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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Copenhaga - A ficção climática

“Se calhar não é novidade a história dos e-mails roubados à Universidade de East Anglia. A instituição em causa possui um importante centro de estudos climatológicos e a correspondência em causa, trocada ao longo de duas décadas entre proeminentes cientistas do ramo, revelou que, além de tentarem destruir a reputação de colegas discordantes e bloquear a publicação dos respectivos trabalhos, os cientistas distorcem, escondem, esquecem e aldrabam informação alusiva às mudanças climáticas. E tudo isto para «demonstrar» que as ditas mudanças seguem o sentido do «aquecimento global» e que este se deve à acção do homem. Se calhar, para muitos a história é mesmo novidade. Embora, no mínimo, os e-mails insinuem a forte possibilidade de a lengalenga em volta do clima constituir uma desmesurada fraude, a verdade é que os «media» não lhes têm dedicado um milésimo da atenção merecida, por exemplo, pelo «documentário» de Al Gore, um projecto com o rigor científico de «Marte Ataca». Os «media» nacionais, então, não dedicam aos e-mails atenção nenhuma, enquanto «Marte Ataca», perdão, «Uma Verdade Inconveniente» continua em exibição nas escolas a título de evangelho. Claro que a indiferença com que a imprensa procura enterrar o escândalo é compreensível: deve ser embaraçoso admitir um logro que se divulga há anos. Aliás, se formos justos compreendemos a indiferença de todos, incluindo da comunidade científica «oficial», que arrisca perder os abundantes financiamentos, e da classe política, que apanhada algures no meio dos negócios e da histeria ergueu o «aquecimento global» a centro da sua retórica. A partir de determinada aceleração, o avião não pode interromper a descolagem. Principalmente se o avião levanta rumo à Dinamarca, onde decorrerá a Cimeira de Copenhaga. Para um evento devotado à influência do homem no clima, de facto não conviria à Cimeira admitir a forte suspeita de que tal influência é nula ou quase. A solução passa por fingir o oposto e prosseguir os trabalhos na presunção de que o mundo, o autêntico e não o do catastrofismo ambiental, está à beira do fim. Assim, durante os próximos dias, sumidades e estadistas vários arriscam discutir de cara séria uma calamidade imaginária, mais ou menos como se o planeta se mobilizasse para inventariar os estragos dos marcianos, enfrentar a ameaça dos marcianos e impor medidas ruinosas a pretexto dos marcianos. Até prova em contrário, os marcianos não existem. Além de perigosa, a Cimeira de Copenhaga será hilariante”
Alberto Gonçalves, no “Diário de Notícias” da passada sexta-feira (4 de Dezembro)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"Ainda Orwell"

"Um conhecido aforismo de George Orwell resume a ambição subjacente à política das alterações climáticas: quem controla o passado, controla o futuro e quem controla o presente, controla o passado. Os defensores da tese da actividade humana como a causa do aquecimento global controlam o presente da discussão política e pretendem controlar o futuro político da humanidade. O que não se sabia era até onde estavam dispostos a ir na tentativa de controlar o passado. Na última semana ficámos a saber, depois de ‘hackers' terem retirado cerca de 1000 e-mails e 3000 documentos das bases da Climate Research Unit (CRU) da universidade de East Anglia. O director do CRU coordena o HadCrut, uma unidade conjunta com o Hadley Centre for Climate Prediction and Research, que é uma das quarto fontes de dados do IPCC. Os documentos extraídos do CRU mostram de forma transparente a existência de manipulações dos dados de temperatura, de forma a ocultar variações "inconvenientes" à tese do aquecimento global. Mostram também que há uma campanha deliberada de limitação do livre inquérito científico nesta matéria, através de ataques à reputação de cientistas com posições contrárias, do boicote à publicação de artigos e da viciação do processo de peer review. Em suma, o que transparece destes documentos é o desprezo de cientistas com um papel crucial no IPCC por princípios éticos básicos e pela honestidade intelectual, subordinando a investigação à obtenção de resultados que promovam uma causa política. Só surpreende a ingenuidade, ou impunidade, com que estas manobras são discutidas por alguns dos intervenientes: o resto não. Nos últimos anos, pelo menos dois pedidos de cedência de dados ao abrigo da lei de liberdade de informação foram recusados pelo HadCrut, o último dos quais com a inusitada justificação que a divulgação dos dados podia "causar danos às relações internacionais". Pela primeira vez, registos de temperatura ascenderam à categoria de segredo de Estado. O CRU fez tudo para evitar a divulgação dos dados e chegou mesmo a declarar que parte das séries tinha sido "perdida". Agora compreendem-se melhor os motivos do pânico. Num editorial invulgarmente desonesto, o Financial Times tenta limitar os estragos e atribui aos que exigem mais transparência na investigação delírios de uma "vasta conspiração". Não é -vasta. A peça central da política do aquecimento global é o relatório do IPCC de 2007, em particular o capítulo 9, apresentado como o "consenso de 2500 cientistas". Sucede que o capítulo crucial tem apenas 53 autores. Desses, 38% são ingleses e um quinto do total são cientistas do CRU. Dos artigos científicos aí citados, 70% têm como co-autores os 53 cientistas envolvidos: vasta conspiração ou uma rede social com grandes afinidades intelectuais e ideológicas? O potencial de descrédito para a investigação científica é o resultado da tentativa de utilização do ambientalismo para concretizar uma velha obsessão progressista: a instauração de um governo mundial, assessorado por "peritos" capazes de controlar o futuro e prevenir todos os males. Na cabeça dos crentes, a grandeza do propósito justifica os meios. Orwell sabia do que falava."
Fernando Gabriel, Investigador Universitário, no "Diário Económico" de ontem

