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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O bobo de serviço

Comentando a acção, do passado dia 10, levada a cabo pela ala monárquica do “31 da Armada”, Duarte Moral, um dos assessores de António Costa (o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, eleito em 2007, por 10,8% dos eleitores lisboetas) afirmou: "É tradição da monarquia ter uns bobos de serviço”. Tem razão, Duarte Moral, a diferença é que à época os bobos não governavam nem assessoravam.
Apache, Agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ministério da Igualdade (entre Homens e animais?)

Aqui ao lado (na vizinha Espanha), o Ministério da Igualdade, liderado por Bibiana Aído, distribuiu um guia, destinado a crianças e adolescentes dos 9 aos 17 anos, que faz parecer a nova lei da educação sexual da nossa Assembleia da República, escrita por puritanos. O guia foi distribuído numa altura em que o governo socialista prepara alterações à lei do aborto para permitir que a partir dos 13 anos, as adolescentes possam abortar sem conhecimento dos pais. No Guia de Saúde VIII, do Ministério da Igualdade, a propósito de sexualidade, lê-se: “vive, investiga, descobre, aprende.” Mais adiante… “Não há uma idade ou um momento determinado para partilharmos a nossa sexualidade. [Não?] Não imponhas isso a ti própria nem permitas que to imponham. A decisão é tua.” Sob a “bandeira” da liberdade, acrescentam: “Tu és dona dos teus sentimentos, do teu corpo, do teu prazer e da tua vida.” Destinasse-se o prospecto a adolescentes e pensar-se-ia que estávamos perante um texto de “deseducação sexual”. No entanto, considerando que se destina também a crianças de 9 anos, quem autorizou a sua distribuição parece não distinguir os humanos dos animais irracionais. A ser assim, não se percebe porque permitem os espanhóis que alguém mentalmente doente exerça o cargo de ministra.
Apache, Agosto de 2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Estará o PS a trabalhar para a maioria absoluta… do PSD?

No último debate parlamentar antes das férias, Manuel Pinho, à hora, Ministro da Economia dirigia-se aos deputados nos moldes que a imagem documenta. Portugal, a mais velha nação da Europa e historicamente uma das mais prestigiadas nações do mundo, não pode continuar a dar-se ao luxo de ter, há vários anos a esta parte, nos mais altos cargos da nação, gentinha sem competência, sem educação, sem cultura e sem o mínimo sentido de estado. Se os principais partidos políticos querem reocupar alguma credibilidade junto da opinião pública, além de uma imperiosa alteração de políticas, têm de parar de arregimentar nas suas fileiras a borra da nossa sociedade.
Apache, Julho de 2009

