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domingo, 7 de setembro de 2008

O regresso da Guerra Fria

A Rússia de hoje pode ser substancialmente diferente da União Soviética dos tempos da velha Guerra Fria, mas em alguns aspectos, parece não querer deixar os seus créditos em mãos ocidentais. A fazer fé nas recentes declarações (datadas de 29 de Agosto) do ex-comandante da Frota Russa do Mar Negro, o Almirante Eduard Baltin, o lema parece ser: a propaganda quando nasce é para todos. Segundo a agência de notícias russa, RIA Novosti, instado pelos jornalistas a comentar a presença de 10 navios da Nato nas águas do Mar Negro, com outros 8 a serem esperados no local, Baltin afirma peremptório: “Apesar da aparente força, este não é um grupo de navios digno de uma batalha. Se fosse necessário, uma única salva de mísseis do cruzador ‘Moskva’ (o Navio-Almirante) coordenada com mais dois ou três navios seria suficiente para aniquilar todo o grupo. Em 20 minutos limpávamos as águas.” À pergunta de qual a probabilidade de um confronto militar entre a Rússia e a Nato no Mar Negro, descansou os jornalistas, respondendo com sarcasmo: “O risco é negligenciável. Nós não vamos disparar primeiro e eles não parecem pessoas com tendências suicidas!”
Apache, Setembro de 2008

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Obama, "O Profeta" (2)

A eurodeputada Ana Gomes esteve presente na Convenção Democrata e sobre ela, escreveu assim: “Desci a rampa do estádio, em Denver, rodeada de gente que ria, sorria ou chorava, largando interjeições emocionadas: «Oh my God! We've got to elect him.» «He is great, great, great!» «He must be President!» Eu estava sem fala e dava-me também para sorrir, cabeça e coração fervilhantes de admiração, contentamento e esperança. Não era só da excitação de sentir que estava a assistir à história e ao sonho de Martin Luther King a realizar-se.” Eu até podia ser mauzinho e perguntar, que mais, além do sonho de Martin Luther King, excitava a senhora? Mas, sinceramente, prefiro permanecer na ignorância. Adiante no seu relato dos acontecimentos, entre outras qualidades que só ela descobriu no candidato que lhe tira a fala, encontrou também a “extraordinária capacidade de comunicar”. Ora aqui é que está o busílis da questão. A paixão de Ana Gomes é tal, que ela perdeu a noção do significado da palavra “comunicar”. É que comunicar não pressupõe só falar, mas também ser entendido por quem ouve. Que Obama fale muito, não tenho dúvidas, que diga alguma coisa, já me parece um bocadinho forçado, mas esperar que a audiência entenda, é acreditar nas capacidades de milagreiro, do artista. No ‘post’ de 6 de Junho, já tinha citado Obama, num dos seus delírios discursivos, deixo agora um outro, que julgo demonstrativo da sua “extraordinária capacidade de” delirar, ainda que correndo o risco de excitar a eurodeputada. “A beam of light will come down upon you, you will experience an epiphany... and you will suddenly realize that you must go to the polls and vote for Obama.” [Obama - New Hampshire, Janeiro de 2008]
Apache, Setembro de 2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

‘Fotojornalistas’ na guerra da Geórgia… (2)

Quem serão estes? Os avós do Super-Chorão e o morto número dois? Para que raio está a senhora a olhar para o céu?
Hum… Acho que está a cantar “Aleluia… It’s raining man…” Entretanto, a camisa do morto rasgou-se um pouco mais, deve ter sido com a emoção…
Ups, o morto virou-se… será que vai bater palmas à intérprete? E já temos uma fã…
Mudando de cenário, eis que… É ele, O Super-Chorão! Mas… trabalha para os “Man in Black”?! O morto número um nem quer acreditar, até se virou para o chão. Quanto ao morto número três, está a precisar de uma dietazinha, se não se agarrasse ao braço da enfermeira batia com o rabiosque no chão.
E para finalizar, um bónus… O “making off” do Super-Chorão.
Convém lembrar uma vez mais que todas estas “fotos” são da responsabilidade da Reuters.
Apache, Agosto de 2008

terça-feira, 26 de agosto de 2008

'Fotojornalistas' na guerra da Geórgia…

Hum… um homem morto, cá está mais um trabalhinho para o Super-Chorão. Mas primeiro, vou trocar de roupa.
Ups, esqueci-me da farda, vai mesmo sem camisa… Está bom assim? Não, pouco realismo?
Agora parece uma tragédia grega? Vocês, jornalistas, são uns chatos, pá… Deste lado não!... É o menos fotogénico…
Agora aparecem-me estas duas melgas, já um homem não pode representar sozinho… Quer dizer, apenas na presença dum morto que transforma uma t-shirt bege num roupão amarelo, e isto, mexendo apenas o braço direito e abrindo ligeiramente as pernas.
Em respeito pelos direitos de autor, convém informar que esta manipulação fotográfica é uma produção e realização da Reuters.
Apache, Agosto de 2008

sexta-feira, 20 de junho de 2008

“A derrota do federalismo político europeu”

