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quarta-feira, 18 de maio de 2011

As fraudes científicas na moda, vistas do Brasil (4)

M@M: “Já começaram a ser publicados artigos científicos sobre as mensagens de correio electrónico de East Anglia, principalmente os modelos computadorizados que forjaram o "Hockey Stick"?” Daniela de Souza Onça: “Não tenho conhecimento de artigos científicos sobre o assunto, embora haja muito material publicado em blogues e em jornais digitais. O caso é ainda muito recente e, por isso, até este momento, não foi possível fazer uma análise científica de seu conteúdo.” Geraldo Luís Lino: “O gráfico do "taco de hóquei" foi devidamente ‘desmascarado’ como uma fraude colossal, graças ao trabalho brilhante e dedicado de dois leigos curiosos, os canadianos McIntyre e McKitrick. No meu livro, dedico um capítulo ao assunto, que, aliás, merece um livro inteiro para ser devidamente descrito. Quanto aos e-mails, a Internet e a comunicação social, do Hemisfério Norte, têm publicado uma torrente de artigos a respeito deles, dissecando os diversos aspectos do escândalo, inclusive as limitações dos modelos matemáticos quando comparados com os fenómenos do mundo real. Estas falhas são admitidas por alguns dos personagens envolvidos no escândalo, como Kevin Trenberth, que numa das mensagens admite a sua perplexidade pelo facto de as simulações de computador não conseguirem explicar o "sumiço" do aquecimento global após 1998. Infelizmente, até agora, a comunicação social brasileira tem sido extremamente parcimoniosa e selectiva em relação ao assunto, o que é bastante sintomático da adesão à propaganda ambientalista das redacções nacionais." Luiz Carlos Molion: “Ainda antes do Climategate já tinham sido publicados artigos referentes à manipulação de dados em Paleoclimatologia, como o "Hockey Stick", por exemplo. Outro artigo de Briffa ((de 2008), pesquisador do mesmo grupo, da mesma universidade) referente à série de temperaturas extraída de anéis de árvores do Yamal, uma região da Rússia, tinha sido desmascarado por ter sido descoberto que os autores utilizaram uma única árvore, cuidadosamente escolhida para dar ao estudo a conclusão que interessava. Convém lembrar que estas técnicas, usadas em Paleoclimatologia, que utilizam ‘testemunhos’ climáticos, como: anéis de crescimento de árvores; sedimentos de fundo de lagos e de oceanos; corais, etc. são qualitativas e não quantitativas como muitos acreditam. Os testemunhos não produzem ‘temperaturas numéricas’ como um termómetro. Apenas podem sugerir se o clima, em determinado período, esteve mais quente ou mais frio que noutro. E não respondem apenas à variação de uma única grandeza, no caso, a temperatura. Anéis de árvores, por exemplo, respondem também a variações da precipitação, da humidade relativa, da direcção e da intensidade dos ventos, da concentração de dióxido de carbono, e dos nutrientes disponíveis no solo, sendo muito complexa a relação entre todas estas variáveis e a determinação da contribuição de cada uma para o resultado final que, neste caso, é a largura e densidade do anel. ‘Testemunhos’ não são termómetros!” Ricardo Augusto Felício: “Aqui, no Brasil, estamos a começar a estudar as mensagens. Curiosamente aparecem nomes de ‘alarmistas’ brasileiros nos e-mails. São aqueles que querem, a qualquer custo, dizer que somos os maiores emissores de gases com efeito de estufa e outros que pretendem estabelecer um tribunal internacional que puna países e cientistas que são contra a falácia do ‘aquecimento global’ (voltaríamos a uma espécie de Idade Média, com baixa tecnologia pela restrição do uso de energia na indústria, agricultura, etc.). Vemos nos maiores órgãos de comunicação social brasileiros o Carlos Nobre e o Paulo Artaxo, dentre outros, a pregar tecnologias ‘verdes’ e ‘limpas’, a pedir que se criem mais impostos, que se reduzam direitos, e muitas outras coisas que os nossos políticos adoram (e adoptam). O Taco de Hóquei é uma das falcatruas científicas mais bem elaboradas, mas foi desmascarada a tempo. Curiosamente, outro brasileiro, o Jefferson Simões (que trabalha no Projecto Antártida) ainda teima em dizer que foi perseguido pelo governo de Bush. Só percebi a conversa (da treta) quando vi que o próprio Michael Mann, autor do ‘Taco de Hóquei’, que trabalhou com os dados de satélite no III Ano Polar (2007-2009) a declarar que a Antártida está a derreter como nunca se viu. O engraçado disto é que as pessoas pensam que sempre se monitorizou a Antártida eficientemente, o que não é verdade. Mal temos dados, como é que poderíamos justificar que ela está a derreter? Claro que não está! Aliás, nestes últimos anos, o gelo tem avançado e têm-se verificado temperaturas cada vez mais baixas, quebrando recordes que datavam de 1941.”
Apache, Maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

As fraudes científicas na moda, vistas do Brasil (3)

