sábado, 19 de maio de 2007

Quem “fala” assim - José Manuel Fernandes

José Manuel Fernandes, director do público, escrevia no editorial de ontem:
“Como é possível que quase ninguém se indigne, quase ninguém se choque, quando o partido do Governo vai buscar ao Tribunal Constitucional, que devia ser uma pedra angular do nosso sistema democrático, alguém que para lá elegeu há apenas dois meses? Como é possível que um candidato à Câmara de Lisboa, por acaso o apresentado pelo partido do Governo, lamente não ter conseguido formar uma coligação, quando essa mesma pessoa inviabilizou quaisquer coligações? Será que tal personagem nem sequer cora ao tornar claro que a data das eleições teria sido outra, se ele tivesse conseguido que os partidos que insultou repetidamente agora lhe prestassem vassalagem? Será que pensa que somos todos idiotas? Como se compreende que um Presidente da República nada diga, podendo tê-lo feito na tomada de posse de ontem, que a grosseira ignorância de qualquer sentido de Estado que representa desestabilizar de novo o Tribunal Constitucional vai contra o que sempre defendeu, quando privilegiou a estabilidade sobre a oportunidade política? Como é possível que a PT se prepare para fazer exactamente o contrário do que prometeu no que respeita à separação das redes de cobre e de cabo e todos estejam calados? Mais: que o banco do Estado, a CGD, pareça estar a actuar como instrumento de tal vilania? E por que é que ninguém se interroga sobre a forma como, sem explicação plausível, certos grupos de comunicação se tenham rendido ao charme do poder exactamente no momento em que o seu patrão depende do Governo para concretizar o negócio da sua vida? Como é possível que ainda ontem o partido da maioria se tenha rendido ao interesse das concessionárias das auto-estradas depois de ter defendido que, quando há troços em obras, as portagens deviam traduzir uma menor qualidade de serviço? Falta de transparência, jogos de influência, proteccionismos absurdos, sede de poder. Em 2007 d.C. é este o principal problema do país.”
Haja alguém que farto de seguir os demais carneiros, resolva atirar uma pedrada no charco.
Apache, Maio de 2007

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Os prostitutos

Soube-se no passado dia 11, através do "site" oficial do Ministério da Educação que a primeira edição do Prémio Nacional de Professores registou um total de 65 candidaturas (menos de 0,04% dos docentes que reuniam condições de candidatura). Trinta e cinco delas, ao Prémio Nacional, propriamente dito, no valor de 25 000 euros, e as restantes trinta, às categorias de mérito – Carreira, Integração, Liderança e Inovação, sendo os prémios destas categorias materializados em Diplomas de Mérito Pedagógico. Constata-se assim que neste país, três dezenas de professores têm como fetiche apanhar em público umas palmadinhas... nas costas. Ou então, não dispõem de papel higiénico suficiente nas respectivas instalações sanitárias. Solicito a todos os professores que contribuam com um rolo do dito, a fim de se ultrapassar o que poderá vir a ser um problema de saúde pública. Verifica-se ainda que, 35 docentes atravessam tão grave situação financeira que encontraram na prostituição a única forma de subsistência. Neste caso, solicito aos empresários do ramo que providenciem emprego aos 34 desafortunados que não sejam contemplados com o prémio. Quanto à Senhora Ministra, espero que tenha gostado da lição oferecida por 180 000 docentes. A conclusão que deve tirar da iniciativa, só pode ser a de, futuramente, pegar nos 25 mil euros e metê-los na racha... do mealheiro do Ministério.
Apache, Maio de 2007

sábado, 12 de maio de 2007

Madeleine McCann - Mais de uma semana depois

Passou mais de uma semana desde o desaparecimento da Madeleine, que hoje completa o seu 4º aniversário. Depois de as autoridades portuguesas terem “assobiado para o ar” nas horas imediatas ao desaparecimento, apesar dos meios actualmente envolvidos, há medida que o tempo passa, diminui a esperança de trazer a criança de volta à família. Infelizmente, casos como este não são raros. Só no ano passado, (2006) foram denunciados, ao Instituto de Apoio à Criança 31 desaparecimentos de menores. Vinte e quatro destas crianças foram encontradas (duas delas, sem vida). As restantes sete crianças continuam desaparecidas. Porque não deram os órgãos de comunicação social portugueses, a estas crianças, destaque idêntico ao da pequena Madeleine McCann? E a Polícia Judiciária, envolveu (ou envolve) idênticos meios na busca? Da negligência de alguns, das taras de outros e de interesses obscuros de muitos, as crianças continuam a ser as principais vítimas. Até quando, vamos permitir que assim continue?
Apache, Maio de 2007

Thinking...