Noutros acampamentos…
«Os irlandeses votaram (…) contra a ratificação do Tratado de Lisboa.
Alguns dos motivos para a vitória do "Não" na Irlanda: O receio da revogação europeia da proibição do aborto e da eutanásia na Irlanda (apesar dos defensores do Sim terem lembrado que o Tratado de Lisboa não põe em causa o Protocolo 17 do Tratado de Maastricht relativo ao artigo 40.3.3 da Constituição Irlandesa sobre a proibição do aborto (mas não o repete...) e da conferência de bispos irlandeses terem emitido, em 29-5-2008, uma Reflexão Pastoral "Fostering a Community of Values" que, de certo modo, apoia o Tratado, os defensores do Não reprovaram a falta de clareza do mesmo nessa questão e temiam os avanços federais das instituições e principalmente da jurisprudência do TJCE sobre esta matéria); O receio da perda de soberania fiscal (eliminando a vantagem económica dos baixos impostos sobre as empresas); A desconfiança de uma política externa supranacional (e receio da perda de neutralidade); A oposição ao Estado Social socialista - e, para outros, a oposição ao neoliberalismo laboral. Na Europa, os líderes da política furtiva afligem-se com o resultado. E maldizem os 109 964 eleitores irlandeses que votaram "Não", em vez de ficarem em casa, ou uma metade-mais-um deles que se enganou no voto que deveria ser "Sim". José Sócrates, que tinha prometido referendar o tratado e não cumpriu, vê agora dissipado parte do ganho "fundamental" que previa nele para a sua "carreira". Não foi, portanto, a abstenção que fez perder na Irlanda o "Sim ao Tratado de Lisboa". Foi o voto do povo. E o voto do povo, mesmo para os democratas representativos que desprezam o eleitor durante os seus mandatos, é incontornável. Não poderá, portanto, fazer-se um segundo referendo daqui a meses: tem de fazer-se um novo Tratado, consentindo aos Estados - e não só à Irlanda... - a possibilidade de não aplicar determinadas decisões políticas ou, mesmo, determinadas políticas. Percebe-se bem que o voto "Não" seria repetido noutros países, se fosse consentido ao povo o direito de o sufragar, como diz o Ruy Caldas do "Classe Política". Essa impressão é que constitui o maior revés da votação irlandesa.(…)Creio que o voto contra irlandês manifesta a censura popular perante uma constituição programática europeia, mal disfarçada da versão anterior, e o projecto de federalismo europeu imperial. Aprendemos - aprenderam todos os que estudaram Ciência Política e Direito Constitucional! - que uma constituição não deve defender um programa político, uma ideologia, porque como lei fundamental que é tem de ser consensual, para que possa ser aceite, integrada, promovida e jurada por todos.Esta constituição/tratado, que pretende entronizar o deus Atheos das elites e omitir a herança e convicção popular, baseia-se no totalitarismo do politicamente correcto que exclui a liberdade nacional de outras formas de pensamento e decisão. Porque se imiscui no terreno ideológico, no plano da economia e dos costumes, agrada a uns e desagrada a outros. Para reduzir a oposição, torna-se uma mistura que passa a desagradar a quase todos. Assim, passa a ser atacada no plano económico por ser demasiado socialista (na regulação) ou demasiado neoliberal (no trabalho); e no plano dos costumes, por ser demasiado ateia ou demasiado liberal. E, acima de tudo, a preponderância das grandes potências sobre os demais povos. (…)»
António Balbino Caldeira no blogue “Do Portugal Profundo” [Link na coluna do lado]
Um texto que vale a pena ler na íntegra!
Apache, Junho de 2008

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Obama, "O Profeta"

“I am absolutely certain that generations from now, we will be able to look back and tell our children that this was the moment when we began to provide care for the sick and good jobs to the jobless; this was the moment when the rise of the oceans began to slow and our planet began to heal.”
Barack Obama - Saint Paul (Minnesota), após a sua vitória nas eleições primárias do Partido Democrata.
Não me espanta que alguém consiga dizer isto em público sem se rir. Não me surpreende que uma comunicação social sem escrúpulos tenha reproduzido as palavras do dito cujo como se elas fossem providas de conteúdo. Não me admira que essa enorme massa de gente anónima, analfabeta e nanocéfala, que orbita em torno deste circo eleitoral americano o tenha aplaudido histericamente. O que (ainda) me choca é que ele não tenha sido imediatamente internado para uma cura de desintoxicação.
Apache, Junho de 2008

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Porque aumenta (tanto) o petróleo?