M@M: “Foi depositada muita esperança no correio electrónico divulgado, oriundo da Universidade de East Anglia. O conteúdo ali descoberto já teve algum efeito positivo em termos de se questionar a autoridade do IPCC e dos seus colaboradores?” Daniela de Souza Onça: “Não tenho dúvidas de que a credibilidade do IPCC e da Universidade de East Anglia, uma das suas mais importantes fontes de dados, foi seriamente abalada pela divulgação do correio electrónico. No entanto, os cientistas envolvidos no caso estão a empregar uma técnica já muito conhecida e utilizada, por exemplo, por diversos políticos brasileiros: a negação pura e simples. Nenhum questionou a autenticidade do material, apenas alegaram que as mensagens foram retiradas do contexto e que, no final das contas, são irrelevantes para a discussão climática, pois descrevem meros detalhes técnicos. De facto, para o grande público, é mesmo difícil compreender a gravidade da não divulgação de algumas séries de dados solicitadas ou a inclusão de dados de estações meteorológicas construídas em locais inadequados. Seria necessário que o público e os políticos compreendessem os casos já conhecidos de fraudes científicas que envolvem o IPCC para compreenderem as implicações das mensagens de correio electrónico, que evidenciavam a manipulação e selecção propositada de dados, a relutância na divulgação de outros, a perseguição aos cépticos e o temor pela descoberta das fraudes. Mas, como pouca gente conhece, de facto, as implicações disto, é realmente muito fácil os cientistas envolvidos no caso dizerem: "Nada disto é importante". Ainda mais quando é justamente isto o que o público quer ouvir. Agora, que se suspeita de quem divulgou aqueles dados foi um cientista da universidade (o que dá ainda mais credibilidade ao caso), esperamos que, no final, seja feita a tal "justiça climática"!” Geraldo Luís Lino: “Sem dúvida, apesar dos esforços de ‘controlo dos danos’, evidenciados em Copenhaga, os estragos causados pelo ‘Climategate’ a todo este conluio de interesses, agrupado em torno do aquecimento global antropogénico, são já irreversíveis. É claro que não será apenas com as repercussões dele que se desmantelará o "alarmismo", mas os danos causados à reputação dos cientistas envolvidos e à credibilidade de todo o processo liderado pelo IPCC, são muito grandes. Sem optimismos exagerados, creio que se pode dizer que o ‘Climategate’ é mais uma evidência de um processo de conscientização, que é gradual, mas firme, sobre os exageros do ambientalismo catastrofista, não apenas no que toca às questões climáticas, mas quanto aos excessos proporcionados pela colocação da protecção ambiental ‘de per se’ como valor supremo da organização da sociedade e da economia.” Luiz Carlos Molion: “Que seja do meu conhecimento, o assim chamado ‘Climategate’ não teve, até agora, nenhum efeito significativo, pelo menos ao nível popular, com excepção de algumas reportagens feitas pela Fox News. A propaganda em volta do aquecimento global antropogénico continua firme, particularmente no Brasil em que a comunicação social, em geral, copia tudo o que vem de fora sem apresentar críticas, reforçando mentiras catastrofistas, como o aumento do nível do mar e o derretimento das calotes polares. Digno de nota, foi um pequeno acontecimento no qual o Serviço Meteorológico Inglês (Met Office) divulgou um conjunto de dados de temperaturas utilizado para forjar o aquecimento global. Mas, certamente, esse conjunto de dados já não é o original e sim um ‘ajustado’, e não permitirá que a comunidade científica replique a técnica usada para calcular a ‘temperatura média global’ se é que se pode falar numa ‘temperatura média global’.” Ricardo Augusto Felício: “Já há alguns anos que investigadores cépticos têm demonstrado as diversas irregularidades científicas que os pseudocientistas do IPCC, os seus delegados políticos e as ONG têm praticado. A divulgação das informações é apenas mais uma prova destes factos. Curiosamente, nós temos motivos para acreditar que não foi um ataque de ‘piratas informáticos’, mas sim uma divulgação a partir de dentro. Ninguém guarda mensagens durante dez anos, até porque os computadores mudaram bastante neste período e isto pode ser verificado nas mensagens. Isto sugere que alguém de dentro já tinha compreendido que havia aldrabice, um complô, e mandou registar toda a correspondência entre estes pseudocientistas modeladores (modelos são abstracções humanas e estes estão muito longe de serem fidedignas reproduções da realidade) e políticos como o Al Gore e alguns aqui do Brasil. Acredito que já cansado da patifaria, alguém libertou toda essa informação. O pior é que já temos vários casos, tais como: escolha de dados; escolha antecipada dos resultados da pesquisa; resultados que se publicam antes de a pesquisa estar concluída; métodos inadequados, etc. Quanto à autoridade do IPCC, diga-se que eles não têm autoridade nenhuma. Quem os nomeou? Foi a sociedade? Não! Eles sabiam que não havia nenhum problema à escala global... e de repente, criaram um. Eles não têm autoridade nenhuma. Quanto mais rapidamente as pessoas perceberem que são eles que se auto-intitulam autoridades, tal como o fazem os governos e as ONG que com eles estão comprometidos, mais rapidamente desmanchamos esta falácia.”
Apache, Maio de 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As fraudes científicas na moda, vistas do Brasil (2)

M@M: “Qual é a possibilidade real de o Brasil vir a adoptar o comércio de terras improdutivas exclusivamente para venda de créditos de carbono, como acontece nos EUA, em vez de o uso da terra para produção de alimentos e outros bens, como consequência da inviabilização das mesmas, por via tributária, ou devido ao corte de subsídios à produção de alimentos, etc.?” Daniela de Souza Onça: “Acho pouco provável que o Brasil destine terras exclusivamente ao sequestro de carbono. O Brasil é uma nação agrícola por excelência, e a notável expansão do agronegócio no país, nos últimos anos, tende a continuar. Além disso, os incontáveis latifúndios improdutivos do país devem manter-se nesta situação.” Geraldo Luís Lino: “Isso irá depender dos desenvolvimentos que este processo irá ter. Se os 'alarmistas' prevalecerem, num futuro imediato, veremos certamente uma enorme ampliação dos mercados de "créditos de carbono", que poderão abarcar uma vasta gama de iniciativas para arrecadar parte das verbas envolvidas, inclusive negociações com terras. O problema é que, assim como tem acontecido com os mercados baseados em valores financeiros, que tendem a formar 'bolhas' especulativas que, mais cedo ou mais tarde, acabam por estourar, a mesma coisa pode acontecer com os mercados de carbono, que não se baseiam em qualquer processo real de criação de valores económicos, mas em trocas de papéis vinculados, literalmente, a fumaça - ou seja, são 'futuros de fumaça', sem qualquer fundamento económico ou científico real. E, como toda a 'bolha', esta, nalgum momento, acabará também por estourar com prejuízos monumentais, que acabarão por ser partilhados por toda a sociedade, e não apenas pelos directamente envolvidos.” Luiz Carlos Molion: “Não creio que haja possibilidade de comércio de terras para esse fim, antes de serem estabelecidas regras claras de como seria transferido esse dinheiro para o proprietário. O facto é que temos cerca de 220 milhões de hectares de pastagens, dos quais cerca de 30% (65 milhões) já estão degradadas. A sua recuperação, por qualquer meio, nomeadamente o cultivo: de grãos, de cana-de-açúcar ou a silvicultura, seria de extrema importância para a conservação dos solos. Mas isto tem um custo e ainda não apareceu quem queira arcar com ele. Entretanto, não está descartada a possibilidade de ONG (Organizações Não Governamentais) poderosas - muitas vezes, ao serviço de governos - virem a adquirir terras para esse propósito.” Ricardo Augusto Felício: “Se isto acontecer, será um dos maiores absurdos que nós poderemos observar no nosso país, embora pessoalmente não veja qual será o limite para essas pessoas, que manipulam as Leis e burlam todos os sistemas, implementarem o que esta 'causa ambiental' exige. Em termos práticos, deixar de produzir alimentos para a nação irá corresponder a um aumento geral de preços para o consumidor. Deve-se ter cuidado, porque este tipo de situação também pode ser manipulado, ou seja, às vezes o alimento existe mas alguém poderá utilizar a desculpa do 'aquecimento global' para dizer que não existe. Desta maneira, inflacionarão os preços através de uma situação fictícia. Coisas deste tipo já acontecem nos países dos Andes. Um bom exemplo é a quinoa. Para os povos dos Andes, dizem que ele não existe ou é escasso, mas os brasileiros encontram-no aqui, nos principais mercados, a 'preço de ouro', claro!”
Apache, Maio de 2011

domingo, 15 de maio de 2011

As fraudes científicas na moda, vistas do Brasil (1)

