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sábado, 17 de outubro de 2009

Obama, Nobel da Paz? Porque não?

Quando ouço tanta gente a perguntar – Obama, Nobel da Paz? Porquê? – apetece-me responder com outra pergunta – Porque não? Até acho que foi das melhores escolhas das últimas décadas. Quem parece concordar comigo é o Ricardo Araújo Pereira que escreveu assim, na “Visão” da passada quinta-feira: “A atribuição do prémio Nobel da Paz a Barack Obama é, evidentemente, absurda. É inconcebível que o recém-eleito presidente dos Estados Unidos tenha recebido o prémio Nobel. Especialmente, é inconcebível que o tenha recebido antes de vencer um Óscar, de ganhar a Bota de Ouro e de ser coroado Miss Portugal. Que se passa com a academia de Hollywood, a Liga de Futebol Profissional e o júri do popular concurso de beleza para não terem ainda premiado Barack Obama? Como é possível que Obama esteja há quase um ano na Casa Branca e tenha vencido apenas um prémio Nobel? E logo o da Paz, que não exige qualquer mérito da parte do premiado - nem sequer o mérito de promover a paz, conforme se constata pelo facto de Henry Kissinger ter recebido o galardão em 1973. Porque não o da Literatura, se as suas autobiografias (as 23) estão escritas num estilo tão elegante e enxuto? Porque não o da Economia, o da Química ou da Medicina? Pode perguntar-se: que fez ele para vencer o Nobel da Economia, da Química ou da Medicina? E pode responder-se: o mesmo que fez para ganhar o da Paz. As candidaturas para o prémio Nobel da Paz são entregues em Fevereiro. Barack Obama tomou posse como presidente dos Estados Unidos no final de Janeiro. Em duas ou três semanas, Obama teve uma acção suficientemente meritória para ganhar o Nobel da Paz. Que fez ele? A resposta é clara: nada. Não ordenou retiradas, mas também não ordenou ataques. Não ordenou nada, o que já é bem bom. Um estadista que não faça nada tem, hoje, um valor inestimável. Há quem diga que o prémio foi atribuído a Obama como sinal de esperança no que o presidente americano poderá fazer no futuro. Sinceramente, não creio. Julgo que o comité norueguês atribuiu o prémio agora por uma questão de oportunidade: há que aproveitar enquanto é tempo. Normalmente, é uma questão de meses até o presidente dos Estados Unidos lançar o país numa guerra qualquer. É preciso premiá-lo enquanto não começa a rebentar com coisas no Médio Oriente. Por outro lado, é muito curioso que a atribuição do Nobel da Paz a Barack Obama tenha desencadeado uma série de comentários extremamente beligerantes. Raras vezes terá havido tanta discórdia a propósito da Paz. É mais um mérito de Obama: recebe prémios, promove discussões, agita o mundo. E tudo sem se mexer. Minto: há uns meses comprou um cão. Mas imaginem o que acontecerá quando ele começar mesmo a fazer coisas.” De facto, se compararmos Obama com outro norte-americano, recente vencedor do Nobel, Al Gore, constatamos facilmente que em relação a este, Obama leva uma grande vantagem, o seu menor tempo de permanência na alta-roda da política permitiu-lhe um menor acumulado de mentiras. Desta vez, acho que os cinco iluminados do Comité Nobel (a quem compete a escolha) estiveram muito bem, é despachar o prémio cedo, antes que se torne demasiado escandaloso.
Apache, Outubro de 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

Dia de reflexão…

[A brasileira, Patrícia Andrade]
Apache, Setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Durão Barroso foi reeleito Presidente da Comissão Europeia

O português José Manuel Durão Barroso foi reeleito para mais um mandato de 5 anos à frente da comissão europeia. Diz-se por aí que isso é bom para Portugal e eu concordo. A esta altura estarão os mais críticos a pensar que Durão Barroso, no mandato que agora finda, pouco ou nada fez para defender os interesses de Portugal em Bruxelas, além de ser o idiota que denegriu a imagem do país naquela célebre cimeira dos Açores em vésperas do ataque americano ao Iraque (à época era Primeiro-Ministro). E gosta tanto de Portugal e da nossa língua que a sua página pessoal está traduzida em seis línguas (Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Italiano e Polaco) mas não na sua. De facto, estes argumentos são válidos e corroboram a minha opinião. A reeleição dele foi boa para Portugal, de outra forma não vejo grandes possibilidades de o manter tão longe do país, durante tanto tempo. P.S. A fotografia é uma oferta aos hipotéticos leitores. Imprimam, recortem e colem no açucareiro. Deve conseguir manter afastadas, as formigas.
Apache, Setembro de 2009

sábado, 22 de agosto de 2009

O alter-ego do “inginheiro”