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Carta Aberta ao Presidente das Maldivas

Há, sensivelmente, um mês, o Governo das Maldivas reuniu-se debaixo de água, segundo noticiou a imprensa, com o objectivo de alertar para as consequências da subida do nível do mar resultante das alegadas “alterações climáticas”. No início deste século, uma equipa internacional esteve nas Maldivas a efectuar estudos que concluíram que o nível do mar na região permaneceu estável nos últimos 30 anos. O cientista que liderou essa equipa, indignado com a propaganda implícita na dita reunião de governo, escreve assim ao presidente Mohamed Nasheed: “Sr. Presidente, Realizou recentemente um Conselho de Ministros submarino de sensibilização para a ideia de que nível do mar está a subir e, portanto, ameaça submergir as Maldivas. Esta proposição não é fundada em factos observáveis nem em verdadeiros juízos científicos. É, portanto, incorrecta. Por isto, manifesto-me muito surpreendido com a sua acção, tendo redigido a presente carta como forma de protesto. Em 2001, quando o nosso grupo de investigação encontrou provas irrefutáveis de que o nível do mar não estava em crescimento nas Maldivas, pelo contrário, permaneceu bastante estável nos últimos 30 anos, eu pensei que não seria respeitoso para com o povo do arquipélago se voltasse para casa e apresentasse os resultados nas instâncias internacionais. Por isso, decidi anunciá-lo numa entrevista à emissora de TV local. No entanto, o seu antecessor no cargo censurou a notícia, interrompendo a transmissão. Quando o senhor se tornou presidente, esperei a democracia e o diálogo. No entanto, escrevi-lhe duas vezes, ambas sem resposta. O seu povo não deveria viver sob a constante ameaça de que não há futuro para eles nas suas próprias ilhas. Esta mensagem é profundamente inapropriada, uma vez que não é fundada na realidade mas sim num conceito importado, que carece de justificação científica, sendo, por isso, insustentável. Simplesmente não há base racional para ele. Deixe-me resumir alguns fatos (veja a figura junta e as provas apresentadas em Mörner, 2007):

A azul, o nível do mar nas Maldivas, nos últimos 500 anos. A cor-de-rosa, a estimativa máxima de subida até ao final do século.

(1) Nos últimos 2000 anos, o nível do mar apresentou 5 picos que oscilaram entre os 60 cm e 1,2 m acima do nível actual; (2) Entre 1790 e 1970 o nível do mar esteve cerca de 20 centímetros mais elevado do que hoje; (3) Na década de setenta, o mar baixou cerca de 20 centímetros, vindo a situar-se no nível actual; (4) O nível do mar manteve-se estável nos últimos 30 anos, o que significa que não se justifica qualquer alarmismo sobre a sua subida; (5) Assim, estamos em condições de libertar as Maldivas (e as restantes ilhas e costas de baixa cota, mundo fora) da condenação de se verem alagadas, num futuro próximo. Quando eu era presidente da Comissão INQUA sobre “Alterações do Nível do Mar e Evolução Costeira” (1999-2003), despendemos bastante esforço nesta questão das alterações futuras do nível do mar. Após estudos de campo intensivos e discussões em cinco reuniões internacionais, a Comissão concluiu que no máximo, a subida esperada até ao ano de 2100 é de 5 centímetros, com uma margem de erro de ±15 centímetros (conforme indicado na figura apresentada). Tais mudanças implicam efeitos pequenos ou insignificantes. Na figura podemos ver que o tal pequeno aumento não traria nenhuma ameaça para as Maldivas. Quando muito, tal subida corresponderia a um retorno às condições naturais existentes entre 1790 e 1970, ou seja, o mar retomaria a posição antes do abaixamento verificado nos anos setenta. Aplica-se aqui a mesma história sem senso, repetida para várias outras áreas do globo, de que o nível do mar está a subir e que já há enchentes a ocorrerem: Tuvalu, Vanuatu e Veneza (Mörner, 2007b). Convém referir que, a tendência global resultante dos dados obtidos pelos altímetros dos satélites sofreu uma correcção manual para que pudesse revelar uma tendência crescente (Mörner, 2008), que na realidade nunca foi medida. Portanto, Sr. Presidente, quando você ignora os factos disponíveis, se recusa ao normal diálogo democrático, e continua a ameaçar o seu povo com um imaginário de enchentes já em andamento, acho que está a cometer um grave erro. Vamos ser construtivos. Vamos discutir os factos observáveis. Vamos continuar e alargar os nossos estudos do nível do mar para outros locais no enorme atol das Maldivas. E deixe-nos, pelo amor de Deus, levantar o fardo psicológico terrível que você e o seu antecessor colocaram sobre os ombros de todo o povo das Maldivas, que vivem agora com a ameaça imaginária que as inundações em breve os expulsarão de suas casas, porque isto mais não é senão uma ficção de poltrona, artificialmente construída por um simples programa de computador cujos resultados, se têm constantemente provado estarem errados, por meticulosas observações do mundo real. A reunião que efectuou, sob as águas, não é senão um artifício ou uma acrobacia política. Al Gore é um mestre nestas fantasias baratas. Mas estas condutas são desonestas, improdutivas e, acima de tudo, não científicas.

