quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A metade que convém..

Uma notícia do “Público” do passado dia 5 de Setembro (destacada pela comentadora, Sulista, no “post” abaixo) alerta-nos (uma vez mais) para a redução da área de gelo do Árctico, nos seguintes termos: “A superfície gelada no mar do Árctico atingiu este mês um novo recorde mínimo, com apenas 4,42 milhões de quilómetros quadrados, revela o National Snow and Ice Data Center da Universidade do Colorado, em Denver.”
(Podem continuar a ler a notícia, aqui.)
De facto, como eu já tinha destacado em publicações anteriores, a área total de gelo do Árctico, está a diminuir consideravelmente (se bem que não uniformemente) desde que se registam observações de satélite (1979). No passado dia 16 de Setembro, esse gelo, atingiu o valor mínimo até hoje registado, cobrindo uma área de 2,92 milhões de quilómetros quadrados (*).
A notícia do “Público”, peca no entanto por, ao não referir o recorde (máximo) de gelo no extremo oposto da Terra (Antárctico), dar a ideia de que o gelo total do planeta está a diminuir, o que não corresponde à verdade.
De facto, neste Inverno do Hemisfério Sul, assistiu-se uma vez mais a um aumento da área e do volume de gelo que envolve o Pólo Sul terrestre, sendo que, no dia 1 de Outubro (passado), atingiu-se no Antárctico um recorde máximo de área de gelo marítimo, desde que se registam observações de satélite, tendo este, chegado aos 16,17 milhões de quilómetros quadrados (*). Recordo, uma vez mais que a quantidade total de gelo do planeta se distribui da seguinte forma: Antárctico, mais de 85%; Gronelândia, quase 10%; Árctico, cerca de 4% e cumes gelados das montanhas, menos de 1%. Nos últimos 28 anos, apenas os dois últimos viram a sua quantidade de gelo diminuir, tendo nos outros dois, aumentado significativamente.
A quantidade total de gelo no planeta tem vindo a aumentar nas últimas décadas, o que (conjuntamente com outros factos) leva alguns cientistas a especular se não estaremos a entrar numa nova idade do gelo. Não há, no entanto, suficiente prova científica que permita tirar tal conclusão.
(*) Dados do National Centre of Environmental Predition, organismo pertencente à National Oceanic and Atmosferic Administration, publicados pelo Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de Illinois.
Apache, Outubro de 2007

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Alguém me empresta o catálogo dos furacões, se faz favor

A propósito da tecnologia de controlo climático, a que fiz referência num comentário a uma antiga publicação, vale a pena ler as notícia abaixo, já com (quase) 10 anos.
The Wall Street Journal, Quinta-feira, 13 de Novembro de 1997
A Malásia combaterá a poluição com ciclones
Kuala Lumpur - A guerra da Malásia contra a poluição do ar está prestes a sofrer um novo rumo. O governo quer criar ciclones artificiais para varrer a nuvem de fumo que tem afectado a Malásia desde o passado mês de Julho. “Usaremos uma tecnologia especial para criar um ciclone artificial que limpe o ar”, disse Datuk Law Hieng Ding, Ministro da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. O plano consiste em usar a nova tecnologia russa para criar ciclones - as tempestades gigantes também conhecidas como furacões - para causar chuvas torrenciais, que lavem o fumo e a poeira do ar. “Aprovei o plano, conjuntamente com o Ministro das Finanças”, disse Datuk Law. Uma empresa malaia, a BioCure Sdn Bhd, assinará em breve um memorando de entendimento com representantes da empresa estatal russa, para produzir o ciclone.
Datuk Law recusou-se a revelar a dimensão do ciclone a ser produzido, bem como a forma como o será. “Dos detalhes eu não disponho”, afirmou. Infirmou, no entanto, que o ciclone produzido será “bastante forte”. Datuk Law também se recusou a revelar o custo da iniciativa, mas disse que, de acordo com o combinado “a Malásia não terá de pagar o projecto, se este não funcionar”.
Chen May Yee, correspondente do The Wall Street Journal
BBC World Service, Quinta-feira, 13 de Novembro de 1997
Malásia experimenta a chuva artificial para combater as nuvens de fumo
Numa tentativa de limpar a poluição que cobre partes do sudoeste asiático, há alguns meses, a Malásia vai tentar criar chuva artificial, usando tecnologia russa.
O equipamento russo ainda está em fase de testes, mas as autoridades malaias afirmam que é capaz de criar ventos fortes que produzirão nuvens e abundante queda de chuva. Dizem estar confiantes que o ciclone artificial não provocará danos materiais, nem ambientais.
A Rússia concordou disponibilizar o equipamento, na condição de só ser pago o serviço, se a chuva efectivamente chegar.
Publicado às 20:21 GMT
BBC World Service, Quarta-feira, 19 de Novembro de 1997
Aeroportos indonésios abrem após limpeza do ar
Fonte oficial Indonésia disse que todos os aeroportos do arquipélago estão abertos, pela primeira vez, ao fim de quatro meses, porque a forte chuva que se fez sentir dispersou o pó que cobria vários locais do país.
Informou também que a chuva pôs fim aos incêndios que lavravam nas ilhas de Bornéu e Sumatra, responsáveis pelas nuvens de fumo.
Os fogos começaram quando os agricultores iniciaram a limpeza das terras para as plantações, tornaram-se incontroláveis e lançaram uma tal quantidade de fumo que este cobriu vastas áreas do sudeste asiático, ameaçando seriamente o ambiente e a saúde das populações.
As autoridades de Singapura afirmaram-se esperançadas em que também no seu país o ar seja limpo.
Publicado às 11:58 GMT
BBC World Service, Quarta-feira, 19 de Novembro de 1997
O ar está limpo em todo o sudoeste asiático
O ar está limpo, mas para o ano, tudo se poderá repetir.
Começou a chuva das monções no sudoeste asiático, e caiu com tal intensidade que dispersou por completo a nuvem de fumo que cobriu a região nos últimos quatro meses.
Todos os aeroportos da Indonésia estão agora abertos, pela primeira vez em várias semanas e o céu de Singapura está de novo azul.
As imagens de satélite da área, mostra que todos os fogos da floresta indonésia das ilhas de Bornéu e Sumatra, responsáveis por grande parte do fumo, estão completamente extintos.
Os fogos, iniciados aquando da limpeza das terras para cultivo, criaram tal poluição que dezenas de milhar de pessoas adoeceram, além de terem causado sérios danos ambientais e ao turismo.
Mas na Indonésia teme-se que tudo se repita no próximo ano, se o governo não proibir o uso dos fogos na limpeza das terras.
Publicado às 19:46 GMT
Bom, as duas últimas notícias não confirmam o uso do equipamento referenciado nas duas primeiras, no entanto, ou se tratou de uma coincidência, ou a violenta chuvada que se abateu quase simultaneamente em todo o sudeste asiático na noite do dia 18 e madrugada do dia 19 de Novembro de 1997, foi mesmo obra da tecnologia, que ao contrário do que se diz nas notícias apresentadas, parece ter estado disponível vários anos antes.
Apache, Outubro de 2007