Há quem afirme que os continuados aumentos do preço do crude nos mercados internacionais se deve à guerra no Iraque. É uma guerra que já dura há vários anos, aparentemente sem fim à vista e ao que parece, para continuar, já que tanto o candidato Republicano à Casa Branca, John McCain, como o mais que provável candidato Democrata, BaracK Obama, já deixaram bem claro que tão cedo não farão regressar as tropas a casa. Estamos portanto numa situação relativamente estável, que não afecta significativamente o mercado, que (neste aspecto) reage negativamente a incertezas. Há também quem afirme que os preços reflectem a escassez (futura) do bem. Muitos estão convencidos, que já foi atingido (ou sê-lo-á brevemente) o “pico petrolífero” [vejam a título de exemplo um estudo realizado nos Estados Unidos, disponível na Wikipédia]. Ou seja, que a maioria dos países produtores já ultrapassou o seu máximo de produção, encontrando-se agora na curva descendente, até ao esgotamento do mesmo. Recordo-me que quando era aluno do liceu, vários manuais escolares apresentavam previsões do esgotamento do petróleo em 30 anos. Entretanto, passados 20 anos, continuam a tentar “vender-nos” a teoria do esgotamento do petróleo, dentro de 30 a 40 anos. Fazer uma estimativa deste tipo, implicaria saber (com alguma exactidão) qual a quantidade total de petróleo extraível, disponível no planeta. Honestamente, não creio que alguém faça a mínima ideia. Não vejo sequer grande interesse dos fabricantes de motores a combustão (desde os automóveis, à maquinaria pesada agrícola e industrial, passando por barcos, aviões, etc.) em mudar a sua tecnologia a breve prazo. O petróleo que hoje se vende nos mercados será entregue e consumido daqui a 6 meses, 1 ano, ou mais, daí que, o que influencia os preços de hoje, sejam fundamentalmente as perspectivas de procura “amanhã”. E essas perspectivas dificilmente poderiam ser melhores. A economia chinesa e indiana, os dois mais populosos países do mundo (quase 30% da população mundial) está a crescer continuadamente nos últimos anos, consequentemente, tanto a indústria como os particulares irão consumir cada vez mais petróleo (principal fonte de energia da indústria). Além disto, o investimento das petrolíferas na propaganda ao alegado “aquecimento global” começa a dar os frutos. A implantação em muitos países, de aerogeradores (construídos essencialmente em aço e alumínio) é um manancial de lucros para as indústrias mineiras e de transformação, ambas consumidoras de gigantescas quantidades de petróleo. O apelo sistemático à produção de bio-combustíveis aumenta também, significativamente, o consumo de petróleo, tanto na maquinaria agrícola, como nas indústrias químicas que sintetizam o produto final. Em resumo, sem querer excluir outros possíveis (mas a meu ver, pequenos) contributos, o preço do petróleo sobe desmesuradamente, porque os especuladores apostam no (mais que) previsível aumento do consumo nos tempos mais próximos.
Apache, Maio de 2008

domingo, 25 de maio de 2008

Foi você que pediu... um avião da CIA?

(Imagem retirada do Blogue «We Have Kaos In The Garden», "linkado" na coluna da direita)
O Ministério dos Transportes enviou, na passada semana, à Assembleia da República, uma lista de 56 voos da CIA, de e para Guantánamo, que passaram em território nacional, entre Julho de 2005 e Dezembro de 2007. O Governo diz desconhecer o que era transportado naqueles aviões.
Sócrates desconhece as Leis que o seu governo cria (recorde-se o ridículo episódio do fumo a bordo do avião fretado para a visita à Venezuela). Desconhece o que transportam os aviões que escalam o país (antes até jurava que eles não existiam). Será que desconhece que é Primeiro-Ministro? Isso explicaria muita coisa…
Apache, Maio de 2008

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Carla Del Ponte puxa a ponta do novelo

A ex-procuradora do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, substituída no cargo, no início deste ano, pelo belga Serge Brammertz é agora a embaixadora Suíça na Argentina.
Apesar da menor visibilidade deste cargo, Carla não deixa o seu protagonismo por mãos alheias e (apesar de aconselhada pelo governo suíço, a não o fazer), prepara-se para publicar um livro autobiográfico, intitulado “The Hunt”, onde revela algumas das atrocidades praticadas pelos terroristas do Exército de Libertação do Kosovo, durante a guerra com os sérvios. Numa conferência de imprensa que gerou um enorme mau estar na cúpula política ocidental, a ex-procuradora anunciou que o livro revelaria provas do rapto de 300 sérvios, pelos guerrilheiros kosovares, no Verão de 1999, cujos órgãos foram vendidos pelos homens de Hashim Thaci (actual “Primeiro-Ministro” do Kosovo) a outros traficantes.
Finalmente, alguém com credibilidade internacional, começa a puxar a ponta do novelo…
Apache, Abril de 2008

domingo, 30 de março de 2008

A fogueira das vaidades

A tabela ao lado indica o total de fundos recolhidos pelos candidatos à presidência dos Estados Unidos, desde as eleições de 1976.
Dos dados destaca-se o grande aumento percentual, das eleições de 1984 para as de 1988 e das de 2000 para 2004. No entanto, a eleição deste ano, parece querer ultrapassar a anterior e, apesar de ainda não terem terminado as primárias, os fundos angariados pela totalidade dos candidatos elevam-se já a mais de 791 milhões de dólares.
Os três candidatos, ainda na corrida, distribuem para já, o bolo, desta forma: John McCain (Republicano) – 64,6 milhões; Hillary Clinton (Democrata) – 169 milhões; Barack Obama (democrata) – 193,6 milhões. [Fonte: OpenSecrets.org] Assim se joga na lotaria da “democracia”.
Apache, Março de 2008

