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domingo, 8 de março de 2009

A crise a que a crise chegou (2)

Porque o prometido é devido, aqui ficam os nomes de duas empresas afectadas pela crise petrolífera, económica, ambiental, internacional, etc. e tal... Foram quebras colossais nos preços do petróleo, investimentos hercúleos em energias renováveis para salvação do planeta e muitas mais tormentas. Não fosse a excelência dos seus gestores e hoje lamentaríamos os resultados. No entanto, há por aí umas más-línguas a dizer que estes lucros se devem à monopolização do mercado, à especulação de preços, aos subsídios do governo, etc. Ok, o preço do petróleo, em euros, atingiu mínimos históricos e os combustíveis em Portugal (na sua quase totalidade produzidos nas refinarias da Galp) permanecem dos mais altos da Europa mas é para as pessoas dosearem o consumo reduzindo as emissões de dióxido de carbono. Sim, a EDP pagou 18,9% de IRS em vez dos 25% do comum mortal, mas foi um incentivo ao investimento em energias alternativas. Pois, é verdade que eles cobraram a electricidade 16,4% acima da média europeia e o gás 41,2% acima, mas reafirmo que há que pensar na salvação do planeta e desincentivar o consumo excessivo. Claro que o número de trabalhadores foi reduzido, dos 13 097 (em 2007) passou-se para 12 245 (em 2008), mas isso deveu-se ao facto de se ter optado por dar a estes trabalhadores a possibilidade de procurarem um emprego mais bem remunerado noutra empresa, que os gestores da EDP querem o melhor para os seus funcionários. Deixemo-nos de maledicências e orgulhemo-nos então, destas duas empresas do sector energético que tanto nos honram com estes lucros (conjuntos) simpáticos, de quase 3 mil euros por minuto.
Apache, Março de 2009

sábado, 7 de março de 2009

A crise a que a crise chegou

A crise parece ser como o Sol, quando nasce é para todos, mas só alguns apanham escaldões. A tabela abaixo mostra os lucros (no ano transacto) dos cinco maiores bancos portugueses. À excepção do Santander Totta, cujos lucros aumentaram ligeiramente (1,5%) face a 2007, todos os outros viram os seus ganhos cair significativamente comparativamente ao ano anterior. No seu conjunto, as quedas ascendem a 40%. Contudo, não vale a pena ficarem com esse ar sisudo e triste, amanhã coloco aqui os nomes de duas empresas portuguesas (ou quase) que conseguiram resultados melhores que no ano anterior. Quanto à banca, não se preocupem muito, pois pode, se necessitar, socorrer-se das garantias do estado para superar estas dificuldades, evidenciadas pelos lucros miserabilistas destas cinco instituições de crédito, que em 2008 não foram além dos cinquenta e quatro euros e oitenta e sete cêntimos… por segundo!

Apache, Março de 2009

sábado, 10 de janeiro de 2009

Procura-se

Algumas temperaturas (em graus Celsius) registadas às 2 horas (da madrugada) do dia 9 de Janeiro de 2009, em vários locais do centro e do sul de Portugal continental, na versão do Instituto de Meteorologia: Coimbra -1,1; Figueira da Foz -2,9; Leiria -1,7; Tomar -4,4; Santarém -1,3; Almada -2,9; Setúbal -3,4; Portel -4,4; Évora -2,6; Mértola -2,8; Castro Verde -3,3; Alcoutim -1,7; Portimão -2,4. Das 69 estações meteorológicas que apresentavam valores, 61 (88,4%) correspondiam a temperaturas inferiores a zero. Àquela hora, a cidade de Lisboa apresentava a temperatura mais elevada de todas as estações do continente com 2,9 ºC. Se alguém vir por aí o aquecimento global, por favor envie-o para cá. É urgente!
Apache, Janeiro de 2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

As maiores dívidas externas

Existem vários factores que nos podem levar a classificar como rico um dado país, o produto interno bruto, o nível de vida da sua população, a riqueza do subsolo, etc. É no entanto curioso verificarmos que muitos dos países que habitualmente apontamos como estando entre os mais ricos do mundo, estão no lote dos que apresentam as maiores dívidas externas. Nesta tabela que certamente muitos desdenhariam liderar, Portugal ocupa um lugar cimeiro. Somos o 19º em dívida absoluta e ocupamos o 15º lugar em valor ‘per capita’. Seremos um país rico? Deixo a lista dos vinte países com as maiores dívidas externas do mundo, em valor absoluto (dados da CIA reportados a 31 de Dezembro de 2007), na tabela da esquerda e por habitante (cálculo meu a partir dos valores anteriores, considerando a população em 31 de Julho de 2008), na da direita. Foram tidos em conta 203 países e regiões administrativas autónomas.

