"Eras sobre eras se somem, no tempo que em eras vem. Ser descontente é ser homem... Que as forças cegas se domem pela visão que a alma tem!" (Fernando Pessoa)
sábado, 10 de fevereiro de 2007
Importam-se de repetir?... (4)
sábado, 3 de fevereiro de 2007
Blá, blá, blá...
Notícia do Jornal "Sol" da passada quinta-feira... "Dois deputados noruegueses nomearam o antigo vice-presidente americano Al Gore para Prémio Nobel da Paz pelos seus feitos na consciencialização global das alterações climáticas. (...) Se ganhar, não será o primeiro Nobel a ser gratificado por trabalho ambiental." Eu diria mais, se ganhar, não será o primeiro charlatão a consegui-lo, depois de em 1973 o Nobel da Paz ter ido parar às mãos do perverso Henry Kissinger, tudo se espera do Comité Nobel. Ontem, o "Sol" insistia... "Até ao final do século, o planeta vai aquecer entre 1,8 e 4 graus Celsius, o que fará subir o nível dos mares até 58 centímetros e multiplicar as secas e vagas de calor, de acordo com um estudo internacional divulgado hoje. Estas são as principais conclusões do relatório hoje apresentado em Paris pelos 500 delegados do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU, após quatro dias de intensas negociações. Os peritos basearam as suas conclusões no conjunto das investigações científicas realizadas nos últimos seis anos para actualizar e corrigir os dados do seu anterior relatório, de 2001. Para o presidente do painel, Rajendra Pachauri, trata-se de «um documento muito impressionante que vai vários passos além das investigações anteriores», e, segundo a cientista Susan Dolomon," (peço desculpa pela correcção, mas o apelido da artista é Solomon) "representante do governo norte-americano, «não há dúvida de que o aumento dos gases com efeito de estufa é dominado pelas actividades humanas». Segundo uma síntese do relatório, intitulada «Resumo à Atenção dos Decisores», o aumento da temperatura global será muito diferenciado conforme as regiões, podendo ser multiplicada por dois nos pólos, por exemplo. A subida dos termómetros fará subir também o nível dos mares entre 18 e 59 centímetros e estará na origem de múltiplos fenómenos extremos, como vagas de calor, episódios de seca e precipitações intensas cada vez mais frequentes que poderão provocar a deslocação de cerca de 200 milhões de refugiados climáticos daqui até ao fim do século. (...) O aquecimento previsto reduzirá a cobertura de neve e as calotes polares, e não se exclui a possibilidade de o gelo do Pólo Norte se derreter completamente em finais do século. (...) O painel científico deverá divulgar nos próximos meses outros relatórios sobre o impacto do aquecimento global, as formas de o mitigar e um documento final de síntese, a aprovar em Novembro em Valência (Espanha)." Isto é pior do que eu pensava, eles prometem mais episódios da novela. Aliás a repetição da mentira é de tal ordem que vários manuais escolares, editados este ano, viram alguns textos sobre os mais variados assuntos acrescentados com barbaridades científicas sobre este assunto. Como toda a gente sabe, o clima da Terra foi-se alterando ao longo de milhares (ou talvez milhões) de anos até à chegada do homem, mantendo ainda hoje uma lenta mas continuada evolução. A revolução industrial ocorreu há pouco mais de 200 anos e as "ferramentas" que nos permitem medir com precisão grandezas relacionadas com o clima têm cerca de 100 anos, por isso, apesar de parecer que na Idade Média, a Terra era bem mais quente que hoje, deixemos as "incertezas" e concentremo-nos nos factos. Segundo dados fornecidos em Dezembro pela NASA, o Planeta aqueceu, no seu todo, em termos médios, cerca de 0,5 graus Celsius, desde 1880. Obviamente, houve zonas que aqueceram mais e zonas que arrefeceram, contando-se entre as que aqueceram, a América do Norte, a Europa, parte da Ásia Central e uma pequena faixa junto ao Pólo Norte. Entre as que arrefeceram, destacam-se, a Gronelândia e quase todo o