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Kosovo - A independência dos tráfico-dependentes

O parlamento do Kosovo aprovou, no passado domingo, por unanimidade a independência da Sérvia. A declaração de independência foi lida pelo actual Primeiro-Ministro, Hashim Thaci, à revelia das Nações Unidas e do direito internacional. Thaci, ocupa o cargo desde a sua alegada vitória eleitoral, ocorrida em finais de Novembro passado, quando foi declarado vencedor, após ter sido (oficialmente) mandada parar a contagem dos votos. O seu partido, o PDK (Partido Democrático do Kosovo) terá obtido 34% dos (cerca de 90% de) votos efectivamente contados. Em matéria de política anedótica o Kosovo consegue superar tanto Portugal, como (pasme-se) Timor Leste. Repare-se no que sobre ele escreveu, em Novembro passado, o jornalista Daniel Estulin… «Primeiro, o PDK não é um partido democrático. Nasceu de uma franja radical da política albano-kosovar, formada inicialmente por marxistas-leninistas da velha escola, financiados pela Albânia. O seu líder espiritual, Adem Demaci era um fervoroso discípulo de Mao. Durante a Segunda Guerra Mundial, os kosovares seguidores de Demaci formaram grande parte da divisão de voluntários Skanderberg das SS, recrutados pelos nazis como homens de mão na deportação dos judeus kosovares para os campos de concentração. Os lutadores pela liberdade do PDK (antigo Exército de Libertação do Kosovo) foram financiados armados e treinados durante a guerra dos Balcãs pela CIA, pelo MI6, pela DIA (agência americana de espionagem e defesa), pelos mercenários da MPRI (empresa de segurança americana, composta por antigos marines, pilotos de helicóptero e forças especiais) e pelo BND (o serviço de espionagem alemão). O que os meios de comunicação se esquecem de nos contar é que o PDK, na realidade, é constituído por sujos traficantes de drogas que se prostituem em benefício do poder instituído no ocidente. Daí serem tão queridos pela maioria dos países ocidentais, sobretudo pelos americanos. Michael Levine, antigo membro da DEA (a agência americana de combate ao tráfico de droga) disse a 24 de Maio de 1999 à revista New American: “estamos a armar os piores traficantes de droga, terroristas e contrabandistas, gente que está relacionada com todos os cartéis de droga conhecidos do Médio ao Extremo Oriente. A Interpol, a Europol e praticamente todos os serviços de espionagem europeus e agências de luta contra o tráfico de drogas têm arquivos abertos sobre traficantes que nos levam ao PDK e à máfia albanesa.” O Ocidente, principalmente os homens por trás da cortina necessitavam que o PDK encabeçasse a guerra contra os sérvios. Assim, os assassinos e os traficantes, paramilitares liderados por Hashim Thaci, da noite para o dia converteram-se em lutadores pela liberdade, apoiados directamente pelas grandes potências ocidentais, pela NATO e pela ONU. A BBC, numa notícia de Novembro de 2000 (que milagrosamente desapareceu da sua página na Internet) afirmava que “Hashim Thaci havia ordenado o assassinato político dos seus opositores da Liga Nacionalista Democrática de Ibraim Rugova.” Aliás, o democrata Thaci ordenou o assassinato (físico) de Fermi Agani, um dos mais estreitos colaboradores de Rugova, segundo noticiou a agência jugoslava Tanjug, a 14 de Maio de 1999. Os dois principais defensores do traficante Thaci eram o general Wesley Clark e a Ex-secretária de Estado de Clinton Madeleine Albright, responsável moral pela limpeza ética no Ruanda, tal como expliquei no livro Os Senhores das Sombras. O Washington Times escreveu também: “Eram traficantes de droga em 1998, agora, por causa da política são lutadores pela liberdade.” Ralf Mutschke, destacado comandante da Interpol, testemunhou perante o Comité Judicial do Congresso (americano), a 13 de Dezembro de 2000, dizendo que: “O Departamento de Estado incluiu o PDK na sua lista de organizações terroristas, indicando que financiava as suas operações com dinheiro procedente do comércio internacional de heroína e apoios de Osama Bin Laden.” Aliás, durante o conflito no Kosovo, um egípcio, comandante militar de Bin Laden, dirigia uma unidade de elite do PDK. Frank Ciluffo, que liderava o Programa Contra o Crime Organizado Global, disse perante o Comité Judicial do Congresso dos Estados Unidos, em Dezembro de 2000, que: “a Albânia e o Kosovo estão no coração da Rota Balcânica que une o Afeganistão e o Paquistão aos mercados de droga europeus. Esta rota vale aproximadamente 400 mil milhões de dólares por ano e vende 80% da heroína consumida na Europa.”» Poucas horas depois de ter sido declarada a independência, o jornalista Timothy Bancroft Hinchey, escrevia: «A bandeira dos Estados Unidos da América voa alta entre os terroristas albaneses no Kosovo, depois de Pristina desprezar a lei internacional e anunciar a sua “independência”, em declaração lida hoje pelo líder ex-terrorista e agora "Primeiro-Ministro" do Kosovo, Hashim Thaci. Hashim Thaci está habituado a quebrar a lei, tendo dirigido um dos monstros mais sanguinários jamais visto em terras dos Balcãs, o Exército de Liberação de Kosovo, que, como ele próprio tem admitido, executou actos de terrorismo para provocar os sérvios, obrigando-os a tomar medidas. O ex-assassino, agora político auto-nomeado, teve a audácia não só de desprezar as leis da República da Jugoslávia, como depois as leis da Sérvia, e agora a Lei Internacional, numa reivindicação ridícula de “independência” num território que é, e sempre foi, uma Província da Sérvia, transformando-o num estado pária dirigido pela máfia albanesa. Qualquer acto de reconhecimento do Kosovo acaba por dar consentimento aos crimes horrendos perpetrados pelo bando de criminosos internacionais que se escondem atrás do PDK, que assassinam, destroem propriedade, escravizam sexualmente, e traficam armas e drogas; fazendo de tais países cúmplices dos mesmos crimes. A declaração e o seu reconhecimento violam de forma flagrante a Resolução 1244 da ONU, que reconhece o Kosovo como parte integral da Sérvia.» Entretanto, hoje no Parlamento Sérvio, o Primeiro-Ministro, Vojislav Kostunic, anunciou a retirada do seu embaixador em Washington, deixando um recado ao governo de Bush, dizendo que: “esta decisão dos Estados Unidos, não vai converter um falso estado num verdadeiro” e que “este reconhecimento mostra a verdadeira face da América”, acrescentando que os Estados Unidos “violaram a Lei Internacional em benefício dos seus próprios interesses.” Tomislav Nikolic, o líder do partido radical, que havia perdido por escassa margem a corrida presidencial, afirmou: “a América e a União Europeia estão a roubar-nos o Kososvo”, terminando o seu discurso com uma frase que empolgou a multidão que o ouvia em Belgrado, “a partir deste momento, vamos contar os dias até libertarmos o Kosovo.” Pois é, lá como cá, nada de novo.
Apache, Fevereiro de 2008

