quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Eles comem tudo…

No “Correio da Manhã” do passado dia 23 de Setembro, lia-se que, de acordo com as declarações de rendimentos disponíveis, os dois ex-ministros Pina Moura e António Vitorino, viram os seus vencimentos anuais dispararem brutalmente, após a renuncia aos mandatos de deputados.
No ano, imediatamente anterior à sua eleição como deputado, nas listas do PS, Pina Moura obteve um rendimento anual de 9 mil euros. Em 2003, depois de ter sido Ministro da Economia e das Finanças, do governo de António Guterres, ganhou 172 mil euros, 19 vezes mais.
Quanto a António Vitorino, em 1994, ano anterior à sua nomeação como Ministro da Presidência, também no governo de Guterres, auferiu cerca de 36 mil euros. Em 1999, após ter saído do executivo, o seu vencimento disparou para os 371 mil euros, 10 vezes mais.
Apache, Outubro de 2007

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Eles falam, falam…

Muita tinta escorreu, aquando da transladação dos restos mortais do escritor, Aquilino Ribeiro, para o Panteão Nacional.
Confesso que me estou “nas tintas” para o local onde são guardados os ossos da figurinha A ou do figurão B, não é pelo local onde repousam que sobem ou descem patamares na nossa memória colectiva.
No entanto, após tanta letra derramada, reconheço que continuo sem perceber qual o motivo desta suposta “promoção esquelética”: ter conspirado no regicídio de 1908, ser bombista, racista ou germanófilo?
Apache, Outubro de 2007

domingo, 7 de outubro de 2007

5 de Outubro

Na sequência das vitórias das tropas de D. Afonso I, sobre os exércitos de Fernão Peres de Trava e de Rodrigo Vela, na batalha de Cerneja, em 1136 e, do mesmo, no sangrento Torneio de Arcos de Valdevez, em 1140, onde saíram derrotados os cavaleiros de Leão; realizou-se em Outubro de 1143, em Zamora, sob o patrocínio do Arcebispo de Braga, D. João Peculiar, a Conferência de Paz, que ficaria conhecida pelo nome daquela (hoje) província espanhola.
É precisamente a 5 de Outubro de 1143, na presença do Cardeal Guido de Vico, que, D. Afonso VII, Rei de Leão e Castela e D. Afonso I (posteriormente conhecido por D. Afonso Henriques), assinam um tratado, onde o primeiro, reconhece a independência do Condado Portucalense (que passa a chamar-se Reino de Portugal) e D. Afonso Henriques, como seu (igual, e) legítimo Rei.
A independência de Portugal, viria a ser reconhecida pela “Santa Sé”, a 23 de Maio, de 1179, pela Bula “Manifestis Probatum”, do Papa Alexandre III.
Completaram-se anteontem, oficialmente, os 864 anos da Fundação da Nacionalidade.
Assim, a 5 de Outubro, enquanto o regime comemora a República, a nação (ou o que dela resta) comemora Portugal.
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Ciência versus propaganda

