de 5 anos de idade, assiste-se actualmente a uma utilização de terrenos agrícolas para a produção de milho, trigo e outros cereais e cana-de-açúcar, para a produção de álcool, com vista à redução da dependência do petróleo e isto, afirmou “é um crime contra a humanidade”.
Ziegler recordou que o milho é a base da alimentação de suínos, bovinos e aves e que o seu preço nos mercados internacionais duplicou no último ano, enquanto o trigo aumentou 30%. Tal, conduz inevitavelmente a um aumento do preço de bens essenciais, como o pão, a carne, o leite e os ovos, contribuindo ainda mais para a difusão da fome no mundo. Lembrou que o milho necessário para produzir (apenas) 50 litros de etanol (cerca de 250 kg) podia alimentar uma criança durante um ano. Voltou também a condenar o negócio da privatização da água em cada vez mais países, enquanto 2 mil milhões de pessoas, quase um terço da humanidade, continua sem acesso a água potável.
Continuou, dizendo que nunca como agora, se produziu tanto, o Produto Mundial Bruto duplica a cada 10 anos, a tecnologia permite alimentar o dobro da actual população mundial, mais de 70% da superfície do planeta está coberta de água e, ainda assim, a fome, a sede, as epidemias e as guerras, matam por ano 60 milhões de pessoas, mais do que a Segunda Guerra Mundial matou, em seis anos de conflito.
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Dimmock, versus Al Gore… (3)

Erro nº 8: O Furacão Katrina.
Na cena 12 são exibidas imagens de Nova Orleães, que patenteiam a devastação provocada pelo furacão, cujo efeito foi atribuído ao aquecimento global.
A opinião do juiz…
É entendimento comum (refere-se às partes em conflito) que não há evidência que o comprove.
A minha opinião…
Excepção feita, aos oportunistas do costume, entenda-se políticos e jornalistas que opinam sobre tudo, como se fossem especialistas em todas as matérias, não é fácil encontrar alguém que consiga estabelecer uma relação de causa-efeito, entre o aumento de temperatura à superfície da Terra (tanto do ar, como da água do mar) e o número ou a intensidade dos ciclones (tempestades tropicais ou furacões), para um dado período de tempo.
É opinião da esmagadora maioria dos cientistas, mesmo os do IPCC, que não existe relação entre o aumento de temperatura e o número ou a intensidade dos ciclones.
Para que se forme um ciclone têm de se verificar cinco condições simultâneas: a existência de um campo de baixas pressões (depressões) nas camadas baixas da atmosfera; o desencadear de uma corrente de ar ascendente; a formação e posterior acentuação de um vortex; a auto-sustentação da corrente ascendente nas camadas altas (transporte horizontal) por correntes de ar quentes e húmidas (por exemplo, ventos alísios); uma estrutura vertical sem estratificação, que provoque uma compressão do ar, de cima para baixo.
Já agora, importa referir que, apesar do elevado número de vítimas e de estragos, o furacão Katrina não consta da lista dos 10 furacões mais violentos da história da meteorologia (que começou em 1880). O primeiro lugar desta lista é ocupado pelo São Ciriaco (1899), cerca de 4 vezes mais forte que o Katrina, seguido do Donna (1960), com uma energia 3,5 vezes superior à do furacão que em 2005 destruiu Nova Orleães.
Importa ainda destacar, que o ano de 2006 apresentou um número total de ciclones muito abaixo da média dos últimos 100 anos.
Erro nº 15: A morte dos ursos polares.
Na cena 16, uma animação de computador mostra um urso polar nadando desesperadamente em busca de um pedaço de gelo, o Sr. Gore diz: “um novo estudo cientifico revela pela primeira vez que os ursos polares têm de nadar, mais de 100 quilómetros, para encontar um pedaço de gelo. Muitos afogam-se antes de o conseguirem.”
A opinião do juiz…
O único estudo científico que me chegou, indica a morte de 4 ursos, por afogamento, durante uma violenta tempestade polar. O que não significa que no futuro não possam surgir relatos da morte de ursos por afogamento, se os gelos do pólo Norte regredirem muito mais. Mas isto não sustenta no presente a descrição do Sr. Gore.
A minha opinião…
Obviamente, Gore voltou a inventar. A academia de Hollywood gosta de filmes dramáticos.
Erro nº 13: Os recifes de coral.
Na cena 19, o Sr Gore diz: “Por causa do aquecimento global, os recifes de coral, por todo o mundo, estão a descorar e terminam como este. Todas as espécies de peixe que dependem dos recifes estão também em perigo como resultado disso. O desaparecimento das espécies ocorre agora mil vezes mais depressa do que ocorreria de forma natural.”
A opinião do juiz…
O IPCC, expressa no seu último relatório que, se a temperatura da Terra subir um a três graus Celsius, é possível que venhamos a assistir a uma mais acentuada descoloração e morte de corais, mas é impossível separar o factor climático dos outros factrores que aumentam os níveis de stress da espécie, como a pesca intensiva ou a poluição das águas.
A minha opinião…
Os corais são espécies particularmente sensiveis, é portanto admissivel que se no futuro houver uma subida, ainda que pequena da temperatura da água do mar junto aos recifes, algumas espécies possam vir a sofrer consequências graves. No entanto, nos últimos anos, comparando com os valores médios, não se tem verificado um aumento da temperatura das águas. A referência de Gore a uma aceleração de mil vezes no desaparecimento das espécies habitantes dos recifes é (uma vez mais) especulativa, carecendo totalmente de fundamento.
Por decisão do tribunal, aquando da passagem do DVD “ An Inconvenient Truth” nas aulas, além do alerta aos alunos, a que já fiz referência em publicação anterior, de que a opinião apresentada no documentário é política e que a informação nele contida é exagerada, incoerente e carente de fundamento científico, deverão ainda os professores ingleses, assinalar devidamente os nove erros destacados no documento do tribunal. Se o não fizerem, violam os artigos 406º e 407º do “Education Act 1996” podendo ser culpabilizados por doutinação política.
P.S. A ordem que escolhi para apresentação dos erros do DVD de Al Gore, dados como provados, é a que consta do documento tornado público pelo tribunal londrino.
Apache, Outubro de 2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Dimmock, versus Al Gore… (2)