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Lá como cá…

Sócrates esteve recentemente em Espanha, com Zapatero, a quem teceu rasgados elogios e disse aos jornalistas que se não fosse o Primeiro-Ministro de Portugal gostava de participar na campanha do PSOE.
Será que Sócrates se prepara para em 2009 destapar de novo o pote das promessas e se necessário for, comprar o voto dos portugueses? Quanto valerá?
Uma coisa parece certa, lá como cá, a falta de vergonha aparenta não conhecer limites.
Apache, Janeiro de 2008

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Os mais corruptos da América

A “Judicial Watch” publicou recentemente a lista dos dez políticos mais corruptos dos Estados Unidos, para 2007.
10º Senador democrata (pelo Nevada) e líder da bancada parlamentar, Harry Reid;
9º Congressista (pela Califórnia) e Porta-voz da Casa Branca, Nancy Pelosi;
8º Senador (pelo Illinois) e candidato democrata à presidência, Barack Obama;
7º Ex-conselheiro do Presidente, conselheiro e Chefe do Pessoal do Vice-presidente, Lewis Libby;
6º Governador do Arkansas e candidato republicano à presidência, Mike Huckabee;
5º Ex-presidente da Câmara de Nova Iorque e candidato republicano à presidência, Rudy Giuliani;
4º Senadora democrata (pela Califórnia), Dianne Feinstein;
3º Senador republicano (pelo Idaho), Larry Craig;
2º Congressista democrata (pelo Michigan), John Conyers Jr.;
1º Senadora (por Nova Iorque) e candidata democrata à presidência, Hillary Clinton.
Nada de novo, aqui, “debaixo” do Sol.
Apache, Janeiro de 2008

domingo, 30 de dezembro de 2007

Benazir Bhutto sabia (ou falava) demais?