Uma das comentadoras mais assíduas, a Redonda, indicou o blogue para o Thinking Blogger Award. Em relação à “nomeação”, agradeço à Redonda, ainda assim, acho que estas indicações acabam na generalidade das vezes, por ser feitas mais por simpatia que por opinião fundamentada. Tenho observado que muitos blogues acumulam várias nomeações e penso que a tendência é acabarem todos nomeados. Cai-se assim numa banalização que desprestigia os verdadeiros Thinking Blogger’s, por isso não vou nomear. P.S. O verdadeiro motivo para não nomear é que resolvi reduzir a concorrência. Quero o prémio só para mim. :)
“Nós, os povos pobres do mundo, temos uma arma de destruição maciça, a faculdade de pensar pelas nossas cabeças” – Adaptado de Mia Couto
Apache, Maio de 2007

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Alguém me explica?

O gráfico acima mostra a variação dos preços do petróleo no último ano. Da leitura do mesmo, torna-se evidente que (por exemplo) a 1 de Julho de 2006, o preço do barril de crude era de aproximadamente 76 dólares. O preço da gasolina 95, era, nessa data, em Portugal continental de 1,353 (nos postos Galp de Lisboa) e o do gasóleo 1,078 €. Hoje, o petróleo está a 61,66 dólares o barril (quase 19% menos), enquanto a gasolina é vendida a 1,364 € (mais 1 cêntimo que em Julho) e o gasóleo a 1,059 € (menos 2 cêntimos). Alguém me consegue explicar porquê? P.S. O argumento de que os combustíveis agora vendidos correspondem a petróleo comprado há 4 ou 5 meses atrás é verdadeiro mas não explica. É que nessa altura, o petróleo atingia um dos valores mais baixos dos últimos anos, abaixo dos 55 dólares o barril (quase 30% menos que em Julho). Acham que a isto se deve chamar flutuação de preços no mercado ou roubo?
Apache, Maio de 2007

domingo, 6 de maio de 2007

A fusão...

Hoje é dia de eleições na Madeira, mas como tudo o que há para decidir são dois ou três por cento de votos a mais ou a menos para o menino Joãozinho, o assunto deste "post" diverge para outro palco eleitoral, a 2ª volta das presidenciais francesas. E, em jeito de teste aos vossos conhecimentos de genética, coloco a seguinte questão: O que resultaria da fusão de Nicolas Sarkozy com Ségolène Royal? A resposta é fácil, obviamente, José Sousa! Não! Desiludam-se as mentes perversas, esta não é uma piada de cariz sexual. Que actos se destacam na governação de José Sousa? Os profundos cortes nos direitos sociais, adquiridos pelos trabalhadores nas últimas décadas e, a mentira sistemática, associada (ou não) à manipulação estatística de dados. Pois bem, apesar de a França apresentar um PIB invejável, alicerçado numa elevada qualidade e formação dos seus trabalhadores e numa das tecnologias mais evoluídas do mundo, Sarkozy apresenta como principal bandeira de campanha, cortes nos (ainda mais invejáveis) direitos sociais adquiridos pelos franceses. Por seu lado, Ségolène faz da mentira a sua principal arma. Várias vezes ao longo da campanha foi "apanhada" em desvios à realidade dos factos, mas a questão da energia nuclear, abordada no debate do passado dia 3 não deixou dúvidas sobre a sua intenção de fugir à verdade. Desafia Sarkozy, perguntando-lhe qual o peso da energia nuclear no total da produção de electricidade em França e ao perceber que este não tem a certeza e tenta contornar a questão, afirma manhosamente "17%". Sarkozy contesta, dizendo que isso "não é exacto", mas Ségolène insiste várias vezes, concluindo sorridente, confiante na aceitação da mentira por parte dos apoiantes, "é assim e pronto." De facto, não é nada assim! Segundo o relatório anual do "Observatório da Energia", a que provém do nuclear corresponde a 78,1% da energia eléctrica produzida em França.
Apache, Maio de 2007