M@M: "Qual é o balanço geral da COP-15 em termos de efeitos político-económicos e qual é a avaliação que faz da postura da comitiva do governo brasileiro?" Daniela de Souza Onça: "Copenhaga foi mais uma conferência que surtirá poucos efeitos práticos de redução das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, mas muitos efeitos práticos de criação de impostos à escala local e de imposição de novos hábitos de consumo. A conferência teve muito mais a finalidade de prover bases teóricas para a legitimação de novas políticas impostas ao cidadão comum, do que a de estabelecer uma regulação global das emissões e estabelecer tratados entre os governos. É um facto que ninguém ali estava preocupado em 'salvar o planeta', mesmo que isso fosse possível; estavam interessados em receber financiamentos, vender os seus produtos e legitimar as políticas que de há muito querem implementar, pouco lhes importando se o planeta está a aquecer ou não e, em caso afirmativo, qual seria a causa desse aquecimento. No caso brasileiro, acredito que o maior interesse esteja relacionado com o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. Acredita-se que o etanol emite menos dióxido de carbono que a gasolina na sua queima, além de não o adicionar à atmosfera, pois o gás emitido é usado para crescimento de novas plantações de cana. Nisto estão envolvidos certos interesses, em busca de expansão, como os sectores: do açúcar e do álcool, das novas tecnologias dos automóveis, das pesquisas científicas e por aí adiante. Com possibilidades tão promissoras, por que é que o Brasil se oporia à hipótese do aquecimento global antropogénico? A delegação brasileira lutou muito, em Copenhaga, contra a proposta de os países emergentes não receberem financiamento dos países ricos, procurando manter o país como um candidato muito interessante a receber fundos dos chamados 'Mecanismos de Desenvolvimento Limpo', mas no final até se ofereceu para contribuir para o 'Fundo Global do Clima'! Realmente, o ‘slogan’ do governo federal 'Brasil, um país de todos' está a ser levado muito a sério: vamos carregar todo o mundo nas nossas costas." Geraldo Luís Lino: "Começo pela segunda parte da pergunta: a delegação brasileira reflectiu bem o espírito de piquenique em que decorreu a conferência - mais de 700 pessoas! Foi de longe a maior delegação, aliás, como já tinha acontecido em Bali, há dois anos, quando a delegação brasileira foi maior que a dos anfitriões indonésios. Quanto à actuação, ela ficou dentro do que se anunciava sobre a declarada pretensão de 'liderar' o mundo nas negociações climáticas, com base no estabelecimento das metas de redução de emissões com aqueles números esdrúxulos, com casas decimais, saídos das fórmulas de algum tecnocrata climático convocado à pressa pelo governo. Mas a atitude brasileira não difere muito da da maioria dos demais países, houve muita retórica para se ganhar tempo até as próximas negociações. O festival em Copenhaga acabou como muitos previam, com uma mera declaração de boas intenções, que reflecte em grande medida os conflitos de interesses que promovem a agenda 'alarmista' e os golpes de realidade proporcionados pelo agravamento da crise económico-financeira (cuja fase pior ainda está para vir), os custos altíssimos das medidas idealizadas para reduzir as emissões de dióxido de carbono, a inexistência de alternativas economicamente viáveis aos combustíveis fósseis e, até mesmo, uma percepção cada vez maior, do público em geral, sobre os exageros dos cenários alarmistas apresentados pelos 'alarmistas'. Percepção que factos como o escândalo "ClimateGate" tendem a aprofundar." Luiz Carlos Molion: "A COP-15 foi, como era esperado, um verdadeiro fracasso! Não houve discussões científicas nem troca de ideias sobre como tratar as questões ambientais e as desigualdades sociais. Ficou muito claro, ao longo da discussão, que os interesses eram apenas financeiros - quem vai entrar com o dinheiro e quem vai levá-lo e de que forma - em especial da parte dos países africanos e insulares. E muitos políticos dos países desenvolvidos, como Barack Obama ou Gordon Brown, devem ter percebido que não exercem liderança alguma. É impossível conseguir-se um "acordo" entre 192 países sem que haja uma liderança firme e um propósito convincente. A delegação brasileira adoptou o discurso dos países desenvolvidos e, nos últimos instantes, tentou, em conjunto com África do Sul, a China, os Estados Unidos e a Índia, produzir um documento que foi amplamente rejeitado. Nesse "acordo", seria aceitável manter um aumento de temperatura de até 2 °C, mas não se estabeleceram metas de redução de emissões, para atingir essa marca, nem sequer para os países desenvolvidos. De onde tiraram eles este número: 2 °C? De modelos climáticos, que são rudimentares, não reproduzem o clima actual e, portanto, não prestam para se fazerem projecções futuras. Ou seja, os resultados de modelos climáticos, baseados em cenários de concentração de CO2 fictícios, são inúteis, uma verdadeira perda de tempo e dinheiro. Falam como se o Planeta Terra fosse um electrodoméstico, por exemplo um aparelho de ar condicionado, equipado com um termóstato ajustável à temperatura seleccionada pelo homem. Basta analisar a variação da temperatura e da concentração de CO2 ao longo do tempo para se concluir que o CO2 não controla o clima, e qualquer redução que viesse a ser acordada, 30% ou 50%, não influenciaria a marcha do clima. Outra proposta, de se destinar 30 biliões de dólares, por ano, até 2012, para que os países pobres se adaptassem às 'alterações climáticas' e de 100 biliões de dólares, tampouco teve ou terá apoio." Ricardo Augusto Felício: "Em primeiro lugar, devemos chamar a atenção para um facto simples: o dióxido de carbono não controla o clima, muito menos os outros gases, ditos com 'efeito de estufa', que se apresentam em proporções insignificantes. Se todas as emissões naturais destes gases no planeta não significam nada, imaginemos a ínfima parte da ínfima parte, ou seja, a que os humanos libertam. Estas emissões simplesmente não contam, não servem para nada e não podem fazer nada! Adoptar políticas públicas, mundiais, norteadas por este argumento, tanto a nível económico, como social ou ambiental é simplesmente ridículo e fantasioso. Criou-se um monstro que não existe para assustar toda a população da Terra para mascarar a verdadeira intenção: adoptar um controlo, por parte de uma organização mundial, sobre todos os recursos naturais e energéticos. No que se refere à COP-15, eu fico chocado com a forma como os países gastam dinheiros públicos com esta falácia. São 15 anos de reuniões baseadas na mentira das emissões de gases com 'efeito de estufa'. Isto sem contar com as inúmeras reuniões, quase semanais, que se realizam por esse mundo fora. Os 'investigadores' e os políticos vão viajando e gastando o dinheiro dos seus países a fingir que estão a resolver um problema que nem sequer existe. Nestas reuniões, acontecem negociatas mundiais de favores trocados, em detrimento das populações dos países, principalmente os mais pobres (e isto inclui o Brasil). O importante da COP-15 é que se tornou evidente que eles estavam a tentar criar um mecanismo de leis internacionais para legitimarem sanções económicas, políticas e militares contra os países que não adoptassem o documento. Mesmo para os que o adoptassem, haveria então compromissos internacionais que permitiriam, por exemplo, verificações de 'inspectores' da ONU (como se os gases com efeito de estufa fossem urânio) para observarem o cumprimento do tratado. Tal plano ficou demonstrado e foi anunciado pelos próprios repórteres, ignorantes em assuntos de clima, da Rede Globo, no final da conferência. Infelizmente, não sei se o povo que assiste aos telejornais desta emissora conseguiu entender o plano. De qualquer modo, também ficou evidente que os políticos brasileiros, de todos os quadrantes, mostraram do que são feitos (fica aqui a conclusão do leitor). Estavam furiosos, na reunião, pois precisavam legitimar os seus imbecis planos sobre as mudanças climáticas, adoptados apressadamente antes da reunião. Criaram um monte de restrições e impostos, aqui no Brasil, e agora não têm forma de os justificar. Começaram com a ladainha de que 'o povo paulista já faz a sua contribuição para o planeta', mas esqueceram-se da escala. Se isto interferisse realmente, seria mais uma vez, uma insignificância. Por outras palavras, se o mundo não quer, por que é que o paulista ou o brasileiro têm que o fazer? Somos 'voluntários' ou imbecis? Pior ainda foram as declarações ridículas de criação de um fundo internacional. Querem tirar o nosso dinheiro para mandar para os países pobres da África? Outras estratégias ridículas anunciadas foram os desvios das verbas destinadas às emergências, em casos de derramamentos, da Petrobras, para o controlo de incêndios. Querem pegar neste dinheiro e investi-lo num gigantesco esquema para combater incêndios florestais, com aviões, camiões e equipas treinadas. Por este plano já vemos como eles não entendem de nada. Nem sequer tem noção da dimensão de um incêndio florestal de proporções gigantescas. Além disso, vemos novamente como os políticos trabalham: no paliativo, ou seja, depois de estar a arder. Outra coisa interessante a comunicar, foram as notícias de certos portais da Internet, como o UOL, o Yahoo, o G1 (Globo), etc. Enquanto os portais brasileiros davam mensagens quase horárias sobre a COP-15, os similares internacionais, tanto europeus como norte-americanos, mal colocavam uma linha, muito discreta, sobre o assunto. Então, pergunta-se: para quem é que devemos espalhar este medo e esta preocupação? Em suma, tudo isto não serviu para outra coisa senão demonstrar como os nossos políticos são incompetentes e inúteis. Eles deveriam ir lá e dizer 'basta' a esta historinha ridícula. O Brasil tem a sua soberania e deveria fazer o que fosse preciso para o bem-estar da sua população, mas não foi isto que fizeram. Os representantes africanos e árabes mostraram-se muito mais corajosos e competentes, inclusive afirmando que o alegado aquecimento é uma falácia. Foi hilariante ver os repórteres globais afirmarem que a Terra vai aquecer 2 °C em 10 anos (entre 2010 e 2020) debaixo de fabulosas tempestades de neve, em níveis record! Isto que os tais repórteres afirmaram nunca aconteceu e não acontecerá. Se em 15 anos as cimeiras climáticas não viram subir a temperatura da Terra, será na próxima década que isso vai acontecer? Nós, climatologistas de verdade, só não nos estamos a rir desta palhaçada devido à sua enorme gravidade."
Apache, Maio de 2011