domingo, 24 de maio de 2009

Do episódio de Espinho…

Tenho assistido com alguma incredulidade aos comentários que muitos professores têm feito, sobre a notícia que abriu há dias o “Jornal da Noite” da SIC. Falo da célebre gravação de parte de uma aula da disciplina de História, por duas alunas de uma turma do 7º ano de escolaridade (do Agrupamento de Escolas Sá Couto, em Espinho), instigadas pelas respectivas mães. É habitual neste tipo de assuntos, que a opinião pública, ávida de romances de cordel, tome partido da acusação, principalmente (como aparentemente parecia ser o caso) quando adolescentes são confrontados com uma conversa sobre sexo, numa aula de História. A tendência para o julgamento imediato, sem possibilidade de defesa dos acusados é o predilecto dos indivíduos de baixa formação. Mas (pasme-se) neste caso, chegou de onde menos se esperava, de muitos outros professores... Pergunto se as “virgens ofendidas” com o discurso (excessivamente irritado e por vezes grosseiro da docente), o estão pelo facto de a professora ter falado de sexo após ostensiva provocação dos alunos, ou pelo facto de conservadoramente ter criticado a promiscuidade sexual de alguns alunos da turma e a falta de educação que (pelo menos) uma encarregada de educação lhe havia mostrado? Será que, se em vez de criticar as práticas das alunas, a professora tivesse distribuído preservativos e pílulas do dia seguinte, numa antecipação aos ditames da professorinha (chefe) da “5 de Outubro” a SIC abriria com essa notícia o seu “Jornal da Noite” e as “virgens” calariam a ofensa?
Alguns (alegados) factos com comentários telegráficos: A professora condenou algumas práticas sexuais das alunas - Devia tê-lo feito em particular (com as alunas em causa) evitando expor a toda a turma, informações privilegiadas sobre a intimidade de algumas; A professora exagerou no volume de voz - Estava tão irritada com a insistência dos alunos no tema (sexo) que nem se apercebeu que o silêncio deles (absolutamente invulgar numa aula de 7º ano, ainda para mais numa turma mal comportada) denunciava algo premeditado; A professora falou de orgias - Referia-se aos Romanos (nomeadamente durante a governação de Nero), tema enquadrado no programa do 7º ano, de História; A professora lembra aos alunos que é ela quem corrige os testes - Constatação de um facto que descontextualizado como está (devido aos constantes cortes (feitos pela SIC) à sequência da gravação) é susceptível de poder ser interpretada como uma ameaça de penalização aos alunos; A Presidente do Conselho Executivo (PCE) instaurou Processo Disciplinar à docente - Atitude adequada ao apuramento da verdade dos factos; A PCE ou a Directora Regional de Educação do Norte (as notícias são contraditórias) suspendeu a professora - De acordo com o disposto no actual Estatuto Disciplinar (Lei nº 58/2008, de 9 de Setembro), parece-me uma atitude excessivamente precipitada, no entanto, desconhecendo a fundamentação do acto (que se encontra em segredo de justiça) fica o benefício da dúvida; As alunas (menores de idade) gravaram a aula sem autorização (sequer conhecimento) da professora - Sem prejuízo de outros factos que lhes possam ser imputados, incumpriram os deveres previstos nas alíneas e), g), i), o) e q) do artigo 15º do Estatuto do Aluno (Lei nº 3/2008, de 18 de Janeiro) e provavelmente mais alguns previstos no Regulamento Interno do Agrupamento; As mães das alunas, não só instigaram a gravação e (ao que parece) ajudaram a preparar as interrogações à professora, como a enviaram à SIC - (A provar-se) Instigaram e fizeram a apologia do crime previsto no artigo 199º do Código Penal, cometendo assim os crimes previstos nos artigos 297º e 298º do mesmo.
Não querendo alongar-me nos comentários até que se conclua o processo disciplinar em curso, deixo apenas mais uma questão: Em que escola (de que país) leccionam os colegas que criticaram (e por vezes ofenderam grosseira) cega e descontextualizadamente (muitos sem ouvirem a manipulada gravação), em vários blogues de professores, o comportamento da professora sem, com proporcional indignação, condenarem a atitude reprovável das alunas e, mais ainda, dos respectivos encarregados de educação?
Apache, Maio de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

E você, já definiu os seus objectivos para o ano transacto?

De acordo com uma notícia difundida ontem pelo Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, no Agrupamento de Escolas de Santo Onofre (onde no passado dia 2 de Abril, o Director Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, violando o disposto nos artigos 61º, 62º e 63º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de Abril, destituiu o Conselho Executivo democraticamente eleito) a Comissão Administrativa Provisória (entretanto nomeada pela direcção regional) prolongou até às 17 horas de ontem (21 de Maio, a menos de um mês do final do ano lectivo) o prazo para apresentação de objectivos individuais, para o ano lectivo de 2008-2009, dos docentes daquele agrupamento. É certo que (opinião minha) os objectivos individuais de nada valem, aliás, esta terminologia foi introduzida na avaliação de professores pelo Decreto Regulamentar nº 2/2008, acrescentando (em clara violação do artigo 112º da Constituição da República Portuguesa) normas ao disposto no Estatuto da Carreira Docente. Não é a sua utilidade que está aqui em causa, antes, o ridículo da apresentação de objectivos para uma dada acção, não anteriormente ou na fase inicial da mesma mas quando ela se aproxima do termo. Maria de Lurdes Rodrigues (a tal senhora ministra que se orgulha de ter sido anarca; especialmente dotada para a tarefa de aposição de selos em sobrescritos) e os seus gestores escolares predilectos prometem reformar as velhas noções de lógica. Tal como em Nárnia se abrem as portas do velhinho guarda-fato e um mundo mágico se revela, este Ministério da Educação vai-nos abrindo as portas do hospício expondo toda uma nova realidade demencial.
Apache, Maio de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Perdeu os professores! Ganhará os homossexuais?