sábado, 5 de maio de 2007

O 1º de Maio dos vencidos

«Hoje é dia do trabalhador. Há 33 anos mais de 1 milhão de pessoas invadiu as ruas de Lisboa numa manifestação de unidade popular que ficou para a História. Hoje um grupo de 10 mulheres, despedidas há 5 anos, protestava contra o seu sindicato que as enganou. Eram as únicas que pagavam as quotas, foram as únicas a não receber a indemnização de uma fábrica falida no interior. Portugal é hoje o país da União Europeia com menos sindicalizados, mas é o país onde as leis de trabalho são mais obtusas, mas será também o país europeu com o patronato mais analfabeto, bronco, estúpido e desactualizado. A precariedade do trabalho tornou-se selvagem, mas há instalados nas empresas, colados com goma eterna, que por muito incompetentes, malandros e calaceiros nunca poderão ser despedidos. Os sindicatos estão divididos, mas o desemprego aumenta e as novas gerações não conseguem um modo de vida que seja justo com as suas habilitações, desejos e competências. Portugal tem um governo de esquerda que bombardeou o Estado social, acabou com direitos adquiridos, aniquilou princípios básicos da solidariedade social. A contestação a isto tem sido quase zero. Fecharam-se maternidades, hospitais, escolas, cortaram-se nos apoios ao ensino especial, cortaram-se nos subsídios a medicamentos fundamentais, cortou-se na saúde. O povo calou. A despesa do Estado aumentou, às escondidas as benesses não pararam de aumentar para os agentes do poder. A Câmara de Lisboa está falida, mas só o vereador da cultura tem 40 assessores. A saúde é ineficaz mas a grande fatia da despesa vai para salários. O ensino está uma desgraça mas a maior despesa vai para salários. São postos na rua professores credenciados e há uma maioria de professores que nem para varrerem as ruas teriam aptidão. A apatia dos portugueses permite uma governação populista, telegénica. Sócrates é o manequim da Rua dos Fanqueiros, versão "Boss", que de pose em pose, convence povo, elites e jornalistas que é o maior primeiro-ministro de sempre. Falam mesmo da sua coragem e os jornalistas até perdoam o escândalo de lhes ter sido roubada a sua caixa, criada por Salazar e que tinha uma folgada finança. Não sei qual é o significado deste 1º de Maio num país demitido como este. Na verdade os trabalhadores amansaram, o tempo da ferrugem acabou, resta a geração dos 500 euros e os velhos que vão bulir arrastando o cadáver até aos 65 anos. Transformámos o país num bidé da Europa, em nome da esquerda, do deficit, da sobrevivência do Estado Social. A seguir vem a sobrevivência do planeta e os governos já descobriram a nova galinha dos impostos de ouro: o ambiente. Tudo vai ser taxado com essa desculpa: carros, energia, água, casas. E depois o fascismo puro. Na lógica da licença de isqueiro vamos ter a lógica da multa ao cigarro, a mesquinhez que confunde respeito pelos outros com repressão pura e simples. Mas o povo gosta. E quando voltarem a votar ainda votam no pobre Sócrates, o espertalhaço que um dia conseguiu um curso de engenheiro na Farinha Amparo.»
Texto publicado em 1 de Maio de 2007, por Luiz Carvalho, no seu blog

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Estamos todos condenados ao Doutoramento...