(Cliquem na imagem para ampliar)

Apache, Janeiro de 2009

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sorria, você está a ser roubado…

E pior do que isso, eu também! Já aqui tinha referido (mais que uma vez) que em 2002, o preço médio do barril de petróleo foi de 66,21 euros. Nesse ano, o preço médio do litro de gasolina 95, no mercado nacional, foi de 0,91 € e o do gasóleo de 0,67 €. Há cerca de uma hora atrás, o petróleo cotava-se a 24,80 euros por barril (62,5% abaixo dos preços de 2002), enquanto o preço mais baixo do litro de gasolina 95, praticado em Portugal, era de 1 euro, na CEPSA de Valongo (10% acima do preço de 2002) e o do gasóleo era de 0,88 €, no Jumbo de Almada (31% mais que em 2002). P.S. Os preços do petróleo apresentados, referem-se ao crude de Nova Iorque. Os preços dos combustíveis foram recolhidos no ‘site’ “Mais gasolina”.
Apache, Dezembro de 2008

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Portugal sobe no ranking

Desiludam-se os que acham que na União Europeia (UE), Portugal ocupa sempre os últimos lugares comparativamente aos seus parceiros. Em 2008 ocupávamos o 4º lugar e com as alterações propostas pelo governo liderado por José Sócrates, no próximo ano alcançaremos a 3ª posição. Acredito que se confiarmos no personagem alcançaremos brevemente o primeiro lugar, neste e provavelmente noutros rankings. Agora, dava jeito acabar por aqui o texto e ficava o estimado leitor (sim, estou a admitir que alguém vai ler isto) satisfeito da vida. Lamento desiludi-lo logo em época natalícia, mas se acreditava nisso, é preferível focalizar a sua confiança no Pai Natal… O comparativo a que me refiro reporta-se à tributação de automóveis ligeiros, novos. Coma as alterações previstas no Orçamento de Estado para 2009, o governo agravará (em média) em 11% (segundo cálculos do Automóvel Clube de Portugal) o Imposto Sobre Veículos (ISV). Todos os outros países da união vão manter ou baixar idêntica tributação. Assim, Portugal subirá de 4º para 3º lugar, nos países da UE com maior tributação automóvel. Muitos países justificaram a manutenção ou o desagravamento do imposto sobre veículos novos, como um incentivo à renovação do parque visando a redução da sinistralidade e simultaneamente, um incentivo à indústria automóvel em particular e à economia em geral. Na UE há actualmente 9 países que não cobram o imposto sobre veículos, aplicando apenas o IVA. São eles: Alemanha, Inglaterra, Luxemburgo, República Checa, Bulgária, Eslováquia, Estónia, Letónia e Lituânia. Por comparação (por exemplo) com os nossos vizinhos espanhóis, os automobilistas portugueses, devido aos exorbitantes impostos, pagam muito mais pelos veículos e pelos combustíveis. Acresce à desigualdade, o facto de a rede viária espanhola ser de qualidade superior à nossa e gratuita na maioria do território. Acrescente-se ainda o facto de os salários, aq1ui ao lado, serem substancialmente mais elevados. Em 2009, por cada automóvel novo, de passageiros, 61% do que pagarmos entrará para os cofres do Estado. Uma fatia deste enorme bolo, de forma ilegal, pois continuar-se-á a cobrar IVA, não apenas sobre o preço do veículo, mas também sobre o ISV, no que constitui uma dupla tributação, pela qual a Dinamarca já foi condenada no Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias. Não satisfeito com este parasitismo, o governo propõem-se ainda a reduzir o incentivo ao abate de veículos com mais de 10 anos, do qual passarão a beneficiar apenas os automobilistas que adquiram veículos novos que emitam menos de 140 grama de dióxido de carbono, por quilómetro. Tal medida fará com que muitos veículos antigos e bastante poluentes acabem vendidos a baixo preço a pessoas de parcos recursos económicos, em vez de serem abatidos. É que apenas 25% das mais de 3800 versões de ligeiros de passageiros à venda em Portugal apresentam emissões de CO2 tão baixas e, a maioria, são carros a gasóleo, portanto, com preços de venda mais elevados, que constituem mau investimento para a esmagadora maioria da população. Repito aqui a metáfora, é Sócrates quem marcha bem, o resto da Europa leva o passo trocado.
Apache, Dezembro de 2008

domingo, 14 de setembro de 2008

“Hoje é preciso saber-se muito…”