Estocolmo, Suécia, 20 de Outubro de 2009

Nils-Axel Mörner Chefe de Paleogeofísica e Geodinâmica da Universidade de Estocolmo, Suécia (1991-2005) Presidente da Comissão INQUA sobre “Alterações do Nível do Mar e Evolução Costeira” (1999-2003) Líder do “Projecto Nível do Mar nas Maldivas” (desde 2000) Presidente do projecto INTAS sobre “Geomagnetismo e Clima” (1997-2003) Premiado com a medalha de ouro de Mérito da Universidade do Algarve (2008) "pela sua irreverência e contribuição para nossa compreensão das alterações do nível do mar.” [Tradução minha]

Apache, Novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

“A Terra a quem a enxovalha”

“A UNFPA [United Nations Population Fund], uma das múltiplas derivações da ONU, declarou o controlo demográfico indispensável à inversão do «aquecimento global». Uma ideia disparatada? Um bocadinho, mas dentro do disparate mais vasto a que a histeria ecológica chegou é admirável que alguém retire enfim as conclusões devidas das suas premissas. Se, no entender da histeria, as «alterações climáticas» e o «aquecimento global» são responsabilidade do homem, não adianta combater o capitalismo, o progresso técnico e os EUA: a solução é ir directamente à fonte e combater o homem. Para já, o objectivo explícito é a redução da natalidade, o que desloca o problema do Ocidente estéril para África e certa Ásia. Em princípio, o problema resolve-se mediante campanhas de esclarecimento (ou o método «a bem»). Caso as tribos do Níger ou do Mali não fiquem esclarecidas, prossegue-se através da esterilização forçada (ou o método «a mal»). Caso a natalidade não se deixe circunscrever de todo, será imperioso actuar sobre outras variáveis, especificamente a mortalidade (ou o método «a pior»). Aqui, abrem-se inúmeras opções, bastando decidir entre as rápidas, do envenenamento em massa ao bombardeamento maciço, e as limpas, dos fuzilamentos colectivos à paulada na nuca. As segundas têm a desvantagem da lentidão, as primeiras prejudicam os ecossistemas. Há que ponderar, escolher e agir com sensatez, na certeza de que a humanidade está a mais e o importante é deixar a Terra entregue aos bichos, o que, dada a importância concedida à ONU e aos senhores que na ONU «estudam» o ambiente, não parece um cenário muito distinto do actual."
Alberto Gonçalves, no “Diário de Notícias” de hoje

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"Ursos"