Segundo o “Diário de Notícias” do passado sábado, Sócrates propõe (ao que parece, numa moção ao congresso, escrita por António Costa) que o PS apresente no seu programa eleitoral para as próximas legislativas, a aprovação do casamento entre homossexuais. Politicamente, a jogada parece boa, enquanto os partidos de esquerda roubam votos ao PS pela insistência nas vergonhosas alterações impostas no domínio da educação, o PS rouba votos àqueles partidos, assediando a comunidade homossexual. No entanto, contrariamente ao que pensa o “menino de lata”, o que parece nem sempre é e mais esta machadada na moral cristã pode custar caro ao PS. Se assim não for, Maria de Lurdes Rodrigues ainda vai ter de reformular a sua célebre verborreia de Junho de 2006: “perdi os professores mas ganhei a opinião pública”, alterando-a para um mais rosado: perdi os professores mas ganhei os homossexuais. Será desta que António Costa vai abrir o Salão Nobre da Câmara de Lisboa aos “gays de Santo António”?
Apache, Janeiro de 2009

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Previsões para 2009

Nada será assim tão mau que não possa piorar!
Feliz Ano Novo!
Apache, Janeiro de 2009

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Prós e contras (professores versus ME)

Um debate bem mais interessante que o habitual, desta vez estavam presentes os dois lados do “conflito”, apesar de a balança pender (como convinha, que a tradição ainda é o que era) para o lado oficial. Um balanço telegráfico…
Armandina Soares, a Presidente do Conselho Executivo (PCE) de Vialonga e Inês de Castro, a PCE do Agrupamento do Monte de Caparica, julgam-se perseguidas por cento e muitos mil docentes… Calma meninas, quem vos persegue é tão só a vossa consciência!
Albino Almeida, o Super-Pai: “o processo [de avaliação] está parado.” Ups… Tiro no porta-aviões.
Fátima Campos Ferreira: “Sem quotas não há mérito.” A moderadora (loura) a fazer um striptease intelectual. Mandem os petizes para a cama…
Maria do Rosário Gama, a PCE da "melhor" escola pública, mostrou-se calma mas incisiva. Muito boa a metáfora do soldado, 140 mil professores marcham com um passo, o Ministério da Educação com outro e a ministra acha que tem o passo certo. Muito boa também, a afirmação de que a sua escola (primeira pública nos rankings) foi avaliada com “Bom” (uma nota a meio da escala) pela Inspecção Geral da Educação. Cada um que tire daí as ilações que entender.
Mário Nogueira esteve bem, na generalidade, mas deixou-se provocar pelo Secretário de Estado.
Maria do Céu Roldão era o papagaio de serviço. A senhora doutora em ciências ocultas, perdão, ciências da educação, era a ‘pedaboba’, quero dizer, pedagoga, de serviço. O seu currículo indesejável, lá estou eu outra vez, invejável, isso sim, fala por si. O que deveria ser suficiente para a manter calada, mas… Pelos livros que publicou e pelas aulas de doutoramento que leccionou na área do desenvolvimento curricular, é uma das principais responsáveis pelo estado lastimável a que isto chegou. A senhora não é deste mundo.
O Senhor Secretário de Estado… Who?... Sorry, i don’t speak Portuguese.
Apache, Novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A barraca, já abana?