Carolina Patrocínio, a jovem modelo e apresentadora da SIC, é a mandatária do PS para a juventude. Há dias, num programa da RTP que o vídeo abaixo documenta, disse: “Odeio perder. Prefiro fazer batota, a perder. Gosto de dar nas vistas (no bom sentido). Gosto que reparem. Gosto de ser notada, não gosto de passar despercebida.” E mais adiante: “Odeio os caroços das frutas. Só como cerejas quando a minha empregada tira os caroços para mim. Não como fruta se tiver que descascar. E uvas sem grainha.” São afirmações, ainda que ridículas, desvalorizáveis pela "infantilidade" dos 22 anos da Carolina e pelos mimos que a família (abastada) não parece ter sabido dosear. O que é curioso nesta “estória” é que, com declarações deste tipo, Carolina Patrocínio passa de si, a imagem que temos do “artista” de Vilar de Maçada. Acidentalmente, ou não, o “inginheiro” acaba de descobrir o seu alter-ego.

Apache, Agosto de 2009

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Espelho meu, espelho meu… Há alguém mais bronco do que eu?

A dado momento da acção de propaganda que intentou junto de alguns escritores de blogues, no passado dia 27 de Julho, a que já me referi (por outra razão) anteriormente, José Sócrates afirmou: “O que eu queria dizer é que nós fomos o governo que menos fez”. Detectado o erro, o José emendou para: “que melhor fez”. Para a frase ficar correcta, faltou-lhe acrescentar: actuámos como uma verdadeira bactéria decompositora; de Portugal, muito pouco resta.

Apache, Agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O bobo de serviço

Comentando a acção, do passado dia 10, levada a cabo pela ala monárquica do “31 da Armada”, Duarte Moral, um dos assessores de António Costa (o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, eleito em 2007, por 10,8% dos eleitores lisboetas) afirmou: "É tradição da monarquia ter uns bobos de serviço”. Tem razão, Duarte Moral, a diferença é que à época os bobos não governavam nem assessoravam.
Apache, Agosto de 2009

domingo, 16 de agosto de 2009

Gente fina é outra coisa

O jornalista João Cristóvão Baptista escreve no “24 Horas” que o Primeiro-Ministro passou duas semanas de férias numa suíte do hotel de luxo ”Insotel Punta Prima”, na ilha espanhola de Menorca (Arquipélago das Baleares), acompanhado dos filhos e de um segurança, depois de em Junho após a derrota nas “Europeias” ter descansado uns dias no “Sheraton Pine Cliffs”, em Albufeira. Ao que consta, a suíte onde Sócrates ficou alojado, custa a módica quantia de 990 euros por noite (em regime de meia-pensão). Preço a condizer com um dos pratos preferidos do governante luso, uma caldeirada de lagosta do restaurante “Jagardo”, a 100 euros a dose. O ponto interessante desta história é tentarmos perceber como é que alguém que ganha pouco mais de 5500 euros ilíquidos (não considerando as despesas de representação), consegue gastar mais de 15 mil (mais de 4 meses de ordenado líquido), numas férias de 15 dias.
Apache, Agosto de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

O caixeiro-viajante (2)

O “Público” da passada quarta-feira noticiou que nos primeiros três meses de 2009, a JP Sá Couto (a empresa que monta e distribui o portátil “Magalhães”) vendeu 212 mil computadores portáteis, o que equivale a mais 206 mil que em igual período do ano anterior. Estes números correspondem a uma aumento de vendas de mais de 3 300%. Quem pensava que Sócrates era a personificação do olhar das Górgonas, desengane-se, porque ele encontrou finalmente a sua vocação, é seguramente um dos caixeiros-viajantes mais bem sucedidos do momento. O mamífero até é capaz de vender frigoríficos a esquimós.
Apache, Maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009

Flexibilidade e adaptabilidade

Apache, Maio de 2009

domingo, 5 de abril de 2009

"Obamanias"