Erro nº 3: Relação directa entre o aumento de dióxido de carbono na atmosfera e o aumento de temperatura, por referência a dois gráficos.
Nas cenas, 8 e 9, o Sr. Gore mostra dois gráficos referentes aos últimos 650 mil anos. Um, mostra a variação de dióxido de carbono na atmosfera e o outro, a variação de temperatura, afirmando que eles "se ajustam na perfeição".
A opinião do juiz…
Embora a generalidade dos cientistas concorde que há uma conexão entre os dois gráficos eles não permitem retirar a conclusão que o Sr. Gore tira.
A minha opinião…
Os gráficos em causa (reduzidos aos últimos 420 mil anos), foram por mim sobrepostos e publicados no final da publicação datada de 21 de Setembro de 2007.
De facto, eles mostram uma relação directa entre o aumento da concentração de dióxido de carbono, na atmosfera terrestre e o aumento de temperatura, ou seja, é correcto concluir que os dois acontecimentos estão relacionados. No entanto, não se pode concluir (ao contrário do que Gore faz) que é o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera que causa o aumento de temperatura, porque este (o aumento de temperatura) precedeu o outro (o aumento do dióxido de carbono) em cerca de 800 anos. Também não é possível concluir que o aumento do dióxido de carbono atmosférico, verificado nos últimos dois séculos é causado pela queima, por parte do Homem, de combustíveis fósseis (antropogénico), porque a concentração deste na atmosfera, atingiu valores idênticos aos actuais, milhares de anos antes da revolução industrial.
Erro nº 14: As neves do Kilimanjaro.
O Sr. Gore afirma na cena 7 que o desaparecimento da neve, no cume do monte Kilimanjaro se deve expressamente ao aquecimento global.
A opinião do juiz…
É consensual entre a comunidade científica que não se pode atribuir a culpa do recuo da neve no Monte Kilimanjaro às alterações climáticas que possam ter sido induzidas pelo Homem.
A minha opinião…
O Monte Kilimanjaro está situado na Tanzânia, próximo da fronteira com o Quénia, junto do equador (a uma latitude de 3º Sul). A “teoria” do aquecimento global, profetiza uma acentuada subida de temperatura junto dos pólos terrestres, aproximando os seus valores de temperatura, das verificadas no equador, não prevendo, portanto, alteração significativa nos valores destas últimas. No último século, tem-se assistido a uma ligeiro arrefecimento da região onde se situa o monte. O Kilimanjaro é parte de um conjunto montanhosos constituído por mais três montes, o Shira, o Mawenzi e o Kibo, os quatro, de origem vulcânica, encontrando-se este último em actividade, sendo facilmente observada com frequência a libertação de fumos. Acresce ainda o facto de estarem instaladas no cume do Kilimanjaro, várias antenas de telemóvel, que fazem dele, o ponto mais alto da Terra, com cobertura de rede GSM.
A associação sugerida por Gore, da contracção do manto de neve ao alegado aquecimento global é, portanto, perfeitamente ridícula.
Erro nº 16: O Lago Chade.
A diminuição da quantidade de água contida no Lago Chade é usada por Gore, como primeiro exemplo dos catastróficos resultados do aquecimento global.
A opinião do Juiz…
É aceite pela generalidade dos cientistas que não há evidência suficiente para estabelecer esta relação. São normalmente apontadas outras causas para o acontecimento, como o aumento da população na área, com consequente aumento de gado a pastar e também alterações climáticas muito localizadas.
A minha opinião…
Mais uma vez, na ausência de provas da sua “teoria”, Al Gore inventa-as. O Lago Chade tem uma profundidade média inferior a 2 metros e apesar de ser muito importante enquanto fonte de água da região, não passa de uma grande poça de água proveniente do pequeno Rio Chari. O lago começou a secar à 15 mil anos, aquando do início do último aumento significativo da temperatura da Terra (ver novamente o gráfico do “post” de 21 de Setembro) e actualmente tem menos água, porque há mais consumo devido ao aumento da população e porque chove menos na região, porque o gado come a pouca vegetação do local secando significativamente o ar. A ser verdadeira a “teoria” do aquecimento global, este implicaria um aumento da humidade do ar e consequente crescimento acentuado de vegetação. (continua…)
Apache, Outubro de 2007