Ainda que se trate de um artigo recente, já vários blogues o replicaram. No entanto, pela coragem do autor (não só pelas afirmações, ‘per se’ relevantes, mas também pela assunção pública da dependência profissional dos subsídios estatais) bem como da direcção do jornal (que autorizou a publicação), entendo não ser demais deixar, também aqui, a versão integral do artigo que o Investigador Universitário, Fernando Gabriel, publicou no “Diário Económico” da passada quarta-feira. “Ao longo das próximas semanas é possível que o número de ursos nos telejornais seja francamente superior à média. Serão provavelmente ursos polares, acompanhados por uma colecção de ameaças apocalípticas: extinção de espécies, desaparecimento de neve nos glaciares e nos cumes das montanhas, secas, inundações. Tudo, claro, a acontecer a um ritmo "muito mais rápido do que se supunha" e tudo por causa do aquecimento global. Aproxima-se a cimeira de Copenhaga e o derradeiro esforço de propaganda do gigantesco ‘lobby' ambientalista está em marcha. O objectivo é forçar os governantes ocidentais a comprometerem-se com um conjunto de medidas cujos efeitos previsíveis são uma catástrofe económica auto-infligida sem precedente histórico. Para cooperarem com a demência ambientalista, países como a China e a Índia exigem cerca de 300 mil milhões de dólares por ano, um montante equivalente a 1% do PIB das economias mais desenvolvidas. Em cima deste suborno de proporções épicas ainda há que pagar o "preço" da cooperação africana - 267 mil milhões de dólares ano, e das economias sul-americanas - mais umas modestas centenas de milhares de milhões. Um estudo do instituto Open Society calculou que as políticas ambientais da UE implicariam um custo total anual de 102 mil milhões de dólares até 2020. O custo do programa americano de direitos de emissão de poluição em apreciação no Senado equivale a um imposto anual mínimo de 1600 dólares por família americana e mesmo que obtivesse a redução prevista nas emissões americanas de CO2 teria um impacte nas emissões globais inferior a 4% e portanto um efeito negligenciável. Imperturbáveis pelo abismo económico à frente dos pés, os puritanos ecológicos seguem firmes na convicção de que o martírio é o caminho para a salvação - a reconversão "sustentável" da economia ocidental, que trará consigo mel, morangos e milhões de novos empregos. Obama já prometeu 5 milhões de empregos "verdes", mas em matéria de delírio ambientalista, Zapatero há muito que saiu disparado das ‘boxes' e o exemplo espanhol é elucidativo: desde 2000, cada emprego subsidiado nos sectores ditos ambientais implicou a perda de 2,2 empregos nos restantes sectores da economia. O novo livro de Christopher Booker, The Real Global Warming Disaster (Londres, 2009) faz a crónica da longa caminhada que trouxe o ocidente até este ponto de suicídio económico. É uma história de receios apocalípticos, com origem no Clube de Roma, onde a ideia de utilização do "ambientalismo" como um instrumento para a criação de um governo mundial começou a ganhar forma. É uma história de abastardamento e politização da ciência através de um sistema de incentivos financeiros tragicamente errado; de manipulações, mentiras, e silenciamentos em nome de um "consenso" falso e falsificado, que é e será mantido porque gerou uma enorme massa crítica de interesses financeiros, intelectuais e políticos que dele dependem. A imposição desta teleologia milenarista não é só indesejável: é imoral e necessita de ser contrariada por todos os meios.”
Apache, Novembro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

Portugal é dos piores exemplos na aplicação do “Processo de Bolonha”

Foi esta a ideia deixada pelo sociólogo, Boaventura Sousa Santos, professor catedrático da Universidade de Coimbra, que em entrevista dada na passada quinta-feira pôs o dedo (ainda que levemente) na ferida que “Bolonha” abriu no nosso sistema de ensino superior. Diz o professor: a descapitalização das universidades com reduções de 16% nos seus orçamentos está a “virar a investigação contra o ensino, como se se pudesse ensinar sem investigação”. Acrescentando que a culpa da má aplicação do “Processo” recai, não apenas na tutela, mas também em alguns professores universitários. “É preciso denunciar ao país que isto é um branqueamento de Bolonha e que se está a tentar fazer disto um «show off» quando na realidade é um problema que tem de ser ratado de uma forma muito mais corajosa”. Em minha opinião, o que se passa com “Bolonha” não é muito diferente do que nos últimos anos se tem passado com a esmagadora maioria das medidas tomadas pelos governos. Sob a capa de uma ideia com aspectos positivos, neste caso, a livre circulação de alunos pelas instituições do “espaço europeu” e o reconhecimento “automático” dos certificados (ainda que, em ambos os casos, discorde da sua extensão a todo o espaço comunitário), na realidade, o Processo de Bolonha é pouco mais que uma iniciativa que visa reduzir custos e combater o insucesso pela já “velha” política do facilitismo, há muito em voga no ensino básico e secundário. Com “Bolonha”, a generalidade dos cursos superiores perdeu carga horária; as licenciaturas passaram dos 5 anos (em média) de duração, para 3. Os mestrados, de 7 para 5. E os doutoramentos, antes nunca inferiores a 9 anos de estudos superiores, passaram agora para 7, constando que nalguns cursos e faculdades se podem tirar em 5 anos, saltando o mestrado. Portugal, tradicionalmente tido com um dos melhores sistemas de ensino, a nível europeu (e consequentemente mundial), graças às políticas educativas das últimas décadas, vê-se agora transformado, numa espécie de “Estados Unidos do Mediterrâneo”, onde, em termos de qualidade de ensino, apenas meia dúzia de faculdades e duas ou três dezenas de cursos resistem estoicamente aos alucinados de “Boston” (e não só) que pretendem substituir o ensino pela certificação, a cultura pelo ‘marketing’, a ciência pela adivinhação. Tal como no básico e secundário, também no superior, está (agora) aberta a Caixa de Pandora.
Apache, Outubro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Durão Barroso foi reeleito Presidente da Comissão Europeia