Na passada sexta-feira, de visita à Escola Secundária José Gomes Ferreira (Lisboa), no âmbito da iniciativa “O dia do Diploma”, dirigindo-se aos alunos, José Sócrates disse que “hoje é preciso saber-se muito para se entrar no mercado de trabalho”. Uma vez mais, como já vem sendo hábito, disse-o e conseguiu não se rir. É que felizmente isso ainda não é válido para todos os empregos, no entanto, é fundamental para uma carreira política de relevo. Veja-se por exemplo o caso de Maria de Lurdes Rodrigues a quem faríamos uma injustiça se considerasse-mos que (apenas) sabe muito, quando de facto, a figurinha, sabe-a toda. Para os incrédulos nas capacidades da dita, deixo dois exemplos: 1- Cavalo de batalha da sua tutela foi a implementação de um Novo Estatuto da Carreira Docente e de um novo modelo de avaliação de professores, pois tal (dizia) era fundamental para a melhoria dos resultados escolares. Atente-se no número 2 do artigo 3º do Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro: “a avaliação de desempenho do pessoal docente visa a melhoria dos resultados escolares dos alunos (…)” Ora, durante os três anos da senhora à frente do Ministério da Educação, nos dois primeiros, a avaliação dos professores não se realizou devido ao congelamento da progressão na carreira e no último (2007/2008) apenas os contratados foram avaliados e de forma simplificada. Apesar disso, nesse período (repito, três últimos anos), a taxa de retenção e abandono escolar caiu 27,2% no ensino básico e 29,3% no ensino secundário; 2- No início de 2008, confrontada com a impossibilidade técnica de aplicação em tão curto tempo, do complexo modelo de avaliação que havia elaborado, a dona Lurdes teimou na necessidade de avaliação, ainda que simplificada, dos docentes contratados, sem a qual, não poderiam concorrer ao concurso correspondente ao ano lectivo que agora se inicia. No entanto, a avaliação deste ano lectivo de 2008/2009, nos moldes em que está legislada, só deverá ficar concluída, na melhor das hipóteses, no final de Julho de 2009, podendo mesmo prolongar-se até 31 de Dezembro de 2009. Porém, em Fevereiro, deverá decorrer o concurso para colocação e afectação de docentes que será válido por 4 anos, obviamente, sem que qualquer avaliação tenha sido concluída. Ainda há quem ache que a lógica é uma batata, mas a maioria começa a considerar que é mais provável que seja um robusto ramo de cenouras, que Lurdes Rodrigues vai devorando com avidez.
Apache, Setembro de 2008