Abriram as urnas nos Estados Unidos. São seis os candidatos ao mais alto cargo da federação. A saber: Chuck Baldwin (Constitucionalista); Bob Barr (Libertário); Cynthya McKinney (Verde); Ralph Nader (Independente); John McCain (Republicano) e, Barack Obama (Democrata). Obviamente, apenas os dois últimos teriam efectivas possibilidades de serem eleitos. Primeiro porque dispõem das máquinas partidárias, depois porque os fundos angariados pelos outros candidatos são absolutamente irrisórios face às gigantescas fortunas investidas nestes últimos. Aliás, admitir dois candidatos com possibilidades de eleição já é optimismo a mais. Seria um escândalo se daqui a umas horas Barack Hussein Obama não fosse o novo Presidente Eleito dos Estados Unidos. Por um lado, McCain carrega aos ombros a pesada herança deixada aos republicanos por Bush, aquele que foi provavelmente o pior presidente de sempre. Por outro, cedo se percebeu que Obama é o preferido dos que na sombra são o poder real, prova disso é angariação de fundos por parte dos democratas, Obama conseguiu 639 milhões de dólares, enquanto McCain se ficou por quase metade, 360 milhões. Como se isso não bastasse, também cedo, a comunicação social tomou partido pelo candidato democrata, no que poderia ser uma ajuda preciosa, caso se revelasse necessário. Em época de alegada crise financeira profunda, estas foram, por larga margem (quase o dobro de 2004), as mais caras eleições de sempre. Os candidatos angariaram 1 634 milhões de dólares, o que, considerando a mediocridade dos mesmos, me parece, literalmente, deitar dinheiro ao lixo. Mas em questões políticas (tal como nas sociais), os Estados Unidos sempre foram o exemplo a não seguir. Em época que se diz de mudança, nada de novo, aqui, “debaixo” do Sol.
Apache, Novembro de 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Vêm aí os carros eléctricos…

Na semana passada, o senhor Pinto de Sousa, com o habitual espalhafato que caracteriza a sua acção, gafes e aldrabices incluídas, anunciou um acordo com a Renault/Nissan para a comercialização em Portugal de carros eléctricos já em 2011. Ao que parece a marca vai estrear os carros um ano antes (2010, portanto) em Israel, estando previsto o lançamento dos mesmos na Dinamarca no início de 2011, chegando depois ao nosso país na segunda metade do ano. Segundo a Renault, serão (numa primeira fase) introduzidos no mercado nacional 4 mil veículos destinados a empresas, podendo posteriormente ser introduzidos (por volta de 2020) veículos destinados a particulares. As empresas adquirirão o carro, com motor (ou motores, segundo consta, um para cada eixo) eléctrico, alimentado por uma bateria que se manterá propriedade da marca, pagando uma mensalidade por um pacote de carregamentos (20 numa primeira fase) que efectuarão em postos próprios que a Renault vai construir em parceria com outras empresas. O acordo parece (como convém) satisfazer ambas as partes. O Governo anuncia com grande propaganda, já para daqui a 3 anos, algo que nos próximos 10 terá uma cota de mercado insignificante, desdobrando uma vez mais a já bafienta bandeira ecológica. A Renault aproveita para testar a resposta do mercado a este tipo de veículo, praticamente não correndo riscos inerentes ao negócio, que deverá ser subsidiado na quase totalidade pelo Governo e pela União Europeia, embolsando ainda mensalmente (além do pagamento a prestações das viaturas) os lucros das cargas das baterias. Aproveitando ainda para testar a durabilidade dos motores, único calcanhar de Aquiles desta tecnologia, se excluirmos a autonomia e o tempo de carga das baterias, que espero sejam de iões Lítio (semelhantes às dos telemóveis). Para já, a marca não anunciou nenhum pormenor técnico dos carros, mas é de esperar um custo de produção idêntico ao associado a motores a gasolina de igual potência, o que significa um preço de venda ao público bem abaixo do dos carros actuais, porque os veículos eléctricos estão isentos de Imposto Automóvel e como o IVA incide também sobre este imposto, os carros eléctricos pagarão também menos IVA. Estes veículos estão também isentos do Imposto de Circulação (vulgo Imposto de Selo). Quanto ao desempenho dos carros, será de esperar uma velocidade máxima idêntica à dos carros com motores de combustão de idêntica potência e, acelerações e recuperações muito melhores, pois o motor eléctrico apresenta um binário máximo praticamente desde o arranque. Quanto à segurança passiva e activa, nada tem a ver com a questão mecânica, portanto não se esperam alterações. É ainda espectável uma assinalável redução no ruído do motor. As grandes questões que se levantam e me levam a aconselhar, quem precisar de mudar de carro nos próximos anos, a esperar para ver, antes de se meter em aventuras, prendem-se, como já referi, com a durabilidade dos motores no pára-arranca das nossas cidades e com o tempo de carga e mensalidade das baterias. Quanto à questão ecológica, nada de euforias, não à gases a saírem pelo escape, mas mais de 60% da electricidade que se produz em Portugal é proveniente da queima de carvão e fuel, as fábricas de baterias estão entre as industrias mais poluentes e a reciclagem das mesmas no final da vida (que não será (para já) superior a 3 ou 4 anos) também não se vislumbra tarefa fácil.
Apache, Julho de 2008