O português José Manuel Durão Barroso foi reeleito para mais um mandato de 5 anos à frente da comissão europeia. Diz-se por aí que isso é bom para Portugal e eu concordo. A esta altura estarão os mais críticos a pensar que Durão Barroso, no mandato que agora finda, pouco ou nada fez para defender os interesses de Portugal em Bruxelas, além de ser o idiota que denegriu a imagem do país naquela célebre cimeira dos Açores em vésperas do ataque americano ao Iraque (à época era Primeiro-Ministro). E gosta tanto de Portugal e da nossa língua que a sua página pessoal está traduzida em seis línguas (Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Italiano e Polaco) mas não na sua. De facto, estes argumentos são válidos e corroboram a minha opinião. A reeleição dele foi boa para Portugal, de outra forma não vejo grandes possibilidades de o manter tão longe do país, durante tanto tempo. P.S. A fotografia é uma oferta aos hipotéticos leitores. Imprimam, recortem e colem no açucareiro. Deve conseguir manter afastadas, as formigas.
Apache, Setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Foi há oito anos…

Em Londres são 21 horas e 54 minutos de dia 11 de Setembro de 2001. O canal BBC News 24 anuncia que em Nova Iorque, o edifício “Salomon Brothers”, mais conhecido por WTC 7”, colapsou [1º vídeo]. Três minutos depois (21 horas e 57 minutos em Londres, 16:57 em Nova Iorque), a BBC World [2º vídeo], repete a notícia, primeiro através do pivô de serviço e mais tarde em nota de rodapé. Ilustrando a peça, liga (em directo) à sua correspondente em Nova Iorque, Jane Staneley, que confirma a derrocada, apesar de, atrás, ao fundo, por cima do seu ombro esquerdo (portanto à direita na imagem) se ver o WTC 7 em pé e aparentemente sem danos significativos. [é o edifício mais alto, em forma de paralelepípedo] Cerca das 17 horas e vinte minutos locais, (22:20 em Londres) o edifício “Salomon Brothers” implode. Dois canais televisivos do mesmo grupo (BBC) “adivinharam” com mais de 20 minutos de antecedência, a queda de um edifício (sem danos visíveis significativos) a cerca de 100 metros das torres principais (alegadamente atingidas por aviões comerciais). Tamanha certeza da BBC só se justifica (em minha opinião) por informação oficial da demolição controlada do WTC 7 (o edifício onde funcionavam, entre outros, o comando de crise do presidente da câmara nova-iorquina, os serviços de finanças (IRS) e vários serviços secretos (entre eles, a CIA)). A demolição controlada de um edifício destas dimensões é uma tarefa que demora alguns dias a preparar. Na versão oficial, o WTC 7, cuja estrutura era de aço, ruiu devido a fogos incontrolados no seu interior, tal como aconteceu às “Torres Gémeas”. Foram até hoje, os únicos três edifícios (com esturra de aço) a ruir na sequência de fogos (neste caso pouco significativos) e também as únicas derrocadas (alegadamente não controladas) onde a resistência do ar não se fez sentir.

[BBC News 24 anuncia colapso do WTC 7, 26 minutos antes de tal acontecer] [BBC World anuncia colapso do WTC 7 , 23 minutos antes de tal acontecer, enquanto (simultaneamente) mostra imagens em directo do edifício, sem danos aparentes significativos]

Apache, Setembro de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ministério da Igualdade (entre Homens e animais?)

Aqui ao lado (na vizinha Espanha), o Ministério da Igualdade, liderado por Bibiana Aído, distribuiu um guia, destinado a crianças e adolescentes dos 9 aos 17 anos, que faz parecer a nova lei da educação sexual da nossa Assembleia da República, escrita por puritanos. O guia foi distribuído numa altura em que o governo socialista prepara alterações à lei do aborto para permitir que a partir dos 13 anos, as adolescentes possam abortar sem conhecimento dos pais. No Guia de Saúde VIII, do Ministério da Igualdade, a propósito de sexualidade, lê-se: “vive, investiga, descobre, aprende.” Mais adiante… “Não há uma idade ou um momento determinado para partilharmos a nossa sexualidade. [Não?] Não imponhas isso a ti própria nem permitas que to imponham. A decisão é tua.” Sob a “bandeira” da liberdade, acrescentam: “Tu és dona dos teus sentimentos, do teu corpo, do teu prazer e da tua vida.” Destinasse-se o prospecto a adolescentes e pensar-se-ia que estávamos perante um texto de “deseducação sexual”. No entanto, considerando que se destina também a crianças de 9 anos, quem autorizou a sua distribuição parece não distinguir os humanos dos animais irracionais. A ser assim, não se percebe porque permitem os espanhóis que alguém mentalmente doente exerça o cargo de ministra.
Apache, Agosto de 2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Há cada maluco...