No passado mês de Fevereiro, foram distribuídas por cerca de 3 500 escolas inglesas, milhares de cópias do polémico DVD «Uma Verdade Inconveniente», que a Academia de Hollywood premiou com dois Óscares. O pacote contém (além do DVD), um CD produzido pelo Departamento de Ambiente Alimentação e Agricultura britânico e uma animação sobre o ciclo do carbono.
Aquando da distribuição do dito, pelas escolas, o Secretário de Estado do Ambiente havia afirmado que o debate sobre as Alterações Climáticas estava terminado, tendo chegado a hora de educar as gerações futuras para esta dura realidade, devendo o referido pacote multimédia ser exibido em todas as escolas do país a todas as crianças com mais de 11 anos.
Daí para cá, a polémica não tem parado, tendo alguns directores de estabelecimentos de ensino devolvido os pacotes enviados pelo ministério, por considerarem o seu conteúdo impróprio para exibição em aula.
Entretanto, indignado com o conteúdo do documentário apresentado por Al Gore, Stewart Dimmock, camionista, pai de dois jovens de 11 e 14 anos decidiu recorrer ao tribunal, pedindo que o vídeo seja banido das escolas, por ser inadequado à faixa etária a que se destina, devido ao excessivo sentimentalismo de algumas cenas e às graves incoerências científicas do discurso de Gore.
Logo no início do primeiro, dos três dias de audiências, o Sr. Dimmock afirmou: “Desejo que os meus filhos tenham a melhor educação que me seja possível oferecer-lhes, livre da imposição política de um rumo, e a película do Sr. Gore afasta-se irremediavelmente desse requisito. (…) Este pacote sobre alterações climáticas, distribuído pelas escolas, serve única e exclusivamente para que os novos polícias do pensamento doutrinem os nossos jovens.”
Já no último dia das audiências, concluiu: “com a exibição, em sala de aula, da propaganda de Gore, o governo promove uma autêntica lavagem cerebral aos adolescentes.”
Foram ouvidos durante as audiências, vários representantes dos mais variados ramos da ciência, bem como especialistas em Ciências da Educação e representantes dos ministérios envolvidos na polémica.
No final, o Juiz considerou legitima (por se enquadrar no direito à liberdade de expressão e opinião) a exibição do vídeo, mas impôs que antes ou imediatamente após o visionamento do mesmo, os alunos sejam alertados pelo professor, que este “promove apenas uma opinião política sobre o aquecimento global, não tendo eles que aceitar, necessariamente, os pontos de vista apresentados, pois a mensagem contém incoerências e exageros de informação, para os quais não existe quaisquer evidência científica.”
Comentando a decisão, o advogado do Sr. Dimmock, manifestou-se satisfeito, afirmando que ela “força o governo a dar uma volta de 180º”, mas considera que “ainda não se foi suficientemente longe, pois não há orientações dos professores que superem o facto de a película ser inadequada para o contexto de rigor de uma sala de aula.”
Quanto ao ministro, Kevin Brennan, não se mostrou surpreendido com a decisão, tendo afirmado que: “ a decisão do Juiz é clara, no sentido de, as escolas poderem continuar a usar «Uma Verdade Inconveniente» como parte de uma educação para as alterações climáticas, de acordo com as orientações do ministério, já disponíveis online.”
Posto isto, o jornal gratuito “Metro” destaca a vitória obtida pelo camionista, Dimmock, sobre a pseudo-ciência do advogado, Gore, enquanto a BBC se congratula com o sim claro dos tribunais à versão de Gore.
Nada de novo, aqui, debaixo do Sol…
Apache, Outubro de 2007

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Disse 150 000 empregos?

Segundo dados divulgados ontem (terça-feira) pelo Eurostat, Portugal é o país da União Europeia, onde a taxa de desemprego mais subiu, em Agosto de 2007, face ao mesmo mês do ano anterior.
Dos 27 países da União, 24 viram as suas taxas de desemprego diminuir em Agosto deste ano, por comparação com 2006. Apenas, Portugal, com um aumento de oito décimas, a Irlanda e o Luxemburgo, com uma subida de três décimas, contrariaram a tendência Europeia.
A actual (Agosto) taxa de desemprego, no nosso país, cifra-se em 8,3%, contra 7,5% em igual mês de 2006. A Irlanda e o Luxemburgo apresentam agora, 4,7% e 5%, respectivamente.
Nos restantes vinte quatro estados membros, o desemprego baixou, em período homólogo, tendo as maiores quedas, acontecido na Polónia (de 13,3 para 9,1%) e na Lituânia (de 5,8 para 4,1%).
Os países que apresentam as taxas mais baixas, são: a Dinamarca e a Holanda, ambas com 3,3%. Com taxas mais elevadas que Portugal, estão (apenas): a Eslováquia, com 11,1 e a Polónia, com os já referidos 9,1%.
Será que os 150 mil empregos prometidos fugiram Europa fora?
Apache, Outubro de 2007

