"Eras sobre eras se somem, no tempo que em eras vem. Ser descontente é ser homem... Que as forças cegas se domem pela visão que a alma tem!" (Fernando Pessoa)
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Boca-a-boca
quinta-feira, 14 de setembro de 2006
Jogo logo existo!

"Se dissermos dadas as dificuldades de contra-argumentação que alguém é louco, então eu preferiria ser louco a ser sábio... Gosto dos homens que mergulham. Qualquer peixe pode nadar perto da superfície, mas é preciso ser-se um grande cetáceo para descer nas profundezas... Os mergulhadores do pensamento voltaram à superfície com os olhos raiados de sangue desde o princípio do mundo. Reconhecemos com facilidade que há perigo nos exercícios físicos extremos, mas o pensamento é também um exercício extremo e executado em ar rarefeito. A partir do momento em que pensamos, enfrentamos necessariamente uma linha onde se jogam a vida e a morte, a razão e a loucura, e esta linha arrasta-nos. Só podemos pensar, aceitando este jogo de feiticeira, que não estamos forçosamente condenados a perder, pois ele só faz sentido se não estivermos forçosamente condenados à loucura e à morte."
Melville
quarta-feira, 13 de setembro de 2006
sexta-feira, 8 de setembro de 2006
Pedro e Inês
sábado, 2 de setembro de 2006
United 93
Há dias, deu-me na cabeça e fui ver o voo 93 (título em português), um filme baseado no que alegadamente se terá passado no Boeing 757-200 da United Airlines que às 10 horas (locais) do dia 11 de Setembro de 2001 caiu na Pensilvânia.
Dois motivos podem levar um comum mortal ao cinema para ver este tipo de filme, ainda por cima conhecendo o final, ou se gosta do patriotismo exagerado com que, normalmente, Hollywood enfeita este tipo de películas, ou se espera que ele seja mais uma acha para a fogueira das múltiplas teorias da conspiração que teimosamente a Casa Branca tanto insiste em alimentar.
Como sabia que o realizador é Inglês, Paul Greengrass, de seu nome, e um amigo, que já tinha visto o filme, me tinha dito que este nada continha, de nacionalismo exacerbado, as minhas expectativas eram de que se tratasse de mais uma versão dos acontecimentos, tipo, Fahrenheit 9/11 (filme que, diga-se em abono da verdade, também me desiludiu um pouco).
Entrei no cinema já sobre a hora da sessão e para meu espanto, verifico que a sala não tem mais de 30 pessoas. É certo que se trata de uma sessão à meia-noite mas o filme só estreou há 15 dias.
A acção desenrola-se quase toda em 2 cenários: uma sala de um centro de operações de coordenação de todo o tráfego aéreo dos E.U.A. e o avião. As excepções a estas regras são algumas cenas rodadas nas salas de controlo de alguns aeroportos. A primeira desilusão surge quando me parece (apesar de não perceber nada de aviões) que o avião usado no filme não é um Boeing 757-200, mas um avião bastante mais pequeno e antigo. Ou se pretendeu conter os custos de produção, ou o objectivo era dar a ideia (falsa) que o avião estava mais cheio, recorde-se que oficialmente estariam 38 passageiros a bordo (incluindo os terroristas) e o avião dispõe de 228 lugares, (o que corresponde a menos de 17% de ocupação).
Mas a grande desilusão acontece quando nos apercebemos que o filme não é mais que uma compilação das gravações que foram divulgadas como sendo as tidas pelos controladores aéreos, bem como, os alegados telefonemas dos passageiros do voo, nos momentos que antecederam o trágico final de viagem. Pareceria um documentário, não fosse o facto de ser baseado em factos “irreais”, pincelado aqui e ali por algumas cenas ficcionadas, passadas a bordo, umas de um dramatismo gratuito, outras de um ridículo hilariante.
Não vou entrar em pormenores, para não estragar mais a surpresa de alguém que pretenda ver o filme.
Para os que ainda não viram, fica apenas a sugestão…
Não levem grandes expectativas, o filme é banal, não traz nenhuma “luz” à obscura versão oficial dos acontecimentos deste dia (pois é neutro em relação a ela) nem contribui em nada para esclarecer a verdade dos factos.
Aspecto mais positivo – Põe a nu a total inoperância dos responsáveis pela segurança interna dos E.U.A., nomeadamente a NORAD, que permitiram o êxito da “operação”.