Na reunião do G8 (grupo dos 8 países mais industrializados do mundo) que decorre na cidade italiana de L’ Aquila (agora tristemente famosa pelo recente sismo de média intensidade que fez um elevado número de vítimas) os líderes das maiores economias mundiais concordaram na necessidade de manter o “aquecimento global médio” em menos de 2 ºC face às temperaturas pré-industriais. Se ignorarmos o estado de demência de quem pretende um acordo deste tipo, isto até tem a sua graça. Senão vejamos: A era pré-industrial é qualquer data que der jeito a cada um. Alguém acredita que o Burkina-Faso já começou a sua era industrial? E o Kiribati? Por sua vez, para os europeus, é qualquer data antes de 1850, que tanto pode ser 1500 como 3000 antes de Cristo; A temperatura média global, de hoje, ninguém sabe qual é, depende de quantos e quais os termómetros, de que locais, vão ser usados para calcular a média; Certamente, no Burkina-Faso muito poucos sabem o que é um termómetro, e em 1850 também muito poucos europeus sabiam o que era; Temperatura é uma grandeza física que a maioria dos políticos também não sabe o que é. E em 3000 A.C. ainda ninguém se tinha dado ao trabalho de inventar a palavra.
Imagine-se agora que, daqui a dois anos, ou dez, é irrelevante, aparece um gajo ainda mais lunático que estes do G8, que a NASA, o IPCC ou outro caça-subsídios qualquer, vão recrutar a uma qualquer associação de alcoólicos anónimos (assim, do estilo Pachauri, o bruxo que actualmente preside ao IPCC), vem dizer que a temperatura do planeta subiu 2,07 ºC nos últimos anos (inventam-se sempre números com várias casas decimais para dar uma ideia de rigor à coisa). O que fazem os líderes do G8? Subsidiam a indústria dos frigoríficos? Ou arranjam um biombo para encobrir o Sol?
Apache, Julho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

sábado, 9 de maio de 2009

O Príncipe dos Papagaios

Ao que parece, há sensivelmente um ano, o Príncipe de Gales (herdeiro da coroa britânica) disse que tínhamos apenas 18 meses para parar as alterações climáticas. Aparentemente, poucos lhe deram ouvidos e o bom príncipe vem agora dizer que o prazo foi dilatado (?) (supostamente dos seis que restavam) para 99 meses.
Longe vão os tempos em que os príncipes possuíam os mais elevados padrões de educação e evitavam pronunciar-se sobre assuntos que desconheciam. Hoje, até os príncipes se dão ao luxo de fazer figuras ridículas, não se coibindo de propagar as mais descaradas mentiras. Este último discurso, proferido em Itália, mais não é que uma repetição da conversa da treta de Al Gore, suportada nos delírios pseudocientíficos da equipa de James Hansen (da NASA). Num arrazoado de discutível gosto, Carlos fala de história, de futebol, de turismo, de arte, de ciência… Em todos estes temas denota um populismo e uma vulgaridade de discurso típica de pessoas de baixo nível educativo. A certo momento afirma: “- climate change. Yes, it exists – I wish it didn’t, but it does”. Pois… Eu também gostava que fosse Verão o ano inteiro mas desde pequenino que percebi que existem estações do ano, com consequentes alterações climatéricas e, que mesmo de um dia para o outro (às vezes de uma hora para outra) o clima pode sofrer alterações, não é algo constante mas mutável. O príncipe continua: “I fear that any of the difficulties we face today [refere-se à crise económica] will be as nothing when the full horror of global warming unfolds”. Não sabia que gostava tanto de férias na neve. Só isso explica que considere que o “aquecimento global” (a existir) seria um horror. Prossegue com a frase mais interessante: “Fossil fuels, which have captured and stored carbon dioxide for millions of years (…)”. Esta frase é uma espécie de 2 em 1. “Os combustíveis fósseis” [expressão que o ocidente usa para se referir ao petróleo carvão e gás natural] “que capturaram e armazenaram dióxido de carbono durante milhões de anos” [teoria Russa inicialmente proposta por Dimitri Mendeleev que considera que o petróleo não tem origem biológica mas formou-se a partir do dióxido de carbono atmosférico que se depositou nos solos aquando do arrefecimento acentuado do planeta nos milénios após a sua formação]. A frase é, portanto, uma espécie de dois em um imiscível, (uma mistura das duas teorias de formação do petróleo (carvão e gás natural)) água e azeite na cabeça oca do herdeiro inglês. Continua com os chavões habituais: “CO2 is, of course, a greenhouse gas”. Por comparação com que outras substâncias? “Today carbon dioxide levels are at their highest for 800 000 years”. Não lê o meu blogue. Que desilusão. Pode sempre alegar que não é o único… “They now estimate that sea levels could rise by over a metre this century” [Refere-se aos “cientistas” que não conhecem o príncípio de Arquímedes]. Terão descoberto a Preia-mar? Podia prosseguir mas não acho necessário continuar a “bater no ceguinho”. Na questão das alterações climáticas, o discurso não é mais que uma repetição acrítica das mentiras convenientes de Gore. Ao fazê-lo, o herdeiro da coroa britânica deixa evidentes as suas credenciais de Príncipe… dos Papagaios.
Apache, Maio de 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