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Passar é ‘bué da fixe’…

De acordo com os dados publicados pelo Ministério da Educação, tornados públicos, ontem, a taxa de reprovações nos ensinos básico e secundário, atingiu no passado ano lectivo (2007/2008) o valor mais baixo da última década. A melhoria dos resultados, ao que consta, ter-se-á verificado em todos os níveis de ensino. Quando comparadas com o ano anterior, as reprovações diminuíram 3,5% no secundário e 2,5% no básico. Perguntada pelo jornalista do Correio da Manhã se estava satisfeita com os resultados, a Ministra respondeu: “Muito. Diminuímos o insucesso e o abandono. É motivo de alegria e orgulho para todos.” Justificando os resultados, a 'douta' senhora afirma que resultam “de um trabalho continuado: mais tempo de estudo acompanhado, o Plano de Acção da Matemática, planos de recuperação, escola a tempo inteiro.” Senhora Ministra, não confunda os professores com a gentinha dos gabinetes ministeriais, motivo de orgulho para um professor é os seus alunos demonstrarem elevado grau de conhecimentos, não uma equipa ministerial mostrar capacidade de manipulação estatística. Para lhe reavivar a memória, lembro que o Estudo Acompanhado existe apenas no ensino básico, o Plano de Acção da Matemática, também foi implementado apenas no básico e somente nos dois últimos anos, não tendo sido aplicado a nenhum aluno que agora completou o 12º ano, planos de recuperação também só existem no básico e a escola a tempo inteiro, apenas no 1º ciclo. O que significa que não apresenta qualquer justificação válida, para as melhorias reveladas pelas estatísticas, no ensino secundário, onde as reprovações caíram em relação ao ano passado: 1,6%, no 10º ano; 4,2% no 11º ano; e 3,3% no 12º ano. Em comparação com o início da década de noventa, o número de chumbos diminuiu escandalosamente cerca de 50%, apesar da massificação da escolaridade obrigatória até ao 9º ano, ter trazido para o sistema mais alunos com dificuldades de aprendizagem. Em compensação, enquanto nessa época os alunos, à saída do secundário sabiam qualquer coisinha, hoje, salvo honrosas e escassas excepções, repetem frases avulsas lidas em manuais e copiam acriticamente textos encontrados na Internet. A capacidade de raciocínio de alguns é tão fraca que o único futuro que se lhes augura é um cargo no governo. Alguns, com a cunha certa, talvez cheguem a ministros da educação e então, tal como acontece hoje, será inútil explicar-lhes que o sucesso educativo se mede pelo grau de conhecimentos dos alunos e não pelas percentagens de aprovação.
Apache, setembro de 2008

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A Falta de vergonha... (2)

Num balanço aos meses de Verão mais frios de que tenho memória, escreve-se assim no Instituto de Meteorologia: “O Balanço Climatológico do Verão de 2008 (meses de Junho, Julho e Agosto) no Continente evidencia registos de um período caracterizado por tempo quente e seco. Numa comparação com os valores médios de referência climatológica (3 décadas, de 1971 a 2000) verifica-se que no Verão do corrente ano as temperaturas médias situaram-se ligeiramente abaixo daqueles valores, embora evidenciando uma elevação relativamente aos valores médios registados em igual período do ano passado.” O texto (que podem ler na íntegra no link acima) continua em moldes de tal ridículo que não consegui conter o riso nesta frase: “Numa análise regional do Verão de 2008 no Continente verifica-se que no Sul foram registados valores de temperaturas máximas acima dos valores do período de referência” [referem-se a 1971 a 2000]. O artigo não está assinado, o que é pena, porque a um funcionário destes, eu preferia que os meus impostos pagassem o Rendimento Social de Inserção, e dessem o emprego a alguém com neurónios suficientes para conseguir ler um termómetro. Já agora, antecipando a possibilidade da propagação pelo Instituto, de semelhante espécie, deixo uma perguntita… Será que se faz a despistagem de álcool e drogas nas instalações do Instituto de Meteorologia, ou o sítio virou ‘Sala de Chuto’?
Apache, Setembro de 2008

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O CO2 oficial (de Mauna Loa) e o CO2 real