O recentemente eleito, presidente norte-americano, Barack Obama, deslocou-se a Londres, na passada terça-feira, para participar na reunião do G20 (o grupo dos vinte países mais industrializados do mundo). Com Obama viajaram mais de 700 elementos do seu ‘staff’ (entre as quais se contavam mais de 200 guarda-costas, vários médicos, enfermeiros e cozinheiros), o “Air Force One” (o Boeing 747-200B presidencial que o conduziu desde os E.U.A ao aeroporto londrino de Stansted), dez helicópteros que escoltaram o “Marine One” (num total de 11 Sikorsky VH-3D, um dos quais transportou o presidente entre o aeroporto e o centro da cidade) e a limusine presidencial, “A Besta” [a maioria dos homens faz questão que o seu automóvel se identifique consigo] que o levou ao local da reunião. Tantas promessa de mudança, mas em termos de taras, nada de novo na Casa Branca.
Apache, Abril de 2009

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Nevou no Dubai

No passado dia 24 de Janeiro nevou no Dubai. O fenómeno registou-se a cerca de 1700 metros de altitude, na montanha de Al Jees, a nordeste da cidade de Ras Al-Jamiah e é um acontecimento de tal forma raro, que segundo o jornal “The National”, no dialecto local não existe nenhuma palavra para designar neve. O Dubai, o segundo maior dos sete emiratos que constituem os Emiratos Árabes Unidos, famoso pelas suas monumentais obras de engenharia construiu recentemente uma pista de gelo artificial (dizem que a maior do mundo) em pleno deserto. Mas para parte significativa da população, num território onde as temperaturas costumam variar, em termos médios, entre os 14 ºC de Janeiro e os 41 ºC de Agosto, esta foi uma rara oportunidade de ver neve natural.
Apache, Fevereiro de 2009

sábado, 31 de janeiro de 2009

"Yes we cão"

“Apesar do silêncio ciumento que os meios de comunicação internacionais lançaram sobre o assunto, a notícia mais importante da actualidade não escapou aos nossos jornalistas: em princípio, existe a possibilidade de, se calhar, Obama vir a ter talvez um cão quiçá português. Há reportagens sobre criadores, entrevistas com veterinários, perfis de exemplares da raça. E é quase certo que se está a preparar uma investigação de fundo sobre a displasia da anca e carraças em geral. Que Obama teve a capacidade de mobilizar os americanos toda a gente sabia; que seria capaz de mobilizar os portugueses era mais difícil de prever. Aos americanos, prometeu livrá-los da pior crise de que há memória; a nós, disse que ia arranjar um cão. Para uns, houve oratória empolgante, patriotismo místico, um projecto histórico comum; para outros, tomem lá um bicho. Bicho esse que é nosso compatriota mas que, ainda assim, continua sendo um bicho. Não se pode dizer que sejamos um povo ao qual é difícil agradar. No entanto, a manobra, apesar de engenhosa, pode sair cara a Obama. É verdade que conquistou o povo português usando a estratégia com que os pais conquistam filhos de seis anos. Mas, uma vez adquirido o animal, o nosso herói deixará de ser Obama. Depois do Manchester de Cristiano Ronaldo e do Inter de Mourinho, também os Estados Unidos serão doravante designados como a América de Bobi. Continuará a haver cimeiras, mas os chefes de Estado reunir-se-ão na Casa Branca de Piloto. E os encontros decorrerão, de certeza, na Sala Oval de Pantufa. Qualquer vitória de Obama será também nossa, por via canina. Atrás de um grande homem há sempre um grande canídeo, como diz o ditado. A sorte de Obama é não ter tomado uma decisão definitiva sobre o bicho antes da cerimónia de investidura como novo Presidente. Se, por esta altura, o cão de origem portuguesa já fosse o animal de estimação da família Obama, boa parte dos nossos jornais exibiriam uma fotografia da tomada de posse e a legenda: «Preto jura a constituição sob o olhar do Bolinhas.» Bom, talvez não esteja a ser rigoroso. Para efeitos de comédia, distorci a tendência subtil dos jornais nacionais para celebrar tudo o que é português no estrangeiro. O mais provável é que a legenda dissesse «sob o olhar inteligente e meigo do Bolinhas». Ficaria triste, contudo, se o leitor concluísse daqui que alguma coisa me move contra o putativo cão português de Barack Obama. Nada disso. Será mais um a prestigiar o País no estrangeiro, a levar o nome de Portugal mais longe – e, tenho a certeza, com uma dignidade de que poucos se podem gabar. É certo que será mais um português a quem o Presidente americano dará ordens e ensinará a rebolar quando quiser. Nisso, o cão não se distinguirá especialmente de Durão Barroso. Mas, por uma vez, será o Presidente americano a andar atrás de um português para lhe limpar o cocó, em vez do contrário. Nisso, o cão distinguir-se-á bastante de Durão Barroso. Sim, tenho as maiores esperanças no bom desempenho do cachorro. Por mim, Cavaco pode começar a preparar uma comenda de pôr na coleira. Aqui para nós, sempre tem melhor destinatário do que muitas que ele tem atribuído.”
Ricardo Araújo Pereira, na revista “Visão” de 22 de Janeiro de 2009