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A voz do dono

No “Expresso” desta semana, Miguel Sousa Tavares (MST), atira-se, uma vez mais, aos professores, “personificando” o seu ataque à classe, na figura da Fenprof, como se fosse apenas esta organização sindical a única a denunciar o autismo da equipa governativa, cujas políticas de cariz popular visam sobretudo a destruição do pouco que ainda resta de qualidade no ensino em Portugal, descredibilizando, desprestigiando e denegrindo a imagem dos professores, que nos últimos 20 anos têm tentado por todos os meios ao seu alcance impedir a destruição do sistema público de ensino, enfrentando as vergonhosas políticas educativas impostas pelo conjunto de analfabetos funcionais que vêm povoando os corredores da 5 de Outubro.
MST, qual mabeco amestrado, late em sintonia com a voz do dono, sem saber do quê nem porquê, como facilmente se percebe pela falta de fundamentação das suas afirmações.
O “artista” desvaira assim…
“Saiu o regulamento para a classificação dos professores com vista à sua subida na carreira.” Não saiu, está em discussão com os representantes da classe.
“Desapareceu a enormidade da participação dos pais no processo (a menos que sejam os próprios professores a requere-la), evitou-se a discriminação de condições entre escolas boas e escolas «difíceis» e o que restou pareceu-me um sistema adequado e justo para premiar o mérito, a assiduidade e o esforço – certamente melhor do que nada.
Mas, claro, a Fenprof está contra – como sempre, sempre, está contra qualquer medida que exija resultados ao sistema e aos professores e que tente inverter a situação catastrófica em que tem vivido o ensino.” Pareceu-lhe justo? E pareceu-lhe, porquê? É que não parece a mais ninguém. Estou a exagerar, parece que há uma prima da Milú, um sobrinho do Jojó Calhau e uma afilhada do Lelé que concordam consigo, os outros 170 mil professores é que não.
Quanto à situação catastrófica do ensino, que tal dar uma olhadela pelos currículos: cargas horárias, número de disciplinas, conteúdos, orientações programáticas… E já agora, manuais escolares, qualidade das instalações e equipamentos escolares, número de alunos por turma, número de alunos por professor do ensino especial, tempo disponível para trabalho individual dos docentes…
“À Fenprof interessa apenas o que respeite ao bem estar dos professores, mesmo que à custa da perpetuação do subdesenvolvimento cultural do país.” Escreve-se “bem-estar”, com hífen. Não sei se sabe, mas as organizações sindicais foram criadas para defender os interesse dos trabalhadores, não os dos patrões, nem os dos clientes, esses têm organizações próprias.
“A Fenprof acha que um professor que falte deve ter os mesmos direitos que um que não falte; acha que um que obtenha melhores resultados não deve ser beneficiado relativamente a outro que se está nas tintas para os resultados dos alunos; acha que um sistema de classificação em que nem todos podem obter a classificação máxima está desvirtuado à partida; acha, em suma, que classificar professores em função do seu mérito e dos resultados obtidos é uma ofensa aos direitos adquiridos.” Estou convencido que você não é completamente estúpido, apenas imita muito bem.
Você acha que um professor que esteja doente, ou que tenha um familiar doente, a quem tenha de dar apoio, ou que falte para cumprimento de obrigações legais, por maternidade, paternidade, etc., tudo direitos consagrados na Lei, deve perder outros direitos. E quais? O de progredir na carreira, o de ser remunerado no final do mês, o direito ao emprego, ou a liberdade?
Fala dos resultados obtidos pelos professores mas quem obtém resultados (bons ou maus) são os alunos. Não conheço nenhum professor que goste do insucesso dos seus alunos, mas se estes não fizerem o seu papel, não há docentes que os salvem.
Não é a Fenprof que acha, são os professores que acham “que um sistema de classificação em que nem todos podem obter a classificação máxima está desvirtuado à partida”. Como reagiriam os meus alunos, se amanhã chegasse a aula e os informasse que apenas 5% deles poderiam obter 19 ou mais, que apenas 20% poderiam obter 17 ou 18 (independentemente do mérito de cada um) e que só passariam os que obtivessem nota superior a 14, numa classificação onde predominam critérios profundamente subjectivos e onde o avaliador tem tantas ou menos competências que os avaliados?
Quanto à conclusão que tira é, demagoga, falaciosa e infundada. Nunca ouviu nenhum dirigente sindical, ou professor, recusar-se a ser avaliado pelo mérito.
Quando não sabe do assunto, o inteligente fica calado, o esperto verborreia.
P.S. Não sou, nem nunca fui filiado em qualquer organização sindical.
Apache, Outubro de 2007

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Quem lucra com o "Aquecimento Global"?