O gráfico acima mostra a média das concentrações de CO2 na atmosfera, medidas por processos químicos, em 43 estações espalhadas pelo mundo, entre os anos de 1812 e 1961. Por comparação com os valores oficiais, actuais, de 380 partes por milhão (ppm), em volume, foram medidos valores superiores a estes, entre 1810 e 1830, bem antes da Revolução Industrial se ter generalizado. Também no início da década de 40 do século passado, os valores medidos foram superiores aos (ditos) actuais, apesar da redução significativa da produção industrial provocada pela Segunda Guerra Mundial. Este gráfico conduz-nos a três importantes verdades inconvenientes: 1- Al Gore mente quando afirma que a actual concentração de dióxido de carbono na atmosfera é a mais alta dos últimos 650 mil anos; 2- O CO2 emitido pelos humanos, é praticamente desprezável quando comparado com o emitido pela natureza, repare-se que no final da 2ª Grande Guerra (1945) a produção industrial sofreu um incremento gigantesco e os níveis de dióxido de carbono na atmosfera baixaram significativamente; 3- Durante estes 150 anos de medições, os períodos em que o declive (inclinação) da linha foi aproximadamente constante não ultrapassaram os 10 anos, enquanto no gráfico apresentado (figura abaixo) pelos propagandistas do aquecimento global antropogénico, com concentrações “medidas” em Mauna Loa (no Havai), desde 1958, o declive tem-se mantido, com subida mais ou menos constante ao longo dos 50 anos. Claro que contra o gráfico acima se pode argumentar que os dados foram obtidos em apenas 43 estações. É verdade, mas como actualmente se mede numa única estação, o principal defeito nem é esse, mas sim, o facto de ser uma média e, sendo o CO2 mais denso que o ar, não atinge grandes altitudes, não sendo por isso de fácil dispersão no ar, além disso, é razoavelmente solúvel em água, portanto facilmente arrastado para o nível do solo (ou do mar) pelas chuvas, sendo previsível que a sua concentração varie muito de local para local, ao contrário do que afirma a propaganda oficial. Quanto ao gráfico abaixo (que repito, corresponde ao único valor oficialmente aceite), que já havia sido parcialmente publicado no ‘post’ de 27 de Junho de 2008, além de resultar de uma ideia ridícula é provavelmente falso. Ideia ridícula, porque, como já havia referido no ‘post’ referenciado, sabendo-se que os vulcões libertam enormes quantidades de dióxido de carbono para a atmosfera, só um tonto se lembraria de escolher como único local de medição o maior (entenda-se mais volumoso) vulcão activo do planeta, Mauna Loa. Mais, a “apenas” alguns quilómetros deste, fica Kilauea, considerado o vulcão mais activo do mundo. Ambos integram o Parque Nacional de Vulcões da Havai, que tem um terceiro vulcão activo, Hualalai. Tal como referi, o gráfico (abaixo) mostra um aumento constante da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, dando a ideia de que isso se deve ao contínuo aumento da actividade industrial humana, no entanto, seria previsível, que a quantidade de CO2, na atmosfera da ilha do Havai (Big Island) aumentasse mais significativamente a partir de 1983, data em que se iniciou a erupção do Kilauea, que se mantém. Esse incremento na quantidade de CO2 deveria ser ainda mais acentuado em 1984, ano em que se deu a mais recente erupção do Mauna Loa. Os valores de concentração de CO2 apresentados neste último gráfico sofrem pequenas oscilações anuais, que deveriam corresponder às estações do ano. No Inverno está mais frio e o abaixamento de temperatura favorece a dissolução do CO2 nas águas do oceano, com consequente diminuição da sua quantidade na atmosfera. No Verão, o aumento de temperatura provoca a evaporação de parte desse CO2, daí o aumento da sua concentração na atmosfera. Mas mais uma vez há aqui um pequeno problema, o Havai, onde foram “recolhidos” estes dados apresenta um clima tropical, com temperaturas praticamente constantes todo o ano (as variações de temperatura média diária, ao longo do ano, não vão além dos 4 ºC), pelo que, as oscilações apresentadas no gráfico não deveriam existir. Com base no exposto, concluímos que: ou as medições são mal efectuadas e não representam com o mínimo de fidelidade, a realidade, ou (hipótese mais provável) os dados para a construção do gráfico são pura e simplesmente inventados e, portanto, não fazemos a mínima ideia de qual é a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, nem no Havai, nem em qualquer outro local, o que, vendo bem as coisas, também não tem grande interesse.

Apache, Agosto de 2008

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Mais valia estar calado

Al Gore continua a sua carreira de mentiroso profissional acusando o “aquecimento global” de tudo e mais alguma coisa. Desta vez (a 6 de Maio, passado) foi numa entrevista à rádio pública dos Estados Unidos (NPR) que (o mesmo artista que em finais dos anos oitenta disse na Argentina que as lebres e as ovelhas estavam a cegar por causa do “buraco do ozono”), o dito senhor (sem ofensas) culpou o “aquecimento global” pelo furacão Nargis que quatro dias antes havia devastado Myanmar com trágicas perdas humanas. Se Gore tivesse um palminho de testa, antes de vir a público debitar as baboseiras que lhe ocorrem, ou que lhe são sussurradas pelos engraçadinhos do cartel petrolífero (e não só), consultava primeiro os dados disponíveis. Mas a inteligência de Al Gore deve ser proporcional à sua honestidade, portanto não dá para mais. Por vezes, nem mesmo o companheiro das aldrabices (que diz que é uma espécie de cientista), James Hansen, do GISS (da NASA) consegue manipular suficientemente os dados para lhe salvar a pele. A imagem seguinte mostra a variação das temperaturas medidas por satélite, na baixa troposfera, entre Janeiro de 2007 e Abril de 2008. O zero do eixo vertical representa o valor médio das temperaturas desde que há satélites. A verde estão as temperaturas globais, medidas sobre terra e mar, a azul as medidas sobre os oceanos e a vermelho, as medidas sobre os oceanos nas zonas entre os trópicos.