A crise a que a crise chegou (3)

No passado dia 30 de Janeiro, a Chevron anunciou que os lucros de 2008 foram 28% mais elevados que em 2007, ascendendo a 23,93 mil milhões de dólares. No mesmo dia a holandesa Shell, no balanço de 2008, apresentava lucros de 31,37 mil milhões de dólares, a que corresponde um aumento de 14% face ao ano transacto. Ainda nesse dia, a Exxon Mobil apresentava também o seu relatório e contas, referente a 2008, declarando que batera o seu próprio recorde de empresa mais lucrativa do mundo, com ganhos líquidos de 45,22 mil milhões de dólares (11,4% acima de 2007). A 3 de Fevereiro coube à BP apresentar as contas de 2008. Do relatório anual destacam-se dois factos: o primeiro, o aumento de 39% nos lucros, que ascenderam a 25,59 mil milhões de dólares; o segundo, o despedimento (em 2008) de 3 mil trabalhadores, que justificam com a crise económica global, prevendo que em 2009 sejam obrigados a despedir (pelo menos) mais 5 mil funcionários. Em conjunto, estas 4 empresas lucraram, à taxa de hoje, 98,63 mil milhões de euros. A crise segue dentro de momentos, numa televisão perto de si.
Apache, Março de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Václav Klaus - Palavras escaldantes sobre a gélida Davos

O jornalista americano, Jay Nordinger (editor da National Review) entrevistou em Davos, em pleno Fórum Económico Mundial, na tarde do passado dia 31 de Janeiro, Václav Klaus, o actual Presidente da República Checa, que detém neste primeiro semestre de 2009 a presidência da União Europeia.
Questionado sobre o encontro que mantera no dia anterior com Al Gore, o checo afirmou: “Al Gore chama negacionistas às pessoas que discordam dele. Ouvi-o a dizer isto, ontem mesmo, no Centro de Congressos. Ele sabe que eu sou, neste momento, o mais importante negacionista a nível mundial. Ainda assim, encontrou-se comigo durante duas horas e tivemos uma discussão normal e amigável. Eu sou um negacionista, mesmo não gostando da expressão. Penso que não há nenhum aquecimento global. Não vejo dados estatisticos que o suportem. Não acredito nas conclusões do IPCC. Em termos climáticos há teorias contaditórias e eu tenho pena que pessoas como Al Gore não estejam disponíveis para ouvir outras teorias. Contrariamente a outros, eu ouço o todos têm para dizer.” O jornalista aproveitou depois para fazer referência ao livro de Klaus “Blue Planet in Green Shackles” (Planeta Azul em Algemas Verdes), perguntando-lhe o que é que está mais em perigo, o clima ou a liberdade. Klaus foi peremptório: “A liberdade! A liberdade está em perigo, a sua a minha, a liberdade de publicar, até a de discordar.” O jornalista insiste: “Está-me a dizer que Al Gore está a pôr em causa a liberdade?” O presidente checo responde: “Certas formas de ambientalismo e o alarmismo em volta do aquecimento global estão a desafiar a nossa liberdade. Al Gore é um destacado líder desse movimento.” Seguidamente, questionado por Jay sobre a crise financeira, Klaus afirma: “Estou muito mais preocupado com as reformas resultantes da alegada crise, do que com a crise em si mesma. Esta crise vai ser usada pelos políticos para conter o crescimento económico dos pequenos países. Neste domínio, os políticos têm-se revelado, ultimamente muito activos e eu desconfio sempre dessa hiperactividade, que serve muito mais para ganhar votos e popularidade que para salvar o que quer que seja.”
Apache, Fevereiro de 2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

As maiores dívidas externas

Existem vários factores que nos podem levar a classificar como rico um dado país, o produto interno bruto, o nível de vida da sua população, a riqueza do subsolo, etc. É no entanto curioso verificarmos que muitos dos países que habitualmente apontamos como estando entre os mais ricos do mundo, estão no lote dos que apresentam as maiores dívidas externas. Nesta tabela que certamente muitos desdenhariam liderar, Portugal ocupa um lugar cimeiro. Somos o 19º em dívida absoluta e ocupamos o 15º lugar em valor ‘per capita’. Seremos um país rico? Deixo a lista dos vinte países com as maiores dívidas externas do mundo, em valor absoluto (dados da CIA reportados a 31 de Dezembro de 2007), na tabela da esquerda e por habitante (cálculo meu a partir dos valores anteriores, considerando a população em 31 de Julho de 2008), na da direita. Foram tidos em conta 203 países e regiões administrativas autónomas.

(Cliquem na imagem para ampliar)

Apache, Janeiro de 2009

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A barraca, já abana?