No "Diário de Notícias" de ontem lia-se:
«Há dois anos, poucos poderiam supor, a começar por ela própria, que Nazaré da Cunha, 58 anos, administrativa da Câmara Municipal de Lisboa, com habilitação equivalente ao antigo ciclo preparatório, estaria hoje a frequentar o ensino superior. Mas é verdade. Por um conjunto de coincidências, e também pelo destino que - apesar de difícil - sempre a conduziu pelos caminhos da aprendizagem e do gosto pelo saber. Uma das coincidências no percurso de Nazaré tem um nome e chama-se "Novas Oportunidades", a iniciativa do Ministério do Trabalho que permite reconhecer, validar e certificar as competências adquiridas pela experiência e complementá-las com formação adicional até à obtenção do 9.º e do 12.º ano de escolaridade. Nascida numa aldeia beirã e no seio de uma família humilde, Nazaré interrompeu os estudos na 4.º classe, para ir trabalhar e ajudar a criar as irmãs. Muitos anos volvidos, 24 dos quais na CML, Nazaré viu cair-lhe no colo a oportunidade por que sempre esperou. "Foi uma feliz coincidência, porque se isto tivesse calhado noutra altura, com quatro filhos por criar, não sei." Em Maio de 2005 Nazaré fez a prova de selecção para o reconhecimento e validação de competências e em Novembro já tinha a equivalência ao 9.º ano. Mas esta funcionária, que escreve poesia, não ficou por aqui: inscreveu-se num curso de aprofundamento da língua portuguesa e em 2006, via exame ad hoc, ingressou na Universidade Lusófona, no curso de História. "Sinto uma paixão por aprender e, quando me licenciar, espero pedir uma reclassificação de funções e ir para uma biblioteca ou museu."»
Ou seja, em Maio de 2005 (há 2 anos, portanto), a Dona Nazaré tinha como habilitações literárias, o equivalente ao 6º ano. Seis meses depois (em Novembro de 2005) já tinha completado o 9º ano. No início do Verão de 2006 (de novo, passados 6 meses) completou o 12º ano. E em Setembro começou a frequentar a Universidade (Lusófona, obviamente). Isto sim, é "Simplex". Por esta altura já deve estar a dar entrada na Câmara Municipal de Lisboa, o Certificado de Habilitações que comprova a Licenciatura em História (e que história...) da Dona Nazaré da Cunha. Licenciatura?! Perdão, Mestrado, que a notícia já é de ontem!
Apache, Maio de 2007

terça-feira, 1 de maio de 2007

Ainda o Antárctico...

O Antárctico é um continente coberto de gelo, rodeado por um oceano com o mesmo nome. Todos os Outonos, protegido pela longa noite polar, o gelo continental avança sobre o mar, atingindo no final do Inverno uma área que em Setembro de 2006 atingiu os 16 milhões de quilómetros quadrados. Com a chegada da Primavera e consequentemente da luz solar, que brilha ininterruptamente até ao final do Verão, o gelo marítimo derrete quase por completo. O gráfico da figura acima (resultante das observações de satélite da NASA) representa a variação anual dessa área de gelo (marítimo) nos últimos 28 anos, correspondendo os picos, aos máximos e mínimos de cada ano. No seu documentário "Verdade Inconveniente", Al Gore referiu que o aquecimento global estava a traduzir-se numa redução dos gelos do Antárctico. Qual redução? Ou eu ando a ver mal, ou há pessoas com uma imaginação muito fértil.
Apache, Maio de 2007

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Notícias do dia...

Em entrevista à RTP 1, Pina Moura refutou a ideia de que o convite que recebeu para presidir à Media Capital, empresa que controla a TVI, tivesse conotações partidárias, afirmando que foi escolhido "por razões de reputação profissional". A curiosidade está no facto de ter conseguido dizer isto sem se rir.
A tribo Qahtani da Arábia Saudita organizou uma competição para escolher "Os Mais Belos Camelos" da região. No concurso serão privilegiadas características como, as pernas longas, os olhos grandes, ou os corpos curvilíneos. Em jeito de brincadeira, o moderador do "site" que publicita o evento disse que "No Líbano têm a Miss Líbano. Nós aqui temos a Miss Camelo." Nós também, mas para não a melindrar chamamos-lhe "Engenheiro".
Apache, Abril de 2007

domingo, 22 de abril de 2007

Ota(rio)...