Continente Antárctico. A distribuição do gelo permanente na superfície da Terra é aproximadamente de 85% no Antárctico, 10% na Gronelândia, 4% no Árctico e 1% no topo dos cumes mais elevados do planeta. Ou seja, 95% do gelo terrestre situa-se em regiões que têm arrefecido nos últimos 120 anos. O Antárctico "vê" a espessura da sua camada de gelo aumentar 1,4 cm por ano. Ainda assim, não me choca que se chame "Aquecimento Global" a um aumento médio das temperaturas de 0,5 ºC em mais de um século, o que me choca, é que fundamentando em modelos de previsão com mais de 30 anos e comprovadamente desfasados da realidade, se insista num aquecimento de alguns graus nos próximos 100 anos, acusando disso, os gases com efeito de estufa (principalmente o dióxido de carbono), que como sabemos (no caso de serem produzidos pelo Homem e, exceptuando a respiração) são provenientes da queima de combustíveis fósseis, principalmente o petróleo, que (dizem) se esgotará dentro de 30 a 40 anos. Mas... admitamos por pura especulação que a previsão, perfeitamente ridícula, (desta vez) se confirma e o planeta aquece 5 ºC, melhor, já que é para especular, digamos 10 ºC. Agora, neste preciso momento, são 9 horas da manhã em Vostok (provavelmente o local mais frio do planeta), estação meteorológica Russa, no coração do Antárctico (latitude 80º Sul), estamos em pleno Verão, o Sol, que nasceu pela última vez a 23 de Setembro de 2006, só baixará a linha do horizonte a 21 de Março de 2007, brilhando neste momento num céu sem nuvens, os termómetros marcam 40,4 ºC negativos; em meados do passado mês de Agosto, em pleno Inverno, e após 5 meses de longa noite polar, os termómetros desciam 80 ºC abaixo do ponto de solidificação da água. Ou seja, desde Agosto até Fevereiro, a temperatura subiu no Pólo Sul terrestre (como acontece aliás, todos os anos) 40 graus. Alguém ouviu falar de cheias neste, ou em qualquer outro Verão, na Austrália, na Nova Zelândia, na Argentina, na África do Sul? Enormes quantidades de gelo derreteram e voltaram a solidificar, ano após ano, sem que isso tenha alterado o nível dos oceanos. Uma parte do gelo existente na Terra, encontra-se sobre o mar, se derreter, a água ocupará o seu lugar não resultando daí qualquer alteração no nível desta (Principio de Arquimedes). O nível do mar sobe, apenas quando derretem gelos que estão à superfície de terra firme e nunca na mesma quantidade, porque uma parte da água daí resultante é absorvida pela terra e outra evapora-se para a atmosfera em resultado do aumento de temperatura. Mas continuemos a especulação… Admitamos que a Terra aqueceria e o nível médio dos oceanos subiria significativamente, atropelando as Leis da Física, então, o clima temperado e húmido, tropical, atingiria latitudes maiores, tanto no hemisfério Norte como no Sul, os Invernos seriam mais quentes e os Verões mais frescos, devido à humidade do ar e, choveria com mais frequência. Então e onde entra a "estória" das secas extremas, dos incêndios e da escassez de água? Não faço ideia, alguém achou que ficavam bem no argumento. Tínhamos também o problema da submersão de alguns quilómetros quadrados de litoral costeiro com a subida do nível do mar… Pois tínhamos, partindo do pressuposto que todo este "romance" era verdadeiro e os governantes nada faziam para alterar a situação. Imaginem que tinham uma enorme poça de água, numa zona arenosa, e que decidiam retirar areia de dentro da poça, que acontecia à água? Ocupava o lugar deixado vago pela saída da areia, baixando assim o nível, em comparação com a terra fora da poça... E se depositassem a areia extraída, nas margens da poça? Aumentaria ainda mais o desnível entre a água e a terra firme, certo? Tecnologia de ponta!... Ah, já agora... para que é que estão a gastar uma fortuna com aquelas ilhas artificiais no Dubai, (como a palmeira da foto, ou o conhecido mapa-mundo) se o mar ao subir vai afundar aquilo tudo nos próximos anos?...