Quando se fala de “Aquecimento Global” há, quase inevitavelmente, uma tendência para a bipolarização: os que querem salvar o planeta pensando nas gerações futuras, e os que só se preocupam com o seu umbigo e com o dia-a-dia; os protectores da natureza, e os poluidores inveterados; os verdes e os cinzentos; os Democratas, e os Republicanos; os do Governo, e os da oposição; os cientistas, e os ignorantes. Não sou um adepto da simplificação do real, ao ponto da bipolarização pura e simples, se o fosse, diria que os dois lados em conflito, nesta questão, são: as grandes multinacionais, que se preparam para facturar milhões com o negócio, e o imenso Zé-povinho anónimo que pagará com o esforço do seu trabalho, através dos impostos e da subida dos preços dos bens de consumo, o crescimento exponencial das fortunas de poucos.
Aqui fica uma (reduzida) lista das (principais) empresas que patrocinam o mito…
ABB, Air Products, Alcan, Alcoa, American Electric Power, American International Group, Bank of América, Baxter, Berkshire Partners, Boeing, Boston Scientific Corporation, BP, Califórnia Portland, Cascade Investments, Carbon Investments, Carlyle Group, Castle-Harlan, Caterpillar, Cement, CH2M Hill, ChevronTexaco, CitiGroup, Cogentrix, Conoco, Cummins, Daimler-Chrysler, Deere & Company, Detroit Edison, DTE Energy, Deutsche Telekom, Dow Chemical Company, Duke Energy, DuPont, Entergy, Environmental Defense, Exelon, FedEx, Florida Power and Light, Ford Motor, General Electric, General Motors, Generation Investments, Goldman Sachs, Georgia-Pacific, HP, Holcim, IBM, Intel, Interface, John Hancock Financial Services, Johnson & Johnson, Lehman Brothers, Lockeed Martin, Logen Corporation, Marsh, Morgan Stanley, Northeast Biofuels, Novartis, NRG Energy, Occidental Petroleum, Ontario Power Generation, Pechiney, Pacific Gas and Electricity, Pepsi, PHH Arval, PNM Resources, Rio Tinto, Rohm and Haas, Royal Dutch Shell, SC Johnson, Siemens, Sun Edison, Sunoco, Toyota, TransAlta, United Tecnologies, Wal-Mart, Weyerhaeuser, Whirlpool, Wiscosin Energy, Xerox.
Apache, Setembro de 2007

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Fugiu-lhe a língua…

Em entrevista concedida à NPR (National Public Radio), no passado dia 30 de Maio, comentando o alegado “Aquecimento Global”, o Administrador da NASA, Michael Griffin apesar de reconhecer que a temperatura média da Terra subiu cerca de um grau Fahrenheit no último século, afirmou: “Não tenho a certeza, se é justo dizer que [o aquecimento global] é um problema que temos de enfrentar, no futuro.”
A NASA foi durante algum tempo, um dos organismos mais reticentes em aderir à moda do “Global Warming”, mas actualmente parece rendido aos milhões que o negócio promete. Teria sido esta, uma “primeira” pedrada no charco, ou pelo contrário, tratou-se apenas do canto do cisne?
Apache, Setembro de 2007

terça-feira, 25 de setembro de 2007

História sem fim

"Sou uma folha de Outono que cai lenta no chão… Sou um raio de sol a morrer no horizonte… Sou uma gota de sangue a escorrer na tua mão… Sou o som seco de uma água sem fonte…
Sou o ópio do sonho, o nevoeiro da cor… Sou o silêncio turvo do eclipse da vida… Sou a seiva da noite… sou o aroma da dor… Sou o riso amargo… a lágrima perdida…
Sou a história sem fim, a folha queimada… Sou a pegada na lama… o rasto de ser… Sou o frio da pedra… sou a sombra do nada… Sou o destino que não vai acontecer…" MCB (Darkmorgana), 1992