A verde na foto, o limite do futuro aeroporto internacinal de Lisboa, na Ota. A vermelho, o local de construção das duas pistas.
Segundo “O Sol”, o Governo prepara-se para substituir os dirigentes da NAV (a empresa que gere o tráfego aéreo nacional). Serão substituídos todos os responsáveis pela supervisão do estudo que alertou para os problemas do espaço aéreo na Ota. Parece assim manter-se a máxima, “Quem se mete com o PS, leva…”
Apache, Abril de 2007

sábado, 21 de abril de 2007

Entre a A.R. e a UNI...

"O Sol" notícia hoje que o Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama informou que foi encerrado o inquérito que pretendia averiguar o porquê da existência de duas fichas biográficas contraditórias do deputado José Sócrates Pinto de Sousa. Nada se conseguiu apurar porque o original da(s) ficha(s) biográfica(s) foi(foram) destruído(s), tendo ficado apenas os duplicados. Destruíram os originais e guardaram os duplicados? Os do Sr. Sousa, ou os de todos os deputados? Quantos mais deputados têm duplicados de fichas biográficas contraditórias? Ao abrigo do disposto no nº 2 do artigo 268º da Constituição da República Portuguesa e do artigo 1º da Lei nº 65/93 de 23 de Agosto (LADA) publiquem-se de imediato todas as fichas biográficas (ou os duplicados delas) de todos os deputados. Se o não fizerem, assumem publicamente que a Assembleia da República não funciona melhor que a secretaria da UNI. O facto de fazerem de nós estúpidos, não nos obriga a sê-lo.
Apache, Abril de 2007

quinta-feira, 19 de abril de 2007

A bomba prometida...

A Uni anunciou para ontem e adiou para hoje uma conferência de imprensa onde inicialmente prometeu declarações bombásticas sobre o polémico processo de “licenciatura” do “Seu” Zé. Veio depois a público dar o dito por não dito e dizer que as declarações nada tinham de bombástico. Pouco depois contradisse-se novamente, afirmando que as declarações bombásticas nada tinham a ver com a “licenciatura” do PM. Afinal, realizada a conferência de imprensa, constatou-se que não havia bomba, apenas uma silenciosa flatulência de odor intenso e desagradável que aromatizou uma série apreciável de bilhetinhos dirigidos à pessoa do “menino” Gagá. A saber: A certa altura, Lúcio Pimentel afirmou que a prova de Inglês técnico era a única que estava no processo, mas que não devia lá estar, porque as provas estão no arquivo. À pergunta – Quantas? Respondeu que de momento não tinha dados; Afirmou que a data de conclusão da “licenciatura” era 8 de Setembro de 1996, contrariando assim a data de 8 de Agosto avançada há dias pelo gabinete do Sr. Sousa; Referiu-se várias vezes ao facto de o aluno ter realizado lá 4 cadeiras, numa delas foi “assustadoramente” taxativo – “Eu contei 4!” Emendou sempre (posteriormente) para 5; Afirmou ainda que o “Seu” Zé ficou isento do pagamento de propinas, contrariando as afirmações do dito na RTP que disse ter na sua posse os recibos comprovativos do pagamento das mesmas; Terminou, dizendo que “que não serão prestados mais esclarecimentos sobre este caso até à decisão final do ministro, sobre o processo de encerramento compulsivo da universidade”. Quanto às trapalhadas do “caso”, parecem reproduzir-se como cogumelos, resumam-se as “novidades” mais importantes dos últimos dias… O Sr. Sousa viu o seu rol de mentiras expandir-se: Afirmou na entrevista à RTP que possuía os recibos do pagamento das propinas, afinal ficou isento do pagamento; Disse ter escolhido a UNI por lhe conferir o grau de licenciatura, mas o CESE que frequentava no ISEL conferia o mesmo Grau. Além disso, mudou por ficava perto do ISEL. Porém à data da transferência, as instalações da UNI não eram as actuais, na AV. Marechal Gomes da Costa, mas na Rua Fernando Palha, a cerca de 4 quilómetros de distância do Instituto. Mas a UNI não se deixou ficar para trás e também ela inflacionou a sua lista de trapalhadas e contradições: Os documentos referentes ao Sr. Sousa estão em cofre fechado. Mas uma cópia da prova de inglês técnico foi publicada nos jornais e a assessora garantiu que não foi a universidade a fornecê-la; A "pauta" da disciplina de inglês técnico não tem data; Foi anunciado que o “Seu” Zé não era o único aluno daquelas disciplinas, que havia colegas de curso, mas as "pautas" das 5 disciplinas provam o contrário. E como eu gosto muito de fazer perguntas, talvez (de)formação profissional, não podia terminar este “post” sem uma questão, de resposta rápida, dirigida ao Sr. PGR… O Certificado que o Sr. Sousa entregou na Câmara Municipal da Covilhã, contém vários dados falsos. Os “alegados” documentos que comprovam o pagamento de propinas por parte do Sr. Sousa, se existirem, como o próprio afirma, são falsos. Foi usado o carro e o motorista da Secretaria de Estado para conduzir o aluno às aulas. Foi usado papel timbrado do gabinete da Secretaria de Estado para a realização de uma “prova escrita” por parte do Sr. Sousa. E quanto a matéria para investigação, há ou não?
Apache, Abril de 2007