Aspecto mais negativo – O comportamento dos terroristas durante o sequestro do avião. Traça deles um retrato psicológico de profundos idiotas, completamente incapazes de levar a cabo uma acção deste tipo.sexta-feira, 25 de agosto de 2006
O mínimo que lhes podemos chamar é… jeitosas!
domingo, 20 de agosto de 2006
"Ganda Tourada"
(Durante uma corrida de touros na Malagueta Arena, em Málaga… Os “artistas” são: o toureiro espanhol, Salvador Cortés e o Rojo.)O que me apetecia era perguntar aos dois se acham bem estarem a fazer esta “figura” na frente de 30 mil pessoas, mas… como o Rojo “non habla castellano”, fico-me por uma perguntita ingénua para o Salvador… Como é que te conseguiste pôr nessa posição, pá?
Apache, Agosto de 2006
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Para pensar...
Imaginem: domingo, 6 de agosto de 2006
Sinais dos Tempos?... (2)
[Beirute, Capital do Líbano, início da manhã, 5 de Agosto de 2006... ]
"Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça,
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tantos sonhos à flor das águas
e os rios não me sossegam,
levam sonhos, deixam mágoas.
Levam sonhos, deixam mágoas,
ai rios do meu país...
minha pátria à flor das águas,
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas,
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas,
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa,
porque vai de olhos no chão?
Silêncio... é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos,
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos,
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada,
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz, do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar,
como quem ama a viagem,
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas),
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada,
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada,
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo,
se notícias vou pedindo.
Nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo,
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles para quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça,
há sempre alguém que semeia,
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste,
em tempo de servidão,
há sempre alguém que resiste,
há sempre alguém que diz não!" quarta-feira, 26 de julho de 2006
Importam-se de repetir?... (2)
quarta-feira, 12 de julho de 2006
"Cinderela" - Carlos Paião
sábado, 8 de julho de 2006
Blatter, de novo o centro das atenções…
Não é que… pediu mesmo!
Todos sabemos que as arbitragens deste mundial de futebol têm sido polémicas. De facto os donos do apito (e das bandeirinhas) estiveram longe de exibições irrepreensíveis, mas... hoje em dia, todas as equipas perdem por culpa do árbitro, raramente alguém reconhece os seus próprios erros.
Poque há uns dias, também eu o havia criticado, é justo que hoje destaque alguém que, sendo o homem mais poderoso do futebol mundial teve a “humildade” (ou será que outros interesses mais altos se levantaram?) de reconhecer o seu erro.
No final do mais polémico jogo deste “Alemanha – 2006”, o Portugal – Holanda, o presidente da FIFA, o Suíço, Joseph Blatter, criticou o árbitro da partida, Valentin Ivanov.
Nos dias seguintes, primeiro a Federação Russa de Futebol, depois a imprensa mundial (com destaque para russos, norte americanos, ingleses, franceses e alemães) criticara duramente as palavras de Blatter. No “New York Times” escrevia-se: “Antes tivesse sido o Russo, o culpado do mais feio, aberrante, cínico e depravado jogo de uma fase final de um mundial de futebol” e acrescentava “cartão vermelho para as declarações de Blatter”. “O Sovietskiy Sport” desafiava o suíço, nestes termos, “ Aponta quais os cartões mal mostrados por Ivanov ou pede desculpa”. E não é que pediu mesmo…
Na passada Terça-Feira, 4 de Julho, dia de aniversário de Ivanov, Joseph Blatter, em conferência de imprensa proferiu as seguintes declarações:
“Peço desculpa ao árbitro russo Valentin Ivanov por ter dito que este merecia um cartão amarelo pela sua actuação na partida entre Portugal e a Holanda, dos oitavos-de-final do Campeonato do Mundo, foi um jogo muito difícil para ele, devido ao comportamento dos jogadores de ambas as equipas, preocupados com tudo excepto jogar futebol.
Lamento o que aconteceu e a declaração que fiz sobre ele, no final do jogo. Os jogadores mereceram todos os cartões exibidos e o cartão amarelo que eu dei a Ivanov, merecem-no as duas equipas.”
Será que foi reconhecimento do erro e, se assim foi, aplica-se a máxima “quem confessa o pecado não merece castigo”? Será que o facto de Blatter se preparar para se recandidatar a um novo mandato na FIFA e a pressão que sobre ele foi exercida pela imprensa, nada teve a ver com esta reviravolta?
Polémico como sempre, vai continuar a ser o centro das atenções… Até quando?
P.S. Bem me parecia que o cartão que ele queria dar a Ivanov era de parabéns pelo aniversário! Eh, eh, eh!segunda-feira, 3 de julho de 2006
Este ainda é pior que eu...
O jornal “New York Times” publica hoje um comentário ao Mundial de futebol em que critica a “falta de ideias” da equipa portuguesa nos jogos que tem disputado neste mundial, principalmente no último jogo frente à selecção inglesa.