Apache, Fevereiro de 2007
domingo, 28 de janeiro de 2007
Importam-se de repetir?... (3)
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
Descubram as diferenças...
quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
Assim vai o "aquecimento" global...
A figura representa as temperaturas verificadas à superfície da Terra em Dezembro de 2006, por comparação com igual mês dos últimos 20 anos. (Fonte: NASA) Apache, Janeiro de 2007
domingo, 21 de janeiro de 2007
Algo "com contornos de ainda"...
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
1º Aniversário
domingo, 14 de janeiro de 2007
"À Noite no Museu", "Borat", "Apocalypto" e, "O Terceiro Passo"
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
À portuguesa...
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007
Os canibais são uma espécie em vias de extinção… Os Americanos comeram mais um.
quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
"Estes Natais sinistros..."
O mais grave de tudo é o desastre cultural que estes Natais pervertidos estão a causar na América Latina. Antes, quando só tínhamos costumes herdados da Espanha, os presépios domésticos eram prodígios de imaginação familiar. O menino Deus era maior que a vaca, as casinhas empoleiradas nas colinas eram menores que a virgem; mas ninguém dava atenção a estes anacronismos: a paisagem de Belém era completada com um comboio de corda, com um pato de pelúcia, maior do que um leão, nadando no espelho de uma sala; ou com um agente de trânsito a dirigir um rebanho de ovelhas numa esquina de Jerusalém. Acima de tudo punha-se uma estrela de papel dourado com uma lâmpada no centro e, um raio de seda amarela, para indicar aos Reis Magos o caminho da salvação. O resultado era bem mais feio, mas parecia-se connosco, sendo portanto melhor do que tantos quadros primitivos mal copiados do aduaneiro Rousseau.
A mistificação começou com o costume de que os brinquedos não fossem trazidos pelos Reis Magos – como sucede, com toda a razão, em Espanha – e sim pelo menino Deus. Nós, crianças, deitávamo-nos mais cedo para que as prendas não demorassem, e éramos felizes ouvindo as mentiras poéticas dos adultos. Eu não tinha mais do que cinco anos quando alguém em minha casa decidiu que já era tempo de revelar-me a verdade. Foi uma desilusão, não só porque eu acreditava mesmo que era o menino Deus que trazia os brinquedos, mas também porque queria continuar a acreditar. Aliás, seguindo a lógica de um adulto, pensei então que os outros mistérios católicos também eram inventados pelos pais para entreter as crianças, e fiquei-me no limbo. Naquele dia – como diziam os mestres jesuítas na escola primária – perdi a inocência, pois descobri que nem sequer as crianças eram trazidas de Paris pelas cegonhas, o que é algo que, ainda assim, gostaria de continuar a acreditar para pensar mais no amor e menos na pílula.