sábado, 14 de maio de 2011

As fraudes científicas na moda, vistas do Brasil (0)

No passado dia 19 de Janeiro, poucos dias após ter terminado a 15.ª Conferência da ONU sobre “Alterações Climáticas” (COP-15), quatro cientistas brasileiros deram uma entrevista ao ‘site’ de “imprensa alternativa”, Mídia@Mais (M@M). Uma vez que a entrevista constitui, de certa forma, um pequeno “resumo” do que neste blogue se tem escrito sobre as mais badaladas aldrabices que nas últimas décadas a comunicação social tem “vendido” sob a capa reluzente da “ciência”, com a conivência de muitos pseudo-cientistas, nomeadamente o “Aquecimento Global Antropogénico” (AGA), entendi pertinente reproduzir a entrevista, na íntegra, em Português de Portugal, dividida em várias partes para que a extensão do texto a não torne cansativa. Começo, hoje, por uma breve apresentação dos entrevistados, por ordem alfabética: Daniela de Souza Onça: Mestre em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP). Autora de mais de vinte trabalhos académicos nas áreas da Geografia Física e da Climatologia. Geraldo Luís Lino: Geólogo. Autor do livro: “A fraude do aquecimento global: como um fenómeno natural foi convertido numa falsa emergência mundial”. Co-autor dos livros: “Máfia Verde 2: ambientalismo, novo colonialismo” e, “A hora das hidrovias: estradas para o futuro do Brasil”. Luiz Carlos Baldicero Molion: Pós-doutorado em Hidrologia de Florestas pelo Instituto de Hidrologia de Wallingford (Inglaterra). Doutorado em Meteorologia e em Protecção Ambiental, pela Universidade de Wisconsin (EUA). Bacharel em Física pela USP. Foi Professor visitante da Western Michigan University (EUA) e Professor da Universidade de Évora (Portugal). É "fellow" do Wissenschaftskolleg de Berlim (Alemanha). É Professor da Universidade Federal de Alagoas e Director do Instituto de Ciências Atmosféricas. É o representante da América do Sul no Grupo Gestor da Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial. Publicou mais de 110 artigos científicos. Ricardo Augusto Felício: Doutor em Climatologia pela USP. Mestre em Meteorologia Antárctica pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Bacharel em Meteorologia pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas. É Professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo. Participou em duas missões científicas o Antárctico, uma pela Marinha do Brasil e outra pelo INPE. Tem vários trabalhos científicos publicados, principalmente sobre: Geografia Física do continente Antárctico; vulcanologia; e ciclones.
Apache, Maio de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Hora do Planeta dos Macacos (de imitação)

“Enfim, uma boa notícia. Parece que um "número recorde" de 134 países aderiu à edição deste ano da Hora do Planeta e desligou as luzes entre as 20.30 e as 21.30 de sábado a fim de sensibilizar o mundo para, cito, "os perigos do aquecimento global". Por mim, também acho necessário sensibilizar o mundo, que é casmurro, para os perigos do aquecimento global, da gripe suína, dos lobisomens e de outras coisas assim imaginárias e assustadoras. Não é que tenha apagado a luz e andado às cabeçadas na parede durante uma hora, não senhor. Mas contribuí à minha maneira: dado que evitei perder dezenas de horas a publicar convocatórias alusivas ao "apagão" no Facebook e no Twitter, acabei por poupar muito mais electricidade do que os militantes que participaram activamente na causa. Em simultâneo, participei passivamente no combate a outra calamidade, menos fictícia e popular: a crendice colectiva, a qual, ao contrário do aquecimento global ou dos lobisomens, provoca-me um medo desgraçado.”
Alberto Gonçalves, no Diário de Notícias da passada quarta-feira

quarta-feira, 16 de março de 2011

Aquecimento versus arrefecimento

Tenho vindo a demonstrar, em vários textos aqui publicados, que a hipótese de um aquecimento simultâneo, significativo, de todo o planeta, não tem sustentação científica (apesar das insistentes manipulações dos valores das temperaturas, perpetradas por certos “artistas”). Se causado pelas emissões humanas de dióxido de carbono, então, é simplesmente ridículo. Não é em vão que inúmeros cientistas têm tecido duras críticas a teoria, tal como, por exemplo, o Físico Zbigniew Jaworowski que lhe chama “o maior escândalo científico do nosso tempo”. Mas o mais extravagante da caquéctica hipótese é a ideia de que se existisse um aquecimento significativo, de uma qualquer zona do Globo, isso traria aos locais (tantos animais como plantas) mais prejuízos que benefícios. Já em artigo anterior tinha citado a Petição do Oregon, assinada por mais de 31 mil licenciados, mestres e doutores, em “Ciências Exactas”, onde se afirma que “há substancial evidência científica de que um aumento do dióxido de carbono atmosférico produz efeitos benéficos acrescidos ao ambiente natural, favorecendo as plantas e os animais, da Terra.” Da análise do gelo da Antárctica concluiu-se que um aumento significativo (sem manipulação de dados) do dióxido de carbono atmosférico só ocorre após um longo período de aquecimento expressivo dessa mesma atmosfera (mais de 800 anos), e é aceite pela generalidade dos cientistas das áreas da Química e da Física (sublinho cientistas) que tal aquecimento, e posterior aumento das concentrações de dióxido de carbono atmosférico, se existisse, favoreceria as plantas e os animais. É frequente a comunicação social insistir nas vítimas das ondas de calor, quase ignorando, ou no mínimo limitando, as informações referentes às vítimas do frio, que são em número (habitualmente) muito superior. A provar este facto de que para nós, humanos, um aquecimento significativo da atmosfera traria evidentes benefícios, deixo um gráfico retirado da tese de mestrado em Geografia (pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) de José Manuel Alexandre Marques, o qual apresenta a mortalidade média, em cada mês, em Portugal (dados recolhidos entre 1987 e 2001). O gráfico mostra uma mortalidade significativamente maior nos meses frios de Inverno (bem acima da média anual do período em estudo) contrastante com valores muito inferiores à média nos meses de Verão.