sábado, 14 de abril de 2007

As trapalhadas do "Seu" Zé

Não restam dúvidas de que o Sr. Sousa voltou a mentir aos portugueses. Na entrevista concedida à RTP na passada 4ª feira, à pergunta sobre quem lhe havia leccionado a disciplina de Inglês Técnico respondeu que tinha sido o Reitor Luís Arouca. Acontece que Luís Arouca não era o Reitor da UNI nessa data. Quem ocupava o cargo era o Professor Ernesto Costa, que o exerceu desde a fundação da Universidade até Junho de 1996. Aliás, quando em 1995 o Sr. Sousa pediu equivalência a 25 cadeiras, em requerimento dirigido ao reitor e sem a apresentação de qualquer certificado comprovativo da realização das mesmas (apenas obtido em Julho de 1996), quem lhe responde, dando equivalência a 26 cadeiras é Luís Arouca. Afirmou também que a data de conclusão da licenciatura era 8/9/96, mas no certificado agora encontrado na Câmara da Covilhã aparece como data de conclusão 8/8/96. Afirmou também que frequentou o ensino superior durante 6 anos e meio, mas esteve matriculado 4 anos no ISEC, 1 no ISEL, 1 na UNI e... 6 meses para realizar um MBA em gestão no ISCTE? Então e os anos na Lusíada, entre 87 e 92? Afirmou também que para obter a (alegada) licenciatura, realizou 55 cadeiras. Só encontro 43 nos certificados. Mais um Engenheiro que não sabe fazer contas...
Com os dados agora disponíveis várias questões (pertinentes) se colocam... Que cargo ocupava na UNI o Sr. Luís Arouca que justificasse ser ele a responder em 1995 a um pedido de equivalências de um aluno, dirigido ao reitor? Haveria documento a certificar a delegação? Segundo afirma o Sr. Sousa, a UNI aceitou a sua frequência desde finais de 95 até Julho de 96 sem que ele tenha apresentado qualquer certificado de habilitações. Se o aluno pediu equivalências a 25 disciplinas e foram-lhe concedidas equivalências a 26 (24 na versão da Covilhã), como é que a UNI soube que o aluno tinha realizado a outra disciplina? Que certificado de habilitações comprovando a conclusão do ensino secundário, possui o Sr. Sousa que lhe permite frequentar cursos de engenharia e de direito, áreas que exigem a realização de diferentes disciplinas específicas? Que certificado de habilitações (ou profissional) apresentou o Sr. Sousa aquando da inscrição no MBA do ICTE, pois a frequência desse curso exigia a licenciatura na área de gestão ou elevada experiência profissional na mesma? Quem falsificou a data do certificado de conclusão da licenciatura apresentado na Câmara Municipal da Covilhã, para requalificação profissional, datado de 26 de Agosto de 96, em papel timbrado da UNI com um código postal da universidade, composto por 7 algarismos, que só começou a ser usado em 9/10/98 e um número de telefone do estabelecimento de ensino, com o indicativo 2 (rede fixa) que só entrou em uso a 31/10/99? Em que data foi efectivamente requalificado profissionalmente o Sr. Sousa, tendo em conta que o certificado apresentado, que além de diferir na data de conclusão da licenciatura, no número de cadeiras realizadas na Uni, sete, contra cinco na versão confirmada pelo Sr. Sousa na RTP, na nota de seis cadeiras, (além de uma delas ser anual na versão da Covilhã e semestral na versão de “Lisboa”) não poderia ter sido emitido antes de 2 de Novembro de 1999?
Já agora, três perguntinhas para a UNI... Por que motivo foi “escolhido” o Sr. Luís Arouca para leccionar a cadeira de Inglês técnico? É que não era (nem nunca foi) o responsável pela disciplina, não era o reitor e não tinha habilitações académicas para o fazer. Porque aceitaram a inscrição do SR. Sousa muito para lá do prazo legal par tal? Há alguma afirmação verdadeira no currículo do Sr. Luís Arouca? É que falsas, posso demonstrar que há várias.
Apache, Abril de 2007

