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domingo, 28 de novembro de 2010

A excitação com a borracha

“É fascinante o zelo com que criaturas tão distantes do catolicismo quanto eu dissecam as afirmações do Papa. Fascina igualmente o modo como não as percebem. Há dias, Ratzinger repetiu, talvez com ligeiríssimas variações, a posição (sem trocadilhos) católica acerca do preservativo: não deve ser usado excepto em casos de risco de vida. Por mim, que não sou fanático do pechisbeque nem recebo comissão da Durex, está bem: as normas eclesiásticas não me dizem respeito. Estranhamente, dizem respeito a inúmeros ateus exaltados, que de repente desataram a opinar sobre o que tomaram por uma revolução no pensamento da Igreja. Ainda mais estranho é que a "revolução", mesmo ilusória, não os satisfez. Para uns, Ratzinger falou tarde e devia ser condenado (a quê?) por cada católico contaminado pelo VIH para aí desde 1982. Para outros, a "revolução" não basta. O que bastaria aos exaltados? É complicado discernir. Aparentemente, só ficarão consolados, se ficarem, quando o Papa defender o preservativo nas viagens de autocarro e metro (com mais de duas paragens), a sodomia (com segurança), a rotatividade de parceiros (idem), a adopção de crianças por casais homossexuais e a adopção de casais homossexuais por crianças, o suicídio assistido, o suicídio sem público e quando o Vaticano, em suma, não se distinguir daquelas dúzias de alminhas que, graças a um quotidiano ocioso, foram à Assembleia da República aplaudir o casamento gay. Convinha então apurar se essa associação folclórica ainda seria a Igreja e para que serviria uma Igreja assim. Provavelmente, para nada que a simpática e totalitária esquerda das "causas" já não faça, inchada com uma auto-importância que a concorrência católica apenas viria perturbar.”
Alberto Gonçalves, no “Diário de Notícias” da passada segunda-feira

sábado, 9 de janeiro de 2010

O casamento gay… Perdão, o acordo de princípios…

O Ministério da Educação e os principais sindicatos de professores assinaram na madrugada passada, ao fim de catorze horas de reunião (sim, leram bem, 14 horas; e querem-nos convencer que não estão loucos) um acordo de 12 páginas a que deram o nome pomposo de “Acordo de princípios”. Esclareço já hipotéticos leitores que pensam que vou escrever um longo texto, que não será assim. Há aquele velho ditado que diz que, quanto mais se mexe em resíduos sólidos orgânicos mais estes libertam hidrocarbonetos aromáticos voláteis de odor intenso, portanto não remexerei muito. Apenas alguns tópicos, breves: O actual Estatuto da Carreira Docente vedava o acesso aos 3 escalões mais altos da carreira a dois terços dos docentes, por via de quotas administrativas. O acordo agora assinado prevê duas restrições à progressão, uma limita a 50% dos candidatos avaliados com a classificação de “bom”, após completarem o tempo de serviço necessário, bem como a respectiva formação, a passagem, em cada ano, do 4º para o 5º escalão, a outra, limita a 33% dos candidatos que preencham idênticos requisitos, a passagem do 6º para o 7º escalão. Isto, até 2013, a partir daí logo se verá, talvez valha tudo, incluindo arrancar olhos; Na segunda metade de 2002, com oito anos de serviço, avaliados com a menção de “satisfaz” (a equivalente ao actual “bom”) atingi o então 5º escalão de uma carreira com 10 (faltando-me 18 anos (se todos fossem avaliados com “satisfaz” para atingir o topo da carreira, o que aconteceria ao fim de 26 anos), hoje, passados quase 7 anos e meio (avaliados com “satisfaz” e “bom”) estou (e ao que parece, por via deste acordo assim deveria permanecer) no segundo escalão de uma carreira que continua com 10 escalões (mantendo o mesmo índice de vencimento que em 2002) e na perspectiva de, se obter sempre “bom” na avaliação de desempenho, realizar as formações necessárias, e ter muita sorte com as vagas, poder atingir o topo da carreira daqui a 26 anos (ou seja, com mais de 41 de serviço). Se as coisas não correrem muito bem no que respeita a vagas, mesmo que sempre classificado com “bom”, o topo da carreira poderá ter de esperar até aos 47 ou 48 anos de serviço; Entretanto, por via do novo acordo, a avaliação de desempenho vai ficar mais ou menos como até aqui, o professor enfia umas tretas quaisquer num dossier (perdão, portefólio), ou então compra um no mercado negro, realiza umas acções de formação em “eduquês” ou “magalhanês”, entrega um relatório crítico a dizer que fez isto aquilo e mais aqueloutro e que é excelente, um colega eventualmente tão competente como ele, ou talvez não, vai assistir a duas aulas por ano e larga uns “bitaites” mal amanhados sobre elas e já está. Uma avaliação que distingue o mérito e premeia os excelentes (5% determinados pelos iluminados) e os muito bons (25%), em detrimento dessa corja de inúteis que são apenas bons, aos quais o Governo (e pelos vistos) os sindicatos recusarão sempre um ordenado digno e equivalente aos dos outros licenciados empregados pelo Estado. É preciso poupar dinheiro para enterrar no BPN, no BPP, no TGV, no novo aeroporto em muitas auto-estradas novas e no mais que as taras de cada ilustre rosa, laranja, azul ou vermelho assim determinar, em vez de andar a gastá-lo nesse inúteis preguiçosos e bem pagos que constituem a classe docente (não dirigente sindical). Basicamente, o que tínhamos, em termos de progressão na carreira e avaliação era muito mau, mas não faz mal, finalmente os nossos governantes, uma vez mais com a conivência dos nossos representantes acordaram algo pior. É todo um mundo novo que desfila perante os nossos olhos e ouvidos incrédulos. O que se conclui duma análise detalhada deste demencial “acordo de princípios” é que Governo e sindicatos subscritores concordam em mandar para o lixo os mais elementares princípios de um estado de direito democrático, tais como os da justiça, da igualdade, da proporcionalidade, da boa-fé da administração, etc. Mas como eu disse que não remexia muito, antes que feda demais, vou ficar por aqui. Oito de Janeiro fica para a história como o dia em que os gays acordaram um casamento de princípios.
Apache, Janeiro de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Perdeu os professores! Ganhará os homossexuais?