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Alberto João Jardim igual a si próprio

No passado Sábado, no tradicional comício de Verão do PSD-Madeira, em Porto Santo, Alberto João Jardim (AJJ), sem papas na língua, foi uma vez mais, polémico quanto baste, ao denunciar a podridão moral do Governo liderado pelo pseudo-engenheiro José Sócrates.
Referindo-se (provavelmente) à recente lei sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), disse:
"Quando se fazem leis contra a vida humana é um precedente que não podemos consentir para, depois, fazerem outros direitos ou se ofenderem outros direitos das pessoas em nome do Estado Absoluto.”
Não me identifico com o populismo de AJJ, em muito, semelhante ao do PM, mas tenho de elogiar (uma vez mais) a coragem de ser politicamente incorrecto chamando os bois pelos nomes.
São conhecidos os “entraves” que AJJ tem colocado à implementação da nova lei da IVG no arquipélago. Reconheço que do ponto de vista legal, não vejo como fugir à implementação da dita, no entanto, não deixo de simpatizar com a oposição que AJJ lhe tem movido. De facto, os seus críticos, acusam-no de ao não ter ainda implementado a Lei, violar a Constituição da Republica Portuguesa (CRP), mas quantas vezes o Governo da República o fez, pelos mais variados motivos. Aliás, recordo uma vez mais que a própria Lei, generalizando a prática da IVG nas primeiras 10 semanas viola claramente a CRP. Mais, não deveria a Madeira, enquanto Região Autónoma beneficiar de uma Lei própria neste tipo de assuntos, de consciência ética e moral do povo? Recordo que o “Sim” obteve na região, 34,56% dos votos validamente expressos, a que corresponde 13% da população madeirense maior de idade. Recordo ainda que, por exemplo, sendo proibidos os toiros de morte em Portugal, foi criada uma excepção legal em Barrancos, que (que eu saiba) não tem autonomia de governo.
Mas Jardim foi ainda mais longe e antecipando-se às mais que prováveis futuras propostas do PS, disparou…
"Querer o casamento de homossexuais e tudo isso que o Governo socialista prepara, essas não são causas, são deboche, são degradação, é pôr termo aos valores que nós portugueses, a nossa alma nacional, tem desde o berço e que os nossos pais nos ensinaram."
Uma vez mais, aparte o populismo do discurso, bem patente na singela linguagem, subscrevo o conteúdo da mensagem.
Enquanto seres humanos, os homossexuais têm os mesmos direitos e deveres que quaisquer outros cidadãos, não fazendo no entanto sentido, que beneficiem de direitos reservados a grupos específicos de cidadãos. O casamento pressupõe, na cultura cristã, com a qual se identifica mais de 90% da população portuguesa, a constituição de família, tal como a adopção de crianças tem por base uma família adoptiva.
Apesar de o Estado evocar uma laicidade aberrante face à cultura da esmagadora maioria da população, não pode nem deve ignorar os valores culturais e tradicionais seculares, bases da nação lusa, “igualando” juridicamente práticas moralmente repulsivas.
Tolerância não é sinónimo de, não discriminação. Se educacionalmente inculco valores de tolerância perante a diferença, em termos legais tenho que defender a descriminação positiva do casamento e da adopção como exclusividade dos heterossexuais.
Apache, Agosto de 2007

sábado, 12 de maio de 2007

Madeleine McCann - Mais de uma semana depois

Passou mais de uma semana desde o desaparecimento da Madeleine, que hoje completa o seu 4º aniversário. Depois de as autoridades portuguesas terem “assobiado para o ar” nas horas imediatas ao desaparecimento, apesar dos meios actualmente envolvidos, há medida que o tempo passa, diminui a esperança de trazer a criança de volta à família. Infelizmente, casos como este não são raros. Só no ano passado, (2006) foram denunciados, ao Instituto de Apoio à Criança 31 desaparecimentos de menores. Vinte e quatro destas crianças foram encontradas (duas delas, sem vida). As restantes sete crianças continuam desaparecidas. Porque não deram os órgãos de comunicação social portugueses, a estas crianças, destaque idêntico ao da pequena Madeleine McCann? E a Polícia Judiciária, envolveu (ou envolve) idênticos meios na busca? Da negligência de alguns, das taras de outros e de interesses obscuros de muitos, as crianças continuam a ser as principais vítimas. Até quando, vamos permitir que assim continue?
Apache, Maio de 2007