No dia em que apareceu na Net (e consequentemente na comunicação social) um novo vídeo com uma comunicação de Osama Bin Laden, e pouco mais de 48 horas depois do assassinato da líder do PPP (o principal partido da oposição paquistanesa), Benazir Bhutto, faz todo o sentido lembrar a polémica entrevista que ela deu no passado dia 2 de Novembro (poucos dias depois do primeiro atentado que sofreu), ao jornalista David Frost, no seu programa “Frost over the world” da Al Jazeera em língua inglesa (vídeo abaixo).
Destaco a frase de Benazir (aos 6:14), “Omar Sheikh the man who murdered Osama Bin Laden...”.
Penso que se refere a Omar Saeed Sheikh, que ela já havia acusado de estar por trás do rapto e assassinato do repórter do Wall Street Journal, Daniel Pearl. Terá sido um descuido, uma vingança, ou uma mudança de rumo louvável (face ao seu passado de corrupção)? Saberia ela, que a sua morte era uma questão de dias?

Apache, Dezembro de 2007

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O outro lado de Bali

Mais “uma verdade inconveniente”
Carta aberta ao Secretário-geral das Nações Unidas
Com cópia para os Chefes de Estado dos países signatários
Nova Iorque, 13 de Dezembro de 2007
Sua excelência Ban Ki-Moon, Secretário-geral das Nações Unidas
Caro senhor
Assunto: A conferência da ONU sobre alterações climáticas leva o mundo na direcção errada.
Não é possível parar as alterações climáticas, trata-se de um fenómeno natural que tem afectado a humanidade ao longo dos tempos. A história geológica, arqueológica, oral e escrita, atestam dramáticas alterações impostas às civilizações antigas, por imprevistas mudanças de temperatura, precipitação, ventos e outras variáveis climáticas. Consequentemente, precisamos de preparar as nações para melhor resistir no futuro, a todos os tipos de fenómenos naturais, promovendo o crescimento económico e a geração de riqueza.
O IPCC tem insistido em conclusões cada vez mais alarmistas sobre a influência no clima, do dióxido de carbono produzido pelo Homem, um gás não poluente essencial à fotossíntese das plantas. Embora compreendamos o motivo que vos levou a ver as emissões deste gás como perigosas, as conclusões do IPCC estão completamente incorrectas e injustificadas, não devendo conduzir a políticas que reduzam significativamente a prosperidade futura. Não está demonstrado que seja possível alguma alteração significativa no clima global, reduzindo as emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa.
Acima de tudo, reduzir estas emissões abrandará o desenvolvimento das nações e incrementará o sofrimento humano em vez de o diminuir, caso se verifiquem futuras alterações climáticas.
(…)
O resumo preparado pelo IPCC foi elaborado por uma equipa relativamente pequena de redactores e a sua versão final foi aprovada, linha a linha, por representantes dos governos. A grande maioria dos colaboradores e revisores, bem como dezenas de milhar de qualificados cientistas, especialistas no assunto, não foram envolvidos na preparação destes documentos. Os sumários não representam portanto, nenhum consenso entre peritos.
Contrariamente à impressão deixada pelos resumos do IPCC, fenómenos como a retracção de glaciares, o aumento do nível do mar ou a migração de espécies particularmente sensíveis a variações de temperatura, não são evidência de alguma alteração climática anormal, pois nenhuma delas está fora dos limites normais da variabilidade natural.
O aquecimento médio de 0,1 a 0,2 ºC por década, verificado nas últimas duas décadas do século XX cai perfeitamente dentro dos limites de aquecimento e arrefecimento verificados nos últimos 10 mil anos.
Vários cientistas de primeiro plano, incluindo representantes do IPCC, sabem que os modelos computorizados não têm conseguido prever o clima. Assim, apesar das projecções de computador terem previsto um continuado aumento de temperatura, esta não sofreu qualquer aumento global desde 1998. O valor actual das temperaturas está de acordo com os ciclos naturais, tanto de decénios, como de milénios.
(…)
Um balanço entre custos e benefícios, desaconselha quaisquer medidas destinadas a reduzir o consumo energético, visando diminuir as emissões de dióxido de carbono. Além do mais, é irracional aplicar o “princípio da prevenção”, porque muitos cientistas reconhecem que tanto um aquecimento global, como um arrefecimento global, têm igual probabilidade de ocorrência, num futuro a médio prazo.
(…)
Tentar impedir futuras alterações climáticas, além de fútil, constitui um esbanjamento de recursos que podiam ser melhor aplicados em problemas reais da humanidade.
Com os melhores cumprimentos"
[Segue-se uma lista com 100 assinaturas de destacados especialistas mundiais (de 22 diferentes nacionalidades), alguns deles, ex-colaboradores do IPCC]
[Tradução minha]
Apache, Dezembro de 2007

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

“United Kingdom has left behind murder and chaos.”