[Clique na imagem para a ampliar]

Quanto aos outros animais, de novo a título de exemplo, deixo esta notícia da CNN, que dá conta de um fim-de-semana particularmente frio, no México, que matou 65 animais de um Jardim Zoológico. Finalmente no que se refere às plantas, basta pensarmos que se constroem estufas (com “atmosferas” enriquecidas em dióxido de carbono e vapor de água) para as alimentar melhor e proteger das agruras das baixas temperaturas, potenciando assim o seu crescimento.

Apache, Março de 2011

domingo, 20 de fevereiro de 2011

"A fraude global"

«Em 19 de Dezembro passado, o actual mayor de Londres, Bóris Johnson, publicou no "The Telegraph" um artigo com o surpreendente título "O homem que repetidamente vence o Instituto de Meteorologia no seu próprio jogo". Referia-se ao meteorologista Piers Corbyn, um astrofísico que, sem dispor dos poderosos meios computacionais do Met Office, tinha conseguido prever, já em Maio de 2010, que o próximo Inverno seria muito rigoroso, talvez o mais frio em 100 anos, enquanto o Met Office falhava rotundamente ao profetizar, ainda em Novembro, um Inverno ameno, com temperaturas de um grau a um grau e meio acima da média. Como salienta o mayor de Londres, as previsões correctas de Piers Corbyn não se ficavam por aqui. Há muito que este cientista vinha envergonhando o Met Office ao acertar na maioria das suas previsões meteorológicas, para mais baseando-se unicamente na observação dos dados respeitantes à actividade solar! De facto, Piers Corbyn despreza por inteiro a influência do dióxido de carbono e presta atenção principalmente à interacção das partículas emitidas pelo Sol com as camadas superiores da atmosfera do nosso planeta. Com efeito, há fortes razões para não acreditar nas teses do global warming (aquecimento global), propaladas por Al Gore, pelo IPCC e pelos alarmistas seus seguidores. Uma teoria que se suporta, de forma obsessiva, num componente residual da atmosfera (o teor em volume do dióxido de carbono é inferior a 0,04%...) para justificar quer as ondas de calor quer as vagas de frio, arrisca-se a não ser uma teoria, mas sim um embuste. No entanto, apesar das provas em contrário e, não obstante o escândalo 'Climategate', que em finais de 2009 veio revelar uma série de fraudes praticadas pelos mais destacados (pseudo) cientistas desta teoria, não se pense que é fácil erradicá-la. Uma teoria que alimenta um dos mais insidiosos ataques à economia dos Estados Unidos apenas pode subsistir se for patrocinada por um poderoso adversário. Esse adversário existe e chama-se socialismo, a ideologia política com maior implantação no mundo ocidental e visceralmente avessa ao livre pensamento e à liberdade de expressão vigentes nos Estados Unidos e países anglo-saxónicos, nos quais, apesar de igualmente implantada, tem muito menor sucesso. Por isso não surpreende que o socialismo tenha adoptado o ‘global warming’ como uma das suas bandeiras. Uma tese com aura científica, que procura comprometer o sucesso económico dos Estados Unidos, que tem o poder de amedrontar as populações, assim permitindo condicionar a vida e as decisões dos cidadãos, que serve de pretexto para negociatas com as energias renováveis e para o infame comércio de direitos de emissão de dióxido de carbono, faz o pleno para os socialistas. Dificilmente prescindirão de tal recurso. Nos países de cultura latina, sobretudo em Portugal, o forte condicionamento da comunicação social pela ideologia socialista leva a que seja dado muitíssimo mais relevo a artigos e notícias em sentido favorável à teoria do ‘global warming’ do que a trabalhos e eventos em sentido contrário, cuja divulgação apenas preenche uma ligeira quota, para não se poder dizer que não existe. Parece que os portugueses não têm direito a saber que no mundo exterior, sobretudo nos países anglo-saxónicos, as teses do aquecimento global são alvo de permanentes e bem fundamentadas críticas oriundas de cientistas internacionalmente reconhecidos.»
Jorge Pacheco de Oliveira, Engenheiro Electrotécnico, no “Expresso” de ontem
Apesar de não subscrever a associação que Pacheco de Oliveira estabelece, entre socialismo e teoria do aquecimento global (que reúne adeptos em todos os quadrantes políticos) entendo que no estado de letargia actual, que permite que este tipo de teorias (no mínimo, grotescas) sobreviva com a alegada chancela da “ciência”, qualquer denúncia em prol da verdade científica é bem-vinda.
Apache, Fevereiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

Notícias fresquinhas do "aquecimento global" (3)

Este sábado parece ter sido um dos dias mais frios do ano, pelo menos no Hemisfério Norte. A imprensa portuguesa optou por destacar os 43,3 °C negativos registados em International Falls, no Minesota, Estados Unidos, que constitui a temperatura mais baixa jamais registada naquelas paragens mas, o mais significativo talvez seja o facto de 422 estações meteorológicas situadas na metade Norte do planeta terem registado temperaturas inferiores a 30 graus Celsius negativos, sendo que 107 delas registaram valores inferiores a -40 °C. O recorde das últimas 24 horas foi para Gandan Huryee, na Mongólia, onde os termómetros marcaram 50,1 °C abaixo do ponto de solidificação da água. No Hemisfério Sul, no continente gelado, apesar de estarmos quase a meio do Verão e em alguns locais o Sol não se pôr há mais de 30 dias, os termómetros teimam em registar temperaturas muito modestas, sendo que em Davis se registaram -39,1 °C, em Vostok -38,3 °C e, em Concordia -37,3 ºC. [Fonte: NOAA] O alegado “aquecimento global”, agora disfarçadamente transformado em “alterações climáticas” vai continuar a andar por aí, nas bocas “do mundo”, algures entre a imensa falta de vergonha de alguns e a ignorância de muitos. Nada de novo, aqui, “debaixo” do Sol.
Apache, Janeiro de 2011

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Este homem é do Norte, carago!…