Segundo o “Diário de Notícias” do passado sábado, Sócrates propõe (ao que parece, numa moção ao congresso, escrita por António Costa) que o PS apresente no seu programa eleitoral para as próximas legislativas, a aprovação do casamento entre homossexuais. Politicamente, a jogada parece boa, enquanto os partidos de esquerda roubam votos ao PS pela insistência nas vergonhosas alterações impostas no domínio da educação, o PS rouba votos àqueles partidos, assediando a comunidade homossexual. No entanto, contrariamente ao que pensa o “menino de lata”, o que parece nem sempre é e mais esta machadada na moral cristã pode custar caro ao PS. Se assim não for, Maria de Lurdes Rodrigues ainda vai ter de reformular a sua célebre verborreia de Junho de 2006: “perdi os professores mas ganhei a opinião pública”, alterando-a para um mais rosado: perdi os professores mas ganhei os homossexuais. Será desta que António Costa vai abrir o Salão Nobre da Câmara de Lisboa aos “gays de Santo António”?
Apache, Janeiro de 2009

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Alberto João Jardim igual a si próprio

No passado Sábado, no tradicional comício de Verão do PSD-Madeira, em Porto Santo, Alberto João Jardim (AJJ), sem papas na língua, foi uma vez mais, polémico quanto baste, ao denunciar a podridão moral do Governo liderado pelo pseudo-engenheiro José Sócrates.
Referindo-se (provavelmente) à recente lei sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), disse:
"Quando se fazem leis contra a vida humana é um precedente que não podemos consentir para, depois, fazerem outros direitos ou se ofenderem outros direitos das pessoas em nome do Estado Absoluto.”
Não me identifico com o populismo de AJJ, em muito, semelhante ao do PM, mas tenho de elogiar (uma vez mais) a coragem de ser politicamente incorrecto chamando os bois pelos nomes.
São conhecidos os “entraves” que AJJ tem colocado à implementação da nova lei da IVG no arquipélago. Reconheço que do ponto de vista legal, não vejo como fugir à implementação da dita, no entanto, não deixo de simpatizar com a oposição que AJJ lhe tem movido. De facto, os seus críticos, acusam-no de ao não ter ainda implementado a Lei, violar a Constituição da Republica Portuguesa (CRP), mas quantas vezes o Governo da República o fez, pelos mais variados motivos. Aliás, recordo uma vez mais que a própria Lei, generalizando a prática da IVG nas primeiras 10 semanas viola claramente a CRP. Mais, não deveria a Madeira, enquanto Região Autónoma beneficiar de uma Lei própria neste tipo de assuntos, de consciência ética e moral do povo? Recordo que o “Sim” obteve na região, 34,56% dos votos validamente expressos, a que corresponde 13% da população madeirense maior de idade. Recordo ainda que, por exemplo, sendo proibidos os toiros de morte em Portugal, foi criada uma excepção legal em Barrancos, que (que eu saiba) não tem autonomia de governo.
Mas Jardim foi ainda mais longe e antecipando-se às mais que prováveis futuras propostas do PS, disparou…
"Querer o casamento de homossexuais e tudo isso que o Governo socialista prepara, essas não são causas, são deboche, são degradação, é pôr termo aos valores que nós portugueses, a nossa alma nacional, tem desde o berço e que os nossos pais nos ensinaram."
Uma vez mais, aparte o populismo do discurso, bem patente na singela linguagem, subscrevo o conteúdo da mensagem.