Apache, Maio de 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Alguém me explica? (2)

A FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) anunciou anteontem que a produção mundial de arroz, deste ano, deverá bater todos os recordes, cifrando-se em 666 milhões de toneladas, mais 2,3% que no ano passado. Enquanto que o consumo deverá crescer cerca de 0,5%, atingindo (segundo os meus cálculos) algo próximo dos 380 milhões de toneladas. Este ano de 2008 ficará assim marcado por um aumento do excedente mundial de arroz. Pergunta inconveniente… Porque raio, os preços do arroz nos mercados mundiais, subiram 76% nos quatro primeiros meses deste ano? Pelo visto, a “lei da oferta e da procura” vale tanto para os especuladores, como as leis da Física para os “ecologistas”…
Apache, Maio de 2008

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Somos todos iguais, mas... (3)

O quadro contíguo evidencia o decréscimo das emissões, por parte dos E.U.A., dos seis principais poluentes atmosféricos. Contrariamente aos tão badalados mitos do “aquecimento global” e do “buraco do ozono” antropogénicos, a poluição tem (nos países mais pobres, que só nas últimas décadas do século XX despertaram para a Revolução Industrial) causado sérios problemas às populações. Parece no entanto que, à semelhança de tantos outros indicadores do nível de desenvolvimento, também no que se refere à poluição, somos todos iguais, mas alguns são mais iguais que outros. [Fonte: EPA (Agencia de Protecção Ambiental dos Estados Unidos)]
Apache, Abril de 2008

terça-feira, 15 de abril de 2008

"Aquecimento Global" ausente, em parte incerta

O gráfico acima, construído com dados fornecidos por satélite, mostra a variação das temperaturas na zona do globo compreendida entre as latitudes, 20º N e 20º S. O passado mês de Março foi o mês mais frio dos últimos 18 anos. A temperatura média daquela faixa (mais de 21% da superfície da Terra) ficou 0,5 ºC abaixo da média.
Apache, Abril de 2008

sábado, 22 de março de 2008

Meio verdes, meio engraçadinhos

A Lusa escrevia assim…
“(…) De acordo com o relatório da World Wildlife Fund (WWF), citado pelo diário espanhol 'El Mundo', a floresta ocupa actualmente uma superfície de 3.866 milhões de hectares, cerca de metade do espaço que ocupava há oito mil anos. Só na última década desapareceram quase 94 milhões de hectares de floresta, o equivalente a 5,6 milhões de campos de futebol por ano. O abate ilegal de árvores e a desflorestação para cultivo agrícola são os principais responsáveis por estes números, a par dos incêndios. (…)” Isto é aquilo a que eu chamo de meia notícia, oportunista. Meia notícia, porque dá a ideia errada que anda toda a gente a destruir floresta, o que não corresponde minimamente à verdade. Segundo o relatório oficial da FAO, entre 1990 e 2005, o Mundo perdeu cerca de 125 milhões de hectares de floresta, aproximadamente 3% da área florestada. A maior parte desta área é utilizada para a agricultura, mantendo-se assim como área ‘verde’. Dois países são responsáveis por quase 60% desta perda; o Brasil, cuja floresta diminuiu neste 15 anos, 42 milhões de hectares e a Indonésia, que perdeu 29 milhões. Outros 7 países (Sudão, Myanmar, Congo, Zâmbia, Nigéria, Tanzânia e Zimbabué) perderam em conjunto 48 milhões de hectares. Ou seja, estes 9 países, são responsáveis por 95% da área total de floresta perdida. O mundo tem mais de 190 países, não percebo por isso a generalização por omissão. Oportunista porque numa época de exagerado protagonismo da ecologia, protagonismo esse, conseguido amiúde com aldrabices científicas, uma notícia destas, deixa no ar a possibilidade de terem sido os países desenvolvidos a contribuir para esta desflorestação, quando na realidade, todos eles aumentaram ou mantiveram a sua área florestal. Nos países mais pobres a população cozinha e aquece-se com lenha, e a agricultura sem acesso a adubos e a técnicas de produção modernas necessita de grandes áreas para conseguir alimentar as populações. Mais, não fossem as parvoíces ecológicas dos bio-combustíveis e certamente parte significativa destas florestas não tinha sido perdida. Este é fundamentalmente um problema económico e não ambiental, até porque os países que mais florestas derrubaram são os que apresentam as maiores percentagens de área florestal no seu território (com excepção da Rússia, que manteve a sua área florestal e detém 20% de toda a floresta mundial). Quando a educação, a tecnologia e as energias mais limpas (como o ecologicamente tão odiado petróleo) chegarem a preços acessíveis às áreas mais remotas destes países (se é que alguma vez isso vai acontecer) o mundo deixará de perder significativamente, área florestal.
Apache, Março de 2008