sábado, 13 de outubro de 2007

Prémio Nobel da Paz?

O Nobel da Paz, deste ano (2007), foi dividido entre O IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas) da ONU e Al Gore.
Quanto ao IPCC, resta saber se a intenção do Comité Nobel é atribuir o prémio às pessoas que actualmente nele trabalham, onde se incluem cientistas ao serviço de várias empresas multinacionais, políticos e fazedores de opinião, ou se se deverão considerar também galardoados, as largas dezenas de cientistas que nos últimos anos se demitiram do organismo, por se recusarem a pactuar com o logro científico que constitui a propaganda em torno da responsabilidade das emissões humanas de dióxido de carbono, nas alterações climáticas.
Quanto a Albert Gore Júnior, foi de 20 de Janeiro de 1993 até 20 de Janeiro de 2001, Vice-presidente dos Estados Unidos, ou seja, a segunda figura hierarquicamente mais elevada, da administração americana, presidida durante este período, por Bill Clinton.
No currículo político de Al Gore, constam inevitavelmente todos os crimes cometidos pela administração de Clinton, nomeadamente: os bombardeamentos efectuados pelos Estados Unidos e alguns dos seus aliados, a diversos países; o apoio económico e militar aos terroristas da Bósnia, do Kosovo e da Chechénia, através da Al Qaeda; a violação de várias resoluções da ONU; a utilização de armamento proibido pelas convenções internacionais; a prática de tortura e o ataque militar intencional a alvos civis.
A ordem cronológica dos acontecimentos mais marcantes da governação do pacifista, humanitário e ambientalista...
Iraque, de 1993 a 2001 – A 26 de Junho de 1993 (5 meses depois da tomada de posse de Clinton e Gore), os EUA bombardearam Bagdad com mísseis Tomahawk, enquanto ofereciam avultadas somas de dinheiro ao partido de Iyad Allawi (Acordo Nacional Iraquiano) formado com desertores do regime de Saddam, para o desestabilizar com ataques terroristas, como anunciou o “Independent”, de Londres, a 26 Março 1996. Além disso, mantiveram o embargo que incluía bens de primeira necessidade e medicamentos, e que custaria a vida a mais de um milhão e meio de iraquianos, na sua maioria crianças.
Somália, 1993 - Sob da capa da ajuda humanitária, as forças do general Mohamed Aidid (que se opunha à entrada de tropas americanas no país) foram bombardeadas. Várias organizações independentes afirmaram terem provas do uso, por parte dos EUA, de munições de urânio empobrecido.
Bósnia (à época, República Federativa da Jugoslávia), de 1993 a 1995 – Os EUA estabeleceram uma zona de exclusão aérea; fabricaram a “diabolização” dos sérvios e em simultâneo, fomentaram a guerra civil, com a ajuda financeira, armas e homens provenientes da Al Qaeda, a grupos fundamentalistas islâmicos, bósnios, violando o embargo imposto pelo Conselho de Segurança da ONU na venda de armas a qualquer grupo armado no conflito da Jugoslávia, através de uma rede instalada na Croácia; de acordo com várias notícias publicadas no “The Guardian” e com o relatório governamental holandês que levou a queda daquele executivo. Segundo o referido relatório, Ayman Al Zawahiri, o número dois de Osama Bin Laden (que no início dos anos 90 havia estado nos Estados Unidos, como agente dos US Special Command’s, para recolher dinheiro), chefiou as operações nos Balcãs, onde treinou, com a ajuda da CIA, alguns milhares de “jihad’s” que introduziu no exército bósnio (e na Chechénia, aquando da primeira guerra, em 1995), com vencimentos de 3 mil dólares mensais.
Haiti, 19 de Setembro, de 1994 - Uma força multinacional liderada pelos EUA recolocou no poder, o padre Jean Bertrand Aristides, que em 1991 haviam ajudado a derrubar, em troca de favores concedidos à administração americana. Quanto ao líder deposto, Emmanuel Constant, sobre o qual pesa a acusação do massacre de mais de 45 mil pessoas, recebeu asilo político do governo de Gore e uma reforma milionária, vivendo actualmente numa luxuosa mansão em Queens, Nova Iorque.
Cuba, 18 de Outubro de 1996 - Um avião norte-americano, larga sobre a província cubana de Matanzas uma praga de insectos “thrips palmi” que devoraram milho, pepinos e outros alimentos. Este acto de guerra biológica foi denunciado perante a Assembleia Geral da ONU e consta do documento A/52/128, datado de 29 Abril de 1997, daquele organismo.
Zaire, Libéria e Albânia, 1997 - Tropas (marines) dos EUA intervêm nestes países com missões ainda hoje, não totalmente explicadas.
Sudão, 1998 - É imposto um embargo económico, seguido de um bombardeamento de vários locais. Cerca de uma dezena de mísseis destroem por completo a única fábrica de medicamentos do país. Como consequência, milhares de sudaneses e somalis morreram de doenças endémicas.