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Dimmock, versus Al Gore…

Ainda sobre o diferendo que opôs num tribunal inglês, o Encarregado de Educação, Stuart Dimmock, à antiga Secretaria de Estado da Educação (actual, Secretaria de Estado para as Crianças, Escolas e Famílias), a propósito da exibição, obrigatória nas escolas, do documentário de Al Gore, “Uma Verdade Inconveniente”, achei que seria interessante apresentar aqui a opinião do Juiz, não porque este apresente algo de cientificamente novo, no debate sobre a alegada antropogenia do “Aquecimento Global”, mas antes, porque tratando-se de um leigo no assunto, acabou por ouvir especialistas na matéria e formar a sua opinião pessoal, desapaixonada e descomprometida com quaisquer dos lados em conflito.
Recordo que Dimmmock, pai de dois adolescentes, pedia que o filme fosse banido das escolas por ser inadequado à faixa etária e conter várias incorrecções científicas, concluindo que o DVD promove uma autêntica “lavagem cerebral” (palavras do próprio) aos jovens alunos.
Apesar de se decidir pela não proibição da exibição do documentário, o Juiz, Justice Burton, do “High Court of Justice” de Londres, considerou provada a existência, no filme, de nove erros (mais dois que incluiu nestes nove), dos 18 que eram apontados pela acusação.
Erro nº 11: O nível do mar vai subir 7 metros devido à fusão do gelo da Gronelândia, ou da Antárctida Ocidental.
Na cena 21 (das 32 em que se divide o filme), Al Gore afirma: “Se o gelo da Gronelândia fundir, ou se metade do gelo da Antárctida Ocidental fundir, é isto que pode acontecer ao nível do mar na Florida. Isto é o que pode acontecer na Baía de São Francisco… Muita gente vive nestas áreas. Na Holanda, países baixos, devastação absoluta. A área à volta de Pequim é o lar de dezenas de milhões de pessoas. Pior ainda, em redor de Xangai há 40 milhões de pessoas. Ainda pior, Calcutá e o leste do Bangladeche, é uma área que alberga 50 milhões de pessoas. Pensem no impacto que causam centenas ou milhares de refugiados e agora imaginem o impacto de 100 milhões, ou mais. Aqui é Manhattan. Este é o local do memorial ao World Trade Centre. Depois dos terríveis acontecimentos do 11 de Setembro, nós dissemos – nunca mais. É isto que pode acontecer a Manhattan…”
A opinião do juiz…
“A chamada de atenção do Sr. Gore é particularmente alarmista. É do senso comum, que certamente, se o gelo da Gronelândia derretesse, libertaria esta quantidade de água. Mas para isto acontecer, são precisos mil anos, portanto, este cenário apocalíptico que ele prevê, sugerindo uma subida do nível do mar em 7 metros, num futuro próximo, não está em linha com o consenso científico.”
A minha opinião…
Esta cena é profundamente ridícula. Pode-se calcular o volume de água contido em todo o gelo da Gronelândia, como em qualquer outra calote, mas para que todo esse gelo derreta, tem de haver um aquecimento de vários graus na temperatura média daquela zona, e tal nunca aconteceria devido às nossas reduzidas (em comparação com as naturais) emissões de gases com efeito de estufa. Ainda que todo o gelo da Gronelândia derretesse, parte dessa água evaporaria para a atmosfera e cairia um pouco por todo o planeta, irrigando zonas actualmente muito secas, até as saturar, só uma parte iria para o mar. Devido à maior temperatura ambiente, mais água do mar se evaporava. Portanto, é especulativo estimar a subida do nível do mar com o derretimento do gelo terrestre, e o gelo marítimo não faz variar o nível dos oceanos. Além disso, este cenário apocalíptico pressupunha que o Homem assistia impávido e sereno a alterações climáticas que durariam centenas ou milhares de anos, sem erguer diques de protecção das zonas baixas. Acresce o facto de tanto a Gronelândia, como a Antárctida estarem (na generalidade) a arrefecer, e isto constitui facto científico, não teoria. Aliás, este era outro dos erros apontados pelo Sr. Dimmock e que o juiz considerou estar relacionado com o erro nº 11.
Erro nº 12: Os atóis do pacífico, situados quase ao nível do mar estão a ser inundados, devido ao aquecimento global antropogénico.
Na cena 20, o Sr. Gore afirma: “Esta é a razão pela qual os cidadãos destas nações do Pacífico tiveram de ser todos evacuados para a Nova Zelândia.”
A opinião do juiz… “Não há nenhuma prova que uma evacuação deste tipo tenha alguma vez acontecido.”
A minha opinião…
Uma mentira pura e dura fica sempre “bem” em qualquer campanha política. Al Gore, no seu melhor.
Erro nº 18: O desligar do “convector oceânico”.
Na cena 17, ele diz: “O principal problema, aquele que mais preocupa, e ao qual mais tempo se têm dedicado os estudos, é o do Atlântico Norte, onde a Corrente do Golfo sobe e encontra os ventos frios do Árctico, junto da Gronelândia, evaporando o calor que a corrente transporta, sendo este vapor espalhado pela Europa Ocidental, pelos ventos e pela rotação da Terra… Chamamos-lhe o convector oceânico… No final da idade do gelo, esta bomba de calor foi cortada e a Europa mergulhou numa nova idade do gelo, por mais 900 ou mil anos. Claro que isto não vai voltar a acontecer, porque os glaciares da América do Norte não estão lá. Será que ainda há um grande pedaço de gelo, lá perto? Hum… Sim… [apontando para a Gronelândia]”
A opinião do juiz…
“De acordo com o IPCC é muito improvável que o “conversor oceânico” ou a circulação termohalina meridional sejam interrompidas, embora se possa admitir uma maior lentidão desta última.”
A minha opinião…
O cenário é tão catastrófico que até deu para fazer piadinhas.
De facto, se a Corrente do Golfo fosse interrompida, o Norte da Europa arrefeceria significativamente e correríamos o risco de entrar numa era glaciar. Mas porque motivo seria interrompida a Corrente do Golfo? Só aconteceria se as águas do Norte da Europa fossem tão quentes como as do equador. Ou as do equador, tão frias como as do Norte da Europa, mas esta segunda hipótese está afastada pela admissão da ideia de aquecimento global. E a primeira hipótese causaria ainda mais aquecimento, porque transferiria ainda mais calor das águas para o ar, mesmo sem corrente. Como Al Gore disse, e neste caso, bem, a interrupção da Corrente do Golfo ocorreu no fim de uma era glaciar, prolongando-a ainda mais. Nem os artistas do IPCC, organismo criado para propagandear os estudos e teorias que conduzam à ideia de antropogenia do “aquecimento global”, ignorando os estudos e factos contrários, conseguiu incluir esta ideia “peregrina” no seu cardápio. (continua…)
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Sinais dos tempos… (3)

O vídeo que se segue mostra o outro lado da recente visita do Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, aos Estados Unidos. O encontro, a que a comunicação social não deu relevo, ocorreu na manhã de 24 de Setembro de 2007, no Hotel Intercontinental, em Nova Iorque, e juntou Ahmadinejad e um grupo de Rabis ortodoxos anti-sionistas. A organização judaica, “Neturei Karta Internacional – Judeus Unidos Contra o Sionismo”, teceu rasgados elogios à postura do Presidente iraniano, face ao judaísmo. Algumas dezenas de Rabis, acompanharam de perto toda a visita de Ahmadinejad a Nova Iorque, tendo-se manifestado à porta da sede das Nações Unidas e na Universidade de Colúmbia, os locais mais mediatizados da visita do líder iraniano. Nos vários cartazes que exibiram liam-se criticas vorazes às doutrinas, sionista e norte-americana, tais como: “O Estado de Israel não representa os judeus do mundo”; ”O judaísmo condena as provocações sionistas contra o Irão”; ou “Obrigado Irão, pela vossa bela comunidade judaica”. Em época de fundamentalismo cego, e intolerância ideológica, patrocinados, ao mais alto nível, por quem tem a responsabilidade de transmitir, precisamente os valores opostos, que são a base da nossa cultura, recordo uma vez mais as palavras de Jesus Cristo – “Quem não é contra nós é por nós.”

P.S. Para ouvirem o som do vídeo, não esqueçam de parar o leitor de música.
Apache, Outubro de 2007

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Aquecimento… Global?

A figura abaixo compara as temperaturas actuais da água dos oceanos, com as temperaturas médias desde 1979, e mostra: a negro, os continentes; a branco, o gelo marítimo; a amarelo, as zonas onde a temperatura da água se mantém na média dos últimos 28 anos; a laranja e a vermelho, as zonas onde essa temperatura subiu; e a azul e a roxo, as zonas onde ela desceu. Para os mais distraídos, convém não esquecer que, os oceanos cobrem 71% da superfície da Terra.
O mapa está datado de, 15 de Outubro de 2007 e foi elaborado pela National Oceanic and Atmosferic Administration (NOAA).
Apache, Outubro de 2007

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A metade que convém..