Michael O'Leary, o patrão da maior companhia aérea de ‘low-cost’, a Ryanair, em entrevista ao ‘Independent’, concedida a 10 de Setembro passado, mostra a sua indignação com a caquéctica teoria do aquecimento global antropogénico, mimando os crentes com o mais vernáculo ‘linguajar'.
“Do I believe there is global warming? No, I believe it's all a load of bullshit. But it's amazing the way the whole fucking eco-warriors and the media have changed. It used to be global warming, but now, when global temperatures haven't risen in the past 12 years, they say 'climate change'. (...) There’s absolutely no link between man-made carbon, which contributes less than 2% of total carbon emissions. (...) It is absolutely bizarre that the people who can't tell us what the fucking weather is next Tuesday can predict with absolute precision what the fucking global temperatures will be in 100 years' time. It's horseshit." Alguém precisa de tradução?
Apache, Dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

Mais uma verdade muito inconveniente

No passado Domingo, véspera do dia em que começou em Cancún mais uma cimeira da ONU sobre “alterações climáticas” (no caso, a décima sexta) o professor Luís Carlos Molion deu uma entrevista ao programa "Canal Livre", da TV “Band”, na qual, de forma clara (e pela sua simplicidade, julgo que compreensível, mesmo para quem não tem formação científica) expõe dois dos maiores mitos da actualidade “vendidos” sob a capa reluzente da “ciência”: o “aquecimento global” e o “buraco do ozono”.
Seguem as três partes da entrevista...
P.S. Não consegui impedir os vídeos de iniciarem automática e simultaneamente. Queiram, por isso, fazer o favor de carregar no botão de pausa e ver um de cada vez.
Apache, Dezembro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um brinquedo inconveniente

“Tinha, desde há anos, o capricho de comprar um medidor de dióxido de carbono (CO2) e por fim consegui-o. Pedi-o há um mês pela Internet, aos Estados Unidos, pagando previamente 230 dólares e mais uns 60 euros de direitos aduaneiros para conseguir que ele entrasse em Espanha, mas finalmente chegou-me às mãos. Olho-o, cuido-o e mostro-o aos amigos. Acima coloquei uma foto da engenhoca. Fico ingenuamente assombrado ao ver como dispara por aí acima quando, ao entrar no quarto, dele me aproximo. Detecta a minha presença num instante. Se ventilo o quarto, abrindo as janelas de par em par, assinala umas 450 partes por milhão (ppm), que é o mesmo que dizer 0,045% da mistura de gases que é o ar (constituído essencialmente por azoto e oxigénio). Mas quando entro na habitação, fecho a janela e sento-me a escrever estes disparates, começa a subir, várias partes por milhão por minuto e, rapidamente, assinala mais de 800 ppm. Eu já sabia que os humanos emitem muito CO2 (cada um, mais de 1 kg por dia) mas é agora que o vejo, ainda que ele seja um gás invisível. Lá fora, na atmosfera livre, a concentração média de CO2 no ar é de umas 390 ppm (oficialmente medidas no observatório de Mauna Loa, no Havai) e está a aumentar anualmente umas 2 ppm.”
Antonio Luís Silvestre de Uriarte, Geógrafo e Climatologista espanhol, autor do blogue “CO2” [Tradução minha]

domingo, 14 de novembro de 2010

“O novo mantra ecologista”

“Foi apenas há um ano, mas as imagens das tribos ecologistas ansiando pelo acordo de Copenhaga que (ele e só ele) salvaria o mundo (deles e só deles) parecem agora polaróides de um mundo extinto. Algumas estatísticas ilustram a atenuação do fascínio exercido pelo milenarismo ecologista sobre a opinião pública ocidental, uma consequência do escândalo Climategate, que expôs o enviesamento ideológico imposto aos estudos climáticos: nos EUA, um estudo do German Marshall Fund sugere que apenas 6% consideram as alterações climáticas uma prioridade política; no Reino Unido um inquérito da BBC efectuado em Fevereiro revelou que apenas 26% acreditam na tese antropogénica, contra 41% três meses antes. Se o ‘slogan' climático perde eficácia, mude-se de ‘slogan': eis que rebenta a berraria das ameaças à "biodiversidade", mesmo a tempo da conferência de Nagoya, um interlúdio entre Copenhaga e a próxima cimeira de Cancún. Quem pretender levar a sério a sugestão de um "apocalipse da biodiversidade" necessitará de duas informações elementares: qual o número total das espécies existentes e qual o ritmo de extinção? A Wikipédia propõe as seguintes respostas: desconhece-se o total de espécies existentes, mas sabe-se que estão a desaparecer a um ritmo "sem precedentes". Ora a validade da segunda asserção, cuja fonte indicada é um artigo do The Guardian, depende crucialmente do total das espécies existentes, mas a incerteza sobre este valor é tão grande que é impossível aferir a validade das estimativas dos estudos amostrais. Considerando as estimativas mais baixas para o total de espécies -as mais favoráveis ao cenário apocalíptico- o prof. Philip Stott calculou uma taxa de extinção de 0,006% a cada 50 anos desde 1600, o que está muito longe dos valores alarmistas publicados por jornais panfletários como o The Guardian. Este é apenas um exemplo da perversão da Wikipédia por activistas, utilizando a edição "aberta" para convertê-la num poderoso instrumento de propaganda global. Recentemente os mediadores da enciclopédia impediram William Connolley de aceder aos conteúdos: Connolley, um missionário do milenarismo ecologista, usava os privilégios de administrador para eliminar os contributos contrários à ortodoxia ideológica que pretendia passar por ciência. Este autoritarismo ecologista é, no essencial, semelhante ao autoritarismo fascista: se no fascismo a autoridade prescritiva da conduta política advém do carisma do líder, no ecologismo ela resulta da fé messiânica na revelação da salvação ambiental. Em ambos os casos, a autoridade funciona como uma injunção ético-política à qual todos se devem submeter. Tal como no fascismo, os ecologistas não admitem contestação racional às suas posições. A discussão, assente nos pressupostos da racionalidade científica ou no carácter prático do confronto ideológico, não é só desnecessária - é contraproducente, porque retarda a acção política "urgente". Daí a irrelevância política das "alterações climáticas" ou da "biodiversidade": são apenas pretextos para a concentração de poder em organizações inimputáveis e para a legitimação de um vasto programa extorsionário posto em marcha por uma coligação de ideólogos, académicos e burocratas. Aliás, sem menosprezar o batráquio multicolor que ilustrou diversas "notícias" recentes sobre as ameaças à biodiversidade, a espécie que esta coligação ameaça de extinção é o homem livre ocidental, para quem a governação era a arte da contingência e não a imposição de um plano político que nega a autonomia moral e reduz todos à condição de bichos.”
Fernando Gabriel, investigador universitário, no “Diário Económico” do passado dia 3

segunda-feira, 28 de junho de 2010

“Aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando”