Afeganistão, 1998 - Ataque com mísseis sobre antigos campos de treino da CIA utilizados por grupos fundamentalistas islâmicos, acusados pelos Estados Unidos de ataques a embaixadas, mas segundo consta, tratou-se de uma represália por não terem querido combater na Bósnia e na Chechénia.
Iraque, de 1998 a 1999 - Os EUA e a Grã-Bretanha realizaram 10 mil voos, lançando mais de mil bombas.
Jugoslávia, de 24 de Março, a 10 de Junho de 1999 - A NATO bombardeou, primeiro, o Kosovo e depois, o coração da Sérvia.
Tal como já havia acontecido na Bósnia, a CIA manipula a opinião publica, denegrindo a imagem dos sérvios e exacerbando o conflito ético, seguidamente, arma e financia os guerrilheiros kosovares do UCK, que constavam das listas americanas de grupos terroristas e que passam subitamente a aliados estratégicos.
Durante os bombardeamentos, foram lançadas 25 mil toneladas de explosivos, entre elas, bombas de fragmentação e bombas de elevado poder de penetração, enriquecidas com urânio e plutónio, ambas proibidas pelas leis internacionais.
O comandante das forças aéreas francesas da NATO, General Joffret, afirmou que, com o objectivo de forçar a população civil a derrubar Milosevic, evitando a todo o custo uma intervenção no terreno, que causaria pesadas baixas às forças da NATO, a força aérea “recebeu ordens para, se necessário, destruir a vida na Sérvia”. Segundo as suas declarações, nesta missão, foi aberto fogo sobre autocarros e comboios, e até transeuntes sobre pontes, foram aniquilados. Só em Belgrado, duas mil e quinhentas pessoas perderam a vida, cerca de 2200 eram civis, 800 delas crianças. Ficaram feridas mais de 10 mil, entre as quais se contam mais de 4 mil crianças.
Durante os bombardeamentos maciços de objectivos civis, foram atingidos bairros residenciais, pontes, estradas, caminhos-de-ferro, refinarias, instalações fabris de produtos químicos, electrodomésticos, automóveis e material electrónico, estações de rádio e de televisão, escolas, pavilhões gimno-desportivos, igrejas, mosteiros, monumentos e cemitérios. Nem a embaixada da China em Belgrado escapou ao terrorismo da NATO.
Com a agressão da NATO (sob o comando americano), além da lamentável ruína económica e tragédia ambiental, neste ataque contra a Jugoslávia, cometeu-se uma grave violação dos princípios fundamentais do Direito Internacional. Os EUA violaram os mandatos do Conselho de Segurança das Nações Unidas assim como a Acta da sua própria fundação.
O General G. Robertson, na sua carta de 7 de Fevereiro de 2000, confirmou que no Kosovo se utilizaram 31 mil cartuchos de munições contendo urânio, mais 4 mil no resto da Sérvia e que este tipo de armamento é considerado de “destruição maciça” pela Subcomissão para a Protecção e Promoção dos Direitos Humanos.
A guerra da Jugoslávia, fez 200 mil mortos e mais de um milhão de refugiados.
Em Março de 1999, dezenas de juristas de vários países incluindo dos EUA, apresentaram queixas no Tribunal Internacional de Haia, acusando, Javier Solana, Bill Clinton, Al Gore e os mais destacados comandantes da NATO, no terreno, de crimes de guerra e contra a humanidade, mas até agora, o tribunal limitou-se a processar e condenar os Sérvios.
Chechénia, 1999 – Tal como havia acontecido na primeira, nesta segunda guerra, vários combatentes da Al Qaeda, oriundos da Arábia Saudita, Turquia e Jordânia, treinados e financiados pela CIA, no Azerbaijão são infiltrados na República russa para combater ao lado dos rebeldes independentistas.
Timor Leste, 1999 - Os EUA ajudam militarmente o regime indonésio, apoiando assim, indirectamente os massacres perpetrados pelo exército ocupante sobre a população civil. A notícia é do “The Observer”, de 19 de Setembro de 1999.
Fora desta longa lista, ficaram propositadamente, por reduzida informação credível, a associação de Al Gore: à forçada introdução em alguns países do AZT, medicamento de combate à SIDA, que agrava significativamente o estado de saúde dos doentes; ao alegado tráfico de droga internacional, patrocinado há vários anos pela CIA; e à (alegada) preparação pela CIA e Mosad, em 2000, dos ataque do ano seguinte (11 de Setembro).
Com um currículo como o que resumi, e após a “criação” do Aquecimento Global, em sentido contrário às Leis da Física e da Química, era de prever a atribuição do Nobel numa daquelas áreas, ou mesmo em ambas, mas o Comité, prefere repetir a façanha de anos anteriores e premiar, uma vez mais, a chacina em nome da “Paz”.
Apache, Outubro de 2007

