País | € | |
1 | Alemanha | 1,81×1012 |
2 | Itália | 1,56×1012 |
3 | França | 1,30×1012 |
4 | Reino Unido | 1,22×1012 |
5 | Espanha | 6,06×1011 |
6 | Grécia | 3,34×1011 |
7 | Holanda | 3,13×1011 |
8 | Bélgica | 2,92×1011 |
9 | Polónia | 2,81×1011 |
10 | Áustria | 1,77×1011 |
11 | Portugal | 1,69×1011 |
12 | Irlanda | 1,20×1011 |
13 | Hungria | 1,11×1011 |
14 | Suécia | 1,04×1011 |
15 | Rep. Checa | 7,49×1010 |
16 | Finlândia | 6,63×1010 |
17 | Dinamarca | 6,49×1010 |
18 | Roménia | 6,33×1010 |
19 | Eslováquia | 3,63×1010 |
20 | Lituânia | 1,61×1010 |
21 | Eslovénia | 1,38×1010 |
22 | Bulgária | 1,15×1010 |
23 | Letónia | 1,07×1010 |
24 | Chipre | 1,04×1010 |
25 | Luxemburgo | 5,96×109 |
26 | Malta | 5,20×109 |
27 | Estónia | 1,20×109 |
Total da UE | 8,77×1012 |
"Eras sobre eras se somem, no tempo que em eras vem. Ser descontente é ser homem... Que as forças cegas se domem pela visão que a alma tem!" (Fernando Pessoa)
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
A Dívida Pública na União Europeia (3)
terça-feira, 22 de novembro de 2011
A Dívida Pública na União Europeia (2)
País | € | |
1 | Grécia | 31 074 |
2 | Bélgica | 28 037 |
3 | Irlanda | 25 758 |
4 | Itália | 25 506 |
5 | Alemanha | 22 168 |
6 | Áustria | 21 517 |
7 | França | 19 934 |
8 | Reino Unido | 19 427 |
9 | Holanda | 18 557 |
10 | Portugal | 15 725 |
11 | Espanha | 12 962 |
12 | Malta | 12 732 |
13 | Finlândia | 11 993 |
14 | Luxemburgo | 11 847 |
15 | Dinamarca | 11 741 |
16 | Suécia | 11 412 |
17 | Hungria | 11 109 |
18 | Chipre | 9 269 |
19 | Rep. Checa | 7 347 |
20 | Polónia | 7 298 |
21 | Eslovénia | 6 876 |
22 | Eslováquia | 6 628 |
23 | Letónia | 4 855 |
24 | Lituânia | 4 563 |
25 | Roménia | 2 889 |
26 | Bulgária | 1 628 |
27 | Estónia | 936 |
P.S. 2 – Por lapso meu a Dívida Pública, per capita, da Lituânia aparecia nesta tabela com um valor dez vezes superior ao real, o que fazia com que este país liderasse o ranking da União Europeia. Corrigi o valor às 23:52 de 24 de Novembro de 2011.
domingo, 20 de novembro de 2011
A Dívida Pública na União Europeia (1)
País | % PIB | |
1 | Grécia | 142,7 |
2 | Itália | 119,1 |
3 | Bélgica | 100,7 |
4 | Irlanda | 94,9 |
5 | Portugal | 93 |
6 | Alemanha | 83,4 |
7 | França | 82,4 |
8 | Hungria | 80,2 |
9 | Reino Unido | 76,1 |
10 | Áustria | 72,3 |
11 | Malta | 67,8 |
12 | Holanda | 62,7 |
13 | Chipre | 60,8 |
14 | Espanha | 60,1 |
15 | Polónia | 52,8 |
16 | Finlândia | 48,4 |
17 | Letónia | 44,7 |
18 | Dinamarca | 43,7 |
19 | Eslováquia | 41 |
20 | Suécia | 39,7 |
21 | Rep. Checa | 38,9 |
22 | Lituânia | 38,7 |
23 | Roménia | 33,8 |
24 | Eslovénia | 33 |
25 | Luxemburgo | 19,7 |
26 | Bulgária | 16,2 |
27 | Estónia | 6,6 |
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Uns têm outros não
No átrio do Tribunal de Aveiro, onde está a ser ouvido no âmbito do processo “Face Oculta”, Armando Vara é “pegado de cara” por um anónimo com a “coragem dos simples”.
Claro que todos preferíamos que cenas destas se não passassem nos átrios dos tribunais lusos, mas para isso era preciso que gentinha como Armando Vara fosse corrida da política. Claro que, juridicamente falando, Armando Vara goza (como qualquer cidadão) da presunção de inocência, neste ou em qualquer outro caso, até transição em julgado de sentença condenatória, mas em termos políticos há muito que Vara se incluiu, voluntariamente, num grupo de largas centenas de políticos que nas últimas décadas substituíram a máxima da causa política de “servir o povo” por “servir-se do povo”, todos eles, cedo ou tarde, serão politicamente sentenciados pela “vox populi”. E enquanto sujeitinhos como Vara fizerem da política a porca que Bordalo Pinheiro imortalizou, cidadãos como o do vídeo são colírio para os olhos do povo.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
A “socratização” do país (2)
sábado, 29 de outubro de 2011
Trocámos um mentiroso compulsivo por outro
«Ricardo Santos Pinto, do blogue “Aventar”, prestou-nos um serviço cívico: recolheu em vídeo [acima] afirmações e promessas de Pedro Passos Coelho, enquanto candidato a primeiro-ministro. O cotejo desse impressivo documento com as medidas tomadas pelo visado, nos curtos quatro meses de poder, evidencia o colossal logro em que os portugueses caíram. Se em quatro meses a sua acção é pautada por tanto despudor e falta de ética, que sobra à nação para lhe confiar quatro anos de governo?