Uma notícia do “Público” do passado dia 5 de Setembro (destacada pela comentadora, Sulista, no “post” abaixo) alerta-nos (uma vez mais) para a redução da área de gelo do Árctico, nos seguintes termos: “A superfície gelada no mar do Árctico atingiu este mês um novo recorde mínimo, com apenas 4,42 milhões de quilómetros quadrados, revela o National Snow and Ice Data Center da Universidade do Colorado, em Denver.”
(Podem continuar a ler a notícia, aqui.)
De facto, como eu já tinha destacado em publicações anteriores, a área total de gelo do Árctico, está a diminuir consideravelmente (se bem que não uniformemente) desde que se registam observações de satélite (1979). No passado dia 16 de Setembro, esse gelo, atingiu o valor mínimo até hoje registado, cobrindo uma área de 2,92 milhões de quilómetros quadrados (*).
A notícia do “Público”, peca no entanto por, ao não referir o recorde (máximo) de gelo no extremo oposto da Terra (Antárctico), dar a ideia de que o gelo total do planeta está a diminuir, o que não corresponde à verdade.
De facto, neste Inverno do Hemisfério Sul, assistiu-se uma vez mais a um aumento da área e do volume de gelo que envolve o Pólo Sul terrestre, sendo que, no dia 1 de Outubro (passado), atingiu-se no Antárctico um recorde máximo de área de gelo marítimo, desde que se registam observações de satélite, tendo este, chegado aos 16,17 milhões de quilómetros quadrados (*). Recordo, uma vez mais que a quantidade total de gelo do planeta se distribui da seguinte forma: Antárctico, mais de 85%; Gronelândia, quase 10%; Árctico, cerca de 4% e cumes gelados das montanhas, menos de 1%. Nos últimos 28 anos, apenas os dois últimos viram a sua quantidade de gelo diminuir, tendo nos outros dois, aumentado significativamente.
A quantidade total de gelo no planeta tem vindo a aumentar nas últimas décadas, o que (conjuntamente com outros factos) leva alguns cientistas a especular se não estaremos a entrar numa nova idade do gelo. Não há, no entanto, suficiente prova científica que permita tirar tal conclusão.
(*) Dados do National Centre of Environmental Predition, organismo pertencente à National Oceanic and Atmosferic Administration, publicados pelo Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de Illinois.
Apache, Outubro de 2007

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Alguém me empresta o catálogo dos furacões, se faz favor

A propósito da tecnologia de controlo climático, a que fiz referência num comentário a uma antiga publicação, vale a pena ler as notícia abaixo, já com (quase) 10 anos.
The Wall Street Journal, Quinta-feira, 13 de Novembro de 1997
A Malásia combaterá a poluição com ciclones
Kuala Lumpur - A guerra da Malásia contra a poluição do ar está prestes a sofrer um novo rumo. O governo quer criar ciclones artificiais para varrer a nuvem de fumo que tem afectado a Malásia desde o passado mês de Julho. “Usaremos uma tecnologia especial para criar um ciclone artificial que limpe o ar”, disse Datuk Law Hieng Ding, Ministro da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. O plano consiste em usar a nova tecnologia russa para criar ciclones - as tempestades gigantes também conhecidas como furacões - para causar chuvas torrenciais, que lavem o fumo e a poeira do ar. “Aprovei o plano, conjuntamente com o Ministro das Finanças”, disse Datuk Law. Uma empresa malaia, a BioCure Sdn Bhd, assinará em breve um memorando de entendimento com representantes da empresa estatal russa, para produzir o ciclone.
Datuk Law recusou-se a revelar a dimensão do ciclone a ser produzido, bem como a forma como o será. “Dos detalhes eu não disponho”, afirmou. Infirmou, no entanto, que o ciclone produzido será “bastante forte”. Datuk Law também se recusou a revelar o custo da iniciativa, mas disse que, de acordo com o combinado “a Malásia não terá de pagar o projecto, se este não funcionar”.
Chen May Yee, correspondente do The Wall Street Journal
BBC World Service, Quinta-feira, 13 de Novembro de 1997
Malásia experimenta a chuva artificial para combater as nuvens de fumo
Numa tentativa de limpar a poluição que cobre partes do sudoeste asiático, há alguns meses, a Malásia vai tentar criar chuva artificial, usando tecnologia russa.
O equipamento russo ainda está em fase de testes, mas as autoridades malaias afirmam que é capaz de criar ventos fortes que produzirão nuvens e abundante queda de chuva. Dizem estar confiantes que o ciclone artificial não provocará danos materiais, nem ambientais.
A Rússia concordou disponibilizar o equipamento, na condição de só ser pago o serviço, se a chuva efectivamente chegar.
Publicado às 20:21 GMT
BBC World Service, Quarta-feira, 19 de Novembro de 1997
Aeroportos indonésios abrem após limpeza do ar
Fonte oficial Indonésia disse que todos os aeroportos do arquipélago estão abertos, pela primeira vez, ao fim de quatro meses, porque a forte chuva que se fez sentir dispersou o pó que cobria vários locais do país.
Informou também que a chuva pôs fim aos incêndios que lavravam nas ilhas de Bornéu e Sumatra, responsáveis pelas nuvens de fumo.
Os fogos começaram quando os agricultores iniciaram a limpeza das terras para as plantações, tornaram-se incontroláveis e lançaram uma tal quantidade de fumo que este cobriu vastas áreas do sudeste asiático, ameaçando seriamente o ambiente e a saúde das populações.
As autoridades de Singapura afirmaram-se esperançadas em que também no seu país o ar seja limpo.
Publicado às 11:58 GMT
BBC World Service, Quarta-feira, 19 de Novembro de 1997
O ar está limpo em todo o sudoeste asiático
O ar está limpo, mas para o ano, tudo se poderá repetir.
Começou a chuva das monções no sudoeste asiático, e caiu com tal intensidade que dispersou por completo a nuvem de fumo que cobriu a região nos últimos quatro meses.
Todos os aeroportos da Indonésia estão agora abertos, pela primeira vez em várias semanas e o céu de Singapura está de novo azul.
As imagens de satélite da área, mostra que todos os fogos da floresta indonésia das ilhas de Bornéu e Sumatra, responsáveis por grande parte do fumo, estão completamente extintos.
Os fogos, iniciados aquando da limpeza das terras para cultivo, criaram tal poluição que dezenas de milhar de pessoas adoeceram, além de terem causado sérios danos ambientais e ao turismo.
Mas na Indonésia teme-se que tudo se repita no próximo ano, se o governo não proibir o uso dos fogos na limpeza das terras.
Publicado às 19:46 GMT
Bom, as duas últimas notícias não confirmam o uso do equipamento referenciado nas duas primeiras, no entanto, ou se tratou de uma coincidência, ou a violenta chuvada que se abateu quase simultaneamente em todo o sudeste asiático na noite do dia 18 e madrugada do dia 19 de Novembro de 1997, foi mesmo obra da tecnologia, que ao contrário do que se diz nas notícias apresentadas, parece ter estado disponível vários anos antes.
Apache, Outubro de 2007

sábado, 13 de outubro de 2007

Prémio Nobel da Paz?