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Eles comem tudo…

No “Correio da Manhã” do passado dia 23 de Setembro, lia-se que, de acordo com as declarações de rendimentos disponíveis, os dois ex-ministros Pina Moura e António Vitorino, viram os seus vencimentos anuais dispararem brutalmente, após a renuncia aos mandatos de deputados.
No ano, imediatamente anterior à sua eleição como deputado, nas listas do PS, Pina Moura obteve um rendimento anual de 9 mil euros. Em 2003, depois de ter sido Ministro da Economia e das Finanças, do governo de António Guterres, ganhou 172 mil euros, 19 vezes mais.
Quanto a António Vitorino, em 1994, ano anterior à sua nomeação como Ministro da Presidência, também no governo de Guterres, auferiu cerca de 36 mil euros. Em 1999, após ter saído do executivo, o seu vencimento disparou para os 371 mil euros, 10 vezes mais.
Apache, Outubro de 2007

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Eles falam, falam…

Muita tinta escorreu, aquando da transladação dos restos mortais do escritor, Aquilino Ribeiro, para o Panteão Nacional.
Confesso que me estou “nas tintas” para o local onde são guardados os ossos da figurinha A ou do figurão B, não é pelo local onde repousam que sobem ou descem patamares na nossa memória colectiva.
No entanto, após tanta letra derramada, reconheço que continuo sem perceber qual o motivo desta suposta “promoção esquelética”: ter conspirado no regicídio de 1908, ser bombista, racista ou germanófilo?
Apache, Outubro de 2007

domingo, 7 de outubro de 2007

5 de Outubro

Na sequência das vitórias das tropas de D. Afonso I, sobre os exércitos de Fernão Peres de Trava e de Rodrigo Vela, na batalha de Cerneja, em 1136 e, do mesmo, no sangrento Torneio de Arcos de Valdevez, em 1140, onde saíram derrotados os cavaleiros de Leão; realizou-se em Outubro de 1143, em Zamora, sob o patrocínio do Arcebispo de Braga, D. João Peculiar, a Conferência de Paz, que ficaria conhecida pelo nome daquela (hoje) província espanhola.
É precisamente a 5 de Outubro de 1143, na presença do Cardeal Guido de Vico, que, D. Afonso VII, Rei de Leão e Castela e D. Afonso I (posteriormente conhecido por D. Afonso Henriques), assinam um tratado, onde o primeiro, reconhece a independência do Condado Portucalense (que passa a chamar-se Reino de Portugal) e D. Afonso Henriques, como seu (igual, e) legítimo Rei.
A independência de Portugal, viria a ser reconhecida pela “Santa Sé”, a 23 de Maio, de 1179, pela Bula “Manifestis Probatum”, do Papa Alexandre III.
Completaram-se anteontem, oficialmente, os 864 anos da Fundação da Nacionalidade.
Assim, a 5 de Outubro, enquanto o regime comemora a República, a nação (ou o que dela resta) comemora Portugal.
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Ciência versus propaganda