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Mais uma vez, o “Aquecimento Global”

Uma das comentadoras habituais do blogue, a Sulista, no comentário deixado no “post” abaixo, chamou-me a atenção, para um artigo publicado no “Courrier Internacional”, que alerta para uma poderosa campanha de descredibilização da “teoria” do “Aquecimento Global”. Logo no título da notícia lê-se, “A maioria dos cientistas pedem acção urgente contra as alterações climáticas, mas há um lóbi influente que nega os riscos de catástrofe. Por vezes, com argumentos científicos muito válidos.”
Gosto particularmente do uso da expressão “lóbi”, pois refere-se a (uma minoria de) cientistas que têm lutado pelo esclarecimento da verdade, tendo muitos deles visto reduzidos ou anulados os subsídios de investigação tão necessários ao seu trabalho e muitos deles foram mesmo despedidos das universidades, por se recusarem (em nome da ciência) a “vender” a balela. Podemos, por isso chamar-lhes de “lóbi pela verdade”.
Também aprecio a expressão, “Por vezes, com argumentos científicos muito válidos.” De facto, só do lado dos que não concordam com a (antropogenia) responsabilidade humana num aumento significativo da concentração de dióxido de carbono na atmosfera (pois quanto a aquecimento global, ainda está por provar que existe), existem argumentos científicos válidos, por mais que esta seja “uma verdade inconveniente”.
Prosseguindo com a leitura do artigo, percebemos que ele não é mais que uma tradução, mais ou menos literal, de um outro, escrito a 13 de Agosto, na “Newsweek”.
Incapazes de contrariar a “mensagem” apresentada pelos “cépticos”, os charlatães usam a velha manobra de diversão, atacando os mensageiros, alegando que estes actuam sob os subsídios das grandes empresas. Ponto um: os investigadores têm família para sustentar, logo, necessitam de ser pagos pelo seu trabalho, é essa a sua fonte de rendimentos. Sem dinheiro não há investigadores, nem equipamentos, nem evolução científica. Ponto dois: A ExxonMobil foi uma das empresas mais reticente na adesão ao mito do aquecimento global, e terá subsidiado vários estudos que comprovassem a inexistência de aquecimento (fala-se inclusive, num prémio ridículo de 10 mil dólares, cerca de 1 400 contos, que a ser verdade, não servia sequer para começar uma investigação séria), no entanto actualmente, está do lado do dito, como quase todas as grandes empresas mundiais (como se comprova no seu “site”), sobretudo as petrolíferas e restantes empresas do ramo energético, os grandes bancos e os principais construtores automóveis. Se há um lado para onde o dinheiro jorra, é garantidamente o da propaganda ao aquecimento global (ver o “post” datado de 24 de Junho de 2007), o mesmo lado a que a comunicação social tem dado enfoque, e quem ousa desafiar este poder corre sérios riscos profissionais, pessoais, familiares e empresariais (há inclusive várias denuncias às autoridades americanas, de ameaças de morte aos cépticos). Este argumento dos pseudo-ambientalistas é portanto um tiro no próprio pé.
Já agora, duas perguntinhas inconvenientes…
Se é o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera que causa o aumento da temperatura, porque raio, o aumento de temperatura precedeu sempre (cerca de 800 anos em média) o aumento do dióxido de carbono?
Se o aumento do dióxido de carbono na atmosfera é da responsabilidade do Homem, porque é que ao longo da história do planeta, ele atingiu periodicamente valores idênticos aos actuais, muitos milhares de anos antes da revolução industrial?