O Nobel da Paz, deste ano (2007), foi dividido entre O IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas) da ONU e Al Gore.
Quanto ao IPCC, resta saber se a intenção do Comité Nobel é atribuir o prémio às pessoas que actualmente nele trabalham, onde se incluem cientistas ao serviço de várias empresas multinacionais, políticos e fazedores de opinião, ou se se deverão considerar também galardoados, as largas dezenas de cientistas que nos últimos anos se demitiram do organismo, por se recusarem a pactuar com o logro científico que constitui a propaganda em torno da responsabilidade das emissões humanas de dióxido de carbono, nas alterações climáticas.
Quanto a Albert Gore Júnior, foi de 20 de Janeiro de 1993 até 20 de Janeiro de 2001, Vice-presidente dos Estados Unidos, ou seja, a segunda figura hierarquicamente mais elevada, da administração americana, presidida durante este período, por Bill Clinton.
No currículo político de Al Gore, constam inevitavelmente todos os crimes cometidos pela administração de Clinton, nomeadamente: os bombardeamentos efectuados pelos Estados Unidos e alguns dos seus aliados, a diversos países; o apoio económico e militar aos terroristas da Bósnia, do Kosovo e da Chechénia, através da Al Qaeda; a violação de várias resoluções da ONU; a utilização de armamento proibido pelas convenções internacionais; a prática de tortura e o ataque militar intencional a alvos civis.
A ordem cronológica dos acontecimentos mais marcantes da governação do pacifista, humanitário e ambientalista...
Iraque, de 1993 a 2001 – A 26 de Junho de 1993 (5 meses depois da tomada de posse de Clinton e Gore), os EUA bombardearam Bagdad com mísseis Tomahawk, enquanto ofereciam avultadas somas de dinheiro ao partido de Iyad Allawi (Acordo Nacional Iraquiano) formado com desertores do regime de Saddam, para o desestabilizar com ataques terroristas, como anunciou o “Independent”, de Londres, a 26 Março 1996. Além disso, mantiveram o embargo que incluía bens de primeira necessidade e medicamentos, e que custaria a vida a mais de um milhão e meio de iraquianos, na sua maioria crianças.
Somália, 1993 - Sob da capa da ajuda humanitária, as forças do general Mohamed Aidid (que se opunha à entrada de tropas americanas no país) foram bombardeadas. Várias organizações independentes afirmaram terem provas do uso, por parte dos EUA, de munições de urânio empobrecido.
Bósnia (à época, República Federativa da Jugoslávia), de 1993 a 1995 – Os EUA estabeleceram uma zona de exclusão aérea; fabricaram a “diabolização” dos sérvios e em simultâneo, fomentaram a guerra civil, com a ajuda financeira, armas e homens provenientes da Al Qaeda, a grupos fundamentalistas islâmicos, bósnios, violando o embargo imposto pelo Conselho de Segurança da ONU na venda de armas a qualquer grupo armado no conflito da Jugoslávia, através de uma rede instalada na Croácia; de acordo com várias notícias publicadas no “The Guardian” e com o relatório governamental holandês que levou a queda daquele executivo. Segundo o referido relatório, Ayman Al Zawahiri, o número dois de Osama Bin Laden (que no início dos anos 90 havia estado nos Estados Unidos, como agente dos US Special Command’s, para recolher dinheiro), chefiou as operações nos Balcãs, onde treinou, com a ajuda da CIA, alguns milhares de “jihad’s” que introduziu no exército bósnio (e na Chechénia, aquando da primeira guerra, em 1995), com vencimentos de 3 mil dólares mensais.
Haiti, 19 de Setembro, de 1994 - Uma força multinacional liderada pelos EUA recolocou no poder, o padre Jean Bertrand Aristides, que em 1991 haviam ajudado a derrubar, em troca de favores concedidos à administração americana. Quanto ao líder deposto, Emmanuel Constant, sobre o qual pesa a acusação do massacre de mais de 45 mil pessoas, recebeu asilo político do governo de Gore e uma reforma milionária, vivendo actualmente numa luxuosa mansão em Queens, Nova Iorque.
Cuba, 18 de Outubro de 1996 - Um avião norte-americano, larga sobre a província cubana de Matanzas uma praga de insectos “thrips palmi” que devoraram milho, pepinos e outros alimentos. Este acto de guerra biológica foi denunciado perante a Assembleia Geral da ONU e consta do documento A/52/128, datado de 29 Abril de 1997, daquele organismo.
Zaire, Libéria e Albânia, 1997 - Tropas (marines) dos EUA intervêm nestes países com missões ainda hoje, não totalmente explicadas.
Sudão, 1998 - É imposto um embargo económico, seguido de um bombardeamento de vários locais. Cerca de uma dezena de mísseis destroem por completo a única fábrica de medicamentos do país. Como consequência, milhares de sudaneses e somalis morreram de doenças endémicas.
Afeganistão, 1998 - Ataque com mísseis sobre antigos campos de treino da CIA utilizados por grupos fundamentalistas islâmicos, acusados pelos Estados Unidos de ataques a embaixadas, mas segundo consta, tratou-se de uma represália por não terem querido combater na Bósnia e na Chechénia.
Iraque, de 1998 a 1999 - Os EUA e a Grã-Bretanha realizaram 10 mil voos, lançando mais de mil bombas.
Jugoslávia, de 24 de Março, a 10 de Junho de 1999 - A NATO bombardeou, primeiro, o Kosovo e depois, o coração da Sérvia.
Tal como já havia acontecido na Bósnia, a CIA manipula a opinião publica, denegrindo a imagem dos sérvios e exacerbando o conflito ético, seguidamente, arma e financia os guerrilheiros kosovares do UCK, que constavam das listas americanas de grupos terroristas e que passam subitamente a aliados estratégicos.
Durante os bombardeamentos, foram lançadas 25 mil toneladas de explosivos, entre elas, bombas de fragmentação e bombas de elevado poder de penetração, enriquecidas com urânio e plutónio, ambas proibidas pelas leis internacionais.
O comandante das forças aéreas francesas da NATO, General Joffret, afirmou que, com o objectivo de forçar a população civil a derrubar Milosevic, evitando a todo o custo uma intervenção no terreno, que causaria pesadas baixas às forças da NATO, a força aérea “recebeu ordens para, se necessário, destruir a vida na Sérvia”. Segundo as suas declarações, nesta missão, foi aberto fogo sobre autocarros e comboios, e até transeuntes sobre pontes, foram aniquilados. Só em Belgrado, duas mil e quinhentas pessoas perderam a vida, cerca de 2200 eram civis, 800 delas crianças. Ficaram feridas mais de 10 mil, entre as quais se contam mais de 4 mil crianças.
Durante os bombardeamentos maciços de objectivos civis, foram atingidos bairros residenciais, pontes, estradas, caminhos-de-ferro, refinarias, instalações fabris de produtos químicos, electrodomésticos, automóveis e material electrónico, estações de rádio e de televisão, escolas, pavilhões gimno-desportivos, igrejas, mosteiros, monumentos e cemitérios. Nem a embaixada da China em Belgrado escapou ao terrorismo da NATO.
Com a agressão da NATO (sob o comando americano), além da lamentável ruína económica e tragédia ambiental, neste ataque contra a Jugoslávia, cometeu-se uma grave violação dos princípios fundamentais do Direito Internacional. Os EUA violaram os mandatos do Conselho de Segurança das Nações Unidas assim como a Acta da sua própria fundação.
O General G. Robertson, na sua carta de 7 de Fevereiro de 2000, confirmou que no Kosovo se utilizaram 31 mil cartuchos de munições contendo urânio, mais 4 mil no resto da Sérvia e que este tipo de armamento é considerado de “destruição maciça” pela Subcomissão para a Protecção e Promoção dos Direitos Humanos.
A guerra da Jugoslávia, fez 200 mil mortos e mais de um milhão de refugiados.
Em Março de 1999, dezenas de juristas de vários países incluindo dos EUA, apresentaram queixas no Tribunal Internacional de Haia, acusando, Javier Solana, Bill Clinton, Al Gore e os mais destacados comandantes da NATO, no terreno, de crimes de guerra e contra a humanidade, mas até agora, o tribunal limitou-se a processar e condenar os Sérvios.
Chechénia, 1999 – Tal como havia acontecido na primeira, nesta segunda guerra, vários combatentes da Al Qaeda, oriundos da Arábia Saudita, Turquia e Jordânia, treinados e financiados pela CIA, no Azerbaijão são infiltrados na República russa para combater ao lado dos rebeldes independentistas.
Timor Leste, 1999 - Os EUA ajudam militarmente o regime indonésio, apoiando assim, indirectamente os massacres perpetrados pelo exército ocupante sobre a população civil. A notícia é do “The Observer”, de 19 de Setembro de 1999.
Fora desta longa lista, ficaram propositadamente, por reduzida informação credível, a associação de Al Gore: à forçada introdução em alguns países do AZT, medicamento de combate à SIDA, que agrava significativamente o estado de saúde dos doentes; ao alegado tráfico de droga internacional, patrocinado há vários anos pela CIA; e à (alegada) preparação pela CIA e Mosad, em 2000, dos ataque do ano seguinte (11 de Setembro).
Com um currículo como o que resumi, e após a “criação” do Aquecimento Global, em sentido contrário às Leis da Física e da Química, era de prever a atribuição do Nobel numa daquelas áreas, ou mesmo em ambas, mas o Comité, prefere repetir a façanha de anos anteriores e premiar, uma vez mais, a chacina em nome da “Paz”.
Apache, Outubro de 2007