No passado mês de Fevereiro, foram distribuídas por cerca de 3 500 escolas inglesas, milhares de cópias do polémico DVD «Uma Verdade Inconveniente», que a Academia de Hollywood premiou com dois Óscares. O pacote contém (além do DVD), um CD produzido pelo Departamento de Ambiente Alimentação e Agricultura britânico e uma animação sobre o ciclo do carbono.
Aquando da distribuição do dito, pelas escolas, o Secretário de Estado do Ambiente havia afirmado que o debate sobre as Alterações Climáticas estava terminado, tendo chegado a hora de educar as gerações futuras para esta dura realidade, devendo o referido pacote multimédia ser exibido em todas as escolas do país a todas as crianças com mais de 11 anos.
Daí para cá, a polémica não tem parado, tendo alguns directores de estabelecimentos de ensino devolvido os pacotes enviados pelo ministério, por considerarem o seu conteúdo impróprio para exibição em aula.
Entretanto, indignado com o conteúdo do documentário apresentado por Al Gore, Stewart Dimmock, camionista, pai de dois jovens de 11 e 14 anos decidiu recorrer ao tribunal, pedindo que o vídeo seja banido das escolas, por ser inadequado à faixa etária a que se destina, devido ao excessivo sentimentalismo de algumas cenas e às graves incoerências científicas do discurso de Gore.
Logo no início do primeiro, dos três dias de audiências, o Sr. Dimmock afirmou: “Desejo que os meus filhos tenham a melhor educação que me seja possível oferecer-lhes, livre da imposição política de um rumo, e a película do Sr. Gore afasta-se irremediavelmente desse requisito. (…) Este pacote sobre alterações climáticas, distribuído pelas escolas, serve única e exclusivamente para que os novos polícias do pensamento doutrinem os nossos jovens.”
Já no último dia das audiências, concluiu: “com a exibição, em sala de aula, da propaganda de Gore, o governo promove uma autêntica lavagem cerebral aos adolescentes.”
Foram ouvidos durante as audiências, vários representantes dos mais variados ramos da ciência, bem como especialistas em Ciências da Educação e representantes dos ministérios envolvidos na polémica.
No final, o Juiz considerou legitima (por se enquadrar no direito à liberdade de expressão e opinião) a exibição do vídeo, mas impôs que antes ou imediatamente após o visionamento do mesmo, os alunos sejam alertados pelo professor, que este “promove apenas uma opinião política sobre o aquecimento global, não tendo eles que aceitar, necessariamente, os pontos de vista apresentados, pois a mensagem contém incoerências e exageros de informação, para os quais não existe quaisquer evidência científica.”
Comentando a decisão, o advogado do Sr. Dimmock, manifestou-se satisfeito, afirmando que ela “força o governo a dar uma volta de 180º”, mas considera que “ainda não se foi suficientemente longe, pois não há orientações dos professores que superem o facto de a película ser inadequada para o contexto de rigor de uma sala de aula.”
Quanto ao ministro, Kevin Brennan, não se mostrou surpreendido com a decisão, tendo afirmado que: “ a decisão do Juiz é clara, no sentido de, as escolas poderem continuar a usar «Uma Verdade Inconveniente» como parte de uma educação para as alterações climáticas, de acordo com as orientações do ministério, já disponíveis online.”
Posto isto, o jornal gratuito “Metro” destaca a vitória obtida pelo camionista, Dimmock, sobre a pseudo-ciência do advogado, Gore, enquanto a BBC se congratula com o sim claro dos tribunais à versão de Gore.
Nada de novo, aqui, debaixo do Sol…
Apache, Outubro de 2007

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Disse 150 000 empregos?

Segundo dados divulgados ontem (terça-feira) pelo Eurostat, Portugal é o país da União Europeia, onde a taxa de desemprego mais subiu, em Agosto de 2007, face ao mesmo mês do ano anterior.
Dos 27 países da União, 24 viram as suas taxas de desemprego diminuir em Agosto deste ano, por comparação com 2006. Apenas, Portugal, com um aumento de oito décimas, a Irlanda e o Luxemburgo, com uma subida de três décimas, contrariaram a tendência Europeia.
A actual (Agosto) taxa de desemprego, no nosso país, cifra-se em 8,3%, contra 7,5% em igual mês de 2006. A Irlanda e o Luxemburgo apresentam agora, 4,7% e 5%, respectivamente.
Nos restantes vinte quatro estados membros, o desemprego baixou, em período homólogo, tendo as maiores quedas, acontecido na Polónia (de 13,3 para 9,1%) e na Lituânia (de 5,8 para 4,1%).
Os países que apresentam as taxas mais baixas, são: a Dinamarca e a Holanda, ambas com 3,3%. Com taxas mais elevadas que Portugal, estão (apenas): a Eslováquia, com 11,1 e a Polónia, com os já referidos 9,1%.
Será que os 150 mil empregos prometidos fugiram Europa fora?
Apache, Outubro de 2007