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Previsões para 2009

Nada será assim tão mau que não possa piorar!
Feliz Ano Novo!
Apache, Janeiro de 2009

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ciências…

Se respira, é estudado pela Biologia; Se tem cheiro, a explicação é Química; Se não funciona, chamem um Físico; Se quase ninguém entende, é de Matemática; Se não faz sentido, explica-se em Psicologia; Se é irracional, isso deve-se à Economia; Se não respira, não tem cheiro, só funciona quando não é preciso, poucos entendem e raramente faz sentido, o que lhe achar racionalidade é de Informática.
[Adaptado de um texto que circula por e-mail]
Apache, Dezembro de 2008

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O caixeiro-viajante

José Sócrates distribuiu Magalhães pelos chefes de Estado presentes ontem na XVIII Cimeira Ibero-americana que decorre em El Salvador. Falando durante mais de cinco minutos, Sócrates apresentou o portátil como “o primeiro grande computador ibero-americano”, explicando que este é uma “espécie de Tintim: para ser usado desde os sete aos 77 anos”. Não poupando elogios ao produto da Intel montado em Portugal, acrescentou: “todos os meus assessores o usam diariamente e não precisam de mais nada”. Aditou ainda que “foi pensado para as crianças e por isso é resistente ao choque. O Presidente Chávez já o atirou ao chão e não o conseguiu partir”.
Ficámos então a saber que: “O primeiro grande computador Ibero-americano”, no mês passado era português mas agora é portuganhol; O Tintim é para ser usado dos 7 aos 77 anos; A única coisa que os assessores de Sócrates usam, quando estão a trabalhar, é o pequeno portátil, o que não constitui problema de maior, uma vez que se trata de crianças; Sócrates não corrobora a opinião de Naomi Campbell, que afirmou recentemente que Chávez é um touro. Poderá estar aqui o verdadeiro motivo da ausência de Chávez na cimeira deste ano.
Apache, Outubro de 2008

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Notícias do dia...

Em entrevista à RTP 1, Pina Moura refutou a ideia de que o convite que recebeu para presidir à Media Capital, empresa que controla a TVI, tivesse conotações partidárias, afirmando que foi escolhido "por razões de reputação profissional". A curiosidade está no facto de ter conseguido dizer isto sem se rir.
A tribo Qahtani da Arábia Saudita organizou uma competição para escolher "Os Mais Belos Camelos" da região. No concurso serão privilegiadas características como, as pernas longas, os olhos grandes, ou os corpos curvilíneos. Em jeito de brincadeira, o moderador do "site" que publicita o evento disse que "No Líbano têm a Miss Líbano. Nós aqui temos a Miss Camelo." Nós também, mas para não a melindrar chamamos-lhe "Engenheiro".
Apache, Abril de 2007