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Eles comem tudo…

No “Correio da Manhã” do passado dia 23 de Setembro, lia-se que, de acordo com as declarações de rendimentos disponíveis, os dois ex-ministros Pina Moura e António Vitorino, viram os seus vencimentos anuais dispararem brutalmente, após a renuncia aos mandatos de deputados.
No ano, imediatamente anterior à sua eleição como deputado, nas listas do PS, Pina Moura obteve um rendimento anual de 9 mil euros. Em 2003, depois de ter sido Ministro da Economia e das Finanças, do governo de António Guterres, ganhou 172 mil euros, 19 vezes mais.
Quanto a António Vitorino, em 1994, ano anterior à sua nomeação como Ministro da Presidência, também no governo de Guterres, auferiu cerca de 36 mil euros. Em 1999, após ter saído do executivo, o seu vencimento disparou para os 371 mil euros, 10 vezes mais.
Apache, Outubro de 2007

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Eles falam, falam…

Muita tinta escorreu, aquando da transladação dos restos mortais do escritor, Aquilino Ribeiro, para o Panteão Nacional.
Confesso que me estou “nas tintas” para o local onde são guardados os ossos da figurinha A ou do figurão B, não é pelo local onde repousam que sobem ou descem patamares na nossa memória colectiva.
No entanto, após tanta letra derramada, reconheço que continuo sem perceber qual o motivo desta suposta “promoção esquelética”: ter conspirado no regicídio de 1908, ser bombista, racista ou germanófilo?
Apache, Outubro de 2007

domingo, 7 de outubro de 2007

5 de Outubro

Na sequência das vitórias das tropas de D. Afonso I, sobre os exércitos de Fernão Peres de Trava e de Rodrigo Vela, na batalha de Cerneja, em 1136 e, do mesmo, no sangrento Torneio de Arcos de Valdevez, em 1140, onde saíram derrotados os cavaleiros de Leão; realizou-se em Outubro de 1143, em Zamora, sob o patrocínio do Arcebispo de Braga, D. João Peculiar, a Conferência de Paz, que ficaria conhecida pelo nome daquela (hoje) província espanhola.
É precisamente a 5 de Outubro de 1143, na presença do Cardeal Guido de Vico, que, D. Afonso VII, Rei de Leão e Castela e D. Afonso I (posteriormente conhecido por D. Afonso Henriques), assinam um tratado, onde o primeiro, reconhece a independência do Condado Portucalense (que passa a chamar-se Reino de Portugal) e D. Afonso Henriques, como seu (igual, e) legítimo Rei.
A independência de Portugal, viria a ser reconhecida pela “Santa Sé”, a 23 de Maio, de 1179, pela Bula “Manifestis Probatum”, do Papa Alexandre III.
Completaram-se anteontem, oficialmente, os 864 anos da Fundação da Nacionalidade.
Assim, a 5 de Outubro, enquanto o regime comemora a República, a nação (ou o que dela resta) comemora Portugal.
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Ciência versus propaganda