Gráfico elaborado com os resultados obtidos no estudo dos cilindros de gelo de Vostok
P.S. Obrigado Sulista, pelo "link" e consequente oportunidade do "post".
Apache, Setembro de 2007

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Ainda o último “Prós e Contras”…

Quem conhece Maria de Lurdes Rodrigues, sabe que não é personagem capaz de esconder as suas feições carrancudas, não sendo fácil arrancar-lhe um sorriso. No entanto, quando Fátima Campos Ferreira a questiona sobre o desemprego entre os docentes, antes de despejar o conteúdo da cassete, a Sr.ª Ministra reage como a imagem demonstra…

Entretanto, na plateia, encontrava-se o Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos (o tal que acha que os professores faltam muito, e que perdeu o mandato de vereador, na Câmara Municipal de Penamacor por ultrapassar o limite de faltas injustificadas), que reage da forma abaixo identificada, quando a entrevistadora corta a palavra a António Grancho, que falava da violência em meio escolar...

Lá diz, o ditado popular… “O homem é o único animal que ri e é a rir que ele mostra o animal que é!”
Apache, Setembro de 2007

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Futuro garantido

Ao ouvir falar a Sr.ª Ministra da Educação, esta noite, no “Prós e Contras”, associando o seu discurso às novas Leis Penais que no sábado passado entraram em vigor, fiquei um pouco mais convicto de que, num futuro imediato, tendem a aumentar os diálogos deste género…

Apache, Setembro de 2007

domingo, 16 de setembro de 2007

O Bom, o mau e o vilão

O “Sol”, na sua edição online, de hoje, escreve:
“Degelo abre rota marítima no Ártico. (leia-se Árctico em português)
A Passagem Noroeste do Ártico (novamente Árctico, se faz favor) foi aberta por inteiro devido ao derreter do gelo, originando uma rota há muito desejada, mas intransitável até agora (até agora, depois de 1977, data em que esteve aberto pela última vez), entre a Europa e a Ásia.”
Ora aqui está uma boa notícia. Agora que estamos no final do Verão, e o gelo no Pólo Norte atinge os valores mínimos do ano, a abertura deste corredor navegável, no meio do gelo, é uma excelente notícia, pois poupa imensos quilómetros de navegação para sul e novamente para norte, para contornar a América do Norte pelo canal do Panamá, poupando consequentemente muito dinheiro no transporte de mercadorias entre a Europa e a Ásia.
Mas, como boas notícias não interessam para nada, o vilão continua o texto...
“De acordo com a Agência Espacial Europeia, o gelo marítimo do Ártico (ainda mais uma vez, Árctico) atingiu o seu volume (não é volume, é área…) mais baixo desde que registam as medições por satélite, há 30 anos.” (também não são 30 anos, são 28, as medições por satélite começaram em 1979)
Hum… Cheira-me a que vem aí a conversa das alterações climáticas…
Um pouco mais abaixo no texto, prossegue…
“Segundo a AEE, as regiões polares são muito vulneráveis às alterações climáticas. A velocidade do degelo é tão acelerada que alguns cientistas prevêm (e já agora, prevêem, também em português, obviamente) a extinção do gelo na área por volta de 2040.”
Pois…
E então, a conclusão? Parece que o jornalista quer que sejamos nós a dizer se isto é bom ou mau, afinal não é assim tão vilão.
Mas… Porque raio é que fez referência à menor área de gelo no Árctico desde 1979, obtida este Verão e não fez referência à maior área de gelo obtida (simultaneamente, este Inverno) desde a mesma data, no Antárctico, como o comprovam as imagens abaixo, datadas da passada sexta-feira, disponíveis no “site” da Universidade de Bremen?

O Árctico, na passada sexta-feira

O Antárctico, na passada sexta-feira

E já agora uma perguntinha ingénua, a quem de direito…

“Vocês” ainda não perceberam que quanto mais "fritarem" a ionosfera do Pólo Norte para propagarem a balela do aquecimento global, mais o Pólo Sul vai arrefecer? Vão mas é estudar circulação atmosférica à escala planetária e arrumem os brinquedos se faz favor!