As palavras são do chefe da polícia de Bassorá, a maior cidade do Sul do Iraque, administrada pelos ingleses desde a invasão.
Em entrevista ao jornal inglês “The Guardian”, afirma…
"They left me militia, they left me gangsters, and they left me all the troubles in the world."
(…)
"I don't think the British meant for this mess to happen. When they disbanded the Iraqi police and military after Saddam fell the people they put in their place were not loyal to the Iraqi government. The British trained and armed these people in the extremist groups and now we are faced with a situation where these police are loyal to their parties not their country."
Acrescenta ainda o jornal britânico…
“Basra has become so lawless that in the last three months 45 women have been killed for being "immoral" because they were not fully covered”.
Acha então, o chefe da polícia, que não houve intencionalidade dos ingleses na criação do actual clima de violência, então para que é que introduziram a Al Qaeda no território? E para que é que treinaram e armaram radicais islâmicos vindos de países do quarto mundo (quando comparados com o Iraque de Saddam), como por exemplo a Arábia Saudita?
Acorde, homem. Benvindo à democracia “de tipo ocidental”, versão “neocolonialista anglo-saxónica”.
Apache, Dezembro de 2007

domingo, 9 de dezembro de 2007

Revista da semana

A comunicação social anunciou que num teste de memória, os chimpanzés venceram os humanos.
Será que os defensores da “Teoria da evolução das espécies” vão agora alterá-la? É que a ser correcta a conclusão do teste, o homem não pode ter evoluído do macaco, quando muito, regrediu do macaco. E o que mais me preocupa é que um dia, regrediremos tanto, que nos confundiremos com o Mário Lino, que a esta hora, deve estar a repetir pelo gabinete – Chimpanzés no meu lugar, “jamais” (em francês, claro!).
Um destes dias, o governo apresentou, durante a manhã, um anteprojecto de Decreto-Lei, para cobrar um imposto sobre os sacos de plástico, com a habitual desculpa da moda, (o ambiente) que a criatividade é escassa, por aquelas bandas. À tarde, depois da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, ter manifestado dúvidas quanto à constitucionalidade da medida, uma vez que as empresas distribuidoras já pagam uma “ecotaxa” aos oportunistas da Sociedade Ponto Verde, o Secretário de Estado do Ambiente, veio dar o dito por não dito e em vez de imposto falou de campanha de sensibilização.
Ficámos assim a saber que este governo gosta de roubar, mas apenas os pobres, que com os ricos e poderosos não quer chatices.
Por falar em roubar, a EDP quer investir em novos contadores e teve a ideia peregrina de sermos nós a pagar esse investimento. Nós já pagamos a energia eléctrica, bem de primeira necessidade, a preços muito superiores aos custos de produção, proporcionando lucros fabulosos à empresa e eles ainda querem que lhes paguemos os investimentos? Não me lembro de ter encomendado nenhum contador novo, nem sequer preciso dele, o actual serve-me perfeitamente, portanto, para que raios me querem obrigar a comprar outro. Isto já não é um país, antes um imenso hospital psiquiátrico.
Entretanto, a propósito da Cimeira União Europeia/África…
O «Sinhor Inginheiro» veio dizer que “esta é uma cimeira entre iguais”. E mais uma vez, lá estou eu a concordar com o Pinóquio. Facínoras de todas as cores e credos, para todos os gostos políticos.
Finalmente, Manuel Monteiro, o líder do Partido Nova Democracia, termina a semana, acusando, em entrevista à lusa, os juízes portugueses de falta de coragem e Mugabe de “criminoso contra a humanidade” Monteiro colocou a seguinte questão: “Não há um juiz português com coragem de emitir um mandato contra Mugabe, ao abrigo do nosso código penal e das regras a que aderimos no Tribunal Penal Internacional?" Completando a seguir… “Um juiz português pode emitir um mandato de detenção contra Mugabe, tal como em Espanha o juiz Baltasar Garcón emitiu um mandato contra [o ditador argentino] Augusto Pinochet”. Em jeito de conclusão, acrescentou que só se age "contra quem já não tem poder e perdeu a guerra” porque (…) quando têm poder, a comunidade ocidental é feita de pessoas cobardes sem capacidade de liderança”. Terminou dizendo que os líderes europeus que participam nesta cimeira são um “nojo político”. É impressão minha ou esta indignação só atinge agora, o menino Manelinho, porque lidera um partido sem expressão na sociedade portuguesa, caso contrário estaria caladinho a comer da mesma manjedoura?! Além disso, passar mandatos de detenção a todos os criminosos que se passeiam pela cimeira tinha graves consequências, por exemplo, a União Europeia ficava sem Presidente da Comissão e Portugal sem governo. Isto para nem sequer falar no brutal aumento do consumo de papel.
Apache, Dezembro de 2007

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O Triunfo dos Porcos… da “Playa Giron”