O orçamento do Estado para 2012 é bem mais bruto que o tratamento “à bruta” que Passos Coelho recriminou a Sócrates, no vídeo em análise. Aí se consagra, com uma violência desumana, o que Passos Coelho disse que nunca faria: confisco de quatro meses de salários aos servidores públicos e reformados; fim de deduções fiscais; aumento de impostos, designadamente do IRS e IVA. Ao embuste ardilosamente tecido em ano e meio de caça ao voto acrescenta-se a falácia com que se justifica o assalto aos que trabalham. Com efeito, muito mais que a invocada má gestão das contas públicas no primeiro semestre, da responsabilidade de Sócrates, pesa a irresponsabilidade da Madeira e o caso de polícia do BPN. Na primeira circunstância, ocultando manhosamente o plano de ajustamento, antes das eleições, Passos Coelho protegeu Jardim e escamoteou quem saldaria o escândalo. Sabemos agora que são os funcionários públicos e os pensionistas. Na segunda, enquanto os responsáveis pelo tenebroso roubo permanecem impunes, os contabilistas que governam venderam o BPN ao desbarato, limpinho das dívidas colossais. O povo vai pagar e pedem-lhe agora que não bufe, por causa dos mercados.
Passos Coelho manipula grosseiramente os factos quando afirma que a média salarial da função pública é 15 por cento superior à dos trabalhadores privados. Ele sabe que a qualificação média dos activos privados é bem mais baixa que a homóloga pública, onde trabalham, entre outros técnicos de formação superior, milhares de médicos, professores, juízes, arquitectos, engenheiros e cientistas. Para que a comparação tenha validade, há que fazê-la entre funções com idênticos requisitos académicos. A demagogia não colhe. Como não colhe o primarismo de dizer que não estendeu o corte dos subsídios aos privados porque o Estado não beneficiaria, mas sim os patrões, que pagam os salários. Esqueceu-se de como fez com o corte deste ano? Ou toma-nos por estúpidos?
O orçamento esconde-se cobardemente atrás da troika para invocar a inevitabilidade das suas malfeitorias. Mas vai muito para além do que ela impõe e expõe a desvergonha da ideologia que o informa: quando revê a Constituição da República por via contabilística; quando poupa, sem escrúpulos, os rendimentos do capital e esquece os titulares das reformas por exercício de cargos públicos, numa ostensiva iniquidade social; quando permite que permaneçam incólumes os milhões que fogem ao fisco; quando compromete, sem réstia de tacto político, a solidariedade entre os cidadãos, pondo os que trabalham no sector privado contra os que trabalham no sector público; quando, atirando o investimento na Educação para o último lugar da União Europeia, ao nível dos indicadores do terceiro mundo, não só não desce o financiamento do ensino privado como o aumenta em nove milhões e 465 mil euros; quando, depois de apertar como nunca o garrote à administração pública, aumenta quase quatro milhões de euros à rubrica por onde pagará pareceres e estudos aos grandes gabinetes de advogados e outros protegidos do regime (Sócrates contentava-se com 97 milhões, Passos subiu para 100,7 milhões); quando, impondo contenção impiedosa nas áreas sociais, inscreve 13 milhões e meio para despesas de representação dos titulares políticos; quando, numa palavra e apesar do slogan do “Estado gordo”, apenas emagreceu salários e prestações sociais, borrifando-se nas pessoas e no país e substituindo o critério do bem comum pelo critério do bem de alguns.
Incapaz de ajudar o país a crescer, Passos tomou a China por modelo e acreditou que sairemos da fossa com uma economia repressiva e de salários miseráveis. Refém que está e servidor que é de grupos económicos e interesses particulares, Passos Coelho perdeu com este orçamento a oportunidade de resgatar o Estado. Ministério a ministério, não se divisa qualquer programa político redentor. Não existem políticas sectoriais. Se Passos regressasse à protecção de Ângelo Correia, Álvaro a Vancouver e Crato ao Tagus Park, Gaspar, só, geria a trapalhada que tem sido tecida de fininho. Recordemo-la. Em Maio passado, o memorando de entendimento que o PS, PSD e CDS assinaram com a ‘troika’ consignava para 2012 cerca 4.500 milhões de euros de redução da despesa e cerca 1.500 de aumento da receita (leia-se impostos). Apenas três meses volvidos, o documento de estratégia orçamental do Governo para o período de 2011 a 2015 já aumentava os números de 2012: a redução da despesa pública crescia quase 600 milhões e as receitas a cobrar aumentavam quase 1.200, pouco faltando para a duplicação do número antes considerado. Foi obra, em três meses. A meio de Outubro, novo documento oficial reiterava os números anteriores. Mas eis senão quando, escassos dias volvidos, surge o orçamento, que passa a redução da despesa, em 2012, para quase 7.500 milhões e fixa o aumento de impostos em cerca de 2.900 milhões. Diferenças colossais em documentos oficiais, com quatro dias de premeio, merecem a confiança dos contribuintes? Com a classe média a caminho da pobreza e os pobres a ficarem miseráveis, a esperança morreu. Definitivamente. Bastaram quatro meses. Esperemos que o país acorde e se mobilize.»
Santana Castilho, no “Público” da passada quarta-feira