Apache, Setembro de 2007

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Scolari - A negação da evidência

Imagens dos jornais: "Record" (esquerda) e "O Jogo" (direita), nas bancas pela manhã.
Em conferência de imprensa realizada após o jogo de apuramento para o europeu de futebol, disputado na noite de ontem, no Alvalade XXI, que opunha, Portugal à Sérvia, o seleccionador nacional, Luís Filipe Scolari, afirmava: “É mentira. Não toquei nem encostei no rapaz apenas defendi o Quaresma. E para isso tive que abrir os braços. Tentei afastar o sérvio do Quaresma”.
Lamentável! Ainda mais que a própria agressão, a quente.
Apache, Setembro de 2007

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Um navio chamado Portugal

"Sinceramente, não creio que esteja alguém ao volante. Os que mandam não fazem a mínima ideia para onde nos estão a levar."
Manu Chao, citado pela revista "Visão".
NOTA: "Post" copiado do blogue "Grande Loja do Queijo Limiano".
Apache, Setembro de 2007

sábado, 8 de setembro de 2007

Um dos móbiles?

A SIC publicava (online) no passado dia 28, esta notícia:
"A produção de ópio no Afeganistão duplicou nos dois últimos anos. O alerta foi dado por um relatório divulgado ontem pelas Nações Unidas.
Ao todo são 193 mil hectares de área de cultivo, que representam cerca de 93 por cento da produção mundial. O Afeganistão torna-se assim o maior produtor mundial de ópio, que serve de matéria-prima para a heroína.
O relatório considera que «nenhum outro país do mundo tem um território tão extenso para cultivo de plantações ilegais».
O sul do Afeganistão foi onde se registou um maior crescimento da produção de ópio, já que essa é a zona onde os militantes talibãs têm mais força.
O estudo da ONU afirma que o negócio é controlado pelos talibã e por oficiais corruptos do regime do presidente Hamid Karzai. De acordo com o director do Departamento de Drogas e Crime da ONU no país, António Maria Costa, «a situação é dramática, e está a piorar a cada dia»."
Ora deixa ver se percebi…
Os Americanos, supostamente a maior potência militar do mundo, ocupam o país, desde finais de 2001, e controlam tudo, excepto as zonas onde é cultivado o ópio, sendo incapazes de destruir 193 mil hectares de plantas…
Coitadinho do crocodilo!
Apache, Setembro de 2007

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Terrorismo lírico…

Ontem, no “Diário Digital” lia-se:
“Os três suspeitos de terrorismo detidos na Alemanha pertencem à organização radical União da Jihad Islâmica e preparavam atentados «iminentes» contra o aeroporto de Frankfurt e a base norte-americana de Ramstein, anunciou hoje a procuradora federal Monika Harms.
Os suspeitos, dois alemães e um turco, foram detidos terça-feira à tarde numa casa em Oberschledorn, no estado da Renânia do Norte Vestefália, na posse de 700 quilos de peróxido de hidrogénio.”
De facto, se os “700 kg” de peróxido de hidrogénio se destinavam ao aeroporto e à base militar, ia ser uma chacina… de bactérias. Muita sorte tiveram eles em serem apanhados com água oxigenada, se fosse “Betadine” a esta hora estavam a caminho de Guantánamo.
Apache, Setembro de 2007

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

M.E. (Mentiras e Embustes)