No passado mês de Fevereiro, foram distribuídas por cerca de 3 500 escolas inglesas, milhares de cópias do polémico DVD «Uma Verdade Inconveniente», que a Academia de Hollywood premiou com dois Óscares. O pacote contém (além do DVD), um CD produzido pelo Departamento de Ambiente Alimentação e Agricultura britânico e uma animação sobre o ciclo do carbono.
Aquando da distribuição do dito, pelas escolas, o Secretário de Estado do Ambiente havia afirmado que o debate sobre as Alterações Climáticas estava terminado, tendo chegado a hora de educar as gerações futuras para esta dura realidade, devendo o referido pacote multimédia ser exibido em todas as escolas do país a todas as crianças com mais de 11 anos.
Daí para cá, a polémica não tem parado, tendo alguns directores de estabelecimentos de ensino devolvido os pacotes enviados pelo ministério, por considerarem o seu conteúdo impróprio para exibição em aula.
Entretanto, indignado com o conteúdo do documentário apresentado por Al Gore, Stewart Dimmock, camionista, pai de dois jovens de 11 e 14 anos decidiu recorrer ao tribunal, pedindo que o vídeo seja banido das escolas, por ser inadequado à faixa etária a que se destina, devido ao excessivo sentimentalismo de algumas cenas e às graves incoerências científicas do discurso de Gore.
Logo no início do primeiro, dos três dias de audiências, o Sr. Dimmock afirmou: “Desejo que os meus filhos tenham a melhor educação que me seja possível oferecer-lhes, livre da imposição política de um rumo, e a película do Sr. Gore afasta-se irremediavelmente desse requisito. (…) Este pacote sobre alterações climáticas, distribuído pelas escolas, serve única e exclusivamente para que os novos polícias do pensamento doutrinem os nossos jovens.”
Já no último dia das audiências, concluiu: “com a exibição, em sala de aula, da propaganda de Gore, o governo promove uma autêntica lavagem cerebral aos adolescentes.”
Foram ouvidos durante as audiências, vários representantes dos mais variados ramos da ciência, bem como especialistas em Ciências da Educação e representantes dos ministérios envolvidos na polémica.
No final, o Juiz considerou legitima (por se enquadrar no direito à liberdade de expressão e opinião) a exibição do vídeo, mas impôs que antes ou imediatamente após o visionamento do mesmo, os alunos sejam alertados pelo professor, que este “promove apenas uma opinião política sobre o aquecimento global, não tendo eles que aceitar, necessariamente, os pontos de vista apresentados, pois a mensagem contém incoerências e exageros de informação, para os quais não existe quaisquer evidência científica.”
Comentando a decisão, o advogado do Sr. Dimmock, manifestou-se satisfeito, afirmando que ela “força o governo a dar uma volta de 180º”, mas considera que “ainda não se foi suficientemente longe, pois não há orientações dos professores que superem o facto de a película ser inadequada para o contexto de rigor de uma sala de aula.”
Quanto ao ministro, Kevin Brennan, não se mostrou surpreendido com a decisão, tendo afirmado que: “ a decisão do Juiz é clara, no sentido de, as escolas poderem continuar a usar «Uma Verdade Inconveniente» como parte de uma educação para as alterações climáticas, de acordo com as orientações do ministério, já disponíveis online.”
Posto isto, o jornal gratuito “Metro” destaca a vitória obtida pelo camionista, Dimmock, sobre a pseudo-ciência do advogado, Gore, enquanto a BBC se congratula com o sim claro dos tribunais à versão de Gore.
Nada de novo, aqui, debaixo do Sol…
Apache, Outubro de 2007

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Disse 150 000 empregos?

Segundo dados divulgados ontem (terça-feira) pelo Eurostat, Portugal é o país da União Europeia, onde a taxa de desemprego mais subiu, em Agosto de 2007, face ao mesmo mês do ano anterior.
Dos 27 países da União, 24 viram as suas taxas de desemprego diminuir em Agosto deste ano, por comparação com 2006. Apenas, Portugal, com um aumento de oito décimas, a Irlanda e o Luxemburgo, com uma subida de três décimas, contrariaram a tendência Europeia.
A actual (Agosto) taxa de desemprego, no nosso país, cifra-se em 8,3%, contra 7,5% em igual mês de 2006. A Irlanda e o Luxemburgo apresentam agora, 4,7% e 5%, respectivamente.
Nos restantes vinte quatro estados membros, o desemprego baixou, em período homólogo, tendo as maiores quedas, acontecido na Polónia (de 13,3 para 9,1%) e na Lituânia (de 5,8 para 4,1%).
Os países que apresentam as taxas mais baixas, são: a Dinamarca e a Holanda, ambas com 3,3%. Com taxas mais elevadas que Portugal, estão (apenas): a Eslováquia, com 11,1 e a Polónia, com os já referidos 9,1%.
Será que os 150 mil empregos prometidos fugiram Europa fora?
Apache, Outubro de 2007