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A voz do dono

No “Expresso” desta semana, Miguel Sousa Tavares (MST), atira-se, uma vez mais, aos professores, “personificando” o seu ataque à classe, na figura da Fenprof, como se fosse apenas esta organização sindical a única a denunciar o autismo da equipa governativa, cujas políticas de cariz popular visam sobretudo a destruição do pouco que ainda resta de qualidade no ensino em Portugal, descredibilizando, desprestigiando e denegrindo a imagem dos professores, que nos últimos 20 anos têm tentado por todos os meios ao seu alcance impedir a destruição do sistema público de ensino, enfrentando as vergonhosas políticas educativas impostas pelo conjunto de analfabetos funcionais que vêm povoando os corredores da 5 de Outubro.
MST, qual mabeco amestrado, late em sintonia com a voz do dono, sem saber do quê nem porquê, como facilmente se percebe pela falta de fundamentação das suas afirmações.
O “artista” desvaira assim…
“Saiu o regulamento para a classificação dos professores com vista à sua subida na carreira.” Não saiu, está em discussão com os representantes da classe.
“Desapareceu a enormidade da participação dos pais no processo (a menos que sejam os próprios professores a requere-la), evitou-se a discriminação de condições entre escolas boas e escolas «difíceis» e o que restou pareceu-me um sistema adequado e justo para premiar o mérito, a assiduidade e o esforço – certamente melhor do que nada.
Mas, claro, a Fenprof está contra – como sempre, sempre, está contra qualquer medida que exija resultados ao sistema e aos professores e que tente inverter a situação catastrófica em que tem vivido o ensino.” Pareceu-lhe justo? E pareceu-lhe, porquê? É que não parece a mais ninguém. Estou a exagerar, parece que há uma prima da Milú, um sobrinho do Jojó Calhau e uma afilhada do Lelé que concordam consigo, os outros 170 mil professores é que não.
Quanto à situação catastrófica do ensino, que tal dar uma olhadela pelos currículos: cargas horárias, número de disciplinas, conteúdos, orientações programáticas… E já agora, manuais escolares, qualidade das instalações e equipamentos escolares, número de alunos por turma, número de alunos por professor do ensino especial, tempo disponível para trabalho individual dos docentes…
“À Fenprof interessa apenas o que respeite ao bem estar dos professores, mesmo que à custa da perpetuação do subdesenvolvimento cultural do país.” Escreve-se “bem-estar”, com hífen. Não sei se sabe, mas as organizações sindicais foram criadas para defender os interesse dos trabalhadores, não os dos patrões, nem os dos clientes, esses têm organizações próprias.
“A Fenprof acha que um professor que falte deve ter os mesmos direitos que um que não falte; acha que um que obtenha melhores resultados não deve ser beneficiado relativamente a outro que se está nas tintas para os resultados dos alunos; acha que um sistema de classificação em que nem todos podem obter a classificação máxima está desvirtuado à partida; acha, em suma, que classificar professores em função do seu mérito e dos resultados obtidos é uma ofensa aos direitos adquiridos.” Estou convencido que você não é completamente estúpido, apenas imita muito bem.
Você acha que um professor que esteja doente, ou que tenha um familiar doente, a quem tenha de dar apoio, ou que falte para cumprimento de obrigações legais, por maternidade, paternidade, etc., tudo direitos consagrados na Lei, deve perder outros direitos. E quais? O de progredir na carreira, o de ser remunerado no final do mês, o direito ao emprego, ou a liberdade?
Fala dos resultados obtidos pelos professores mas quem obtém resultados (bons ou maus) são os alunos. Não conheço nenhum professor que goste do insucesso dos seus alunos, mas se estes não fizerem o seu papel, não há docentes que os salvem.
Não é a Fenprof que acha, são os professores que acham “que um sistema de classificação em que nem todos podem obter a classificação máxima está desvirtuado à partida”. Como reagiriam os meus alunos, se amanhã chegasse a aula e os informasse que apenas 5% deles poderiam obter 19 ou mais, que apenas 20% poderiam obter 17 ou 18 (independentemente do mérito de cada um) e que só passariam os que obtivessem nota superior a 14, numa classificação onde predominam critérios profundamente subjectivos e onde o avaliador tem tantas ou menos competências que os avaliados?
Quanto à conclusão que tira é, demagoga, falaciosa e infundada. Nunca ouviu nenhum dirigente sindical, ou professor, recusar-se a ser avaliado pelo mérito.
Quando não sabe do assunto, o inteligente fica calado, o esperto verborreia.
P.S. Não sou, nem nunca fui filiado em qualquer organização sindical.
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Quem lucra com o "Aquecimento Global"?

Quando se fala de “Aquecimento Global” há, quase inevitavelmente, uma tendência para a bipolarização: os que querem salvar o planeta pensando nas gerações futuras, e os que só se preocupam com o seu umbigo e com o dia-a-dia; os protectores da natureza, e os poluidores inveterados; os verdes e os cinzentos; os Democratas, e os Republicanos; os do Governo, e os da oposição; os cientistas, e os ignorantes. Não sou um adepto da simplificação do real, ao ponto da bipolarização pura e simples, se o fosse, diria que os dois lados em conflito, nesta questão, são: as grandes multinacionais, que se preparam para facturar milhões com o negócio, e o imenso Zé-povinho anónimo que pagará com o esforço do seu trabalho, através dos impostos e da subida dos preços dos bens de consumo, o crescimento exponencial das fortunas de poucos.
Aqui fica uma (reduzida) lista das (principais) empresas que patrocinam o mito…
ABB, Air Products, Alcan, Alcoa, American Electric Power, American International Group, Bank of América, Baxter, Berkshire Partners, Boeing, Boston Scientific Corporation, BP, Califórnia Portland, Cascade Investments, Carbon Investments, Carlyle Group, Castle-Harlan, Caterpillar, Cement, CH2M Hill, ChevronTexaco, CitiGroup, Cogentrix, Conoco, Cummins, Daimler-Chrysler, Deere & Company, Detroit Edison, DTE Energy, Deutsche Telekom, Dow Chemical Company, Duke Energy, DuPont, Entergy, Environmental Defense, Exelon, FedEx, Florida Power and Light, Ford Motor, General Electric, General Motors, Generation Investments, Goldman Sachs, Georgia-Pacific, HP, Holcim, IBM, Intel, Interface, John Hancock Financial Services, Johnson & Johnson, Lehman Brothers, Lockeed Martin, Logen Corporation, Marsh, Morgan Stanley, Northeast Biofuels, Novartis, NRG Energy, Occidental Petroleum, Ontario Power Generation, Pechiney, Pacific Gas and Electricity, Pepsi, PHH Arval, PNM Resources, Rio Tinto, Rohm and Haas, Royal Dutch Shell, SC Johnson, Siemens, Sun Edison, Sunoco, Toyota, TransAlta, United Tecnologies, Wal-Mart, Weyerhaeuser, Whirlpool, Wiscosin Energy, Xerox.
Apache, Setembro de 2007