Faleceu um dos mais conhecidos denunciantes portugueses da farsa científica conhecida por “aquecimento global antropogénico.” Engenheiro Electrotécnico, doutorado em meteorologia, ex-professor do Instituto Superior Técnico, autor do blogue “Mitos Climáticos” e co-tradutor para o português, do livro “A ficção científica de Al Gore” de Marlo Lewis Jr, Rui Gonçalo Moura, de 80 anos de idade, deixou ontem de estar entre nós. Foi através do seu blogue que tomei, há uns anos, conhecimento da real dimensão da propaganda em volta do mito mais difundido dos últimos tempos. Não conhecia pessoalmente o Eng. Rui Moura mas troquei com ele várias mensagens de correio electrónico, em alguns casos discordando dele [ele estava convencido que o dióxido de carbono é uma substância com um efeito de estufa relevante], e destaco a sua disponibilidade para o debate, apesar de o blogue não dispor de caixa de comentários, e a extrema correcção com que sempre se me dirigiu. Pelo contributo que deu à desmontagem do mito, pela lição de coragem e frontalidade, obrigado!
Apache, Junho de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Devido ao “aquecimento global”, o nível do mar pode subir 5 cm nos próximos mil anos

De acordo com um estudo publicado na semana passada, na Geophysical Research Letters, uma equipa de cientistas liderados por Andrew Shepherd da Universidade de Leeds (Reino Unido) concluiu que devido ao derretimento dos gelos flutuantes do Árctico e do Antárctico, o nível do mar pode subir 49 micrómetros por ano (sensivelmente, a espessura de um cabelo). O Princípio de Arquimedes permite concluir que a água resultante da fusão do gelo marinho ocupará o espaço deixado pelo gelo, não resultando daí qualquer alteração de volume. Mas a equipa liderada por Shepherd diz que não é bem assim, pois a água do mar é mais quente que o gelo e mais densa, devido ao sal, garantindo que a observação dos dados dos satélites e o uso de uma simulação de computador permitiram-lhe concluir pela subida do nível do mar, em 49 micrómetros por ano. Shepherd parece desconhecer três coisas importantes: a primeira é que os satélites não mostram (actualmente) uma diminuição do gelo marinho, como comprova a imagem de satélite abaixo, que mostra o gelo do árctico (ontem), sensivelmente no valor médio (representado pela linha preta);

[Clique na imagem para ampliar]

A segunda é que se a água do mar não fosse mais quente que o gelo este não derreteria (estariam ambos em equilíbrio térmico), no entanto, em volta do gelo, a água não será significativamente mais quente que ele e a máxima densidade (a que corresponde o menor volume para a mesma massa) da água é a 4 ºC, pelo que, se depois do gelo derretido, a água do local não ficar a temperatura superior a 4 ºC não há nenhum aumento de volume; A terceira é que as águas de superfície são menos salinas que as de profundidade, e próximo dos pólos, precisamente devido às grandes quantidades de gelo que derrete todas as Primaveras e Verões são praticamente doces. De qualquer forma, é interessante constatar-se que Al Gore começou a prever (há uma década) uma subida do nível do mar, de 6 metros, nos próximos cem anos, pelo que, o meio centímetro agora previsto por este estudo (4,9 centímetros, em mil anos), só pode ser encarado com um sorriso.

Apache, Maio de 2010

sábado, 24 de abril de 2010

O homem sem memória

Mário Soares, na coluna de opinião semanal no Diário de Notícias dá um empurrãozinho aos fantasistas climáticos. Escreve o ex-dirigente Socialista: “A natureza, nos diferentes lugares da Terra, tem-nos trazido, sucessivamente, tsunamis, ciclones, maremotos, inundações, ventos ciclópicos, tremores de terra e, agora, erupções de vulcões, na distante Islândia, que paralisaram os aeroportos da Europa do Norte, e não só. Um espectáculo triste e nunca visto.” Nunca visto? Suponho que Mário Soares queira dizer que nunca observou fenómenos climáticos nem geológicos ao vivo, apenas pela comunicação social. Quem diria, para alguém tão viajado. Ou será que se lhe apagou a memória e esqueceu os milhares e milhares de fenómenos deste tipo, que nos últimos dez mil anos ficaram tristemente gravados na história da humanidade. Prossegue: “Para aqueles que já vivem há mais de oito décadas, como eu, e nunca viveram nem tiveram conhecimento de nada semelhante…” Ah… estamos perante uma declaração de absoluta ignorância. Só em erupções vulcânicas há mais de 4 mil relatos históricos, alguns, tristemente célebres pelos milhares de vítimas que causaram. Continua: “A ganância dos homens é capaz de prosseguir, em defesa dos seus interesses imediatos, sem sequer afectar as suas boas consciências, se as tiverem...” Finalmente uma frase com senso. Isto, caso fosse dirigida àqueles que em busca do lucro fácil, não olham a meios para atingir os fins e inventaram, primeiro o “aquecimento global”, agora as “alterações climáticas”, para sacar aos mesmos de sempre mais alguns milhares de milhões em impostos e taxas que sustentem a sua ganância desmedida e que, com total falta de ética e de sentido humanitário, tentam por todos os meios impedir o desenvolvimento económico e o bem-estar da larga maioria dos seus semelhantes. Remata: “Acredito que, no próximo encontro internacional ecológico, a verdade científica seja reposta e as grandes potências sejam obrigadas a respeitar as regras que visam limitar radicalmente o aquecimento global.” Saberá Soares que limitar radicalmente o aquecimento global é das coisas mais fáceis deste mundo, bastando para tanto, despedir os aldrabões da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia e do Instituto Goddard de Estudos Espaciais, e dissolver o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas? Sem falsificadores de dados de temperatura e inventores de teorias estapafúrdias que violem as leis científicas e não têm cabimento no mundo real, não há “aquecimento global”. Simples, não?
Apache, Abril de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Notícias fresquinhas do "aquecimento global" (2)

De acordo com um relatório do Instituto de Meteorologia (IM), datado de 7 de Abril, o mês de Março de 2010 foi, em Portugal continental, o (Março) mais frio dos últimos 24 anos. Quinze dias antes (a 24 de Março) o jornal inglês “Daily Mail” citava Alexander Frolov, director do Rosgidromet (o equivalente russo ao nosso IM), que afirmava que a parte europeia da Rússia registou, em 2009-2010, o Inverno mais frio dos últimos 30 anos. E que, apesar de ainda não terem sido analisados todos os dados disponíveis, na Sibéria, este pode ter sido o Inverno mais frio desde que há registos (os últimos 110 anos). A temperatura média da Sibéria ocidental foi, no Inverno que agora findou, de -23,2 ºC. Arkady Tishkov um destacado meteorologista russo afirma que “a Sibéria e na generalidade o planeta estão a arrefecer.” Entretanto, hoje (14 de Abril), quarta semana de Primavera no Hemisfério Norte e quarta semana de Outono no Hemisfério Sul, as temperaturas continuam, em muitos locais, a lembrar o Inverno. Summit, no coração da Gronelândia registou -41,1 ºC, Oymyakon, na Sibéria (que no passado dia 20 de Janeiro havia registado -57,4 ºC) registou -32,7 ºC, Eureka, no Canadá, ficou-se pelos -31,4 ºC. Na Antárctica, na estação americana de Amundsen-Scott (em pleno Pólo Sul) os termómetros desciam aos -73,1 ºC. Sendo que, neste continente, em seis estações meteorológicas foram medidas temperaturas inferiores a 70 ºC negativos.
Apache, Abril de 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Mais uma prova...