segunda-feira, 9 de abril de 2007

O túmulo perdido

A SIC noticiou hoje que vai exibir no próximo domingo, dia 15, depois do Jornal da Noite, o “documentário” de James Cameron que reivindica a descoberta em Jerusalém, do túmulo da família de Jesus Cristo. No túmulo "encontravam-se" as ossadas de Jesus, de Maria Madalena (a “mulher”) e de Judas (o “filho” do casal). Os descobertos datam de 1980 mas só agora foram identificados como pertencentes à família de Cristo. Vinte sete anos depois… Deve ter sido um trabalho árduo…
Não é a primeira vez que se fazem referências a alegadas relações passionais entre Jesus e Maria Madalena, já se ganhou muito dinheiro com isso. No entanto, como essa virtualidade parece não abalar a fé cristã (pelo menos a minha) surgem agora uns charlatães a evocar a sua ciência pútrida para “demonstrar” que os ossos encontrados pertencem à “família” de Cristo. A hipocrisia dos autores é tal, que dizem não questionar a ressurreição, apenas, que Cristo, ou não subiu ao céu, ou deixou por cá o corpo. É curioso que se sugira a falsificação da Bíblia e de dezenas de outros documentos da época que relatam os dias terrenos de Cristo após a ressurreição, mas se seja suficientemente cínico para que com uma “teoria” destas, se admita possível, crer nessa ressurreição. Atendamos que os impostores que se intitulam cientistas sejam os mesmos que defendem o “aquecimento global” antropogénico ou a queda do WTC devido aos incêndios, caso contrário, a velocidade de propagação da demência apresenta-se-nos preocupante. Esperemos para ver e sorrir…
Apache, Abril de 2007

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

O mínimo que lhes podemos chamar é… jeitosas!

Acho que é tempo de animar um pouco este blogue e, para o fazer, nada melhor que publicar umas fotos de “gajas boas”! Desta vez trata-se de meninas já retiradas da “passerelle”, mas futuramente talvez coloque fotografias de outras ainda no activo. Aproveito para deixar um beijinho para a amiga que mas enviou!

Apache, Agosto de 2006

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Quero, posso, Despacho…

Desta vez, a poderosa arma de desconstrução maciça, o Despacho, está na posse de comuns mortais, desprestigiados professores que procuram desesperadamente o seu lugarejo na história, pelo menos na história heróica do seu bairro. Há alguns meses atrás, numa Escola Básica do 2º e 3º Ciclos, da área metropolitana de Lisboa, o Conselho Executivo emitiu um comunicado aos alunos, do qual extraí a seguinte passagem: “ (…) Os alunos não poderão trazer bolas para o espaço escolar, uma vez que estão a partir de hoje proibidos todos os jogos com bolas, neste estabelecimento de ensino, exceptuam-se, obviamente, as aulas de Educação Física, estão igualmente proibidas as correrias desenfreadas dentro do recinto escolar (…)” Confesso que ao ler este comunicado não consegui evitar um largo sorriso, enquanto pensava cá para mim – Como é possível esperar que alunos de uma faixa etária entre os 10 e os 16 anos cumpram uma ordem destas? Afinal quem estava enganado era eu! Inicialmente houve alguma contestação e uma ou outra violação da regra, mas com o surgir das primeiras sansões disciplinares rapidamente se alcançou o objectivo. Hoje, alguns meses após a medida, apenas uma ou outra bola de papel é vista a rolar no asfalto da escola, timidamente pontapeada por adolescentes que se deslocam a passo atrás dela, para não chamarem à atenção de alguns professores e auxiliares de acção educativa que os possam denunciar, ante o olhar cúmplice de outros (nos quais me incluo) que protegem os “prevaricadores”. Mas não se pense que este é caso único, o ridículo tem mais adeptos…. O texto que se segue, datado de 13 de Fevereiro de 2006, é da autoria do Presidente do Conselho Executivo de uma Escola Secundária do norte do país, destina-se a alunos entre os 12 e os 20 anos e, é de uma candura semântica e voluptuosidade de pontuação digna do Diácono Remédios… “Com a Primavera surge uma temperatura amena, uma luminosidade intensa, despertam as plantas, folhas e florzinhas, os insectos, as formigas, as abelhinhas, toda a natureza se alegra. Neste contexto natural, nos jovens e adolescentes despertam também amizades, amores e paixões que os levam a comportamentos teatrais, hollyoodescos, alguns de pura alegria da juventude mas outros, por excessivos, ultrapassam os limites do decoro. Por tudo isto aconselho todos os alunos atingidos pelo Cupido, sofrendo de paixão fulminante que, por respeito por si próprio, pelo outro, e por todos nós que evitem ultrapassar a fronteira do pudor e do decoro, mesmo do Regulamento Interno. Peço a todos Brads Pitts e Angelinas Jolies que evitem manifestações de amor demasiado cinematográficos, perante as multidões, comportamentos só aceitáveis, na paz do Senhor.”
De que havemos de sorrir? Da forma do texto, do seu conteúdo, dos "atropelos" à Língua? O importante é mesmo sorrir, afinal é Primavera! Ah... e, atenção ao decoro, as bolas ficam em casa!...
Apache, Maio de 2006

segunda-feira, 6 de março de 2006

Diálogos desgovernados...