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Disse 150 000 empregos?

Segundo dados divulgados ontem (terça-feira) pelo Eurostat, Portugal é o país da União Europeia, onde a taxa de desemprego mais subiu, em Agosto de 2007, face ao mesmo mês do ano anterior.
Dos 27 países da União, 24 viram as suas taxas de desemprego diminuir em Agosto deste ano, por comparação com 2006. Apenas, Portugal, com um aumento de oito décimas, a Irlanda e o Luxemburgo, com uma subida de três décimas, contrariaram a tendência Europeia.
A actual (Agosto) taxa de desemprego, no nosso país, cifra-se em 8,3%, contra 7,5% em igual mês de 2006. A Irlanda e o Luxemburgo apresentam agora, 4,7% e 5%, respectivamente.
Nos restantes vinte quatro estados membros, o desemprego baixou, em período homólogo, tendo as maiores quedas, acontecido na Polónia (de 13,3 para 9,1%) e na Lituânia (de 5,8 para 4,1%).
Os países que apresentam as taxas mais baixas, são: a Dinamarca e a Holanda, ambas com 3,3%. Com taxas mais elevadas que Portugal, estão (apenas): a Eslováquia, com 11,1 e a Polónia, com os já referidos 9,1%.
Será que os 150 mil empregos prometidos fugiram Europa fora?
Apache, Outubro de 2007

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Somos todos iguais, mas…

Segundo a lista dos 100 maiores multimilionários portugueses, elaborada pela revista “Exame”, Belmiro de Azevedo continua a ser o homem mais rico de Portugal, tendo este ano, conseguido aumentar a sua fortuna de 1 779 milhões de euros para 2 989 milhões de euros, correspondendo a 68% de crescimento.
Em segundo lugar, tal como no ano anterior, encontra-se Américo Amorim, agora com uma fortuna avaliada em 2 784 milhões de euros, a que corresponde um acréscimo de 80,5% face ao ano anterior.
José Manuel de Mello mantém-se no terceiro lugar com “pouco mais” de 2 000 milhões de euros, bem à frente do quarto colocado, que para não variar em relação ao ano passado, é ocupado por Horácio Roque, cujo “pé-de-meia” vale aproximadamente mil milhões de euros. No quinto lugar surge a primeira novidade face ao ano transacto (em que ocupava a nona posição), é ocupado pelo “Sr. CCB”, Joe Berardo, cuja fortuna cresceu este ano 62%, valendo actualmente 890 milhões de euros.
A família Teixeira Duarte “saltou” também na tabela, da décima nona para a nona posição, aumentado o seu pecúlio em mais de 110%, valendo actualmente os seus bens, cerca de 702 milhões de euros.
Foram 11 os afortunados que viram os seus nomes constar pela primeira vez no “Top 100”. A entrada para a posição mais elevada, foi protagonizada pela família Rocha dos Santos Vasconcelos, que com uma fortuna avaliada em 312 milhões de euros, se colocou no 21º lugar. Entre os nomes mais sonantes das novas entradas, contam-se: Luís Filipe Vieira (Presidente do Benfica), que com 149 milhões de euros, ocupa o 75º lugar e, Alexandre Relvas (Mandatário da candidatura de Cavaco Silva às últimas presidenciais), que com cerca de 127 milhões de euros, ocupa o 85º lugar.
Somando a fortuna destes cem indivíduos, chegamos à módica quantia de 34 mil milhões de euros, que corresponde (apenas) a 22,1% do PIB. Esta verba chegaria para pagar 14 meses de ordenado (considerando a remuneração média em Portugal) a 4 milhões de portugueses, quase 80% da população activa.
Apache, Agosto de 2007

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Somos todos iguais, mas…

A Galp apresentou (no passado dia 8) as contas do primeiro semestre de 2007, onde se destacam resultados líquidos ajustados (leiam-se lucros) de 285 milhões de euros, um aumento de 71% face a igual período de 2006.
Enquanto isso, o total de impostos pagos pela empresa, diminuiu face a idêntico período do ano transacto, 14 milhões de euros, devido a sucessivos benefícios fiscais concedidos pelo governo. Será a isto que chamam “meter o socialismo na gaveta”?
(Fonte: "Site" da empresa)
Apache, Agosto de 2007

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Quem é que escreve isto?