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Fugiu-lhe a língua…

Em entrevista concedida à NPR (National Public Radio), no passado dia 30 de Maio, comentando o alegado “Aquecimento Global”, o Administrador da NASA, Michael Griffin apesar de reconhecer que a temperatura média da Terra subiu cerca de um grau Fahrenheit no último século, afirmou: “Não tenho a certeza, se é justo dizer que [o aquecimento global] é um problema que temos de enfrentar, no futuro.”
A NASA foi durante algum tempo, um dos organismos mais reticentes em aderir à moda do “Global Warming”, mas actualmente parece rendido aos milhões que o negócio promete. Teria sido esta, uma “primeira” pedrada no charco, ou pelo contrário, tratou-se apenas do canto do cisne?
Apache, Setembro de 2007

terça-feira, 25 de setembro de 2007

História sem fim

"Sou uma folha de Outono que cai lenta no chão… Sou um raio de sol a morrer no horizonte… Sou uma gota de sangue a escorrer na tua mão… Sou o som seco de uma água sem fonte…
Sou o ópio do sonho, o nevoeiro da cor… Sou o silêncio turvo do eclipse da vida… Sou a seiva da noite… sou o aroma da dor… Sou o riso amargo… a lágrima perdida…
Sou a história sem fim, a folha queimada… Sou a pegada na lama… o rasto de ser… Sou o frio da pedra… sou a sombra do nada… Sou o destino que não vai acontecer…" MCB (Darkmorgana), 1992

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Mais uma vez, o “Aquecimento Global”

Uma das comentadoras habituais do blogue, a Sulista, no comentário deixado no “post” abaixo, chamou-me a atenção, para um artigo publicado no “Courrier Internacional”, que alerta para uma poderosa campanha de descredibilização da “teoria” do “Aquecimento Global”. Logo no título da notícia lê-se, “A maioria dos cientistas pedem acção urgente contra as alterações climáticas, mas há um lóbi influente que nega os riscos de catástrofe. Por vezes, com argumentos científicos muito válidos.”
Gosto particularmente do uso da expressão “lóbi”, pois refere-se a (uma minoria de) cientistas que têm lutado pelo esclarecimento da verdade, tendo muitos deles visto reduzidos ou anulados os subsídios de investigação tão necessários ao seu trabalho e muitos deles foram mesmo despedidos das universidades, por se recusarem (em nome da ciência) a “vender” a balela. Podemos, por isso chamar-lhes de “lóbi pela verdade”.
Também aprecio a expressão, “Por vezes, com argumentos científicos muito válidos.” De facto, só do lado dos que não concordam com a (antropogenia) responsabilidade humana num aumento significativo da concentração de dióxido de carbono na atmosfera (pois quanto a aquecimento global, ainda está por provar que existe), existem argumentos científicos válidos, por mais que esta seja “uma verdade inconveniente”.
Prosseguindo com a leitura do artigo, percebemos que ele não é mais que uma tradução, mais ou menos literal, de um outro, escrito a 13 de Agosto, na “Newsweek”.
Incapazes de contrariar a “mensagem” apresentada pelos “cépticos”, os charlatães usam a velha manobra de diversão, atacando os mensageiros, alegando que estes actuam sob os subsídios das grandes empresas. Ponto um: os investigadores têm família para sustentar, logo, necessitam de ser pagos pelo seu trabalho, é essa a sua fonte de rendimentos. Sem dinheiro não há investigadores, nem equipamentos, nem evolução científica. Ponto dois: A ExxonMobil foi uma das empresas mais reticente na adesão ao mito do aquecimento global, e terá subsidiado vários estudos que comprovassem a inexistência de aquecimento (fala-se inclusive, num prémio ridículo de 10 mil dólares, cerca de 1 400 contos, que a ser verdade, não servia sequer para começar uma investigação séria), no entanto actualmente, está do lado do dito, como quase todas as grandes empresas mundiais (como se comprova no seu “site”), sobretudo as petrolíferas e restantes empresas do ramo energético, os grandes bancos e os principais construtores automóveis. Se há um lado para onde o dinheiro jorra, é garantidamente o da propaganda ao aquecimento global (ver o “post” datado de 24 de Junho de 2007), o mesmo lado a que a comunicação social tem dado enfoque, e quem ousa desafiar este poder corre sérios riscos profissionais, pessoais, familiares e empresariais (há inclusive várias denuncias às autoridades americanas, de ameaças de morte aos cépticos). Este argumento dos pseudo-ambientalistas é portanto um tiro no próprio pé.
Já agora, duas perguntinhas inconvenientes…
Se é o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera que causa o aumento da temperatura, porque raio, o aumento de temperatura precedeu sempre (cerca de 800 anos em média) o aumento do dióxido de carbono?
Se o aumento do dióxido de carbono na atmosfera é da responsabilidade do Homem, porque é que ao longo da história do planeta, ele atingiu periodicamente valores idênticos aos actuais, muitos milhares de anos antes da revolução industrial?

Gráfico elaborado com os resultados obtidos no estudo dos cilindros de gelo de Vostok
P.S. Obrigado Sulista, pelo "link" e consequente oportunidade do "post".
Apache, Setembro de 2007

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Ainda o último “Prós e Contras”…

Quem conhece Maria de Lurdes Rodrigues, sabe que não é personagem capaz de esconder as suas feições carrancudas, não sendo fácil arrancar-lhe um sorriso. No entanto, quando Fátima Campos Ferreira a questiona sobre o desemprego entre os docentes, antes de despejar o conteúdo da cassete, a Sr.ª Ministra reage como a imagem demonstra…

Entretanto, na plateia, encontrava-se o Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos (o tal que acha que os professores faltam muito, e que perdeu o mandato de vereador, na Câmara Municipal de Penamacor por ultrapassar o limite de faltas injustificadas), que reage da forma abaixo identificada, quando a entrevistadora corta a palavra a António Grancho, que falava da violência em meio escolar...