Dificilmente se arranjaria um título menos abonatório para o artigo…
“Portugal in Semifinals in Spite of Itself”
Escreve-se em subtítulo… “Depois das caras novas, das esperanças, e das grandes esperanças africanas, há um «outsider» ainda vivo…"
O comentário, datado de um de Julho, de Gelsenkirchen e assinado pelo jornalista desportivo George Vecsey, critica duramente a actuação de Portugal durante o mundial, dando especial ênfase ao jogo dos quartos-de-final, apontando “a gritante falta de ideias da equipa, principalmente no jogo em que defrontou os ingleses, onde apesar de ter mais um jogador em campo durante uma hora, nada fez para tentar ganhar.”
Diz George Vecsey, “Portugal, a nação que há 40 anos, Eusébio levou às meias-finais, está de volta do modo mais precário que seria possível imaginar.”
“É difícil pensar-se em Portugal como um intruso, mas pelo que até agora demonstrou e pelo que jogam os colossos que o acompanham é-o certamente!”
Acrescenta ainda que “o sistema de desempate por penalties coloca todos em pé de igualdade, recompensando equipas como Portugal, que nenhuma iniciativa mostra durante a maior parte do tempo de jogo.”
"Num torneio dominado pela qualidade imposta pelos grandes do futebol mundial, todos os danados da mó de baixo, se podem agarrar a Portugal como o Santo Patrono dos Pequenos.” Aqui vai a foto para o teu açúcareiro, Morgana...
domingo, 2 de julho de 2006
Egoísmo
sexta-feira, 30 de junho de 2006
terça-feira, 27 de junho de 2006
Mais um que nos diverte...
Logo após o término do jogo dos oitavos de final do “Alemanha – 2006”, entre as equipas da Holanda e de Portugal, o dirigente máximo da FIFA, Joseph Blatter veio a público criticar a arbitragem nestes termos…sexta-feira, 23 de junho de 2006
Por A + B
Apache, Junho de 2006
quinta-feira, 15 de junho de 2006
A jóia de pechisbeque!...
No passado dia 2 de Junho, o Ministério da Educação publicou no “site” da Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE), as listas de colocações do concurso para educadores e professores do 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário referentes a 2005/2006. No dia seguinte, o Primeiro-ministro congratulou-se publicamente com a forma como decorreu o concurso, afirmando que foi o mais rápido de sempre, decorrendo sem os erros dos últimos anos. Idênticas declarações foram sistematicamente repetidas pela titular da pasta da educação. A entidade responsável pelo concurso, a já citada DGRHE foi distinguida com uma Menção Honrosa do Prémio Fernandes Costa, atribuído anualmente pelo Instituto de Informática do Ministério das Finanças e da Administração Pública, e seleccionada para a final da 4ª edição do prémio Deloitte – Diário Económico “Boas Práticas no Sector Público”, na Categoria II, com o projecto “Concurso de Docentes 2005/2006”.sábado, 10 de junho de 2006
"A cantiga do campo" - Madredeus
domingo, 4 de junho de 2006
Da dignidade de uns à prepotência de "outros"...
Ao colega Braga Maia, Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Inês de Castro (Coimbra) e à equipa que lidera, apresento público apreço e solidariedade, pela coragem e dignidade profissionais que os levaram à demissão em bloco da Direcção Executiva do Agrupamento, na sequência da apresentação pelo Ministério da Educação da proposta de alteração do Estatuto da Carreira Docente e das infames ofensas públicas que a Sr.ª ministra dirigiu aos docentes.
A Direcção Executiva representa o Ministério da Educação junto da Comunidade Educativa. Pergunto, quem, sendo digno profissional na área da educação pode estar disponível para representar a prepotência, a difamação, a mentira, o insulto, a manipulação?
Ainda que por cobardia, mais ninguém demonstre igual nobreza de atitude, aos colegas demissionários, em meu nome e no de muitos colegas com quem tenho contactado, agradeço orgulhosamente… Obrigado colegas, por esta lição de dignidade!
Quanto à tão badalada proposta de alteração do ECD, não merece o meu comentário!
Aos sindicatos pseudo-representativos da classe, que alegadamente negoceiam a proposta, deixo uma modesta opinião… O respeito e a dignidade dos professores não são negociáveis!
A todos os colegas, deixo uma pergunta… Quantas mais afrontas estamos dispostos a tolerar, até que da indignação se faça acção?
À Sr.ª ministra, não digo, mas apetecia-me dizer... A demência é tratável, não tolerável!