Neste país se organizassem um campeonato de declarações ridículas, apenas os jornalistas conseguiam dar luta aos políticos. Alguém do "Diário Digital" e/ou da "Lusa", referindo-se às vítimas mortais de acidentes de viação, escreveu esta pérola... "«Em 1995 a taxa era de 271 vítimas por milhão de habitantes (Será? É que 3 anos depois, era de 186, segundo a Direcção Geral de Viação (DGV)!), o dobro da União Europeia (UE). O ano passado situou-se nas 91,5% acima da média da UE» (Espera aí... 91,5% acima, é quase o dobro, que corresponde a 100%. Se for assim, terá ficado quase na mesma.) Disse aos jornalistas António Pinelo, vice-presidente da Estradas de Portugal". "Os números apresentados equivalem a uma redução de 297% na taxa de vítimas mortais por milhão de habitantes em Portugal (Hã? Redução de 297%? Uma redução de 100% significava que não havia vítimas. Afinal, por cada pessoa que morre na estrada, nascem três, o que significa um acréscimo de duas pessoas a cada vítima mortal. Agora é que eu percebi porque é que o Ministro da Saúde anda a fechar maternidades...), segundo o estudo elaborado pela União Europeia." (Estudo? Isso explica muita coisa... Não seria melhor basearem-se em dados estatísticos?!) (...) "O Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino (Ups, não vai sair daqui coisa boa...), que presidiu à cerimónia, sublinhou que Portugal é o país «que mais tem diminuído a sinistralidade nos últimos anos», apontando a contribuição da construção de mais vias de comunicação (Ora cá está, fecham-se maternidades e abrem-se estradas, quanto mais estradas menos sinistros e mais nascimentos...), a fiscalização de condutores e o novo Código da Estrada." (Então mas o novo Código da Estrada só entrou em vigor em 2005... Terá produzido efeitos retroactivos? E o facto de na Margem Sul andarem todos de camelo, não terá dado uma ajudinha?)
Agora os dados estatísticos da DGV...

No gráfico de 2005 falta a Itália, cuja sinistralidade é inferior à portuguesa, assim, Portugal ocupava o 16º lugar entre os 25.
Em 2006, o número de vítimas mortais baixou para 81 por milhão de habitantes, ligeiramente abaixo da média europeia, ainda assim, mantemos a 16ª posição.
Apache, Junho de 2007

terça-feira, 28 de novembro de 2006

As “verdades” do desgoverno do Zé…

Alguém devia lembrar os papagaios do costume que uma mentira repetida muitas vezes continua a ser uma mentira. Nos últimos meses tem-se repetido vezes sem conta que Portugal tem funcionários públicos a mais, há mesmo um “estudo” realizado por um cábula qualquer, daqueles a quem faltam competência ao nível do cálculo matemático, que concluiu pela necessidade de redução do número de funcionários públicos em 200 mil. Para que não restem dúvidas, aqui ficam os números do EUROSTAT…

Percentagem de funcionários públicos em comparação com a população activa Suécia – 33,3% Dinamarca – 30,4% Bélgica – 28,8% Reúno Unido – 27,4% Finlândia 26,4% Holanda – 25,9% França – 24,6% Alemanha – 24,0% Hungria – 22,0% Eslováquia – 21,4% Áustria – 20,9% Grécia – 20,6% Irlanda – 20,6% Polónia – 19,8% Itália – 19,2% República Checa – 19,2% Portugal - 17,9%

Actualmente, Portugal é o 3º país da UE com menor número de funcionários públicos. Se o número actual, cerca de 752 mil fosse reduzido em 200 mil, estes passariam a ser 13,1% dos activos. O país da União Europeia com menor percentagem é o Luxemburgo com 16%.

Apache, Novembro de 2006