Uma das comentadoras habituais do blogue, a Sulista, no comentário deixado no “post” abaixo, chamou-me a atenção, para um artigo publicado no “Courrier Internacional”, que alerta para uma poderosa campanha de descredibilização da “teoria” do “Aquecimento Global”. Logo no título da notícia lê-se, “A maioria dos cientistas pedem acção urgente contra as alterações climáticas, mas há um lóbi influente que nega os riscos de catástrofe. Por vezes, com argumentos científicos muito válidos.”
Gosto particularmente do uso da expressão “lóbi”, pois refere-se a (uma minoria de) cientistas que têm lutado pelo esclarecimento da verdade, tendo muitos deles visto reduzidos ou anulados os subsídios de investigação tão necessários ao seu trabalho e muitos deles foram mesmo despedidos das universidades, por se recusarem (em nome da ciência) a “vender” a balela. Podemos, por isso chamar-lhes de “lóbi pela verdade”.
Também aprecio a expressão, “Por vezes, com argumentos científicos muito válidos.” De facto, só do lado dos que não concordam com a (antropogenia) responsabilidade humana num aumento significativo da concentração de dióxido de carbono na atmosfera (pois quanto a aquecimento global, ainda está por provar que existe), existem argumentos científicos válidos, por mais que esta seja “uma verdade inconveniente”.
Prosseguindo com a leitura do artigo, percebemos que ele não é mais que uma tradução, mais ou menos literal, de um outro, escrito a 13 de Agosto, na “Newsweek”.
Incapazes de contrariar a “mensagem” apresentada pelos “cépticos”, os charlatães usam a velha manobra de diversão, atacando os mensageiros, alegando que estes actuam sob os subsídios das grandes empresas. Ponto um: os investigadores têm família para sustentar, logo, necessitam de ser pagos pelo seu trabalho, é essa a sua fonte de rendimentos. Sem dinheiro não há investigadores, nem equipamentos, nem evolução científica. Ponto dois: A ExxonMobil foi uma das empresas mais reticente na adesão ao mito do aquecimento global, e terá subsidiado vários estudos que comprovassem a inexistência de aquecimento (fala-se inclusive, num prémio ridículo de 10 mil dólares, cerca de 1 400 contos, que a ser verdade, não servia sequer para começar uma investigação séria), no entanto actualmente, está do lado do dito, como quase todas as grandes empresas mundiais (como se comprova no seu “site”), sobretudo as petrolíferas e restantes empresas do ramo energético, os grandes bancos e os principais construtores automóveis. Se há um lado para onde o dinheiro jorra, é garantidamente o da propaganda ao aquecimento global (ver o “post” datado de 24 de Junho de 2007), o mesmo lado a que a comunicação social tem dado enfoque, e quem ousa desafiar este poder corre sérios riscos profissionais, pessoais, familiares e empresariais (há inclusive várias denuncias às autoridades americanas, de ameaças de morte aos cépticos). Este argumento dos pseudo-ambientalistas é portanto um tiro no próprio pé.
Já agora, duas perguntinhas inconvenientes…
Se é o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera que causa o aumento da temperatura, porque raio, o aumento de temperatura precedeu sempre (cerca de 800 anos em média) o aumento do dióxido de carbono?
Se o aumento do dióxido de carbono na atmosfera é da responsabilidade do Homem, porque é que ao longo da história do planeta, ele atingiu periodicamente valores idênticos aos actuais, muitos milhares de anos antes da revolução industrial?
Gráfico elaborado com os resultados obtidos no estudo dos cilindros de gelo de Vostok
P.S. Obrigado Sulista, pelo "link" e consequente oportunidade do "post".
Apache, Setembro de 2007