“Sempre que escrevo sobre o "aquecimento global", e reconheço que o faço com frequência e com o cepticismo que as aspas sugerem, sou acusado de estar do lado oposto à credibilidade. Durante algum tempo, porém, supus que a tal credibilidade fosse sinónimo dos cientistas e activistas que vivem a expensas de interesses diversos e não liguei. É difícil ligar a sujeitos que, como tem sido notório, distorcem, omitem e inventam informação de modo a legitimar (digamos) as respectivas teses. O problema é que, quando parecia desacreditada de vez, a tese da influência humana no clima ganhou enfim um defensor acima de qualquer suspeita. Falo, é claro, de Bin Laden, cuja mais recente (e atribuída) gravação é inteiramente dedicada à preocupação com as "alterações climáticas". Para cúmulo, a intervenção segue passo a passo o cânone do género e inclui visões apocalípticas, evocação do Tratado de Quioto, críticas aos EUA e a George W. Bush e, num acto de ecumenismo, citações de um judeu. A evidência ecuménica diminui se se disser que o judeu se chama Noam Chomsky. Ainda assim, o testemunho de Bin Laden é arrasador para os cépticos. Eu, pelo menos, confesso-me inclinado a começar a acreditar no "aquecimento global", sobre o qual apenas aguardo a confirmação de Ahmadinejad e daquele canibal que manda na Guiné Equatorial para abolir as aspas, aderir à Quercus, berrar contra o capitalismo americano e engrossar as fileiras credíveis.”
Alberto Gonçalves, no “Diário de Notícias” de 4 de Fevereiro
Ahmadinejad é um descrente da propaganda ocidental. O canibal da Guiné Equatorial, mais cedo ou mais tarde, papam-no. A lengalenga do morto mais palrador (e mediático) é a gota de água que faltava (se é que faltava alguma) para transbordar o copo da credibilidade da negociata. Pelo que, apesar de muitos (nos quais me incluo) subscreverem várias das críticas ao Jorginho dos arbustos, não vislumbro grande número de futuras adesões à associação portuguesa de chaparros.
Apache, Fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Média das Temperaturas dos continentes (a 09 de Fevereiro de 2010)

Já aqui tinha escrito que “temperatura média do planeta” (é assim que muito boa gente a designa) é uma expressão sem significado físico. O que habitualmente aparece referenciado como tal é, na realidade, a média das temperaturas fornecidas por cerca de 1200 estações meteorológicas terrestres e alguns milhares de bóias marítimas (escolhidas conforme dá jeito à propaganda que se quer “vender”). Os valores que se obtêm seriam substancialmente diferentes, se as estações meteorológicas escolhidas para calcular a média fossem outras. Não é, portanto, possível, determinar com rigor científico o valor da temperatura média do planeta. A título ilustrativo calculei a temperatura média de cada continente, usando as 180 temperaturas mais elevadas e as 180 mais baixas (de anteontem) recolhidas na página do OGIMET (que usa dados divulgados pela NOAA). A excepção a este método foi aplicada à Antárctica, que dispõe de apenas 75 estações meteorológicas no seu território, tendo sido achada a média das máximas e das mínimas de todas as estações. Os valores obtidos (em graus Célsius) são os seguintes: África: 23,11; América do Norte e Central: -0,86; América do Sul: 25,29; Antárctica: -9,01; Ásia: -3,47; Europa: -3,24; Oceânia: 26,51. [Convém recordar que estamos em pleno Verão, no Hemisfério Sul, sendo (obviamente) Inverno no Hemisfério Norte. A Terra passou, há cerca de mês e meio atrás, pelo ponto de máxima aproximação ao Sol, da sua órbita, estado agora a afastar-se até ao solstício de Junho] Calculando a média (simples) dos valores obtidos, chegamos a 8,34 ºC. [Note-se que esta é a média global das temperaturas continentais e que 71% da superfície do planeta está coberta pelos oceanos.] Mas como sabemos, os continentes têm dimensões bastante diferentes, por isso, se calcularmos a média total, ponderando as áreas de cada continente, chegamos ao valor de 6,97 ºC para média das temperaturas de “terra emersa” a 1,5 metros do solo (quase 1,4 ºC inferior ao valor acima calculado). Se outro método fosse usado, valores diferentes seriam obtidos. É portanto ridículo (por mais contas que façamos) dizer que há provas irrefutáveis de que a temperatura média do Planeta subiu nos últimos 150 anos. O que subiu foi a média de valores de temperatura, que hoje o GISS e o CRU calculam usando determinadas estações meteorológicas, por comparação com a média das temperaturas de há 50, 100 ou 150 anos, calculadas com dados de outras estações noutros locais.
Apache, Fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A precipitação com a precipitação

Infelizmente, por malvadez, incúria, ou ignorância, vários crimes graves de lesa-ambiente têm sido praticados pela humanidade, no entanto, tais actos restringem-se à escala local, pois a quantidade total de matéria planetária (sólida, líquida ou gasosa) manipulada pelo homem é insignificante, por comparação à massa do planeta (às massas de águas oceânicas, ou à massa da atmosfera). Localmente (entenda-se uma aldeia, ou uma cidade; um lago ou um rio) a actividade humana, pode, não só, criar graves problemas ambientais, como repará-los, assim haja vontade política e disponibilidade económica. No entanto, generalizou-se a ideia, inicialmente propagada pelas organizações ecologistas e posteriormente repetida na comunicação social por caçadores de subsídios à investigação (de honorabilidade duvidosa) que se auto-intitulam cientistas, por industriais e banqueiros a quem o dinheiro fácil inebria, e por políticos ávidos de manipulação de massas, que o homem consegue alterar o clima, à escala global e, ainda por cima, fá-lo de forma prejudicial ao ambiente, perturbando o (na versão deles) frágil equilíbrio do planeta. No final dos anos setenta e início da década de oitenta “venderam-nos” o “buraco do ozono” antropogénico (no qual fomos acreditando sem exercer espírito crítico, confiando nas competências de quem o anunciava). Percebemos tarde que se trata de uma das mais estúpidas teorias científicas até à época apresentadas. Confiantes na capacidade de manipulação, cerca de 10 anos depois, vieram com a teoria (ainda mais aberrante) do “aquecimento global” antropogénico. Tomam-nos por tolos e de curta memória, quanto mais não seja, por apontarem o dióxido de carbono como principal responsável, quando nos anos setenta foi apontado como causador de um “arrefecimento global antropogénico”. As contínuas notícias de secas devastadoras têm sido anunciadas na comunicação social, nas últimas décadas, com se algo substancialmente diferente (por comparação com 50 ou 100 anos antes) se esteja a passar actualmente. O gráfico que a seguir se apresenta (da responsabilidade de um dos organismos que sustenta a propaganda idiota; para que não se diga que se trata de obra de leigos ou “descrentes”) é da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), o equivalente nos Estados Unidos, ao nosso Instituto de Meteorologia e mostra a variação anual da quantidade total de chuva (em litros por metro quadrado, no eixo vertical) caída no planeta, anualmente (datas no eixo horizontal), entre 1900 e 2008. O valor “zero” representa a média do período em questão. Da análise do gráfico conclui-se que não houve nenhuma tendência significativa nestas (quase) onze décadas, apenas uma ligeira diminuição da precipitação nos primeiros 15 anos do século XX. A partir daí, os períodos "mais secos" têm alternado com outros "mais chuvosos", a cada 3 a 5 anos.

Apache, Fevereiro de 2010