A Assembleia Geral da Nações Unidas, votou ontem, pela 16ª vez, desde 1992, uma resolução que incita os Estados Unidos a levantarem o embargo económico a Cuba, que mantêm há 45 anos, após o fracasso do ataque à Baía dos Porcos, em Abril de 1961.
Segundo o governo cubano, os custos (para a ilha) das quatro décadas e meia de embargo, ascendem a 222 mil milhões de dólares.
A resolução que condena as sanções impostas pelos EUA foi aprovada com 184 votos a favor, 4 contra (dos Estados Unidos, Israel, Palau e Ilhas Marshall) e uma abstenção (dos estados Federados da Micronésia).
As decisões da Assembleia Geral da ONU não são vinculativas, pelo que, à semelhança do que aconteceu com a aprovação das 15 resoluções condenatórias anteriores, tudo continuará na mesma, presume-se que em estrito respeito pelos valores da “democracia”, que é como quem diz, pelo respeito aos direitos da (suprema) minoria de 4 contra 184.
Apache, Outubro de 2007

domingo, 28 de outubro de 2007

Biocombustíveis ou necrocombustíveis?

Ontem, na Comissão de Direitos Humanos da ONU, Jean Ziegler pediu uma moratória de 5 anos na produção de biocombustíveis, de forma a permitir o desenvolvimento de tecnologias que em vez de utilizar o milho, o trigo ou a cana-de-açúcar na produção de etanol, utilizem os lixos agrários, tais como as folhas de bananeira ou as folhas do milho.
Jean Zieegler, de 73 anos, sociólogo, ex-professor universitário em Geneva (Suíça, sua terra natal) e em Sorbonne (Paris), autor de vários livros polémicos, tais como: A fome no mundo explicada ao meu filho”; “Os Senhores do Crime”; “Os Rebeldes”; “Os novos Senhores do Mundo”; ou o best-seller “O Império da Vergonha” é actualmente (desde 2000) Relator Especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação. Discursando perante a Comissão, denunciou que, apesar de 854 milhões de pessoas sofrerem de subalimentação e de mais de 36 milhões morrerem de fome, em cada ano (70 em cada minuto), 6 milhões delas, crianças com menos de 5 anos de idade, assiste-se actualmente a uma utilização de terrenos agrícolas para a produção de milho, trigo e outros cereais e cana-de-açúcar, para a produção de álcool, com vista à redução da dependência do petróleo e isto, afirmou “é um crime contra a humanidade”.
Ziegler recordou que o milho é a base da alimentação de suínos, bovinos e aves e que o seu preço nos mercados internacionais duplicou no último ano, enquanto o trigo aumentou 30%. Tal, conduz inevitavelmente a um aumento do preço de bens essenciais, como o pão, a carne, o leite e os ovos, contribuindo ainda mais para a difusão da fome no mundo. Lembrou que o milho necessário para produzir (apenas) 50 litros de etanol (cerca de 250 kg) podia alimentar uma criança durante um ano. Voltou também a condenar o negócio da privatização da água em cada vez mais países, enquanto 2 mil milhões de pessoas, quase um terço da humanidade, continua sem acesso a água potável.
Continuou, dizendo que nunca como agora, se produziu tanto, o Produto Mundial Bruto duplica a cada 10 anos, a tecnologia permite alimentar o dobro da actual população mundial, mais de 70% da superfície do planeta está coberta de água e, ainda assim, a fome, a sede, as epidemias e as guerras, matam por ano 60 milhões de pessoas, mais do que a Segunda Guerra Mundial matou, em seis anos de conflito.
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Sinais dos tempos… (3)

O vídeo que se segue mostra o outro lado da recente visita do Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, aos Estados Unidos. O encontro, a que a comunicação social não deu relevo, ocorreu na manhã de 24 de Setembro de 2007, no Hotel Intercontinental, em Nova Iorque, e juntou Ahmadinejad e um grupo de Rabis ortodoxos anti-sionistas. A organização judaica, “Neturei Karta Internacional – Judeus Unidos Contra o Sionismo”, teceu rasgados elogios à postura do Presidente iraniano, face ao judaísmo. Algumas dezenas de Rabis, acompanharam de perto toda a visita de Ahmadinejad a Nova Iorque, tendo-se manifestado à porta da sede das Nações Unidas e na Universidade de Colúmbia, os locais mais mediatizados da visita do líder iraniano. Nos vários cartazes que exibiram liam-se criticas vorazes às doutrinas, sionista e norte-americana, tais como: “O Estado de Israel não representa os judeus do mundo”; ”O judaísmo condena as provocações sionistas contra o Irão”; ou “Obrigado Irão, pela vossa bela comunidade judaica”. Em época de fundamentalismo cego, e intolerância ideológica, patrocinados, ao mais alto nível, por quem tem a responsabilidade de transmitir, precisamente os valores opostos, que são a base da nossa cultura, recordo uma vez mais as palavras de Jesus Cristo – “Quem não é contra nós é por nós.”

P.S. Para ouvirem o som do vídeo, não esqueçam de parar o leitor de música.
Apache, Outubro de 2007