Enquanto seres humanos, os homossexuais têm os mesmos direitos e deveres que quaisquer outros cidadãos, não fazendo no entanto sentido, que beneficiem de direitos reservados a grupos específicos de cidadãos. O casamento pressupõe, na cultura cristã, com a qual se identifica mais de 90% da população portuguesa, a constituição de família, tal como a adopção de crianças tem por base uma família adoptiva.
Apesar de o Estado evocar uma laicidade aberrante face à cultura da esmagadora maioria da população, não pode nem deve ignorar os valores culturais e tradicionais seculares, bases da nação lusa, “igualando” juridicamente práticas moralmente repulsivas.
Tolerância não é sinónimo de, não discriminação. Se educacionalmente inculco valores de tolerância perante a diferença, em termos legais tenho que defender a descriminação positiva do casamento e da adopção como exclusividade dos heterossexuais.
Apache, Agosto de 2007

terça-feira, 19 de junho de 2007

Conversa de... "Cocó"

Na noite da passada sexta-feira, a nº 3 da lista de António Costa à Câmara Municipal de Lisboa, Ana Sara Brito disse que a candidatura socialista está aberta à realização de casamentos civis, incluindo de homossexuais, no Salão Nobre da autarquia. No domingo, Costa afirmou que "a existência de casamentos homossexuais depende do legislador mas a autarquia deverá respeitar todas as formas de construção de uma família." No Salão Nobre da Câmara? E porque não na sua casa, Dr. Multiusos? Ou no "Largo do Rato"? Aproveitava e convidava também os seus amigos, Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues e outros... Usavam gabinetes contíguos como "salas de chuto" e reservavam pelo menos um, para sala abortiva, não vá a vossa ciência pútrida descobrir uma forma de gravidez homossexual, acelerando a contrução da família. Mas atenção, desta vez, tenham cuidado com a idade dos convidados, evitem os oriundos de colégios públicos de Belém.
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Entretanto hoje, numa acção de campanha na Avenida da Liberdade, dedicada ao ambiente e à segurança rodoviária, os temas preferidos da sua demagogia bacoca, o Dr. Multiusos, disse que "em 2006 houve 252 acidentes com vítimas, na cidade, dos quais 101 foram atropelamentos, resultando daí 11 mortos e cerca de 150 feridos com gravidade." "Estes números mostram que Lisboa é insegura para o peão. Por isso, impõem-se medidas para reforçar a segurança de quem circula a pé na cidade." Curioso, estive a ler o relatório de 2006, da DGV e confirmei que para a cidade de Lisboa, os números que apresentou estão todos correctos, excepto o número de feridos graves por atropelamento, foram 94 e não "cerca de 150". Entre as capitais de distrito portuguesas, Lisboa é a 2ª com menor "índice de gravidade" dos acidentes, depois do Porto, apresentando 0,9 mortos por cada 100 acidentes. E o distrito ocupa o 1º lugar (menor gravidade) com um índice de gravidade de 1,4. O número de acidentes no Concelho de Lisboa, comparado com o número de veículos em circulação é também o 2º menor, logo atrás do Conselho do Porto (considerando apenas os 50 maiores concelhos do país, pois nos outros, os dados estatísticos são muito distorcidos pelo reduzido universo em estudo). A região metropolitana de Lisboa apresenta o menor número de acidentes comparando o número de veículos e de peões. Se Lisboa é insegura, que dizer do resto do país? Se a sua preocupação é a segurança rodoviária é melhor candidatar-se a uma câmara do interior do país. Nas capitais dos distritos do interior, certamente saudariam as suas preocupações. Com o seu discurso pró-homossexual é que talvez tivesse que tomar algumas precauções...
Apache, Junho de 2007