Lá diz, o ditado popular… “O homem é o único animal que ri e é a rir que ele mostra o animal que é!”
Apache, Setembro de 2007

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Futuro garantido

Ao ouvir falar a Sr.ª Ministra da Educação, esta noite, no “Prós e Contras”, associando o seu discurso às novas Leis Penais que no sábado passado entraram em vigor, fiquei um pouco mais convicto de que, num futuro imediato, tendem a aumentar os diálogos deste género…

Apache, Setembro de 2007

domingo, 16 de setembro de 2007

O Bom, o mau e o vilão

O “Sol”, na sua edição online, de hoje, escreve:
“Degelo abre rota marítima no Ártico. (leia-se Árctico em português)
A Passagem Noroeste do Ártico (novamente Árctico, se faz favor) foi aberta por inteiro devido ao derreter do gelo, originando uma rota há muito desejada, mas intransitável até agora (até agora, depois de 1977, data em que esteve aberto pela última vez), entre a Europa e a Ásia.”
Ora aqui está uma boa notícia. Agora que estamos no final do Verão, e o gelo no Pólo Norte atinge os valores mínimos do ano, a abertura deste corredor navegável, no meio do gelo, é uma excelente notícia, pois poupa imensos quilómetros de navegação para sul e novamente para norte, para contornar a América do Norte pelo canal do Panamá, poupando consequentemente muito dinheiro no transporte de mercadorias entre a Europa e a Ásia.
Mas, como boas notícias não interessam para nada, o vilão continua o texto...
“De acordo com a Agência Espacial Europeia, o gelo marítimo do Ártico (ainda mais uma vez, Árctico) atingiu o seu volume (não é volume, é área…) mais baixo desde que registam as medições por satélite, há 30 anos.” (também não são 30 anos, são 28, as medições por satélite começaram em 1979)
Hum… Cheira-me a que vem aí a conversa das alterações climáticas…
Um pouco mais abaixo no texto, prossegue…
“Segundo a AEE, as regiões polares são muito vulneráveis às alterações climáticas. A velocidade do degelo é tão acelerada que alguns cientistas prevêm (e já agora, prevêem, também em português, obviamente) a extinção do gelo na área por volta de 2040.”
Pois…
E então, a conclusão? Parece que o jornalista quer que sejamos nós a dizer se isto é bom ou mau, afinal não é assim tão vilão.
Mas… Porque raio é que fez referência à menor área de gelo no Árctico desde 1979, obtida este Verão e não fez referência à maior área de gelo obtida (simultaneamente, este Inverno) desde a mesma data, no Antárctico, como o comprovam as imagens abaixo, datadas da passada sexta-feira, disponíveis no “site” da Universidade de Bremen?

O Árctico, na passada sexta-feira

O Antárctico, na passada sexta-feira

E já agora uma perguntinha ingénua, a quem de direito…

“Vocês” ainda não perceberam que quanto mais "fritarem" a ionosfera do Pólo Norte para propagarem a balela do aquecimento global, mais o Pólo Sul vai arrefecer? Vão mas é estudar circulação atmosférica à escala planetária e arrumem os brinquedos se faz favor!

Apache, Setembro de 2007

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Scolari - A negação da evidência

Imagens dos jornais: "Record" (esquerda) e "O Jogo" (direita), nas bancas pela manhã.
Em conferência de imprensa realizada após o jogo de apuramento para o europeu de futebol, disputado na noite de ontem, no Alvalade XXI, que opunha, Portugal à Sérvia, o seleccionador nacional, Luís Filipe Scolari, afirmava: “É mentira. Não toquei nem encostei no rapaz apenas defendi o Quaresma. E para isso tive que abrir os braços. Tentei afastar o sérvio do Quaresma”.
Lamentável! Ainda mais que a própria agressão, a quente.
Apache, Setembro de 2007

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Um navio chamado Portugal

"Sinceramente, não creio que esteja alguém ao volante. Os que mandam não fazem a mínima ideia para onde nos estão a levar."
Manu Chao, citado pela revista "Visão".
NOTA: "Post" copiado do blogue "Grande Loja do Queijo Limiano".
Apache, Setembro de 2007

sábado, 8 de setembro de 2007

Um dos móbiles?

A SIC publicava (online) no passado dia 28, esta notícia:
"A produção de ópio no Afeganistão duplicou nos dois últimos anos. O alerta foi dado por um relatório divulgado ontem pelas Nações Unidas.
Ao todo são 193 mil hectares de área de cultivo, que representam cerca de 93 por cento da produção mundial. O Afeganistão torna-se assim o maior produtor mundial de ópio, que serve de matéria-prima para a heroína.
O relatório considera que «nenhum outro país do mundo tem um território tão extenso para cultivo de plantações ilegais».
O sul do Afeganistão foi onde se registou um maior crescimento da produção de ópio, já que essa é a zona onde os militantes talibãs têm mais força.
O estudo da ONU afirma que o negócio é controlado pelos talibã e por oficiais corruptos do regime do presidente Hamid Karzai. De acordo com o director do Departamento de Drogas e Crime da ONU no país, António Maria Costa, «a situação é dramática, e está a piorar a cada dia»."
Ora deixa ver se percebi…
Os Americanos, supostamente a maior potência militar do mundo, ocupam o país, desde finais de 2001, e controlam tudo, excepto as zonas onde é cultivado o ópio, sendo incapazes de destruir 193 mil hectares de plantas…
Coitadinho do crocodilo!
Apache, Setembro de 2007