segunda-feira, 9 de abril de 2007

O túmulo perdido

A SIC noticiou hoje que vai exibir no próximo domingo, dia 15, depois do Jornal da Noite, o “documentário” de James Cameron que reivindica a descoberta em Jerusalém, do túmulo da família de Jesus Cristo. No túmulo "encontravam-se" as ossadas de Jesus, de Maria Madalena (a “mulher”) e de Judas (o “filho” do casal). Os descobertos datam de 1980 mas só agora foram identificados como pertencentes à família de Cristo. Vinte sete anos depois… Deve ter sido um trabalho árduo…
Não é a primeira vez que se fazem referências a alegadas relações passionais entre Jesus e Maria Madalena, já se ganhou muito dinheiro com isso. No entanto, como essa virtualidade parece não abalar a fé cristã (pelo menos a minha) surgem agora uns charlatães a evocar a sua ciência pútrida para “demonstrar” que os ossos encontrados pertencem à “família” de Cristo. A hipocrisia dos autores é tal, que dizem não questionar a ressurreição, apenas, que Cristo, ou não subiu ao céu, ou deixou por cá o corpo. É curioso que se sugira a falsificação da Bíblia e de dezenas de outros documentos da época que relatam os dias terrenos de Cristo após a ressurreição, mas se seja suficientemente cínico para que com uma “teoria” destas, se admita possível, crer nessa ressurreição. Atendamos que os impostores que se intitulam cientistas sejam os mesmos que defendem o “aquecimento global” antropogénico ou a queda do WTC devido aos incêndios, caso contrário, a velocidade de propagação da demência apresenta-se-nos preocupante. Esperemos para ver e sorrir…
Apache, Abril de 2007

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A nova monarquia

Este país parece-se cada vez mais com uma monarquia… A corte está a transbordar de bobos, a diferença é que até 1910 não eram eles que governavam.
Apache, Abril de 2007

terça-feira, 3 de abril de 2007

Mais Saúde?

O ministro que tutela o sector anunciou anteontem, em entrevista ao programa “Mais Saúde” da RTP-N que os hipermercados vão poder comercializar medicamentos com receita médica, no entanto, se os consumidores optarem pela aquisição dos fármacos nestes espaços, deixarão de beneficiar da comparticipação do estado, tendo por isso de pagar a totalidade do preço. Totó Cacá diz que esta vai passar a ser uma questão de opção, se o consumidor “quer a comparticipação, vai à farmácia, se quer proximidade, vai à loja”. O Sr. ministro aproveitou também a ocasião para anunciar a indexação à inflação das taxas moderadoras. Mais miminhos do Cacá para os portugueses...
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Entretanto hoje, em declarações à Lusa, fonte não identificada do Ministério da Saúde disse que o Sr. Ministro não disse o que disse. Parece ter havido um mal entendido, afinal, os medicamentos que estão sujeitos a receita médica não vão ser vendidos nos hipermercados, o que vai ser vendido nos hipermercados são os medicamentos que não têm receita médica mas são prescritos pelo médico numa receita médica. Estes não terão comparticipação do estado, porque os medicamentos não sujeitos a receita médica não são comparticipados, no entanto, se forem adquiridos numa farmácia serão comparticipados, pois foram prescritos em receita médica. Se alguém estiver confuso, peça explicações ao Ministério da Saúde. P.S. Com ou sem receita médica, por favor, não lhes prescrevam as gotas, já ninguém espera que eles nos governem, apenas que nos divirtam!
Apache, Abril de 2007