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A nova monarquia

Este país parece-se cada vez mais com uma monarquia… A corte está a transbordar de bobos, a diferença é que até 1910 não eram eles que governavam.
Apache, Abril de 2007

domingo, 14 de janeiro de 2007

"À Noite no Museu", "Borat", "Apocalypto" e, "O Terceiro Passo"

Ilusões e desilusões...
À noite, no museu Uma comédia ligeira, sobre um museu de História Natural, onde à noite, todas as “figuras” expostas ganham vida. Ben Stiller e Robin Williams contracenam nos papéis principais de um filme, apenas sofrível, com um argumento pouco explorado e escassas piadas com graça. Borat: Aprender Cultura da America Para Fazer Benefício Glorioso à Nação do Cazaquistão Um longo título para uma triste comédia. Borat é um repórter da televisão Cazaque que se desloca aos Estados Unidos para fazer uma reportagem sobre os hábitos dos americanos mas passa o tempo a tentar encontrar a sua nova paixão, Pamela Anderson. Confesso que fui ver o filme porque sabia que tinha sido proibido no Cazaquistão e na Rússia e pensei tratar-se de algo politicamente inconveniente. Pura ilusão, o filme não é uma crítica aos costumes Cazaques pois nada tem a ver com a realidade desse país, é antes, uma sequência de “apanhados” mal conseguidos que pretendem ridicularizar certas peculiaridades da “América” profunda. Borat não é um jornalista, é um trolha (no pior sentido da expressão) com “pseudo-piadas” pacóvias, ordinárias, por vezes cruéis. Um actor medíocre, um argumento inexistente e uma péssima realização fazem deste, um dos piores filmes a que já assisti. Apocalypto Mais um filme com a marca inconfundível de Mel Gibson. Uma visão do lado obscuro da Civilização Maia, nas vésperas da chegada dos espanhóis. Um homem que tenta desesperadamente lutar pela vida, pela família, pela conservação do seu tranquilo modo de vida. Um filme violento que põe a nu o lado animal, predador, cruel, do ser humano, bem como o espectáculo degradante montado pelos líderes para entreter o povo. Não é um filme sobre o que de melhor nos deixaram os Maias, antes, sobre o lado oculto de cada um de nós. Um filme intenso e dramático, de um realismo quase chocante, que peca apenas pela previsibilidade de algumas cenas. Com a devida ressalva aos mais sensíveis, é um filme que vale a pena ver. O Terceiro Passo Realizado por Christopher Nolan (o mesmo de “Batman – O Início”), a acção passa-se na Londres da viragem do século (XIX para XX). Dois jovens mágicos competem pela fama, tentando obsessivamente, cada um deles, descobrir os truques do outro. O argumento é cheio de mistérios e “ilusões”, ficando (sempre) algo por explicar. Entre a ousadia, o desejo e a ambição, fundindo o espectáculo com a ciência, dois homens vão trilhando caminhos paralelos, competindo muito para lá dos limites do tolerável, num “jogo” perigoso, enganador, fatal. Um elenco de luxo: Hugh Jackman (o Wolverine de “X-Men”), Christian Bale (o Batman de “Batman – O Início”), Michael Caine, Scarlett Johansson e David Bowie, entre outros menos conhecidos; um argumento envolvente e complexo e uma excelente realização contribuem no seu conjunto para um filme intenso, sobre um mundo fascinante, no limiar da confiança, da fé, da ciência e da vida! Um filme onde houve a coragem para abordar (pela primeira vez), ainda que de forma ligeira, a vida e obra de um dos maiores génios de todos os tempos, Nikola Tesla.
(Espero que de futuro alguém seja politicamente incorrecto o suficiente para retomar e aprofundar este tema. Será?) Na minha modesta opinião, este é o melhor filme actualmente em exibição.
Apache, Janeiro de 2007