Nos últimos dias, a Sr.ª Ministra da Educação voltou a dirigir-se (várias vezes) à comunicação social para manifestar publicamente as duas únicas competências que caracterizam a sua gestão (extensíveis ao chefe do governo), a mentira e a manipulação de dados.
Em conferência de imprensa afirmou:
“O 1º e 2º, ciclos do ensino básico não estão em crescimento.”
Em 2005/2006 estiveram matriculados no 1º ciclo, 467 061 alunos, em 2006/2007 esse número subiu para 469 463, um acréscimo de 2 382 alunos.
Na mesma conferência, disse:
“São apoiados cerca de 30 mil alunos, queremos duplicar esse número nos próximos anos.”
Grande objectivo, Sr.ª Ministra… os 30 mil alunos apoiados, correspondem a 1,8% dos (1 669 470) alunos que frequentam o ensino pré-escolar, básico e secundário em Portugal. Ora toda a gente sabe que apenas 3,6% dos alunos portugueses são oriundos de famílias carenciadas, assim ficaremos (brevemente) com este problema resolvido.
Em entrevista à RTP (no telejornal do dia 3) tentou novamente denegrir a imagem dos professores…
“(…) 9 alunos por professor nos três ciclos de ensino. (…) 7 alunos por professor, no secundário.”
No 1º ciclo, cada professor lecciona uma turma com 24 alunos (22 se a turma for constituída por alunos de 3 ou mais anos de escolaridade diferentes), havendo professores que prestam apoios educativos a alunos com necessidades educativas especiais e escolas com menos de 24 alunos, que fazem (obviamente) baixar a média nacional para 14 alunos por professor. A média no pré-escolar é de 15 educandos por educador.
No 2º ciclo, estiveram matriculados 239 819 alunos, a quem leccionaram 32 302 professores. Dividindo os dois números, obtemos 7,42 alunos por professor. Este número não tem significado físico, pois cada aluno tem (pelo menos) 9 disciplinas, leccionadas (normalmente) por 9 professores diferentes; portanto, se por hipótese absurda, uma escola tivesse apenas um aluno, precisaria de 9 professores. Para termos uma ideia do número médio de alunos por professor no 2º ciclo, poderemos multiplicar os 7,42 por 9, chegando a (aproximadamente) 67.
Neste tipo de contabilidade, é impossível separar o 3º ciclo do secundário, porque nas escolas secundárias, a maioria dos professores lecciona (no mesmo ano lectivo) turmas do 3º ciclo e turmas do secundário. Os números conjuntos para os dois níveis de ensino são: alunos 781 868, professores 91 015. Dividindo os dois números, que (repito) nada representam, obtemos 8,6 alunos por professor. No 3º ciclo do básico, cada aluno tem (pelo menos) 13 disciplinas e no secundário 8. As turmas são constituídas (tal como no 2º ciclo) por 24 a 28 alunos, tendo apenas 20 se houver nelas, alunos com necessidades educativas especiais. Por regra, cada professor lecciona por ano, um número de alunos que varia entre os 50 e os 200.
(Fonte: Relatório Nacional de 2006/2007 da Inspecção Geral da Educação)
Apache, Setembro de 2007

domingo, 2 de setembro de 2007

SOS Frio…

O programa “SOS Calor” da TSF passou os meses de Verão a “vender” baboseiras sem nexo, publicitando o alegado aquecimento global, e alertando para a previsão de ondas de calor, em Portugal, que não só, não se fizeram sentir, como não foram previstas pelos meteorologistas, antes, inventadas pela comunicação social.
Diga-se, em abono da verdade, que assim que as primeiras emissões do programa foram para o ar, o Instituto de Meteorologia (IM) veio acalmar o alarmismo. No seu comunicado à imprensa, de 11 de Maio de 2007, pode ler-se: “Notícias divulgadas hoje pelos Órgãos de Comunicação Social com referência a previsão de altas temperaturas para o Verão de 2007 não podem ser confirmadas pelo Instituto de Meteorologia”.
Apesar disso, a TSF manteve as emissões regulares do programa, onde se continuaram a fazer previsões alarmistas e a dar conselhos, muitos deles estapafúrdios face ao conhecimento científico actual.
No genérico do programa, afirma-se que o Verão de 2006 foi o mais quente, em Portugal e que para 2007 estão previstas novas ondas de calor. A realidade é que, nunca estiveram (oficialmente) previstas ondas de calor (até porque os contestados e altamente falíveis modelos matemáticos usados pela meteorologia não o conseguem fazer), e o Verão de 2007 veio a revelar-se bastante fresco.
Em novo comunicado à imprensa, datado do passado dia, 31 de Agosto de 2007, O IM destaca: “O Verão (Junho, Julho e Agosto) de 2007 apresentou as temperaturas médias do ar mais baixas dos últimos 20 anos. (…) Os valores médios mais elevados registados em Portugal Continental ocorreram no ano de 1997”.
Será que a TSF vai repor a verdade, ou sacudir a água do capote? Para já, (consta que) foram suspensas as emissões do programa “SOS Calor”.
Apache, Setembro de 2007