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A voz do dono

No “Expresso” desta semana, Miguel Sousa Tavares (MST), atira-se, uma vez mais, aos professores, “personificando” o seu ataque à classe, na figura da Fenprof, como se fosse apenas esta organização sindical a única a denunciar o autismo da equipa governativa, cujas políticas de cariz popular visam sobretudo a destruição do pouco que ainda resta de qualidade no ensino em Portugal, descredibilizando, desprestigiando e denegrindo a imagem dos professores, que nos últimos 20 anos têm tentado por todos os meios ao seu alcance impedir a destruição do sistema público de ensino, enfrentando as vergonhosas políticas educativas impostas pelo conjunto de analfabetos funcionais que vêm povoando os corredores da 5 de Outubro.
MST, qual mabeco amestrado, late em sintonia com a voz do dono, sem saber do quê nem porquê, como facilmente se percebe pela falta de fundamentação das suas afirmações.
O “artista” desvaira assim…
“Saiu o regulamento para a classificação dos professores com vista à sua subida na carreira.” Não saiu, está em discussão com os representantes da classe.
“Desapareceu a enormidade da participação dos pais no processo (a menos que sejam os próprios professores a requere-la), evitou-se a discriminação de condições entre escolas boas e escolas «difíceis» e o que restou pareceu-me um sistema adequado e justo para premiar o mérito, a assiduidade e o esforço – certamente melhor do que nada.
Mas, claro, a Fenprof está contra – como sempre, sempre, está contra qualquer medida que exija resultados ao sistema e aos professores e que tente inverter a situação catastrófica em que tem vivido o ensino.” Pareceu-lhe justo? E pareceu-lhe, porquê? É que não parece a mais ninguém. Estou a exagerar, parece que há uma prima da Milú, um sobrinho do Jojó Calhau e uma afilhada do Lelé que concordam consigo, os outros 170 mil professores é que não.
Quanto à situação catastrófica do ensino, que tal dar uma olhadela pelos currículos: cargas horárias, número de disciplinas, conteúdos, orientações programáticas… E já agora, manuais escolares, qualidade das instalações e equipamentos escolares, número de alunos por turma, número de alunos por professor do ensino especial, tempo disponível para trabalho individual dos docentes…
“À Fenprof interessa apenas o que respeite ao bem estar dos professores, mesmo que à custa da perpetuação do subdesenvolvimento cultural do país.” Escreve-se “bem-estar”, com hífen. Não sei se sabe, mas as organizações sindicais foram criadas para defender os interesse dos trabalhadores, não os dos patrões, nem os dos clientes, esses têm organizações próprias.
“A Fenprof acha que um professor que falte deve ter os mesmos direitos que um que não falte; acha que um que obtenha melhores resultados não deve ser beneficiado relativamente a outro que se está nas tintas para os resultados dos alunos; acha que um sistema de classificação em que nem todos podem obter a classificação máxima está desvirtuado à partida; acha, em suma, que classificar professores em função do seu mérito e dos resultados obtidos é uma ofensa aos direitos adquiridos.” Estou convencido que você não é completamente estúpido, apenas imita muito bem.
Você acha que um professor que esteja doente, ou que tenha um familiar doente, a quem tenha de dar apoio, ou que falte para cumprimento de obrigações legais, por maternidade, paternidade, etc., tudo direitos consagrados na Lei, deve perder outros direitos. E quais? O de progredir na carreira, o de ser remunerado no final do mês, o direito ao emprego, ou a liberdade?
Fala dos resultados obtidos pelos professores mas quem obtém resultados (bons ou maus) são os alunos. Não conheço nenhum professor que goste do insucesso dos seus alunos, mas se estes não fizerem o seu papel, não há docentes que os salvem.
Não é a Fenprof que acha, são os professores que acham “que um sistema de classificação em que nem todos podem obter a classificação máxima está desvirtuado à partida”. Como reagiriam os meus alunos, se amanhã chegasse a aula e os informasse que apenas 5% deles poderiam obter 19 ou mais, que apenas 20% poderiam obter 17 ou 18 (independentemente do mérito de cada um) e que só passariam os que obtivessem nota superior a 14, numa classificação onde predominam critérios profundamente subjectivos e onde o avaliador tem tantas ou menos competências que os avaliados?
Quanto à conclusão que tira é, demagoga, falaciosa e infundada. Nunca ouviu nenhum dirigente sindical, ou professor, recusar-se a ser avaliado pelo mérito.
Quando não sabe do assunto, o inteligente fica calado, o esperto verborreia.
P.S. Não sou, nem nunca fui filiado em qualquer organização sindical.
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Quem lucra com o "Aquecimento Global"?

Quando se fala de “Aquecimento Global” há, quase inevitavelmente, uma tendência para a bipolarização: os que querem salvar o planeta pensando nas gerações futuras, e os que só se preocupam com o seu umbigo e com o dia-a-dia; os protectores da natureza, e os poluidores inveterados; os verdes e os cinzentos; os Democratas, e os Republicanos; os do Governo, e os da oposição; os cientistas, e os ignorantes. Não sou um adepto da simplificação do real, ao ponto da bipolarização pura e simples, se o fosse, diria que os dois lados em conflito, nesta questão, são: as grandes multinacionais, que se preparam para facturar milhões com o negócio, e o imenso Zé-povinho anónimo que pagará com o esforço do seu trabalho, através dos impostos e da subida dos preços dos bens de consumo, o crescimento exponencial das fortunas de poucos.
Aqui fica uma (reduzida) lista das (principais) empresas que patrocinam o mito…
ABB, Air Products, Alcan, Alcoa, American Electric Power, American International Group, Bank of América, Baxter, Berkshire Partners, Boeing, Boston Scientific Corporation, BP, Califórnia Portland, Cascade Investments, Carbon Investments, Carlyle Group, Castle-Harlan, Caterpillar, Cement, CH2M Hill, ChevronTexaco, CitiGroup, Cogentrix, Conoco, Cummins, Daimler-Chrysler, Deere & Company, Detroit Edison, DTE Energy, Deutsche Telekom, Dow Chemical Company, Duke Energy, DuPont, Entergy, Environmental Defense, Exelon, FedEx, Florida Power and Light, Ford Motor, General Electric, General Motors, Generation Investments, Goldman Sachs, Georgia-Pacific, HP, Holcim, IBM, Intel, Interface, John Hancock Financial Services, Johnson & Johnson, Lehman Brothers, Lockeed Martin, Logen Corporation, Marsh, Morgan Stanley, Northeast Biofuels, Novartis, NRG Energy, Occidental Petroleum, Ontario Power Generation, Pechiney, Pacific Gas and Electricity, Pepsi, PHH Arval, PNM Resources, Rio Tinto, Rohm and Haas, Royal Dutch Shell, SC Johnson, Siemens, Sun Edison, Sunoco, Toyota, TransAlta, United Tecnologies, Wal-Mart, Weyerhaeuser, Whirlpool, Wiscosin Energy, Xerox.
Apache, Setembro de 2007

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Fugiu-lhe a língua…

Em entrevista concedida à NPR (National Public Radio), no passado dia 30 de Maio, comentando o alegado “Aquecimento Global”, o Administrador da NASA, Michael Griffin apesar de reconhecer que a temperatura média da Terra subiu cerca de um grau Fahrenheit no último século, afirmou: “Não tenho a certeza, se é justo dizer que [o aquecimento global] é um problema que temos de enfrentar, no futuro.”
A NASA foi durante algum tempo, um dos organismos mais reticentes em aderir à moda do “Global Warming”, mas actualmente parece rendido aos milhões que o negócio promete. Teria sido esta, uma “primeira” pedrada no charco, ou pelo contrário, tratou-se apenas do canto do cisne?
Apache, Setembro de 2007