Abriram as urnas nos Estados Unidos. São seis os candidatos ao mais alto cargo da federação. A saber: Chuck Baldwin (Constitucionalista); Bob Barr (Libertário); Cynthya McKinney (Verde); Ralph Nader (Independente); John McCain (Republicano) e, Barack Obama (Democrata). Obviamente, apenas os dois últimos teriam efectivas possibilidades de serem eleitos. Primeiro porque dispõem das máquinas partidárias, depois porque os fundos angariados pelos outros candidatos são absolutamente irrisórios face às gigantescas fortunas investidas nestes últimos. Aliás, admitir dois candidatos com possibilidades de eleição já é optimismo a mais. Seria um escândalo se daqui a umas horas Barack Hussein Obama não fosse o novo Presidente Eleito dos Estados Unidos. Por um lado, McCain carrega aos ombros a pesada herança deixada aos republicanos por Bush, aquele que foi provavelmente o pior presidente de sempre. Por outro, cedo se percebeu que Obama é o preferido dos que na sombra são o poder real, prova disso é angariação de fundos por parte dos democratas, Obama conseguiu 639 milhões de dólares, enquanto McCain se ficou por quase metade, 360 milhões. Como se isso não bastasse, também cedo, a comunicação social tomou partido pelo candidato democrata, no que poderia ser uma ajuda preciosa, caso se revelasse necessário. Em época de alegada crise financeira profunda, estas foram, por larga margem (quase o dobro de 2004), as mais caras eleições de sempre. Os candidatos angariaram 1 634 milhões de dólares, o que, considerando a mediocridade dos mesmos, me parece, literalmente, deitar dinheiro ao lixo. Mas em questões políticas (tal como nas sociais), os Estados Unidos sempre foram o exemplo a não seguir. Em época que se diz de mudança, nada de novo, aqui, “debaixo” do Sol.
Apache, Novembro de 2008

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Novidades (ou não…) do “buraco do ozono”

[Gráfico da NASA – No eixo vertical temos a área onde a concentração de ozono é menor que 220 unidades Dobson e no eixo horizontal os meses do ano. A cinzento estão representadas as variações entre os anos de 1990 e 2001. A azul, o ano de 2003. A vermelho, o ano de 2007. Os pontos pretos correspondem a 2008 (ainda sem regressão linear)]

No início dos nos 80 com a colocação em órbita de vários satélites meteorológicos surgiram as primeiras imagens da menor concentração de ozono na estratosfera, junto ao Pólo Sul terrestre, fenómeno que ocorria entre os meses de Agosto e Dezembro. Rapidamente surgiram (alguns) ecologistas a atribuírem as culpas ao Homem, mais exactamente às suas emissões de Clorofluorcarbonetos (CFC’s), família de gases usados essencialmente em refrigeração e em aerossóis. Em 1987 foi assinado por quase todos os países, o Protocolo de Montreal que gradualmente reduziu as emissões destes gases. Quanto ao “buraco do ozono”, 21 anos após o protocolo, está na mesma, obviamente! São tramadas as estações do ano...

Apache, Outubro de 2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

BCE baixou os juros! Os juros subiram! Porreiro, pá…

O Banco Central Europeu baixou ontem a taxa de juro de referência em meio ponto percentual, para os 3, 75%. Nos Estados Unidos, a Reserva Federal baixou também a taxa de juro de referência para 1,75%. O banco central inglês seguiu o mesmo caminho e baixou a taxa de referência no Reino Unido para os 4,5%. Apesar disso, os portugueses que contraíram empréstimos indexados à Euribor (onde se incluem a maioria dos créditos habitação) não vão ver as suas mensalidades reduzidas. A Euribor subiu a taxa de juro dos empréstimos a todos os prazos, excepto os efectuados a 11 meses e a um ano.

Porreiro, pá...

Apache, Outubro de 2008

sábado, 4 de outubro de 2008

A democracia (musculada) americana… Bush o herói dos democratas

O congresso americano aprovou ontem a versão reformulada do Plano Paulson de injecção de 700 mil milhões de dólares na economia, a maioria dos quais será gasta na aquisição por parte do Departamento do Tesouro, de “activos tóxicos” detidos por instituições financeiras em alegada situação económica difícil. O plano proposto pela administração Bush dividiu o partido republicano que votou o “Não” por escassa vantagem (108-91), porém insuficiente para deter a esmagadora maioria democrata no “Sim” (172-63). E eu que julgava que os democratas detestavam o Bush… Tentando explicar o inexplicável voto favorável ao plano, o congressista democrata Brad Sherman saiu em defesa da honra de alguns colegas de partido, afirmando que vários congressistas que haviam votado “Não” na passada segunda-feira (à primeira versão do plano) foram ameaçados de que caso a proposta voltasse a não ser aprovada, seria imposta a Lei Marcial. Aqui ficam as palavras de Brad Sherman…
Apache, Outubro de 2008