sexta-feira, 30 de março de 2007

Confissões...

Há dias a comunicação social afirmava que Khalid Sheikh Mohammed, o alegado cérebro do 11 de Setembro, havia confessado a autoria do mesmo. “Fui responsável pela operação de 11 de Setembro de A a Z. Eu era o director de operações de Usama Bin Laden para a organização, planificação, acompanhamento e execução dos atentados" afirmou. Khalid foi detido no Paquistão, em Março de 2003 e transferido para Guantánamo no ano passado. O prisioneiro confessou ser responsável por 31 operações da Al-Qaeda, entre as quais se contam as tentativas de assassinato de Bill Clinton, Jimmy Carter e João Paulo II. Confessou também ter planeado o atentado com um carro armadilhado contra o Word Trade Center, em 1993 e o atentado de Bali em 2002. Reconheceu ainda que, depois do 11 de Setembro, planeou atentados contra a Library Tower em Los Angeles, a Torre Sears em Chicago, o Empire State Building em Nova Iorque e o Plaza Bank em Washington. Confessou ainda que, também planeava a destruição do canal do Panamá, do porto de Singapura, e de barcos e petroleiros norte-americanos nos estreitos de Ormuz e Gibraltar. Ao ler isto pensei: - Mais uns meses em Guantánamo e o “artista” confessa que é o responsável pela gripe das aves e pelo aquecimento global… Ah… Mas como não há bela sem senão, esta confissão tem um pequeno detalhe por explicar… Como é que Khalid Sheikh Mohammed pode ter planeado um ataque contra o Plaza Bank se não sabe da sua existência? O edifício foi inaugurado em 2006 e Khalid está preso desde 2003 sem quaisquer contactos com o exterior.
Apache, Março de 2007

sábado, 24 de março de 2007

O homem de Maçada, ou a maçada do homem...

Raramente referencio textos publicados noutros blogues, mas toda a regra admite excepção, ou talvez não, se considerarmos que esta também é uma regra, logo susceptível a excepções. Mas, porque o assunto, que se arrasta há muitos meses na “blogosfera” está, cada vez mais na ordem do dia, porque o autor do texto está a desenvolver uma investigação pessoal dedicada e honesta, cingindo-se aos factos e fugindo à tentação das opiniões pessoais, porque a sua escrita é simples e fluida, porque tenho acompanhado com particular curiosidade o desenrolar da “novela”, não posso deixar de recomendar a leitura do blogue “Do Portugal Profundo”, onde as últimas publicações têm sido dedicadas à sombra que paira sobre as habilitações académicas do Sr. José Sousa.
(Para aceder ao blogue, cliquem na imagem abaixo)Apache, Março de 2007

sábado, 17 de março de 2007

"Referendaram-no", agora aturem-no...

O governo apresentou recentemente o anteprojecto da primeira lei de política criminal, que vigorará entre Setembro de 2007 e 2009, entre outras aberrações, a proposta prevê como alternativa à prisão “a aplicação da suspensão provisória do processo” no caso de abortos praticados após as dez semanas. Ou seja, despenaliza-se o aborto, quando praticado nas dez primeiras semanas e suspende-se qualquer tentativa de penalização quando este se praticar nos nove primeiros meses. Apetece-me citar Alberto João Jardim: “– O aborto? Está a governar muito mal!”
Apache, Março de 2007