Diálogos (mais ou menos públicos) entre membros do actual desgoverno e um dos muitos jornalistas virtuais, recém-convertidos aos corredores dos gabinetes, o Chato. 1º Episódio Chato – Ó Trocas-te, então os pensionistas mais idosos vão ver as suas reformas mínimas aumentadas para 300 €? Trocas-te – É verdade! Desde que tenham mais de 80 anos, não tenham casa, carro ou contas bancárias e o cônjuge ou os filhos não tenham possibilidades económicas de os ajudar. Chato – E como é que nós vamos verificar todos esses requisitos? Trocas-te – É simples pá… Quem se quiser candidatar a este “Complemento solidário” terá apenas de preencher 5 impressos com um total de 12 páginas, juntar fotocópias do: B.I., Cartão de Contribuinte e Cartão de Pensionista; e os originais dum atestado de residência passado pela Junta de Freguesia, e do modelo 3 do IRS. O cônjuge e os filhos também vão ter que fazer prova do rendimento que têm. Chato – Ó Zé, a oposição vai dizer que são muitos impressos para um velhote com mais de 80 anos… Trocas-te – Ah, pois… Já sei!... Vou dizer que quem não tiver outras fontes de rendimento além da pensão só precisa de preencher um impresso. Chato – Desculpa mas, não estou a perceber… Se o velhote chegar ao balcão da Segurança Social a pedir um impresso para requerer o complemento de reforma e disser que não tem família nem outros meios de sobrevivência, como é que vamos saber se está a falar verdade?... Trocas-te – Ouve lá, pá… Porque não vais chatear outro?... Olha, vem aí a Ministra da Reforma da Educação… 2º Episódio Chato – Sr.ª Ministra, já sabe que todos os sindicatos de professores marcaram uma greve para uma próxima semana? Milú – Podes tratar-me por Milú! Todos os sindicatos?... Incluindo os afectos ao partido do governo? Ingratos!... Vou falar com eles… Ou pelo menos, com alguns deles… (Passados alguns dias de alegada negociação…) Milú – Pronto rapaz, os sindicatos afectos ao governo desconvocaram a greve! Chato – Mas… a senhora vai mudar de políticas?... Milú – Ora, ora… Não sejas ingénuo… Numa negociação tem de haver alguma flexibilidade… Chato – Como assim?... Milú – Prometi gabinetes de trabalho nas escolas, para todos os professores e a abertura de uma linha de crédito para aquisição de computadores portáteis por parte dos docentes! Chato – Oh Dona Milú… Mas… Já se podiam comprar portáteis com recurso ao crédito pessoal… E… Nas escolas não há espaço físico livre para a construção de gabinetes para os professores… Milú – Eu sei!… Os sindicatos falaram-me nisso… Mas achas que a opinião pública sabe?!... 3º Episódio Chato – Dona Milú… Dizem que a senhora se prepara para fechar mais de 1500 escolas do primeiro ciclo do ensino básico, algumas das quais tinham sofrido à pouco tempo obras de remodelação e modernização de equipamentos… Assim os miúdos, muitos deles com apenas 5 ou 6 anos vão fazer vários quilómetros a pé, sob condições atmosféricas muitas vezes extremas, para irem às aulas… Apesar da recessão que o país atravessa, os pais não vão gostar disto… Milú – Gostarão quando perceberem que não se trata de uma medida economicista mas de razões puramente pedagógicas!... (Passados alguns dias, o Chato questiona o Trocas-te…) Chato – Ó Zé, aqui há dias, falei com a Milú, a propósito das mais de 1500 escolas que ela pretende encerrar e disse-me que não se tratava de uma medida economicista mas de razões puramente pedagógicas… Trocas-te – Exactamente!... São critérios pedagógicos que estão por trás do encerramento dessas escolas. Chato – Pois… Só que eu tenho andado a pensar… Tu não me poderias dizer que critérios pedagógicos são esses?... Trocas-te – Então pá… Ainda não sabes?... Vamos fechar todas as escolas com menos de 20 alunos!...
Apache, Março de 2006