Tudo isto mudou nos últimos trinta anos, mediante uma operação comercial de proporções mundiais que é ao mesmo tempo uma devastadora agressão cultural. O Deus menino foi destronado pelo “Santa Claus” dos “gringos” e dos ingleses, que é o mesmo Pai Natal dos franceses, de quem todos conhecemos demasiado. Chegou-nos com tudo: desde o trenó puxado por renas, ao abeto carregado de brinquedos sob uma fantástica tempestade de neve. Na realidade, este usurpador com nariz de taberneiro não é outro senão o bom São Nicolau, um santo a quem quero muito, por ser da devoção do meu avô coronel, mas que nada tem a ver com o Natal, e muito menos com a "Bela Noite" tropical da América Latina. Segundo a lenda nórdica, São Nicolau ressuscitou várias crianças em idade escolar, que um urso havia despedaçado na neve e, por isso, proclamaram-no patrono das crianças. Mas a sua festa celebra-se a 6 de Dezembro e não a 25. A lenda tornou-se institucional nas províncias germânicas do Norte em finais do século XVIII, conjuntamente com a árvore dos brinquedos, e há pouco mais de cem anos, o costume estendeu-se à Grã-Bretanha e à França. A seguir passou para os Estados Unidos, e estes exportaram-no para a América Latina, com toda uma cultura de contrabando: a neve artificial, as velas coloridas, o peru recheado e estes quinze dias de consumismo frenético ao qual muito poucos se atrevem a escapar. Contudo, talvez o mais sinistro destes Natais de consumo seja a estética miserável que trouxeram consigo: esses postais de natal indigentes, esses cordões de luzinhas de cores, esses sininhos de vidro, esses penduricalhos nas janelas e nas varandas, essas canções de atrasados mentais que são os cânticos traduzidos do inglês; e outra tanta estupidez gloriosa para a qual não valia sequer a pena ter inventado a electricidade.
Tudo isto, em torno da festa mais espantosa do ano. Uma noite infernal em que as crianças não podem dormir com a casa cheia de bêbados que se enganam na porta à procura de sítio para desaguar, ou a perseguir a esposa de outro enquanto este dorme na sala. Mentira: não é uma noite de paz e amor, antes o contrário. É a ocasião solene de toda aquela gente que não queremos. A oportunidade providencial de cumprir os adiados compromissos indesejáveis: o convite ao pobre cego que mais ninguém convida, à prima Isabel que ficou viúva há quinze anos, à avó paralítica que ninguém se atreve a mostrar em público. É a alegria por decreto, o carinho por lástima, o momento de presentear porque nos presenteiam, e de chorar em público sem ter de dar explicações. É a hora dos convidados beberem tudo o que sobrou do Natal anterior: o creme de menta, o licor de chocolate, o vinho de banana. Não é raro, antes sucede amiúde, a festa terminar aos tiros. Também não será raro, que as crianças – ao verem tantas atrocidades – acabem por acreditar que o menino Jesus não nasceu em Belém, mas sim nos Estados Unidos."
terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Eu é que sou o índio…
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
Fechado para cansaço do pessoal
sábado, 9 de dezembro de 2006
Política à Portuguesa...
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
Ao desafio...
terça-feira, 28 de novembro de 2006
As “verdades” do desgoverno do Zé…
Alguém devia lembrar os papagaios do costume que uma mentira repetida muitas vezes continua a ser uma mentira. Nos últimos meses tem-se repetido vezes sem conta que Portugal tem funcionários públicos a mais, há mesmo um “estudo” realizado por um cábula qualquer, daqueles a quem faltam competência ao nível do cálculo matemático, que concluiu pela necessidade de redução do número de funcionários públicos em 200 mil. Para que não restem dúvidas, aqui ficam os números do EUROSTAT…
Percentagem de funcionários públicos em comparação com a população activa Suécia – 33,3% Dinamarca – 30,4% Bélgica – 28,8% Reúno Unido – 27,4% Finlândia 26,4% Holanda – 25,9% França – 24,6% Alemanha – 24,0% Hungria – 22,0% Eslováquia – 21,4% Áustria – 20,9% Grécia – 20,6% Irlanda – 20,6% Polónia – 19,8% Itália – 19,2% República Checa – 19,2% Portugal - 17,9%
Actualmente, Portugal é o 3º país da UE com menor número de funcionários públicos. Se o número actual, cerca de 752 mil fosse reduzido em 200 mil, estes passariam a ser 13,1% dos activos. O país da União Europeia com menor percentagem é o Luxemburgo com 16%.
Apache, Novembro de 2006